Erro em relatório adia votação na CPI do Cachoeira
Nova versão ainda continha citações a jornalistas e a Roberto Gurgel
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciou agora há pouco que a votação do parecer do relator Odair Cunha (PT-MG) será adiada. O motivo foi a ocorrência de erros na nova versão do texto, que tem mais de cinco mil páginas.
Logo no início da sessão desta terça-feira (11), o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) apontou que em duas páginas, o relatório mantinha o pedido de indiciamento do jornalista da Veja, Policarpo Júnior. Em seguida, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apontou citações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “O relatório não elimina do texto as adjetivações maldosas feitas ao procurador-geral da República. Nós não estamos prontos para deliberar sobre o relatório”, considerou o senador.
Odair Cunha tinha dito anteriormente que retiraria do relatório os pedidos de indiciamento de Policarpo Júnior e de outros quatro jornalistas e de investigação da conduta de Roberto Gurgel. Na sessão desta terça, ele reafirmou a intenção e considerou as citações reclamadas como "erros materiais".
Diante das reclamações, o senador Vital do Rêgo anunciou que a votação seria remarcada para outra data oportuna e que a sessão deste terça será reservada para a apreciação dos votos em separado e de outras 13 sugestões ao relatório de Odair Cunha. Os votos em separado foram apresentados pelo PPS, PSDB, DEM e pelo deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF).
A CPMI do Cachoeira tem até o dia 22 de dezembro para encerrar os trabalhos. É necessária a aprovação de maioria simples dos 36 integrantes para o texto final da CPI. Quando for aprovado, o relatório seguirá para o Ministério Público Federal, Receita Federal, Tribunal de Contas da União e Justiça Federal.