Governador cobra nova pactuação de financiamento do SUS

Segundo Eduardo, a situação de muitos municípios chegou ao limite, no que se refere a saúde

sex, 01/03/2013 - 12:44
Aluísio Moreira/SEI Eduardo disse que Pernambuco fica em terceiro lugar no País, em quantidade de residentes Aluísio Moreira/SEI

Durante a recepção de 669 médicos especialistas para a rede estadual de Saúde, o governador Eduardo Campos (PSB) frisou a necessidade de reforçar o debate de financiamento da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). No evento que ocorreu na manhã desta sexta-feira (01), no Centro de Convenções em Olinda, o socialista anunciou que os investimentos na área de saúde no Estado aumentaram para R$ 44 milhões anualmente, enquanto, em 2007, eram R$ 22,6 milhões.

Os novos residentes ampliarão os atendimentos nos hospitais e unidades médicas credenciadas ao SUS em Pernambuco, e atuarão em 22 instituições. As unidades com maior quantidade de vagas são os hospitais Getúlio Vargas (115), Barão de Lucena (108) e Restauração (100). Do total de vagas ofertadas, 447 são para médicos. Além da ampliação, serão implantados sete novos programas em nove instituições, sendo quatro deles inéditos em Pernambuco (neurologia pediátrica, medicina nuclear, patologia e medicina paliativa). Ao todo, a rede de saúde pública passa a oferecer 40 especialidades e 23 áreas de atuação (sub-especialidades).

Após dar as boas vindas aos novos médicos, o governador sublinhou a necessidade de reforçar o debate de financiamento da tabela do SUS, em um novo pacto federativo pela saúde pública, criticando os recursos enviados atualmente. “Há um subfinanciamento do SUS. A situação de muitos municípios chegou a um limite. Fico à vontade para falar em estipular um teto mínimo para investimentos em saúde, porque Pernambuco ultrapassa e muito os 12% que determina a Emenda 29. Estamos colocando entre 17% e 19%”, argumentou.

De acordo com o governador, Pernambuco possui a terceira maior quantidade de residentes do Brasil. “Ampliamos exatamente o número de residência onde tínhamos maior carência e crise de mão de obra. Depois dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, temos a maior quantidade de residência do País. Há também uma expansão na direção do Interior este ano”, pontuou o gestor.

O programa de residência ainda abre 222 vagas para enfermeiros, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos, fonoaudiólogos, biomédicos, além de biólogos, assistentes sociais, educadores físicos, nutricionistas e veterinários. A bolsa de auxílio aos estudos para os residentes é de R$ 2.384,82, de acordo com o estabelecido pelo Ministério da Educação para todo o Brasil. As residências podem durar até cinco anos.

O secretário estadual de Saúde, Antônio Figueira, pediu que os novos residentes tenham um gestão de gratidão com o povo. “Vocês fazem parte de 5% da população brasileira com o privilégio de ter formação superior. Então, tenham um gesto de gratidão com o povo brasileiro e façam desse conhecimento um ato de sensibilidade”, solicitou Figueira.

 

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