Problemas financeiros ainda assombram Moreno, diz Dilsinho

O prefeito fez críticas ao governo federal e a gestão passada, que segundo ele deixou a cidade um “caos”

por Giselly Santos sex, 29/11/2013 - 16:19
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo O gestor afirmou que tem enfrentado os desafios financeiros e espera que em 2014 Moreno esteja sem problemas nesta área Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Após 11 meses à frente da gestão de Moreno, o prefeito Adilson Gomes Filho (PSB), mais conhecido como Dilsinho, ainda está tentando driblar os problemas, segundo ele, deixados pela última gestão administrada pelo peemedebista Edvard Bernardo. Em conversa com o Portal LeiaJá, o socialista afirmou que a cidade ainda está sendo assombrada por problemas financeiros e que as folhas de pagamento deixadas pela última gestão ainda não terminaram de ser pagas. 

“Temos apagado muitos incêndios do passado, o ano (2013) foi praticamente tentando corrigir as pendências das gestões passadas para poder dar conta dos desafios que não são poucos. É o primeiro ano de trabalho e o orçamento não foi feito por nós, sim pela gestão passada. A gente tem que fazer o dever de casa, para os frutos começarem a aparecer no ano que vem”, afirmou Adilson.

Algumas denúncias apontaram que o prefeito estava atrasando os salários e não iria pagar o décimo terceiro aos servidores, o que foi negado pelo prefeito. “O salário (da atual gestão) está em dia, o que ainda não conseguimos pagar na totalidade foram os salários atrasados da gestão passada. A gente pagou 80% dos salários, ele deixou três folhas, ainda faltam 20% que não pagaremos este ano, vai ficar para 2014. Agora nossos salários de 2013 estão todos em dia. Inclusive pagamos hoje a folha de novembro. E o décimo vamos pagar em dezembro”, detalhou.

De acordo com o socialista a prefeitura tem cumprido até obrigações que seriam do Governo Federal. “Todos os meses estamos tendo frustração de receita, perda de arrecadação e os problemas só fazem aumentar. A gente já banca praticamente tudo no município, os programas do Governo Federal nós temos que arcar com quase que a totalidade, às vezes o que chega não cobre nem metade do que a gente precisa. Todos os anos a gente vê o aumento de recursos nos outros municípios, mas aqui não vemos chegar nada. E aí a nossa conta termina não fechando no fim do mês”, disparou.

No último dia 20 servidores, sindicalistas e estudantes protestaram em frente à prefeitura reivindicando a melhoria em algumas áreas da cidade como educação e saúde, que ainda estão em desfalque. Os manifestantes ecoavam “fora Dilsinho” e expressavam nos cartazes a indignação. 

Segundo o prefeito, as reivindicações dos que protestavam foram ouvidas e estão sendo analisadas por uma comissão. “Recebemos uma pauta dos servidores que protestaram e criamos uma comissão para avaliar as reivindicações. Agora no meio desses servidores também tinha a oposição, inconformada por ter perdido a eleição, querendo tirar proveito e fazer um ato político. Eles se apossaram do microfone e começaram a fazer ataques políticos”, disse o socialista, completando que a prefeitura começou a realizar reuniões para discutir os problemas por área. “Queremos resolver os problemas da cidade”, ressaltou. 

Para ele, a oposição é culpada pelo atual cenário da gestão em Moreno. “O programa de governo é feito para ser cumprido durante os quatro anos e nós estamos no primeiro, mas já fizemos muitas ações. Os que criticam foram sócios do caos que Moreno vive, ele (o caos) não nasceu em janeiro de 2013 é oriundo das outras gestões”, disse em resposta a alguns vereadores, como Irapoã Neves, que estão cobrando a execução do programa apresentado por Dilsinho durante as eleições em 2012. 

 

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