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A Americanas, em recuperação judicial, teve 5.526 trabalhadores desligados na semana de 27 de novembro a 3 de dezembro deste ano. De acordo com relatório divulgado pela empresa, esses desligamentos contemplam tanto profissionais demitidos quanto aqueles que pediram demissão.

A demissão voluntária, por iniciativa dos funcionários, correspondeu a 306 registros. No mesmo período, houve um total de 359 admissões.

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Depois das demissões, o número total de funcionários da Americanas caiu a 33.861 funcionários sob regime de CLT na data-base de 3 de dezembro.

A companhia destaca que seu quadro de funcionários é sazonal por natureza, variando conforme oscilações do mercado de varejo e com picos nas épocas de datas comemorativas, como Páscoa, Black Friday e Natal.

O número total de lojas, em 3 de dezembro, permanecia em 1.759, correspondendo a 93,4% do período anterior ao deferimento da recuperação judicial.

Durante a semana base deste relatório, não houve nenhuma loja encerrada.

A empresa informa ainda que o total de pagamentos na semana somou R$ 438 milhões, enquanto o total de recebimentos somou R$ 604 milhões.

O vice-prefeito de Olinda e presidente do Partido Progressista (PP) no município, Márcio Botelho, acusou o prefeito da cidade, Professor Lupércio (PSD), de perseguição e de demitir todos os funcionários de seu gabinete. A denúncia foi feita em um vídeo publicado nas redes sociais, e que também apontou para suposta negligência da gestão quanto ao prédio da Prefeitura, que é patrimônio olindense.  

"Estou aqui com Michele, minha secretária, a última pessoa que ficou responsável pelo atendimento no meu gabinete, e tive hoje a triste surpresa que ela foi exonerada pelo prefeito Lupércio", afirmou Botelho, que aparece ao lado da funcionária nas imagens. 

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Antes aliados, Márcio e Lupércio romperam publicamente em março deste ano, quando o vice migrou para o Progressistas, no intuito de entrar para a disputa municipal de 2024. O credenciamento de Botelho mirando a Prefeitura Municipal de Olinda aconteceu em agosto deste ano. Desde então, o presidente local do PP tem trabalhado em clima de pré-campanha, em meio a uma forte má avaliação da gestão de Lupércio. 

Em nota, a Prefeitura de Olinda negou que todos os funcionários do gabinete do vice-prefeito tenham sido demitidos, apesar de não informar se ocorreram demissões e quantas teriam sido confirmadas. “É lamentável que num município com tantos desafios, o vice-prefeito empregue seu tempo na busca por holofote, utilizando todo tipo de expediente”, disse o comunicado. A gestão também informou que “quaisquer ações de intervenção no espaço não foram realizadas por inércia do próprio vice-prefeito, que não solicitou o serviço ao setor responsável”. 

O LeiaJá aguardava, até o momento desta publicação, um esclarecimento da Prefeitura de Olinda sobre a suspensão das atividades do gabinete. A nota cita que a informação de que todo o quadro foi demitido é falsa, mas deixa implícito que servidores foram demitidos. A reportagem também questionou a gestão de Lupércio se, mesmo com as possíveis demissões, é possível seguir a agenda do vice. 

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, nesta quinta-feira (16), que não irá demitir os secretários do ministério que realizaram audiências com a mulher do líder do Comando Vermelho (CV) na sede da pasta. Segundo o ministro, uma demissão dos seus subordinados ocasionaria uma desmoralização na sua imagem.

"Os secretários que receberam praticaram algum ato ilegal? Os secretários praticaram algum crime? Beneficiaram supostamente o Comando Vermelho em quê? É preciso ter um pouco de responsabilidade e de seriedade. Eu tenho o comando da minha equipe, confio na minha equipe e eu não demito secretário de modo injusto. Se eu fizesse isso, quem iria ser desmoralizado não ia ser o secretário, era eu", afirmou.

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Conforme revelou o Estadão, o Ministério da Justiça deu andamento a pedidos da ONG Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), entidade que recebeu dinheiro do Comando Vermelho.

O ministro afirmou também que os ataques que vem recebendo por conta do caso são um "desespero" de opositores. As declarações foram feitas em uma agenda no Ceará. "Obviamente é um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que nós estamos fazendo", disse Dino.

Uma série de reportagens do Estadão revelou que Luciane Barbosa Farias, mulher de um dos líderes do CV no Amazonas, esteve em duas reuniões com quatro integrantes da pasta. Ao falar sobre o assunto, Dino sugeriu que Luciane seria uma convidada para a audiência no ministério e que não poderia impedir a entrada dela no prédio.

"Às vezes um prefeito tem uma audiência, e a audiência é do prefeito. Só que no momento da audiência, entram com o prefeito oito pessoas. Os deputados sabem disso todos. Você vai fazer o quê? Vai barrar? Vai impedir? Por quê? É um prédio público. Não existe presunção de culpa, existe presunção de inocência", disse o ministro.

O ministério argumenta que a mulher seria uma convidada da advogada ex-deputada estadual Janira Rocha, que foi a autora do pedido de audiência. Porém, na terça-feira, 14, o Estadão mostrou que Janira também possui ligações com o Comando Vermelho. Sobre isso, o ministro não comenta.

Nesta quinta-feira, Dino repetiu que nunca teve contado com Luciane, o que nunca foi afirmado pela imprensa, e questionou se teria que ser o responsável por gerir a sua agenda e dos outros secretários que trabalham na Justiça. "Eu tenho embaixo de mim dez órgãos. Eu tenho que dar conta da minha e dos mais dez que trabalham comigo?", perguntou.

Luciane esteve, no dia 19 de março, com Elias Vaz, que é secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino. Dois meses depois, em 2 de maio, ela se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Ao todo, Luciane se reuniu com quatro assessores da pasta.

Nesta quinta-feira, o Partido Novo denunciou à Comissão de Ética Pública da Presidência da República dois secretários do Ministério da Justiça e Segurança Pública que esconderam as reuniões que tiveram com Luciane Barbosa Farias, representante de ONG e acusada de ter ligação com o Comando Vermelho, conforme revelou o Estadão. O ministro Flávio Dino também não comenta o fato.

Ela é esposa de Clemilson dos Santos Farias, o "Tio Patinhas", líder do Comando Vermelho no Amazonas e que está preso após ser condenado a 31 anos de prisão. Luciane entrou no Ministério da Justiça como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA). A ILA se apresenta como uma ONG que atua em defesa dos direitos dos presos. Mas, segundo a Polícia Civil amazonense, a organização atua em prol dos detentos ligados à facção e é financiada com dinheiro do tráfico de drogas.

Luciane foi condenada em segunda instância em outubro a 10 anos de prisão pelos crimes de associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas recorre da decisão em liberdade. Em nota, ela afirmou que não é "faccionada" de nenhuma organização criminosa e que está sendo criminalizada pelo fato de ser esposa de um detento. Ela é casada com Tio Patinhas há 12 anos.

A "dama do tráfico" também esteve no Ministério dos Direitos Humanos, com passagens pagas pela pasta. A última visita de Luciane a Brasília foi no começo deste mês mesmo depois de ter sido condenada em segunda instância por associação ao tráfico de drogas. O ministério diz que desconhecia os fatos e se eximiu da responsabilidade.

STF

Após a série de reportagens sobre as idas e vindas de Luciane no Ministério da Justiça, Dino deixou de ser o favorito para ocupar a cadeira deixada pela ministra aposentada Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo revelou a Coluna do Estadão, o retrato de momento é uma disputa afunilada para o STF entre os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Bruno Dantas (Tribunal de Contas da União), com uma ligeira vantagem para o nome de Messias.

No Ceará, o ministro da Justiça disse que está muito feliz à frente da pasta e que se fosse deslocado para o Judiciário pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seria uma ação contra o seu interesse pessoal. "Hoje eu estou muito feliz onde eu estou. Aliás é muito possível ver isso. Eu estou muito feliz e, portanto, qualquer eventual mudança de planos não seria um ato de vontade meu", disse Dino.

As pessoas que visitam os principais shoppings centers e ruas comerciais da Região Metropolitana do Recife (RMR) vêm percebendo o fechamento de algumas unidades das conhecidas lojas Marisa. Segundo a empresa, essas lojas, por serem consideradas "deficitárias", foram desativadas dentro de um plano de otimização operacional que tem como objetivos reestruturar a marca e trazer melhorias para a economia da companhia.

 "A execução bem-sucedida do plano de fechamento de lojas e de redução de despesas é um importante passo para o fortalecimento e sustentabilidade do negócio da Marisa", afirmou João Pinheiro Nogueira Batista, CEO da Marisa.

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No início, o plano de otimização operacional previa o encerramento das atividades de 92 lojas no país, porém, após identificar melhorias que resultariam em maior eficiência operacional, a companhia optou pelo encerramento de um total de 88 lojas, sendo 59 unidades localizadas em ruas e 29 em shopping centers.

A companhia, considerada uma das principais varejistas de moda feminina e lingeries no Brasil, investiu um total de R$ 44,5 milhões no fechamento das 88 unidades (16% abaixo do custo previsto inicialmente), resultando em ganho de EBITDA de cerca de R$ 40 milhões em 2023 ou de aproximadamente R$ 60 milhões a partir do próximo ano. O EBITDA, também conhecido como LAJIDA, é um dos indicadores financeiros utilizados para avalizar uma empresa, por auxiliar a entender o fluxo do caixa do negócio.

Em relação aos colaboradores das lojas cujas atividades foram encerradas no Brasil, a companhia afirmou que "conseguiu realocar internamente 40% desses profissionais", ou seja, esses trabalhadores foram transferidos para uma das 246 lojas que continuam operando no país, enquanto os demais 60% foram desligados.

Fechamentos em Pernambuco

Para a enfermeira Amanda França, 31 anos, o fechamento das lojas '"pegou os clientes de surpresa, pois faltou uma campanha de mídia que informasse para os consumidores quais lojas deveriam permanecer abertas e quais fechariam para os clientes". Ela costumava realizar compras na unidade que ficava localizada na Rua Nova, no bairro de Santo Antônio, Área Central do Recife.

"Eu costumava comprar na loja da Rua Nova, porém essa semana percebi que estava fechada. A loja não avisou nada aos clientes e isso termina prejudicando a relação que temos com a empresa. O cliente gosta de comunicação", disse.

A enfermeira ainda afirmou que ficou preocupada por saber que funcionários foram demitidos devido às desativações feitas pela companhia. "Sempre que ia à loja da Rua Nova eu era atendida com muita atenção. Os funcionários eram muito educados e prestativos. Fiquei triste com a notícia desse fechamento, pricipalmente nessa época que achar emprego não está fácil".

Em nota, a assessoria da lojas Marisa afirmou que quatro lojas foram fechadas no estado, no entanto, se recusou a informar dados especifícos sobre a quantidade de demissões. 

"Das onze lojas que a Marisa tinha em funcionamento, oito seguem em operação e três tiveram suas operações encerradas até 30 de junho. A companhia não comenta dados específicos por unidade", pontuou. "Além do fechamento de lojas deficitárias, o plano de otimização operacional da Marisa contempla também a redução de despesas, cuja primeira etapa do processo já foi concluída, viabilizando uma geração extra de caixa da ordem de R$ 35 milhões ano, após revisão de estrutura organizacional e ajuste do modelo operacional", completou, ao detalhar a decisão de encerrar as atividades de unidades no país.

Prevista para entrar em vigor em agosto, a isenção de tributos federais para compras online de até US$ 50 poderá causar até 2,5 milhões de demissões, disseram nesta quarta-feira (19) o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho. Os dois reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para entregar um estudo com os possíveis efeitos da medida.

Segundo o levantamento, o varejo demitiria 2 milhões de trabalhadores até o fim do ano; e a indústria, 500 mil. As entidades pediram a retomada da taxação dessa faixa de compra, para evitar prejuízos à economia.

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“Para se ter uma ideia, são mais de 1 milhão de pacotes por dia que estão chegando com esse valor de até US$ 50. Eles estão chegando numa proporção que dará R$ 60 bilhões [em compras online] por ano. Só na indústria, fizemos uma estimativa que vamos perder 500 mil empregos, que representam R$ 20 bilhões da folha salarial”, declarou o presidente da CNI após o encontro.

As entidades defendem a retomada da taxação para garantir isonomia entre os produtos importados com os produtos nacionais. “Se esses produtos não pagam imposto, a indústria brasileira está pagando um imposto que vai retirar empregos e salários dos brasileiros”, afirmou Andrade.

O presidente do IDV alertou para o risco de a isenção estimular a entrada de produtos falsificados no país. Isso porque, segundo Gonçalves, a Receita Federal não conseguirá fiscalizar a quantidade de pacotes. “A isenção com esse valor virou um absurdo de falsificação, produtos que não se sabe de onde vem, que antes eram por pessoas físicas, pessoas jurídicas, perdeu-se o controle”, criticou.

Análise

Número dois do Ministério da Fazenda, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, também participou da reunião. Ele disse que a conversa foi produtiva e prometeu analisar o estudo. “O dado sobre o impacto nos empregos chama atenção, e o estudo tem dados muito consistentes nesse sentido. Como muitos têm acompanhado, a Fazenda tem normatizado esse tema para que a gente traga esse assunto à luz do dia, ele não pode ficar sem tratamento, sem compliance, como foi colocado”, disse Durigan.

No dia da edição da portaria que isentou as importações de até US$ 50 de tributos federais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a análise de um imposto federal sobre o comércio eletrônico ficaria para uma segunda etapa. Ele, no entanto, evitou comentar se a tributação seria reinstituída. Apenas disse que o “plano de conformidade” buscará preservar o equilíbrio entre os varejistas nacionais e as lojas online de produtos importados.

O grupo sueco Spotify, número um entre as plataformas de áudio, anunciou nesta segunda-feira (05) a demissão de 200 cargos - 2% de sua força de trabalho - que tenham relação com podcasts.

Menos de seis meses após um corte inicial de 600 empregos, a plataforma de streaming especificou que iniciou "a próxima fase" da "estratégia podcast", após grandes investimentos feitos nos últimos anos.

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O Spotify tomou "a decisão difícil, mas necessária", de reduzir sua atividade relacionada aos podcasts em cerca de 200 pessoas, comunicou esta empresa cotada em Nova York.

Líder histórico do streaming legal de música, a plataforma sueca investiu milhões de dólares no serviço de podcast durante os últimos anos, tornando-se a número um mundial.

A rentabilidade desse setor, entretanto, ainda não foi provada, apontam analistas.

Às 14h30 GMT em Wall Street (11h30 no horário de Brasília), as ações do Spotify subiam 2,70%, chegando a US$ 115,83 (R$ 570,23, na cotação atual).

O Spotify registrou perdas por vários anos, apesar do crescimento relâmpago.

No final do primeiro trimestre, o Spotify atingiu um novo pico de 515 milhões de usuários ativos, um aumento de 22% em um ano.

Mais de 300 costureiras foram demitidas, e mais 100 foram colocados de férias, em uma empresa de 600 funcionários, no bairro de Campo Grande, zona oeste do Recife. A informação foi repassada pelo Sindicato das Costureiras de Pernambuco (SindCostura), ao LeiaJáEmpresas de confecções para o varejo estão encarando dificuldades para se manter funcionando após diversas lojas fecharem pelo Brasil.

Aurora Flora Duarte, presidenta do SindCostura, explica que a crise da Marisa e de outras empresas tem afetado diretamente as costureiras, as fornecedoras e o próprio sindicato. “Uma empresa com mais de 100 mil funcionários fechou, ela trabalhava com a Marisa. Eu estou sentindo muito na manutenção do sindicato. Ele é mantido pelo trabalhador, com o desligamento, eles não têm como colaborar”, explica.

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Uma fonte, que prefere se manter anônima, contou ao LeiaJá que sua mãe foi uma das costureiras afetas nestas demissões em massa. A mesma afirma que as grandes empresas do varejo da moda estão devendo para fornecedores.

O entrevistado explica que a Babilônia Confecções, uma das empresas que teve desligamento de funcionários, ainda sofreu cortes como o transporte das costureiras. “Babilônia disponibilizava ônibus para funcionários de outras cidades, mas isso foi cortado por causa das demissões”, declara.

Flora confirma a denúncia da fonte, os ônibus não rodam mais. O SindCostura acompanha as demissões de perto, inclusive organizaram um acordo coletivo nos últimos desligamentos junto com as empresas. “Eu estou indo até lá, fizemos uma assembleia coletiva e nenhum deles sai sem seus direitos. Estão com Seguro-Desemprego, Fundo de Garantia, tudo isso”, destaca a presidenta.

Diretor do elogiado Bacurau, do Som ao Redor e um dos mais importantes cineastas brasileiros na atualidade, Kléber Mendonça Filho publicou carta aberta para a governadora Raquel Lyra, neste domingo (19). No documento, ele demonstra preocupação com o Cinema São Luiz, uma das mais tradicionais e antigas salas de cinema do Brasil.

O cineasta lembra que o São Luiz está fechado para reformas desde junho de 2022 e que Raquel Lyra tem promovido um desmonte na equipe do cinema público e não deu prazo para reabertura da sala. "Parte importante da valiosa equipe que cuida do Cinema São Luiz foi demitida", conta Kléber Mendonça Filho.

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Fazendo um resgate do histórico recente da sala de cinema, incorporada ao Estado no governo de Eduardo Campos, Mendonça Filho diz que o cenário é "perturbador" e cobra respostas da governadora sobre o destino do Cinema São Luiz.

Confira a carta na íntegra:

UMA CARTA ABERTA

Para a Sra. Governadora Raquel Lyra

Sra. Renata Duarte Borba, Presidenta da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe.

Sr. Silvério Pessoa, Secretário de Cultura.

Amigas, amigos e colegas do audiovisual,

Conselhos do Audiovisual e de Cultura

Vereadores, Deputados que lutam pela Cultura. Bom poder compartilhar isso com todas vocês.

Uso esse espaço para externar algumas preocupações com o Cinema São Luiz. A nossa grande sala na Rua da Aurora fechou para uma reforma em julho do ano passado, ainda no governo do Sr. Paulo Câmara, e já estamos chegando em abril na vossa administração sem que existam informações concretas sobre a reabertura do São Luiz.

Quando o São Luiz reabre?

Nos últimos dias, circula a informação confirmada de que uma parte importante da valiosa equipe que cuida do Cinema São Luiz foi demitida. Essa equipe é composta por João Bosco, Miguel Tavares, Arthur Abdon, Arthur Frederick (Tuca), Gustavo Coimbra, Eliane Muniz, Bruno Alves, Joyce Suelen, Wilma Carvalho, Maria das Graças, Ione Jesuina, Inaldo Inácio, Alexandre Amorim, Luiz Gustavo Fernandes, Adriano Mota e Edmilson Severino de Barros.

Foram quatro demitidos da equipe principal. Três colaboradores dos serviços gerais foram supostamente transferidos para a Casa da Cultura, e há ainda a possibilidade de um corte de 50% nos vigilantes.

Em janeiro, já nesta gestão, o programador Luiz Joaquim, profissional de competência reconhecida nacionalmente, foi exonerado.

Luiz Joaquim substituiu Geraldo Pinho, que fez um trabalho histórico no São Luiz ao longo da última década. Geraldo esteve à frente dessa equipe que está agora sendo desmontada.

Geraldo Pinho faleceu em dezembro de 2021, uma perda trágica para o audiovisual pernambucano. Era um formador de público, assim como Luiz Joaquim, também um formador de público. Formar, seja numa escola, numa orquestra ou num cinema, passa por generosidade e senso de cidadania.

O aparente desmonte dessa grande equipe do São Luiz é perturbador. Quando em 2006 o SL deixou de ser uma sala comercial do Grupo Severiano Ribeiro - que inaugurou o cinema em 1952 - e foi adquirido pelo Governo Eduardo Campos no final da década de 2000, os desafios eram grandes. Como manter uma sala de mil lugares no centro do Recife, na era do shopping center e do multiplex?

A resposta foi construída aos poucos, e sem jamais seguir uma lógica de mercado, pois não seria nunca o caso. O São Luiz é um outro tipo de espaço, é um investimento do estado num nascedouro de idéias, um espaço de convívio que inspira o respeito à história da cidade e do Cinema. É um prédio histórico.

Esse cinema virou palco e tela para o cenário audiovisual pernambucano e a sala sozinha vendeu perto de 100 mil ingressos em dez anos somente para filmes produzidos em Pernambuco, filmes em lançamentos comerciais. Até antes da pandemia, o São Luiz era um caso já sendo estudado e observado, um micro clima isolado com uma programação aberta para o mundo, para a Cultura do Brasil e para o Cinema feito em Pernambuco.

Importante destacar que os equipamentos de projeção e som do São Luiz, com projeção 4K anos antes de o termo virar padrão técnico reconhecido, é melhor do que a maior parte das salas comerciais que cobram ingressos quatro ou cinco vezes mais caros nos shoppings.

Nos segundos semestres dos últimos 12 anos, uma sequência de festivais e mostras de audiovisual, realizados por produtoras e produtores pernambucanos, em grande parte incentivados pelo Funcultura, trazem grandes públicos para ver centenas de filmes. Com diversidade e um olhar democrático para a sociedade.

Cada festival tem a sua própria rede de trabalhadoras e trabalhadores da cultura, cada um tem seu público, e há um público que parece frequentar todos os eventos, interagindo com cineastas de todo o Brasil e do exterior que vêm ao Recife para estar no São Luiz.

Quais os ganhos de sociabilidade e cidadania para uma cidade como o Recife ao vermos mil pessoas saírem do São Luiz para a Rua da Aurora numa das suas sessões, com outros mil espectadores esperando a próxima sessão? E no centro da cidade, uma área que ainda aguarda o respeito que merece para além das estruturas temporárias do carnaval.

Observo ainda que, num carnaval tão maciçamente filmado e fotografado, a fachada do edifício Duarte Coelho acima do São Luiz - totalmente degradada - expõe o nível de abandono que não mostra preocupação nem com a cosmética de um centro de cidade que recebe visitas do país inteiro.

Essa equipe que está sendo desmontada é milagrosa porque desde que o São Luiz passou a ser uma sala pública via Governo de Pernambuco, falta um pensamento consistente de sustentação desse cinema como projeto de Cultura e espaço de investimento, algo que precisa ser resolvido o quanto antes. Isso significa que as deficiências e obstáculos do dia a dia do cinema caem nos ombros dessa equipe que ama o São Luiz e que, de fato, opera milagres.

Às vezes eu acho que o São Luiz, e o trabalho ali feito, impressionam tanto que muitos parecem achar que esse cinema é mágico, que vive de oxigênio e anda sozinho. O São Luiz é como uma pessoa idosa, que exige cuidados especiais, que precisa de dinheiro para sobreviver, que precisa de respeito e de amor. A equipe é toda formada por excelentes cuidadores que amam aquele lugar. Demitir a equipe é como uma punição para uma boa ação.

O que significam as demissões desta semana? Arthur Frederick (Tuca, trabalhador da bilheteria) gravou mensagem de video sobre o seu trabalho no São Luiz durante 12 anos, postado no YouTube. Suas palavras traduzem sentimentos complexos.

Como cidadão, eu imagino os desafios que existem num novo governo. E sei que há um pensamento corrente de que a Cultura fica em segundo plano quando comparada à Economia, à Saúde, à Segurança e à Educação. Isso me parece uma compreensão equivocada. Em Pernambuco, a Cultura é um tesouro de valor inestimável para o estado. A Cultura molda a imagem desse estado e manifesta-se em todas essas áreas ditas prioritárias. A Cultura é Economia, Saúde, Segurança e Educação.

A escrita desta carta tem o objetivo de lhes perguntar o que exatamente está acontecendo com o Cinema São Luiz?

Quais os planos?

Qual a data de reabertura?

Quais a idéias para a Cultura em Pernambuco nessa nova gestão?

Como se dará um diálogo com os que fazem o audiovisual em Pernambuco, reconhecido dentro do próprio São Luiz, no Brasil e internacionalmente? No último mês de setembro, o São Luiz completou 70 anos, e de portas fechadas.

Agradeço a atenção e lhes escrevo como Cidadão e Artista pernambucano, Roteirista, Cineasta e Formador de Público programando filmes.

Kleber Mendonça Filho

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A Meta Platforms, controladora do Facebook, afirmou que pretende cortar quase 10 mil postos em sua folha de pagamentos nos próximos meses. Trata-se da segunda grande onda recente de cortes da empresa, que diz estar voltada para o ganho de eficiência, em um contexto econômico mais difícil.

Executivo-chefe da Meta, Mark Zuckerberg disse em e-mail à equipe nesta terça-feira, 14, que a empresa terá várias rodadas de cortes de vagas, bem como cancelará alguns projetos e reduzirá o ritmo de contratação, no que ele qualificou como o "ano da eficiência".

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Equipes de recrutamento da companhia serão cortadas primeiro, seguidas pela reestruturação e por demissões nos grupos de tecnologia no fim de abril, disse Zuckerberg.

Em maio, haverá redução da folha nas equipes de negócios, notou, acrescentando que será "difícil". "Minha esperança é fazer essas mudanças organizacionais o mais rápido possível no ano, para que possamos superar este período de incerteza e nos concentrar no trabalho crucial pela frente", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nesse fim de semana, o Twitter demitiu mais 200 funcionários, entre gerentes de produto, cientistas de dados e engenheiros, segundo o New York Times. O novo corte corresponde a cerca de 10% do quadro da empresa.  

Segundo o portal The Verge, uma das demitidas foi a diretora de gestão de produtos Esther Crawford. Com mais de dois anos de empresa, em novembro do ano passado, ela publicou uma foto dormindo no chão da sede para conseguir entregar a produção da sua equipe no prazo determinado. 

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"A pior conclusão que você poderia ter ao me ver ir 'all-in' no Twitter 2.0 é que meu otimismo ou trabalho duro foi um erro. Aqueles que zombam estão necessariamente à margem e não na arena. Estou profundamente orgulhosa da equipe por construir em meio a tanto barulho e caos", desabafou em seu perfil. 

Desde que adquiriu o Twitter por US$ 44 bilhões, em outubro do ano passado, Elon Musk vem realizando cortes e se aproxima das 4.000 demissões. No fim de janeiro, o magnata da tecnologia apontou que o Twitter tinha aproximadamente 2.300 funcionários.

A justificativa de Musk é que a plataforma passa por uma queda na receita depois da retirada de anunciantes. Esse movimento ocorre pela preocupação em relação à nova política de moderação de conteúdo da plataforma. 

 

O Habib's da Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, no bairro do Prado, na Zona Oeste do Recife, foi desativado. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram um protesto de ex-funcionários na manhã do último sábado (11).

Marcas de pneus queimados foram deixadas na avenida em frente à lanchonete após a mobilização. Segundo os funcionários, o proprietário teria fechado a filial sem qualquer aviso prévio e não teria sido localizado para dar explicações. Os ex-colaboradores reivindicam salários atrasados, rescisões e o recolhimento dos encargos trabalhistas.

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A reportagem do LeiaJá foi ao local e verificou que a unidade está fechada, mas não foi depredada, como foi compartilhado nas redes sociais. O responsável não estava na loja, mas pessoas dentro da loja recolhiam insumos e materiais da unidade. Eles não quiseram informar para onde os produtos seriam levados. 

A gestão da filial da Abdias de Carvalho e da rede de fast-food foram procuradas para confirmar os motivos do repentino encerramento das atividades, mas não se posicionaram até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto. 

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Depois de anunciar, em janeiro deste ano, que iria demitir 12 mil pessoas no mundo inteiro, o Google começou a comunicar ontem o escritório brasileiro sobre cortes na operação local. Segundo apurou o Estadão, funcionários no País já estão sendo notificados por e-mail sobre a decisão da companhia, justificada como um movimento de "reestruturação" de equipes.

Entre as áreas atingidas, estão profissionais que trabalhavam com produtos financeiros, YouTube, marketing e publicidade. Procurada, a empresa não informou quantos funcionários foram dispensados ou quais áreas foram mais afetadas - internamente, comenta-se que o Brasil foi menos afetado do que outros países.

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No anúncio global, a empresa havia informado que para funcionários demitidos, o pacote de rescisão seguiria a orientação da lei trabalhista de cada país. Nos EUA, por exemplo, a companhia garantiu um pacote de continuação de salário por 16 semanas, com um adicional de duas semanas para cada ano que o funcionário passou na empresa, além de plano de saúde por seis meses. No Brasil, porém, ainda não há informação sobre os benefícios.

NO MUNDO

Os cortes globais foram anunciados no final de janeiro, por e-mail. Na mensagem, Sundar Pichai, presidente do Google, assumiu total responsabilidade pelas demissões e afirmou que a empresa está em um momento de "escolhas" e, por isso, precisa reestruturar as posições de trabalho. Pichai ainda cita os investimentos em inteligência artificial (IA) como uma oportunidade de guiar a companhia para tempos melhores.

"Realizamos uma revisão rigorosa em todas as áreas e funções de produtos para garantir que nosso pessoal e funções estejam alinhados com nossas maiores prioridades como empresa. As funções que estamos eliminando refletem o resultado dessa revisão. Eles atravessam a Alphabet, áreas de produtos, funções, níveis e regiões", afirmou Pichai.

YAHOO

Segundo o portal Axios, o Yahoo planeja demitir 20% da força de trabalho da empresa. No total, o número representa mais de 1,6 mil empregados em todo o mundo. Conforme o site, o corte já atingiu 12% dos funcionários, e espera-se que o restante seja demitido no segundo semestre deste ano.

As demissões estão centradas principalmente na área de publicidade digital, na qual o Yahoo faz competição com o Google e Meta. A companhia fez uma série de aquisições de adtechs (empresas de tecnologia focadas em anúncios) entre 2015 e 2017, em esforço para competir com as duas big techs.

O CEO da Walt Disney, Bob Iger, anunciou, nesta quarta-feira (8) que a empresa eliminará 7 mil empregos, como parte de um esforço de reestruturação para cortar até US$ 5,5 bilhões em custos.

Em teleconferência com investidores após divulgação de resultados corporativos, o executivo informou que a organização será dividida em três unidades: Disney Entertainment, ESPN e parques temáticos.

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Após a notícia, a ação da companhia saltava 8,28% no after hours da Bolsa de Nova York, por volta das 18h55 (de Brasília).

De 2015 a 2022, o número de investidores na Bolsa de Valores deu um salto de 850% no País, chegando a 5,3 milhões. De carona no interesse dos brasileiros pelo mundo das finanças, muitos influenciadores digitais criaram negócios que nasceram no YouTube e, hoje, empregam centenas de pessoas. Mas a crise parece ter batido à porta dessas empresas depois do crescimento acelerado.

Na sexta-feira (27) a Me Poupe!, da jornalista Nathalia Arcuri, demitiu de uma só vez cerca de 70 pessoas, o que representa metade dos 140 funcionários declarados no fim do ano passado. Falando sobre temas que vão de opções de investimento em renda fixa a operações complexas com ações, o Me Poupe! tem mais de 7 milhões de inscritos no YouTube.

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Não foi a primeira empresa liderada por um influenciador que foi forçada a demitir. Com cerca de 6 milhões de seguidores, o Grupo Primo, de Thiago Nigro (Primo Rico) e Bruno Perini, mantém hoje 190 empregados, de acordo dados do LinkedIn - mas já foram mais de 270.

Em nota, a Me Poupe! informou que as demissões foram reflexo da necessidade de uma reestruturação de funções de funcionários e que a companhia mudará o seu modelo de negócios - que ainda é desconhecido. "Esse movimento exige outras formações e competências técnicas do time, o que motivou a difícil decisão de realizar os desligamentos mencionados", informou a empresa.

Cursos

Além de falar sobre finanças, os influenciadores têm em comum o sucesso de audiência baseado em conteúdos de interesse do brasileiro. Com a evolução dos negócios, as empresas passaram a vender cursos sobre gestão financeira e investimentos, além de aumentar a produção de vídeos para diferentes plataformas, como Instagram e TikTok, além do YouTube.

Segundo analistas, com o aumento na taxa de juros empresas que se dedicavam mais ao mercado financeiro viram um horizonte bem menos otimista do que no passado. A Empiricus, outra empresa voltada para a publicação de conteúdo financeiro, já teve de demitir 12% de seus colaboradores, por exemplo.

O Grupo Primo também entrou para a estatística. Só em 2022, 90 pessoas perderam o emprego na companhia. Após a redução de equipe, o projeto com maior expectativa para 2022 no grupo, um canal no metaverso chamado Primoverso, foi abandonado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Microsoft disse que demitirá 10 mil funcionários até fim do terceiro trimestre, tornando-se o mais recente titã da tecnologia a anunciar uma rodada adicional de cortes em meio a preocupações com a saúde da economia global.

O presidente-executivo da empresa, Satya Nadella, disse em um post de blog para funcionários que as demissões afetariam menos de 5% da força de trabalho global da empresa.

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Nadella destacou a desaceleração econômica, dizendo aos funcionários que as empresas em todo o mundo começaram a "exercer cautela, pois algumas partes do mundo estão em recessão e outras estão prevendo uma".

Ele acrescentou que a empresa contabilizará US$ 1,2 bilhão em seu balanço referente a custos de rescisão contratual.

Nadella não especificou quais partes da empresa seriam afetadas pelos cortes, embora tenha dito que a empresa continuará contratando em áreas estratégicas importantes.

Uma nova onda de funcionários do Twitter começou a postar mensagens despedidas na quinta-feira (17) após o prazo final para um ultimato que Elon Musk emitiu para que eles se comprometessem com "longas horas em alta intensidade" de trabalho ou fossem embora. Muitos funcionários passaram o último dia avaliando suas opções, depois de acordar na quarta-feira (16) com um e-mail noturno no qual Musk lhes dizia para preencher um formulário até a quinta, às 17 horas (horário de Nova York), para indicar se querem permanecer na empresa e estão dispostos a ser "extremamente hardcore". Os funcionários que não aceitarem receberão três meses de indenização, disse Musk.

O escopo completo das partidas não ficou imediatamente claro. Depois que o prazo de quinta-feira passou e as demissões se tornaram aparentes, o Twitter enviou um e-mail aos funcionários dizendo que a empresa estava fechando temporariamente seus prédios de escritórios imediatamente.

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Os escritórios serão reabertos na segunda-feira, segundo a mensagem.

Alguns funcionários disseram ter dúvidas sobre se o e-mail de Musk oferecendo a demissão teria força legal. Em meio à incerteza, a companhia enviou na, quarta-feira, um documento abordando essas questões, inclusive afirmando que o e-mail de Musk era uma comunicação oficial da empresa, acrescentando: "Esta não é uma tentativa de phishing".

Alguns funcionários do Twitter disseram suspeitar que muitos colegas aceitariam a oferta de Musk de deixar a empresa, embora não soubessem exatamente quantos. De um grupo de cerca de 60 funcionários, cerca de 50% a 75% disseram aos colegas que planejavam sair, disse uma fonte na manhã de quinta-feira.

Outros funcionários, no entanto, planejavam ficar, inclusive por razões financeiras ou porque estavam curiosos sobre os novos rumos da empresa.

O ultimato representa o mais recente desafio de Musk a uma equipe que ele já cortou pela metade com demissões em massa no início deste mês, cerca de uma semana depois de adquirir o Twitter por US$ 44 bilhões e torná-lo privado. A empresa tinha cerca de 7,5 mil funcionários no início do ano.

Após Elon Musk assumir a gestão do Twitter, a rede social iniciou nesta sexta (4) o desligamento em massa de funcionários. Segundo apurou o Estadão, as demissões afetaram empregados da companhia no Brasil, mas ainda não é possível determinar o número de demitidos. Por aqui, a empresa mantinha um quadro com cerca de 150 pessoas - todas as áreas da rede no País foram afetadas.

"Começaremos o difícil processo de redução de nossa força de trabalho global na sexta-feira", indicou o Twitter a seus funcionários por e-mail. Segundo o jornal Washington Post, a companhia está demitindo 50% de seus 7.500 empregados.

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"Reconhecemos que um certo número de pessoas que fizeram contribuições significativas para o Twitter será afetado, mas essa ação infelizmente é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro", informou a empresa a sua equipe.

No Brasil, os funcionários sofreram com a falta de informações enquanto assistiam às demissões no mundo. A companhia não formalizou os desligamentos no País, mas funcionários estão sem acesso a sistemas internos e ao computador corporativo. "Estamos em um limbo", afirmou um profissional ao Estadão. Outro chamou o processo de "tortura".

Nos EUA, os demitidos foram informados em uma segunda mensagem de que receberão salário até 2 de fevereiro de 2023 - essa, porém, não é uma mensagem que chegou ao quadro brasileiro. A companhia não se manifestou oficialmente ainda no País.

O e-mail enviado esclarece que, mesmo sob o aviso prévio, funcionários tiveram o último dia de trabalho ontem. O vínculo com a empresa permanece até fevereiro, e a companhia alerta que todos os colaboradores devem permanecer em conformidade com políticas de privacidade e sigilo estabelecidas em contrato.

Justificativa

Antes do envio do e-mail que falava sobre salários, Musk publicou na rede social que a companhia estava perdendo receita publicitária por causa de "ativistas", um indicativo de que ele deve afrouxar as regras de moderação da plataforma.

"O Twitter teve uma queda massiva em receita, devido aos grupos de ativistas fazendo pressão em anunciantes, mesmo que nada tenha mudado com moderação de conteúdo e que tenhamos feito tudo o que pudemos para apaziguar os ativistas. Totalmente zoado! Eles estão tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos", dizia o tuíte.

O Twitter não divulgou o relatório financeiro do último trimestre - a empresa já estava em vias de finalizar a negociação com Musk -, mas, de acordo com a Reuters, a companhia estava operando em prejuízo, com uma perda diária de US$ 3 milhões "com todos os gastos e receitas considerados", afirma a agência de notícias.

Uma mensagem no app Slack, usado para a comunicação interna dos funcionários, também afirmava que o plano de Musk é economizar cerca de US$ 1 bilhão em gastos de infraestrutura por ano.

Patrão

O magnata comprou o Twitter por US$ 44 bilhões e assumiu o controle na última quinta-feira, 3, após seis meses de idas e vindas. Musk dissolveu imediatamente o conselho de administração, demitiu o CEO e outros executivos e lançou novos projetos com metas a serem cumpridas rapidamente.

Musk convocou ainda engenheiros da Tesla para supervisionar o trabalho dos funcionários do Twitter. Vários engenheiros tiveram de imprimir as últimas linhas do código produzido, segundo um funcionário que pediu anonimato. As listas comparavam o trabalho feito pelo pessoal de TI, principalmente com base no volume de produção, segundo funcionários.

Cortes podem aumentar discurso de ódio na rede, dizem especialistas

O corte de mais de 3 mil funcionários deve afetar a operação do Twitter em relação ao conteúdo, afirmam especialistas. Equipes responsáveis pelas áreas de monitoramento de discurso de ódio e desinformação também estavam entre os demitidos, o que pode jogar o Twitter na contramão de rivais (como Facebook, Instagram, TikTok, WhatsApp e Telegram) no trabalho de coibir a distribuição de "conteúdo tóxico".

Para o pesquisador David Nemer, professor de mídia da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, a rede social pode se tornar um lugar pior. "Ao desmantelar essas áreas, acaba a chance de o Twitter ser uma plataforma saudável", explica. "Se antes já não era uma rede muito transparente, as demissões podem torná-la pior."

Nemer aponta que empresas que anunciam na plataforma podem abandonar a rede. Isso geraria um efeito contrário ao proposto por Elon Musk, que tem como objetivo aumentar o faturamento da companhia. "As marcas não vão querer ter seus anúncios veiculados próximos a postagens de discurso de ódio", acrescenta.

Um ex-funcionário do Twitter afirmou ao Estadão que essa é a primeira das consequências que podem vir. Em um cenário de incertezas, marcas podem ser afugentadas e pausar os anúncios na plataforma, impactando a principal fonte de faturamento da empresa.

Se fracassar a tentativa de engordar o cofre, a plataforma pode operar com dificuldades - o Twitter pode voltar a "baleiar", termo criado por usuários entre 2006 e 2010 para avisar quando a rede enfrentava instabilidade e ficava fora do ar.

Pressão

A falta de uma política de moderação de conteúdo pode significar problemas com as autoridades brasileiras. "Enfraquecer a equipe que lida com as autoridades brasileiras pode significar um prejuízo real para a empresa", diz Artur Pericles Monteiro, pesquisador no Yale Information Society Project.

"A possibilidade de revisão das políticas de moderação chega em um momento crítico para o Brasil", explica Bruna Santos, integrante da coalizão Direitos na Rede. "Isso pode beneficiar a disseminação de ideias e posicionamentos antidemocráticos na plataforma."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Twitter anunciou nesta sexta-feira (4) a demissão de "cerca de 50%" de seus quase 7.500 funcionários no mundo, uma semana após a plataforma ser adquirida pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk.

"Cerca de 50% do quadro de funcionários será afetado" pelas demissões em curso na empresa californiana, conforme documento ao qual a AFP teve acesso, enviado aos funcionários da rede social que perderam seus empregos após a compra da empresa por US$ 44 bilhões.

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Milhares de funcionários do Twitter foram chamados a ficar em casa hoje, à espera de uma rodada de demissões, no âmbito de uma reestruturação da empresa lançada por Musk.

A empresa californiana comunicou a cada funcionário sua decisão através de um e-mail, e anunciou o fechamento temporário de escritórios.

"Conforme anunciado mais cedo, o Twitter está reduzindo seu quadro de funcionários para melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que seu cargo no Twitter foi afetado. Hoje (sexta-feira) é seu último dia de trabalho", diz uma das mensagens enviadas aos funcionários, à qual a AFP teve acesso.

Os funcionários se preparavam para isso desde que Musk concluiu a aquisição da empresa, por US$ 44 bilhões, no final da semana passada. Rapidamente, o bilionário dissolveu o conselho administrativo e demitiu seu CEO e outros executivos.

- Reações no Twitter -

Alguns trabalhadores já haviam descoberto nesta sexta sobre seu desligamento e recorreram à rede social para se despedir de seus colegas.

"Não tenho emprego", tuitou o ex-funcionário Blake Herzinger, enquanto outros relataram ter perdido o acesso aos servidores e contas de e-mail da empresa.

O e-mail enviado ontem instruía os funcionários do Twitter a não se apresentarem ao trabalho nesta sexta.

"Nossos escritórios estarão temporariamente fechados, e todas as credenciais de acesso serão suspensas", dizia a mensagem.

O texto também observou que o Twitter está passando por um momento "incrivelmente desafiador".

"Reconhecemos que isso afetará muitas pessoas que deram contribuições valiosas ao Twitter, mas, infelizmente, essa ação é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro", acrescentou.

Na quinta-feira, cinco funcionários do Twitter que foram demitidos entraram com uma ação coletiva contra a empresa, alegando que não receberam o período de aviso prévio de 60 dias exigido pelas leis federal e do estado da Califórnia.

- Musk se queixa -

Para financiar a compra do Twitter, Musk endividou fortemente a empresa, cuja saúde financeira já é frágil depois de registrar perdas significativas nos dois primeiros trimestres do ano.

Musk, engenheiro de 51 anos nascido na África do Sul, com cidadania americana e canadense e fundador das empresas de veículos elétricos Tesla e de engenharia espacial SpaceX, tomou empréstimos no valor de US$ 13 bilhões, que terão que ser pagos pelo Twitter e não por ele.

O bilionário também vendeu cerca de US$ 15,5 bilhões em ações da Tesla em duas oportunidades, em abril e agosto, e deu títulos de sua montadora como garantia para outros empréstimos de US$ 12,5 bilhões.

Nesta sexta, Musk jogou a culpa da queda da receita do Twitter em "um grupo de ativistas que pressionam os anunciantes, embora nada tenha mudado com a moderação do conteúdo e fizemos tudo o que pudemos para apaziguar os ativistas".

"É realmente uma besteira! Estão tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos", acrescentou.

A publicidade é a principal fonte de receita do Twitter e Musk tenta acalmar os ânimos garantindo que a plataforma não se tornará um "inferno para todos".

Grandes empresas, como General Motors e Volkswagen, suspenderam sua publicidade no Twitter após a aquisição.

Grupos de direitos civis levantaram preocupações de que Musk esteja abrindo a rede social à desinformação e ao discurso de ódio, ao restabelecer contas bloqueadas, como a do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O magnata republicano foi expulso logo após seus apoiadores invadirem o Capitólio americano, em 6 de janeiro de 2021.

Em reação às críticas, Musk anunciou que formará um comitê para avaliar a futura política da rede social sobre postagens e restabelecimento de contas bloqueadas.

Um dos principais planos de Musk para a empresa é lançar uma assinatura de US$ 8 por mês para os usuários que desejam certificar a autenticidade de sua conta e serem menos expostos à publicidade.

A ideia, no entanto, foi recebida com críticas, especialmente entre os usuários que já têm uma conta verificada.

O Twitter começa a demitir funcionários nesta sexta-feira (4), de acordo com um memorando enviado aos funcionários, e vários trabalhadores entraram com uma ação, alegando que a medida do novo proprietário, o bilionário Elon Musk, viola a lei trabalhista dos Estados Unidos.

Um e-mail enviado para toda empresa com sede em São Francisco, ao qual a AFP teve acesso, anuncia que os funcionários do Twitter receberão uma mensagem por e-mail nesta sexta sobre seu destino.

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Os jornais The Washington Post e The New York Times informaram que cerca de metade dos 7.500 funcionários da plataforma será afetada.

"Em um esforço para colocar o Twitter em um curso saudável, iniciaremos o difícil processo de reduzir nossa força de trabalho global", afirma o e-mail.

Os funcionários se preparam para isso desde que Musk concluiu a aquisição da empresa, por US$ 44 bilhões, no final da semana passada. Rapidamente, o bilionário dissolveu o conselho administrativo e demitiu seu CEO e outros executivos.

Na quinta-feira, cinco funcionários do Twitter que foram demitidos entraram com uma ação coletiva contra a empresa, alegando que não receberam o período de aviso prévio de 60 dias exigido pelas leis federal e do estado da Califórnia.

O processo faz alusão à Lei de Notificação de Reajuste e Retreinamento do Trabalhador (WARN), que dá aos trabalhadores o direito de aviso prévio em casos de demissões em massa, ou de fechamento de fábricas.

Também pede à Justiça que impeça o Twitter de pedir aos funcionários que assinem documentos para renunciar a seus direitos sob a Lei WARN.

- Fechamento temporário de escritórios -

O e-mail enviado na quinta-feira instruiu os funcionários do Twitter a não se apresentarem ao trabalho nesta sexta.

"Nossos escritórios estarão temporariamente fechados, e todas as credenciais de acesso serão suspensas", dizia a mensagem.

Também observou que o Twitter está passando por um momento "incrivelmente desafiador".

"Reconhecemos que isso afetará muitas pessoas que deram contribuições valiosas ao Twitter, mas, infelizmente, essa ação é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro", acrescentou o texto.

Alguns funcionários não esconderam suas críticas ao processo iniciado por Musk, engenheiro de 51 anos nascido na África do Sul, com cidadania americana e canadense e fundador das empresas de veículos elétricos Tesla e de engenharia espacial SpaceX.

"O atual processo de demissões é uma farsa e uma vergonha. Os lacaios da Tesla estão tomando decisões sobre pessoas, sobre as quais nada sabem (...) É completamente absurdo", tuitou Taylor Leese, diretor de uma equipe de engenharia que disse ter sido demitido.

Musk, o homem mais rico do mundo, disse que pagou demais pelo Twitter e quer fazer a empresa lucrar, e rápido.

Na terça-feira, anunciou que planeja lançar uma assinatura de US$ 8 por mês para os usuários que desejam certificar a autenticidade de sua conta e serem menos expostos à publicidade.

Segundo relatos da imprensa, Musk queria cobrar US$ 20 por mês, mas a ideia foi fortemente rejeitada pelos usuários, como pelo romancista Stephen King, que tuitou, com xingamentos, que ele é quem deveria ser pago para estar na rede social.

Também no Twitter, Musk respondeu: "Temos que pagar as contas de alguma forma! O Twitter não pode depender inteiramente dos anunciantes. Que tal US$ 8?"

Musk disse que quer aumentar a receita do Twitter de US$ 5 bilhões em 2021 para mais de US$ 26 bilhões em 2028.

Grandes empresas, como General Motors e Volkswagen, suspenderam sua publicidade no Twitter após a aquisição.

Grupos de direitos civis levantaram preocupações de que Musk esteja abrindo a rede social à desinformação e ao discurso de ódio, ao restabelecer contas bloqueadas, como a do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O magnata republicano foi expulso logo após seus apoiadores invadirem o Capitólio americano, em 6 de janeiro de 2021.

Em reação às críticas, Musk anunciou que formará um comitê para avaliar a futura política da rede social sobre postagens e restabelecimento de contas bloqueadas.

O bilionário Elon Musk declarou a investidores que planeja demitir 75% dos funcionários do Twitter, caso conclua a compra da rede social na próxima semana. Os cortes enxugariam a empresa das atuais 7,5 mil pessoas para cerca de 2 mil, segundo reportagem do jornal americano Washington Post, que teve acesso a documentos confidenciais da companhia.

As demissões seriam para melhorar a eficiência do Twitter, considerada pelo bilionário uma "empresa inchada", diz o Post. Na visão de Musk, após demitir os funcionários de menor performance, sua gestão dobraria a receita da empresa em três anos e triplicaria o número de usuários monetizáveis ativos por dia (MDAUs, na sigla em inglês) na rede social no mesmo período. Não foram fornecidos detalhes sobre como essas metas seriam atingidas.

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O Post também afirma que, mesmo se o acordo falhar, o Twitter deve passar por grandes mudanças. Antes de Elon Musk se envolver com o negócio em abril passado, a companhia planejava realizar uma série de cortes na empresa - os gastos da companhia com pessoal em 2021 foi de US$ 1,5 bilhão e, segundo os documentos internos, estava planejado para ser enxugado para US$ 800 milhões em 2023.

O enxugamento pode incluir funcionários que trabalham com data center, o que tornaria a rede social instável e prejudicaria a usabilidade dela para os mais de 200 milhões de usuários que a usam diariamente.

"Vai ser um efeito cascata", disse Edwin Chen, ex-cientista de dados do Twitter e hoje presidente executivo da firma de moderação de conteúdo Surge AI, ao Post. "Vai haver serviços caindo e pessoas sem o conhecimento institucional para colocá-los no ar novamente, sendo totalmente desmoralizadas e querendo elas mesmas sair da companhia."

Nos últimos meses, o Twitter criou um sistema individual de avaliação de performance, contrariando funcionários. Como resposta, a companhia declarou que outras empresas de tecnologia têm a mesma prática.

Com a eventual aquisição da rede social por Musk, funcionários da companhia temiam que demissões pudessem ocorrer. A chefia da empresa, incluindo o atual presidente executivo, Parag Agrawal, negou que possa haver quaisquer cortes.

Ao Post, o Twitter não respondeu aos pedidos de comentário.

Dificuldade para encontrar investidores

As apresentações realizadas por Musk parecem não ter convencido todos os investidores procurados pelo bilionário.

As gestoras de investimento T. Rowe Price, TPG e Warbug Pincus, que comandam US$ 1,4 trilhão em capital, decidiram não investir no Twitter, caso Musk assuma o comando da firma. Pesos-pesados do Vale do Silício também deram resposta negativa, como Reid Hoffmann (fundador do LinkedIn) e Peter Thiel (bilionário envolvido com o Partido Republicano).

Atualmente, poucos nomes estão envolvidos no acordo, como Larry Ellison (cofundador da Oracle), Doug Leone (sócio do fundo Sequoia) e Kenneth Griffin.

Para o analista Dan Ives, da consultoria americana Wedbush Securities, o desafio de Musk em tornar o Twitter lucrativo é imenso. "A parte fácil era comprar o Twitter, enquanto a difícil é consertá-lo. Vai ser uma tarefa hercúlea para virar isso."

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