Edilson Silva não aprova candidatura de Luciana Genro
Para o psolista há dois outros nomes que precede a ex-parlamentar
O nome da ex-deputada federal Luciana Genro (Psol) defendida nessa quinta-feira (24), por tendências mais de esquerdas do Psol do Rio de Janeiro como presidenciável em 2014, não é acatada pelo presidente estadual da legenda em Pernambuco, Edilson Silva. Apesar de reconhecer a atuação da ex-parlamentar, o psolista torce por dois outros nomes e acredita que a decisão definitiva para a composição de chapa do próximo ano só deverá ocorrer no Congresso Nacional da sigla, no próximo mês.
Para Edilson, a candidatura de Genro representa apenas um setor do partido. “A candidatura de Luciana Genro é minoritária”, definiu. Mesmo considerando o anúncio do nome da possível postulante como uma escolha de poucos militantes, ele reconheceu o trabalho da possível presidenciável.
“É uma candidata que orgulha muito e isso mostra que o Psol tem opções no seu rol de filiados. Ela tem uma trajetória importante na esquerda, já foi deputada federal, participou do processo de fundação do partido. É uma excelente candidata. Agora, nós não temos no Psol ainda, uma definição sobre isso. Só no nosso Congresso Nacional iremos definir”, se posicionou.
Congresso – Aprofundando as peculiaridades do evento nacional, Edilson Silva explanou os principais assuntos que deverão ser discutidos. “Vamos definir quais serão os nossos candidatos ou candidatas. É um processo que vai ser discutido com delegados, muita gente participando dos debates. Além disso, no Congresso temos as etapas municipais, estaduais e depois nacionais”, antecipou.
Apesar de deixar claro que a definição do Psol só terá o martelo batido no encontro do próximo mês, o presidente do partido sugeriu dois nomes em vez de Luciana Genro. “A maioria dos delegados têm outras preferências (...). Nós precisamos de uma candidatura que tenha um espaço mais largo em sociedade. Eu acho que tem dois nomes que precede o nome da Luciana: primeiro o do deputado estadual Chico Alencar (Psol-RJ) e depois do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AM). Ele foi eleito como um dos melhores senadores do Brasil”, relembrou.
Comentando ter sido o quinto partido mais lembrado para as eleições presidenciais em uma pesquisa recente - perdendo apenas para PT, PSDB, PMDB e PSB, ele frisou o atraso da legenda diante da articulação de outros partidos, como o PSB, por exemplo. “Na nossa visão o Psol já está atrasado para fazer esse debate, porque Eduardo e Marina já estão muito adiantados”, soltou, reafirmando a relevância de seu partido. “Nosso partido tem responsabilidade principalmente por esse momento que o país está passando. Isso é muito a cara de nosso partido - as pessoas estarem nas ruas - e para a gente isso é muito importante para colocarmos essa pré- candidatura direta. Junta à população”, argumentou.
O Congresso Nacional do Psol, em que deverá ser definido o nome do postulante à presidência da República, ocorrerá em Brasília de 30 de novembro a 1° de dezembro.