Tópicos | disputa presidencial

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de indeferir o pedido de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República também atingiu o senador Armando Monteiro (PTB), que é candidato a governador de Pernambuco e já havia declarado voto ao líder-mor petista na disputa presidencial. Com a definição judicial, entretanto, o petebista fica terá que reavaliar e escolher um novo candidato a presidente.

“Estou pensando com muito carinho. Tem Geraldo Alckmin, Álvaro Dias e vários presidenciáveis que estão vinculados aos partidos do meu palanque. Por exemplo, temos no nosso palanque o PV e o PV tem o vice da candidata Marina Silva. Temos várias possibilidades de candidaturas. Vou estar avaliando para decidir”, afirmou, depois de cumprir agenda de campanha no Recife. 

##RECOMENDA##

Questionado sobre em quanto tempo pretende anunciar  seu novo candidato a presidente, Armando ironizou: “a tempo de poder votar”. O candidato a governador de Pernambuco, contudo, já chegou a pontuar que não cogita uma eventual aliança com o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), apesar de ter o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) no seu palanque. 

Nos bastidores, a expectativa é de que Armando rume para anunciar voto ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), uma vez que a maioria dos seus aliados, inclusive o PTB nacional, está na base do tucano. Um deles é o candidato ao Senado, Bruno Araújo, que também é presidente estadual do PSDB. 

Indagado se vai articular para convencer Armando a optar por Alckmin, Bruno disse que respeitará o espaço do petebista para decidir. “Armando tem clareza de todos os compromissos da nossa aliança. Ele vai tomar a decisão dentro da liberdade que construímos e definimos respeitando cada um. Vamos aguardar nos próximos dias essa decisão”, amenizou. 

Para Bruno, a postura do TSE que indeferiu o registro de candidatura de Lula já era esperada. “Era só uma questão de tempo e agora o PT, que naturalmente está fazendo um discurso político e é legítimo, seguramente vai se respeitar a decisão e vai mudar o candidato. Quanto mais rápido isso for feito mais respeito será com o eleitor”, observou o tucano. 

Já Armando, apesar de pontuar inicialmente que preferia não avaliar a definição, disse que respeitava o posicionamento da Corte. “É uma decisão que eu tenho que respeitar na medida que que corresponde o pronunciamento ao órgão máximo da Justiça Eleitoral. Eu posso até em algum momento entender que certas interpretações poderiam dar margem a uma outra conclusão, mas eu respeito a decisão da Justiça”, afirmou. 

Pré-candidato à Presidência da República, Álvaro Dias (Podemos-PR) percorreu 11 Estados em nove meses com passagens pagas pelo Senado Federal. A informação é do jornal Gazeta do Povo. De acordo com um levantamento feito pelo periódico, desde que se colocou como presidenciável em julho, o paranaense gastou R$ 54 mil com as locomoções, o que significa 70% das despesas da “cota para o exercício da atividade parlamentar”.

Em todo o ano de 2017, foram R$ 68,5 mil, de um total de R$ 118 mil gastos com passagens aéreas, para viagens fora do reduto eleitoral do senador. Já no em 2016, quando Álvaro entrou no PV com o objetivo que ser candidato a presidente, gastou mais R$ 76 mil nos deslocamentos além do Paraná. 

##RECOMENDA##

O contraste dos gastos pode ser percebido quando o levantamento apresenta dados de 2015. Ano em que Álvaro Dias gastou apenas R$ 9,43 mil, de um total de R$ 75 mil, para as locomoções para outros estados. Enquanto de 2011 a 2014, de um total de R$ 332 mil reembolsados pelo Senado para custear as passagens aéreas de Álvaro, R$ 88 mil foram para viagens fora da base eleitoral.

Em resposta ao jornal, Álvaro Dias disse que a pré-candidatura dele começou apenas em março deste ano e, a partir disso, o Podemos começou a pagar as despesas das viagens. 

“Não considero correto e não estou fazendo pré-campanha com passagens pagas pelo Senado. Além disso, reitero que deixo de gastar anualmente até metade da verba que me é destinada para gastos com passagens, o que gera economia que ultrapassa R$ 100 mil por ano”, salientou o senador. Ele disse ainda que, desde 2016, vem sendo convocado para palestras pelo país, como membro do Senado. 

O deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) se filia ao PSL nesta quarta-feira (7). O presidenciável vai aproveitar o primeiro dia da janela partidária -  quando os parlamentares podem mudar de partido sem ter o risco de perder o mandato - para deixar o PSC e ingressar na nova legenda. A cerimônia de ingresso será na Câmara dos Deputados, em Brasília. 

Com mais de 16% de intenções de votos segundo os últimos levantamentos, com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa, e liderando todos os cenários da corrida sem a participação do petista, Bolsonaro tem consolidado sua pré-candidatura ao comando do Palácio do Planalto. O desafio para ele, entretanto, será conquistar aliados, principalmente diante da sua postura em defesa da liberação do porte de arma, contra políticas que abrangem as minorias e outras.  

##RECOMENDA##

O ingresso de Bolsonaro vai garantir também mais visibilidade ao PSL na disputa eleitoral deste ano. O presidente nacional da legenda, deputado federal Luciano Bivar disse, em entrevista recente ao LeiaJá, que vai “traçar estratégias” para a campanha majoritária do presidenciável a partir de hoje. Entre as investidas está a montagem de palanques estaduais para endossar a candidatura de Bolsonaro.

Até chegar ao PSL, Bolsonaro já havia firmado um termo de compromisso para se filiar ao PEN, que passa por um processo de mudança da nomenclatura para Patriota. Legenda com a qual assinou uma ficha de pré-filiação em novembro e vinha negociando desde junho. O acordo, entretanto, não foi bem sucedido. No PSL, a filiação dele já iniciou causando perdas. Cerca de 200 pessoas, que faziam parte do Livres - um movimento de renovação da legenda - deixaram a sigla.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) lidera a corrida presidencial em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Ao menos é o que sugere um levantamento divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Paraná Pesquisas. De acordo com os dados, Bolsonaro tem empate técnico o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Segundo o estudo, que averiguou três cenários, Bolsonaro aparece variando de 23,5% a 22,3%. Quando o postulante do PT é o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o deputado federal é o preferido por 23,4%; o tucano tem 22,1%; Marina Silva (Rede) 12,3%; Ciro Gomes (PDT) 6,5%; Haddad 6%; Álvaro Dias (Podemos) 3,8%; e Rodrigo Maia (DEM), Fernando Collor (PTB) e Henrique Meirelles cerca de 1% cada. 

##RECOMENDA##

Substituindo Haddad pelo ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, Bolsonaro aparece com 23,5%, Alckmin 23,2%; Marina 13,3%; Ciro 7,2% e Álvaro Dias 4%. O petista tem apenas 1,3% das intenções. 

Já com Lula sendo o candidato do PT, o deputado federal tem 22,3% das intenções de votos,  Alckmin 20,1% e o líder-mor petista 19,7%. Neste caso, Marina aparece com 8,8%; Ciro 5,3%; Álvaro 3,6%; Rodrigo Maia 1,1% e Henrique Meirelles 1%. 

Pré-candidato a presidente, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, nesta terça-feira (16), que “está preparado para enfrentar” o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição em outubro, caso o petista não seja impedido pela justiça de participar da corrida eleitoral. A participação de Lula na disputa está condicionada ao resultado do julgamento do recurso dele, no dia 24 de janeiro, contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro que o condenou a 9 anos e meio de prisão no caso do triplex, investigado pela Lava Jato. 

“Estou preparado para enfrentar o candidato mais forte que é o Lula, se ele for candidato vamos trabalhar para  vencer. Na política você não impõe, conquista. Vamos mostrar o caminho para o Brasil crescer e ter emprego”, salientou em entrevista a uma rádio paulista. “Petista não está acima da lei, ninguém está acima da lei. Estamos preparados para o trabalho político de convencimento. E é bom que não seja fácil”, acrescentou Alckmin.

##RECOMENDA##

O tucano disse que o embate na disputa será inevitável, “ainda mais com todos os partidos, inclusive o meu, fragilizados como hoje”, e lembrou a eleição de 2006, quando concorreu contra o ex-presidente e perdeu. “Lula ganhou porque a reeleição é muito desigual. Ele ficou no cargo com a caneta cheia e eu tive que renunciar ao mandato nove meses antes”, minimizou.

Geraldo Alckmin ainda pregou que “o Brasil precisa de alguém que resolva os problemas” e pontuou que o centro deve ter mais de uma candidatura em outubro. “Ninguém vai em janeiro já dizer que não tenho candidato. Isso é um processo que vai levar a negociações. Não vai ter um só, serão dois ou três no centro, aí o próprio eleitorado vai ao longo da campanha decidir”, reforçou. Entre os partidos de centro, além do PSDB, DEM e PSD estudam lançar candidatura.

O deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), acredita que a ascensão das teses de extrema-direita no Brasil, com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparecendo em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a disputa pela Presidência, é conjuntural e "não prospera a médio prazo". Em entrevista ao LeiaJá, o psolista alertou, entretanto, que não se pode “fazer piada do fascismo” porque “ele pode se transformar em pesadelo”, como aconteceu nos Estados Unidos com a eleição do presidente Donald Trump. 

“Você tem uma extrema direita perigosa, antidemocrática, facista. Acho que esta extrema-direita é passageira. É conjuntural, porque ela é outsiders, baseada no medo e no ódio e isso não prospera em médio prazo. Isso tem uma força conjuntural e não estrutural”, frisou ao ser questionado como avaliava a ascensão de Bolsonaro na corrida presidencial.

##RECOMENDA##

“Mesmo assim temos que dar importância ao fascismo e olhá-lo com o cuidado que ele merece. O governo Trump pode servir para dar exemplo, não podemos achar que é uma piada porque ela se transforma em pesadelo, mas acho que pela fragilidade do Bolsonaro, de programa e histórica, [a ascensão dele] é mais conjuntural de medo, ódio e descrença, do que efetivamente enquanto um projeto que possa se consolidar no Brasil”, acrescentou Marcelo Freixo. 

Outras candidaturas

O deputado do Rio de Janeiro também rebateu o discurso antipolítico pregado por Bolsonaro e outros nomes. “Negar a política é uma maneira de fazer política. Tem um monte de outsider dizendo por aí, votem em mim… Acho ruim para o Brasil a ideia de salvador da pátria. Não existe a possibilidade de alguém participar da política sem ser político. Não existe uma mágica. Essa história do outsider é muito enganosa”, destacou.

Durante a entrevista, ele disse que a “dinâmica política que vivemos hoje é de uma imprevisibilidade” grande e, por isso, não dá para prever o que acontecerá em 2018. O PSOL está se articulando para lançar o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, para concorrer ao cargo.

[@#video#@]

Desafios para a esquerda

O cenário do “medo e do ódio” pontuado por Marcelo Freixo traz desafios para a esquerda. Segundo ele, uma das maneiras disso ser amenizado é com a esquerda passando a ouvir mais do que falar. “A esquerda tem que aprender a ouvir, enxergar e trazer esses setores de lutas reais [os movimentos sociais] para um projeto maior de esquerda no Brasil. Por isso que eu digo, não cabe a um partido, mas um conjunto de espaço de diálogo e escuta. Na luta por moradia, por exemplo, boa parte são evangélicos, não dá para gente juntar essas pontas e pensar neste sentido de uma concepção de esquerda que não passa nos mesmos caminhos de sempre?”, indagou.

Sob a ótica de Freixo, é preciso parar de acreditar que em setores da sociedade tradicionalmente conservadores terão apenas pessoas alinhadas ao mesmo pensamento. “Não dá para esquerda achar que todos os evangélicos são reacionários e votam todos na direta. Não tem evangélico progressista? Que entenda o debate de gênero? Possa ser garantidor dos direitos humanos? Claro que tem e acho que não são poucos. Precisamos fazer o debate real da vida das pessoas”, salientou.

O polêmico deputado federal do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PP), conseguiu se reeleger como o candidato mais votado, no pleito de 2014, e almeja algo maior em 2018. Ele pretende lançar sua candidatura à presidência da República, nem que para isso precise mudar de legenda. “Sou de direita mesmo e não tenho vergonha de dizer. Vou disputar o Planalto. Se meu partido não me apoiar, mudo de legenda para concorrer”, ressaltou o deputado.

Bolsonaro é conhecido por defender temas polêmicos, como redução da maioridade penal e defesa do trabalho forçado para os presidiários. Ele também é visto como portador da postura homofóbica e autoritária. O deputado promete ser uma pedra no sapato do próximo candidato do PT. “Podem me chamar de maluco, de homofóbico. Mas eu tenho propostas. Se tivesse sido candidato, não teria dado sossego para a presidente Dilma nos debates e não darei para o Lula se ele for o candidato em 2018”, pontuou.

##RECOMENDA##

De acordo com o político ele pretende angariar os votos da população insatisfeita com a administração petista. “A maioria dos eleitores que votou no Aécio Neves fez isso por ser antipetista. Inclusive, eu. Quero ser essa alternativa”, concluiu Bolsonaro.

O PSDB de Pernambuco dividiu a condução da campanha do senador Aécio Neves, no segundo turno da disputa presidencial, no pleito de 2014. O governador eleito, Paulo Câmara (PSB), assumiu a coordenação e foi um dos responsáveis pela organização de eventos que contaram com a participação do tucano no estado.

Em entrevista concedida a uma rádio local, o deputado estadual e federal eleito, Betinho Gomes (PSDB), avaliou que a campanha do correligionário sofreu algumas falhas, o que pode ter culminado na derrota do partido. De acordo com o deputado, Além do Nordeste, o estado natal de Aécio Neves, Minas Gerais, também sofreu com alguns erros. Betinho apontou a estratégia de comunicação utilizada na reta final do pleito, como uma das falhas. 

##RECOMENDA##

De acordo com o tucano, a campanha de Aécio não conseguiu capitalizar o sentimento de mudança almejado pelos brasileiros, pois não foi incisiva suficiente para conquistar a vitória. Betinho ainda avaliou que a estratégia deveria ter ganho força no início do segundo turno, quando o PSDB superou a candidata Marina Silva (PSB) e seguiu para o embate direto com a presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar de integrar a linha de oposição, o deputado reconhece a necessidade de estabelecer ligação entre o partido e o Nordeste. “O PSDB tem que dialogar com o Nordeste. Criar interlocução. Tem que mostrar que o PSDB tem projetos para o Nordeste, discurso para o Nordeste”, concluiu Betinho Gomes.

 

 

 

O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), votou no Colégio e Curso Especial, em Piedade, por volta das 12h50. De acordo com o prefeito, a abstenção deve ser  grande neste segundo turno. Em Jaboatão, por exemplo, o percentual de eleitores que compareceram a seção de votação, até o momento, está em torno de 50%, comparado com o turno anterior. Para Elias a ausência do eleitor no pleito pode proporcionar vantagem ao presidenciável tucano. “Chegamos num equilíbrio que não podemos ter certeza quanto ao resultado, porque os candidatos estão tecnicamente empatados. O fator que vai definir essa eleição é a abstenção.  Se ela for superior a 20% acredito que Aécio vai sair vitorioso”.

Segundo o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o número de abstenção está relacionado à ausência de proporcionais, que costumam viabilizar transporte para o eleitorado, principalmente nas regiões de difícil acesso e interior do estado. “Acreditamos que a abstenção deve ficar em torno de 25%, pois agora não tem a força dos candidatos locais que facilitavam o acesso dos eleitores aos locais de votação. Se as classes média e alta forem às urnas  e o número de eleitores da Região Metropolitana for superior aos do interior, vamos conquistar vantagem”, pontuou. 

##RECOMENDA##

Se Aécio Neves vencer o pleito,  a comemoração também será no Marco Zero. A festa da vitória não irá contar com principais cabos eleitorais do tucano, neste segundo turno, em Pernambuco, pois o governador eleito, Paulo Câmara (PSB), e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), irão acompanhar o resultado ao lado do presidenciável, em Minas Gerais.  

[@#galeria#@]

Às vésperas do pleito, as militâncias do PSB e PSDB ganharam a Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na manhã deste sábado (25). Um grupo de percussão garantia a batucada que chamava a atenção dos motoristas. O adesivaço em prol da eleição de Aécio Neves (PSDB) começou cedo, por volta das 9h30, e contou com a participação de militantes fervorosos. O engenheiro Wagner Mota se encaixa nessa categoria. Ele assumiu que já foi eleitor do PT, mas atualmente considera que o tucano será capaz de proporcionar mudanças ao País. “Estou tentando fazer com que o nosso país não entre na ditadura de esquerda. Nosso dinheiro está indo para fora, nas chancelas ditatoriais e toda essa corrupção envolvendo Lula e Dilma. Nós temos que mudar o Brasil e indiscutivelmente Aécio é mais preparado que Dilma”, afirmou.

##RECOMENDA##

Muitos motoristas aproveitaram a ação de hoje para reafirmar o voto em Aécio. O médico Julio Ferreira  fez questão de adesivar o carro com a marca do PSDB. “Vou votar em Aécio porque o Brasil precisa de mudanças, para que o PT não transforme o país em uma Venezuela, como está acontecendo”, pontuou o médico.

Paralela à movimentação em prol do candidato do PSDB, uma militante do PT fazia um ato discreto. A técnica em química Madalena Sena não se intimidou com a militância adversária e discretamente distribuía o material de campanha de Dilma Rousseff. “Estou fazendo a minha parte. Não me importo se eles estão fazendo campanha para o adversário. Eu vou trabalhar até o fim por um governo com decência, que fez a diferença”.

Os funcionários de uma padaria próxima ao local da ação também se mostraram a favor da candidata de esquerda. O pasteleiro Samuel Dias defendeu que o PT foi responsável por mudanças sociais jamais vista no Brasil. “Foi depois de Lula que o povo começou a ter vez nesse país. Nos outros governos, o pobre nem sonhava em fazer uma faculdade, conquistar casa, ter mais de um computador em casa. Foi a partir do PT que as coisas começaram a mudar. Estamos tendo a oportunidade de subir na vida”, cravou.

Mas a grande maioria das pessoas que circulavam no local fazia questão de externar o apoio à eleição de Aécio Neves para presidente do Brasil. Alguns chegaram a se juntar a militância e participar da ação. “Hoje é meu dia de folga e resolvi caminhar no calçadão. Quando cheguei, encontrei esta bonita ação e resolvi participar e me juntar aqueles que lutam por um país melhor e mais democrático”, afirmou a estudante de direito, Mariana Soares.

Presença Inesperada

Por volta das 11h, a campanha de Aécio ganhou reforço. O governador de Pernambuco eleito, Paulo Câmara (PSB), e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), ficaram alguns instantes entre a militância. A assessoria de comunicação de Câmara havia descartado a possibilidade de participação do socialista na iniciativa, pois o governador eleito esteve presente no último debate presidencial, realizado na noite da última sexta-feira (24), no Rio de Janeiro.  

A chegada de Paulo Câmara e Geraldo Julio à praia de Boa viagem foi uma festa a parte. A militância disputava por uma foto com os políticos. Apesar da participação rápida, os socialistas tiveram tempo de enxertar ânimo nos militantes, que ficaram alvoroçados com a presença dos dois. “Nem acredito que meu governador está aqui. Finalmente vou conseguir minha foto com ele”, comemorou a técnica em enfermagem, Ana Julia.

Paulo Câmara comentou a expectativa para o pleito e se mostrou confiante com a vitória do PSDB na disputa. “Estamos com uma expectativa positiva. Acho que amanhã o Brasil vai querer o rumo da mudança. Nós apostamos na vitória do Aécio para que ele possa fazer as transformações que entendemos que o Brasil precisa para voltar a crescer, combater a inflação, fazer com que as instituições funcione. Esperamos que a gente tenha condições de se desenvolver cada vez mais e que o Nordeste consiga ter um ritmo de crescimento maior”, concluiu o governador eleito.

O prefeito do Recife também assistiu ao último debate presidencial de perto, ao lado de Paulo Câmara. Para Geraldo Julio, o debate proporcionou vantagens ao tucano. “O debate foi muito positivo. Aécio teve mais uma oportunidade de apresentar as propostas e aquilo que pretende fazer para mudar o Brasil, para melhorar a vida das pessoas. Acho que foi um debate muito positivo que deixou clara a diferença entre as candidaturas. Também ficou clara a diferença entre a história de cada um e o que eles pretendem fazer para melhorar a vida das pessoas”, pontuou.

Sobre a possível comemoração, caso Aécio Neves conquiste a vitória, os socialistas ressaltaram que será uma manifestação espontânea da população, que provavelmente vai tomar conta do Marco Zero da cidade.

Por Elaine Ventura

A expressão leviana tem sido muito debatida durante a campanha presidencial. O postulante do PSDB, Aécio Neves, deferiu a referida palavra contra as candidatas Luciana Genro (PSOL) e Dilma Rousseff (PT), durante os debates presidenciais. Depois das afirmações do tucano, a oposição buscou utilizar o termo contra o próprio candidato,  tratando a atitude de Aécio como agressiva.

##RECOMENDA##

O ex-presidente Lula (PT) foi um dos políticos que aproveitou para deflagrar a atitude do adversário, considerada ‘grosseira’, para os palanques. Mas o PSDB divulgou nota relembrando que a palavra, que hoje tem sido utilizada contra os tucanos, já foi proferida no discurso petista. O texto enviado pela Coligação Muda Brasil relembra a eleição de 2006, quando Lula, como então candidato à presidência da república,  chamou o adversário de leviano, repetidas vezes. Curiosamente o embate foi entre PT e PSDB, mas os protagonistas eram Lula e Geraldo Alckmin. 

Confira a nota na íntegra: 

COLIGAÇÃO MUDA BRASIL

Nota oficial

As ofensas do ex-presidente Lula mostram seu absoluto descolamento da realidade. Além de distribuir ofensas gratuitas, o ex-presidente oportunamente esquece seu próprio passado e o de sua candidata.

Em 2006, durante debate promovido pela Rede Bandeirantes, Lula chamou o então candidato Geraldo Alckmin de leviano repetidas vezes. A palavra "leviana", que parece tanto chocar o ex-presidente, também foi utilizada por Dilma no primeiro turno contra a então candidata Marina Silva, durante entrevista coletiva.

Cada vez mais, Lula mostra que sua sede de poder não encontra limites, nem nas profundezas de sua memória. 

*Seguem link para vídeo e áudio anexo com trechos de entrevista

http://youtu.be/scFKwfecr3E

 

[@#galeria#@]

O ex-presidente presidente Lula foi aclamado pela população pernambucana que acompanhou a caminhada e comício em prol da reeleição de Dilma Rousseff (PT), esta terça-feira (21). O palco foi a Praça da Independência, no Recife, reduto das campanhas locais do Partido dos Trabalhadores. O discurso do principal cabo eleitoral da presidente Dilma foi interrompido pelo grito de guerra que era entoado anteriormente pela oposição e homenageava o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. “Lula guerreiro do povo brasileiro”, gritavam os militantes presentes. 

##RECOMENDA##

As primeiras falas do ex-presidente Lula usou o tom de rivalidade. O petista relembrou um passado remoto, da época da Confederação do Equador, para alfinetar a oposição que disse que os eleitores de Dilma eram desinformados. “A população votou na Dilma porque conquistou o direito de andar de cabeça erguida. Porque somos um povo consciente e não ficamos esperando ordem do FMI para dizer o que temos que fazer. Nessa eleição vocês vão ter que escolher se vota no candidato dos banqueiros ou na candidata do povo”, pontuou.

Lula também comentou as conquistas proporcionadas ao Brasil depois da gestão do PT e refletiu o que a população gostaria de ouvir. “Queremos mais universidades, mais empregos, mais salários, mais Pronatec, mais escolas técnicas, mais exploração do pré-sal, mais reforma agrária. Ainda tem muita coisa pra fazer nesse país, mas com a presidente Dilma o sonho vai virar realidade”, ressaltou Lula, relembrando que saiu dos motivos que o levou a sair do Nordeste e olhar para a região quando assumiu a presidência. “Sou um dos que saiu daqui por causa da fome e foi esse nordestino que teve a decência de olhar pelo Nordeste pela primeira vez. Foi assim que o progresso da região começou”, avaliou Lula.

O estudante Danilo Santos, considerou a caminhada como um marco. Segundo ele, sua primeira eleição irá ficar para a história. “Eu nunca vou esquecer o momento que os presidentes saíram junto ao povo. Acompanhei tudo de perto e essa experiência vou poder contar para os meus netos”, definiu o jovem.

A comerciária Jacilene, conhecida como galega do PT, comemorou ter conseguido pegar na mão do ex-presidente. “Enfrentei tudo e todos, mas consegui. Ele (Lula) pegou na minha mão. Sou muito grata ao ex-presidente, porque igual a ele não existe. Foi muita coisa que ele fez pelo povo. A partir do governo dele todo pobre tem geladeira cheia e armário farto”, ressaltou.

Na última quinta-feira (17), a Coligação Muda Brasil, que tem Aécio Neves (PSDB) como candidato à Presidência da República, empreitou ação na Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O processo pede que o órgão investigue a propaganda eleitoral petista, sob acusação de ter cometido crime de calúnia, difamação e injúria contra o tucano. 

De acordo com o deputado federal (SP) e coordenador jurídico da coligação, Carlos Sampaio, correm duas ações contra a candidata do PT. Uma delas faz referência a declaração de Dilma, durante o debate da semana passada (14), que teria insinuado que Aécio desviou R$7,6 bilhões da saúde. “A afirmação da candidata petista, além de sabidamente inverídica, foi feita de forma irresponsável e maliciosa, procurando levar ao cidadão brasileiro a mensagem de que houve desvio de recursos públicos e de que o candidato Aécio assim agiu de forma criminosa”, ressaltou o coordenador, em nota.

##RECOMENDA##

O deputado chamou a campanha petista de mentirosa e difamatória. Um dos motivos da afirmação foi a acusação de nepotismo no governo de Minas, sob o comando do presidenciável Aécio Neves. Tal motivo levou ao segundo processo contra a presidente. “As representações apresentadas são instrumentos que evidenciam a campanha difamatória e mentirosa do Partido dos Trabalhadores (PT), revelando a falta de respeito à democracia e ao eleitor”, concluiu Sampaio.

Uma palavra tem sido muito utilizada pelos representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados: retrocesso. Lembrar o passado e os índices da inflação na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tem sido a chave do discurso petista. Na última quarta-feira (15), em vídeo, o ex-presidente Lula comparou os governos, relembrando que quando o país quando era comandado pelos tucanos uma minoria da população era beneficiada. O fechamento do discurso não poderia ser diferente “O Brasil não pode retroceder”. 

Durante encontro com representantes de entidades sindicais no Recife, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, declarou que o PSDB representa um retorno dos problemas do passado. “Vamos ficar estarrecidos se houver uma escolha por esse tipo de candidato que, acima de tudo, representa um projeto neoliberal, dos tempos do desemprego, da recessão, da seca sem cisterna, da seca que expulsava as pessoas do campo, causava saques, etc. Nós temos confiança no povo de Pernambuco, acima dos seus ‘caciques’, que são seus eventuais chefes, tem consciência do que o ex-presidente Lula e o nosso governo fez para mudar a vida das pessoas, tanto em particular, como através de investimentos em infraestrutura e modernização”, ressaltou o ministro.

##RECOMENDA##

Outro que utilizou a celebre frase foi o deputado estadual pelo PSOL do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo. Em entrevista, ele afirmou que não sente saudade do período da administração tucana. “Declarei voto na Dilma. Mas a decisão (de fazer campanha) cabe ao partido em suas instâncias. O retorno dos tucanos com o Aécio Neves é um retrocesso. Não tenho saudade dos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Os funcionários públicos ficaram sem reajuste. Houve uma política brutal e violenta sobre os movimentos sociais. Mesmo com divergências públicas com o PT, o segundo turno serve para isso: votar em quem você considera que possa derrotar um projeto ainda pior”, pontuou.

A presidente Dilma Rousseff também utilizou sua página no Twitter para relacionar os rivais ao retrocesso. “Aqueles que estão comigo representam o meu projeto de país: de avanço. Os que estão do outro lado (PSDB) representam o retrocesso!”, publicou a petista.

De acordo com o economista e analista político Maurício Romão, deferir a palavra retrocesso perante os eleitores não representa risco eminente, apenas se houver comparativo apontando as ‘melhorias’ de um e ‘indiferença’ de outros pode causar prejuízo eleitoral ao PSDB. “Nessa campanha prevalece a polarização tradicional de 20 anos entre PT e PSDB. O PT tá buscando comparar modelos ideológicos, como fez em 2006, 2010 e está fazendo agora. Dependendo do contexto que isso for colocado, se eles não apontarem as diferenças estratégicas, não causarão impactos na campanha. Mas se apresentarem os aspectos associando as consequências político-econômica, pode despertar na cabeça de alguns eleitores, principalmente indecisos, que a continuidade da gestão do PT pode ser melhor”, avaliou Romão.

Faltando apenas 11 dias para o Brasil conhecer quem comandará o país nos próximos quatro anos, o ex-presidente Lula faz um apelo aos internautas. Em vídeo divulgado nas redes sociais esta quarta-feira (15), o cabo eleitoral de Dilma Rousseff (PT) pediu  que o povo não deixe o Brasil retroceder. 

Segundo Lula, os postulantes à presidência da República apresentam projetos distintos e afirmou que as propostas do PSDB contemplam uma minoria. “Temos dois projetos muito diferentes em disputa. De um lado, quem governou olhando apenas para uma minoria, deixou o desemprego reinar e o FMI dar ordens ao Brasil. O nosso projeto governa para todos. Criou oportunidades de estudos e emprego para quem nunca teve, faz o Brasil ser respeitado internacionalmente. ...vamos debater esses projetos”, defendeu Lula, finalizando com a frase “O Brasil não pode retroceder”. 

##RECOMENDA##

O retrocesso tem sido uma constante no discurso petista, que tenta relembrar os pontos fracos da administração de Fernando Henrique Cardoso. 

Desde que o segundo turno foi formado, além do embate presidencial entre Dilma Rousseff  (PT) e Aécio Neves (PSDB),  outra disputa tem tido como cenário as redes sociais. Os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso têm utilizado a internet para trocar farpas. 

Na última quarta-feira (8), FHC afirmou que o PT cresceu nos grotões do País e tem voto dos ‘menos informados’, referindo-se ao fato de que os votos no Partido dos Trabalhadores estarem concentrados na Região Nordeste.  

##RECOMENDA##

No dia seguinte, Lula soltou uma indireta no facebook: “Um absurdo que o Nordeste e os nordestinos sejam caracterizados como ignorantes ou desinformados”. Fernando Henrique não perdeu tempo e divulgou nota  afirmando que Lula vive de pegadinhas. "O presidente Lula não se emenda, vive de pegadinhas. Ontem não só atribuiu aos outros frase sua – a de que o bolsa escola era esmola – como quer transformar uma categoria do IBGE, nível educacional, em insulto. Daqui a pouco ele só será ouvido em programas humorísticos”, cravou FHC.

Quem pensou que a última palavra seria dos tucanos, está muito enganado. Lula logo tratou de  rebater as criticas e utilizou a plenária realizada em São Paulo para expor o seu ponto de vista . "É uma cultura deles, de quem não vota neles é mais burro do que quem vota. E ele não falou apenas do Nordeste ou do Norte. Falou também das periferias. Falou sobretudo porque, na cabeça dele, o Nordeste brasileiro e a periferia são ainda como eram no tempo em que ele era presidente da República. Mas não é mais assim. Hoje no Nordeste as pessoas não ganham cesta básica. As pessoas ganharam foi cidadania, o direito de andar de cabeça erguida", comentou. Ainda de acordo com o petista, FHC e a ‘elite brasileira’ não compreendem que Dilma irá se reeleger no dia 26 de outubro.

Esta sexta-feira (10),  Fernando Henrique Cardoso publicou um vídeo na sua página no facebook desmentindo as acusação de preconceito contra o povo nordestino. “O PT fica querendo fazer demagogia, querendo nos jogar contra o povo, dizendo que o PSDB fez isso ou aquilo, que eu disse isso ou aquilo, o Lula mentiu, eu não falei de Nordeste ou de nordestinos, nada disso”, declarou FHC.

O PSOL nacional optou pela neutralidade na disputa pelo segundo turno presidencial, mas não totalmente, pois se colocaram contra a candidatura de Aécio Neves (PSDB). No cenário estadual, o partido foi além, posicionando-se do lado do PT na disputa. 

Durante entrevista coletiva promovida no diretório do partido em Pernambuco, na próxima sexta-feira (10), será realizado o primeiro ato em prol da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Os psolistas irão lançar um manifesto de apoio crítico a petista, solicitando votos para candidata. O documento será assinado por integrantes do partido e organizações que assim como o PSOL acreditam que uma gestão comandada pelo tucano seria pior para o país.

##RECOMENDA##

De acordo com o candidato eleito e integrante da executiva nacional do partido, Edilson Silva, o posicionamento do partido é para desbancar o presidenciável do PSDB. “O PSOL de Pernambuco se reuniu e definiu uma posição política. Nosso posicionamento é um voto crítico em Dilma para derrotar a campanha conservadora de Aécio. Vamos fazer campanha para Dilma, mas não vamos nos confundir com o PT”, ressaltou Edilson.

Discursos afirmando que o Brasil necessita de mudanças foram os queridinhos dos postulantes à presidência da República durante a campanha eleitoral do primeiro turno. Diante das jornadas de julho, quando muitos brasileiros saíram às ruas demonstrando insatisfação com os problemas que assolavam o país, os candidatos aos cargos políticos no pleito deste ano aproveitaram a oportunidade para utilizar o tema como mote de campanha. 

Durante os debates, essa questão foi amplamente defendida pelos postulantes à presidência da República. E nesse segundo turno, no embate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), alguns partidos e candidatos quiseram manter o discurso coerente e optaram pelo apoio ao tucano, pois como atual presidente, a imagem de Dilma tende a ser associada às dificuldades enfrentadas pelo Brasil. As legendas PPS e PSC foram algumas das que rapidamente se posicionaram oficialmente como aliadas de Aécio.  O pastor Everaldo Cabral (PSC), que também disputava a cadeira no Palácio do Planalto, declarou que o tucano tem propostas que se aproximam com as apresentadas por ele e o julga como melhor opção para o Brasil. O Partido Verde (PV), que tinha Eduardo Jorge como candidato, também se posicionou a favor de Aécio. “É claro que nós temos nossas diferenças, mas entendemos que é hora de marcar o nosso interesse pela alternância de poder no Brasil”, declarou José Luiz Penna, presidente do PV.

##RECOMENDA##

Em contrapartida, a quarta colocada na disputa presidencial, Luciana Genro (PSOL), não declarou abertamente aliança com o PT, mas desaconselhou o voto em Aécio Neves. “Aécio simboliza o retrocesso ao neoliberalismo puro e Dilma é o continuísmo conservador, uma esquerda que não tem mais coragem de defender as bandeiras que sempre defendeu. Vamos liberar nossos filiados tanto para o voto branco, voto nulo, quanto para o voto em Dilma. Não estamos aconselhando voto nenhum, estamos apenas desaconselhando o voto em Aécio”, declarou a psolista, ressaltando que a postura do partido é a neutralidade e que permanecerá na linha de oposição, independente do presidente eleito. 

 

O PSB era a legenda mais cobiçada pelos presidenciáveis, pois representa um contingente superior de votos, já que Marina Silva, disputou a presidência do partido e conquistou, aproximadamente, 22 milhões de votos, ocupando a 3º colocação no pleito. Mesmo com o apelo emocional do ex-presidente Lula, a executiva nacional do partido resolveu firmar parceria com Aécio Neves, na última quarta-feira. Momentos antes da reunião que decidiu o apoio ao candidato do PSDB, o postulante a vice-presidência pela coligação Unidos pelo Brasil, Beto Albuquerque, ressaltou que o PT investiu em ofensas para ‘derrubar’ a campanha do PSB. “Ver defeitos nos outros é um costume do PT. Sua conduta na campanha no primeiro turno foi uma conduta lacerdista de esquerda, que só soube nos ofender, mentir e nos caluniar desde o início”, pontuou. 

Já Marina Silva, não declarou apoio formal ao PSDB, mas continua pregando o discurso de mudança. Em nome da Rede, o deputado Walter Feldman afirmou que não há um consenso sobre o apoio aos partidos, mas a única certeza é  que a aliança com Dilma Rousseff não irá existir, por representar risco a democracia. “Há setores da Rede que entendem que a polarização entre PT e PSDB que há no Brasil é prejudicial e ainda devemos manter a proposta de não apoiar nenhum membro dessa polarização. Mas a maioria acredita que votar em Aécio  significa uma parcela da mudança. Portanto, acreditamos que a mudança significa voto em Aécio, nulo ou branco”, ressaltou Feldman. Mas a decisão oficial de Marina só deve sair após o posicionamento do candidato tucano sobre os pontos programáticos apresentados pela coligação Unidos pelo Brasil. 

Pesquisas

A primeira pesquisa eleitoral após a formação do segundo turno apresentou vantagem de Aécio Neves. A amostra divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisa aponta que o tucano conquistaria 54% dos votos válidos, enquanto a presidente Dilma aparece com 46 pontos percentuais.  A análise do Instituto Veritá, realizada no mesmo período, entre os dias 6 e 8 de outubro, apresenta um resultado semelhante. O PSDB soma 54,2% e o PT 45,2%.  

 De acordo com o analista político Maurício Romão, os resultados  refletem a estagnação do quociente de Dilma Rousseff no primeiro turno. “De fato, as últimas 10 pesquisas do primeiro turno indicaram que Dilma tinha chegado à reta final do pleito com um teto de 40% de manifestações de voto. Das 10 pesquisas finais do primeiro turno, em oito as intenções de voto da petista cravaram o mesmo número: 40%. Os números totais da pesquisa do Instituto Paraná no segundo turno, dada a vantagem elástica para o oposicionista, mostram que a presidente tem pouco espaço para garimpar votos no conjunto dos brancos, nulos e indecisos, e que só pode evoluir mesmo, a ponto de equilibrar a peleja, retirando votos do tucano”, pontuou. 

Segundo o analista, o pleito de 2014 quebrou paradigmas, pois com base em disputas presidenciais anteriores o candidato que terminou o primeiro turno na frente, permanece na mesma posição nas primeiras análises de intenções de votos. Nesta eleição houve uma virada, onde o opositor supera o líder do primeiro turno. 

Apesar de Aécio neves ter conquistado um maior número de partidos aliados, Maurício Romão atribui o resultado da pesquisa a insatisfação popular, em relação ao atual governo. “Se no primeiro turno Dilma conquistou 41,59% dos votos válidos, quer dizer que 58,41% dos eleitores não querem manter a presidente no poder. Então o percentual de votos conquistado pelos demais candidatos acabou migrando para Aécio. Os apoios formalizam o que tem sido concretizado nas pesquisas”, informou. 

Mas Romão ainda considera prematuro avaliar o cenário final do pleito e defende que para a presidente conseguir virar o quadro precisa pleitear os votos dos eleitores que se mostraram favoráveis a Aécio e não apenas os indecisos. Segundo o analista, o PT pode utilizar o tempo de guia para, além de apresentar as propostas, desconstruir a imagem do tucano. 

 

 


O senador e deputado federal eleito, Jarbas Vasconcelos (PMDB), já anunciou que fará oposição a Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. O peemedebista, que apoiava a eleição de Marina Silva (PSB) à presidência da República, pretende se engajar na campanha do tucano, Aécio Neves (PSDB). Tecendo críticas a administração petista, Jarbas comentou que na atual gestão a inflação voltou a subir e o

governo acumula problemas. “O governo Dilma Rousseff bagunçou as contas públicas, permitiu que a inflação voltasse a assombrar os trabalhadores e é tolerante, conivente e até cúmplice da corrupção que hoje toma conta de todas as esferas da administração federal. É o que nos revelam as recentes investigações da Polícia Federal sobre a roubalheira bilionária na Petrobras, sem falar no uso e abuso político dos Correios, do escândalo do Mensalão”, alfinetou.

##RECOMENDA##

De acordo com o senador, o Brasil necessita de mudanças e por esse motivo resolveu apoiar Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva, após a morte do ex-governador de Pernambuco. Ele afirma que Aécio é capaz de proporcionar as transformações que o país precisa, por isso matem o seu apoio. “Aécio tem história. É um homem afável, preparado, correto, que já provou que sabe governar. É um gestor experiente e articulado. Aécio é um líder político com a generosidade e a sensibilidade de governar para todos. Aécio representa a possibilidade real de virarmos a página de um ciclo que se esgotou – socialmente, economicamente e politicamente”, concluiu Jarbas Vasconcelos.

Em nota, o peemedebista informou que cumpre agenda em São Paulo, esta segunda-feira (6), para oficializar o apoio ao tucano na disputa presidencial.  

 

Faltando apenas três dias para o pleito, a população já está familiarizada com os candidatos que disputam a presidência da república. O número de eleitores que declararam nunca ter ouvido falar em Dilma Rousseff (PT) alcança apenas 3%. A candidata do PSB aparece com 9%, seguida pelo representante tucano, Aécio Neves (PSDB), que soma 17%. Os dados são baseados no levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado esta quinta (2). 

Como era de se esperar, a candidata petista, que assumiu a gestão do país em 2010, é a candidata mais conhecida. Entre os eleitores entrevistados, 56% declararam conhecer muito bem a presidente, enquanto 38% fizeram a mesma referência à socialista e 22% ao tucano. 

##RECOMENDA##

Os candidatos dos partidos nanicos não conquistaram mais de quatro pontos percentuais. Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV), alcançaram esta pontuação. Já o Pastor Everaldo (PSC) aparece com 3% e os demais candidatos somam dois pontos.       

De acordo com o analista político Maurício Romão, o nível de conhecimento dos candidatos tem grande relação com a propaganda eleitoral, pois aproxima os eleitores dos candidatos e, consequentemente, refletirá no resultado das eleições. “O eleitor não vota em quem não conhece. O grau de conhecimento é uma das variáveis que mais colaboram com as intenções de votos. Se a disputa partir para o segundo turno, a candidata do PSB poderá se tornar ainda mais conhecida, porque terá o mesmo tempo destinado ao seu opositor”, pontuou o analista.  

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando