Em PE, Marina Silva abre vantagem sobre Dilma Rousseff

No estado, Marina tem 41% das intenções de voto e a presidente 35% da preferência

por Giselly Santos seg, 01/09/2014 - 00:00

A sucessora do ex-governador Eduardo Campos (PSB) na disputa presidencial, Marina Silva (PSB), desponta como a preferida pelos pernambucanos para comandar o Palácio do Planalto. Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado nesta segunda-feira (1º), a socialista teria 41% dos votos no estado, caso as eleições fossem hoje. 

Em contraponto, a amostra aponta uma leve queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). Ela aparece com 35% das intenções de votos. O candidato do PSDB, Aécio Neves configura o terceiro lugar na disputa, com 3% da preferência, já o Pastor Everaldo (PSC) chega a 1%. Os postulantes Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Rui Costa Pimenta (PCO), Eduardo Jorge (PV), Mauro Iasi (PCB) e Luciana Genro (PSOL) não contabilizaram um ponto percentual. Os indecisos somam 20%.

Marina passou a ser a cabeça de chapa do PSB após a morte de Campos, no último dia 13, que causou uma comoção no eleitorado, principalmente em Pernambuco. Para o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, o sentimento da população não define o pleito eleitoral ainda. “É o mesmo resultado de Paulo Câmara, a tragédia permitiu que ela se tornasse conhecida como a candidata de Eduardo”, observa Oliveira. “Ela pode manter a liderança, como Dilma recuperar a popularidade. Não posso afirmar, por hora, que Dilma não possa se recuperar e ganhar a eleição em Pernambuco”, acrescentou. 

Corroborando Oliveira, o analista Maurício Romão pontuou que além do fator emotivo, Marina configura em Pernambuco, apesar da força das lideranças petistas, uma grande preferência dos votos desde 2010, quando ela disputou a presidência da República pela primeira vez. “Ela tem um desempenho eleitoral e político considerável em Pernambuco. Ganhou de (José) Serra em 2010. Ela já tinha um recall em no estado denso”, frisou o estudioso que também coordena o levantamento do IPMN. 

Outros percentuais

Quando a intenção de voto é aferida por região do estado, Marina permanece na liderança em quase todas, perdendo para Dilma apenas no Sertão e no Vale do São Francisco. Na capital pernambucana, a ambientalista aparece com 53% da preferência, já Dilma aponta na casa dos 24%. Neste quadro o tucano teria 2% dos votos e Luciana Genro 1%. Nas outras cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), Marina chega ao índice de 45% dos votos e a petista iria à casa dos 30%. Aécio Neves receberia 2% dos votos e Pastor Everaldo 1%. 

Na Zona da Mata, a socialista é a opção para 42% dos entrevistados e Dilma para 31%. Aécio Neves, nesta região, chegaria à casa dos 4%. Quando os eleitores residem no Agreste, o quadro começa a ser favorável a Dilma. Ela receberia 37% das intenções de voto, Marina 34%, Aécio 4% e Pastor Everaldo 1%. Para os sertanejos Dilma deveria ser reeleita. A petista receberia 52% dos votos nas cidades da região, a ambientalista teria 32% e o tucano 3%. No São Francisco a presidente receberia 55% da preferência, Marina 30%, Aécio e Pastor Everaldo 1%. 

No quesito escolaridade, Marina Silva receberia 50% dos votos de pessoas que concluíram o ensino médio e o superior. Para estes, Dilma teria 23% para aqueles 23%. A preferência maior por Dilma é entre os entrevistados que estudaram até o ensino fundamental, até a 3ª série ela teria 45% dos votos. Os candidatos não citados nas regiões e por nível de escolaridade não atingiu 1% das intenções.

Números espontâneos

Quando o nome dos candidatos não é listado para os entrevistados, o quadro permanece favorável a Marina Silva. A pessebista aparece com 39% das intenções e Dilma tem 32% da preferência. Aécio Neves é a opção para 2% dos pernambucanos. Mesmo não estando na disputa, o ex-presidente Lula (PT) é indicado por 1% dos eleitores para administrar o Palácio do Planalto, o número se repete em menções a Eduardo Campos. Neste cenário os indecisos atingem a casa dos 23%.

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