Senadores querem bom senso e reflexão com 'rolezinhos'

Parlamentares avaliam que movimento é novo e exige análise cuidadosa

seg, 20/01/2014 - 16:15

O encontro de jovens da periferia em shoppings de grandes cidades, combinado pelas redes sociais, virou polêmica nacional e foi parar na justiça. Diante da repressão policial e da crítica de lojistas e empresários, senadores pedem bom senso para que os "rolezinhos" não gerem violência ou discriminação.

Na avaliação da presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), Ana Rita (PT-ES), esse tipo de movimento é novo e exige análise cuidadosa. “É um negócio extremamente novo, nunca aconteceu no nosso país, está começando agora. Então, acho que a gente tem que conversar sobre isso. Merece uma reflexão”, disse a petista.

De acordo com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) qualquer pessoa tem o direito de frequentar espaços públicos, desde que de forma pacífica. “Os shoppings devem assegurar o direito de toda e qualquer pessoa que tenha um comportamento civilizado e não de destruição ou de perturbação”, disse.

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), as pessoas não podem ser proibidas de frequentar espaços abertos ao público em razão de sua aparência ou classe social. Ele defende o diálogo para resolver a situação de conflito. “Simplesmente proibir eu acho que é descabido. Por que vão proibir certos setores de ali andar? Agora, cuidar, conversar, dialogar, exigir a linha de uma conduta adequada com aquele ambiente eu não vejo problema nenhum. Não dá pra fazer disso uma guerra” afirmou o parlamentar.

Opinião semelhante tem a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Distrito Federal, Indira Quaresma, que alerta para o fato de a Constituição vedar o racismo e a discriminação. “Se as pessoas estão indo ao shopping, exercendo o direito de ir e vir, num lugar aberto ao público, ainda que cantando ou manifestando sua opinião de alguma forma, desde que não agridam ninguém, elas têm todo o direito de estar lá. Vamos fazer todo o possível para que esse direito de liberdade e de manifestação seja respeitado”, relatou a advogada.

Com informações da Agência Brasil.



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