Debate envolve denúncias de corrupção na Petrobras
Presidenciáveis trocaram acusações. Embate foi o último antes do primeiro turno, marcado para este domingo (5)
Os escândalos de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras foram destaques nos embates ocorridos no último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno dessas eleições, realizado na noite dessa quinta-feira (2) na Rede Globo.
Logo na primeira pergunta, a candidata do PSOL, Luciana Genro, indagou Dilma Rousseff sobre se os casos de corrupção eram resultado da aliança que o Partido dos Trabalhadores havia feito com os partidos de direita. Dilma rebateu ao defender as ações do governo para combater a impunidade e os atos ilícitos no setor público. “Não acho que sejam alianças que definam corruptos. Não acredito que tenha alguém acima de corrupção. Acho que todo mundo pode cometer corrupção. As instituições é que têm que ser virtuosas de impedirem que isso ocorra”, declarou.
Em seguida, o pastor Everaldo (PSC) perguntou ao candidato do PSDB, Aécio Neves, sobre o suposto uso político dos Correios em favor da campanha petista. Na resposta, o tucano disse: "É vergonhoso o que vem acontecendo no governo, a Petrobras deixou as páginas de economia para as páginas policiais. Os Correios, centenário, estão à serviço da candidatura do PT em Minas Gerais. E quem disse isso foi uma liderança do Partido dos Trabalhadores. Boa parte da correspondência enviada por nós não chegou aos destinatários", declarou.
Na réplica, Pastor Everaldo disse que os Correios estão processando sua candidatura porque ele denunciou esses escândalos da estatal. "Estão tentando calar a boca de quem diz a verdade. Basta dessa corrupção", emendou. Aécio, na tréplica, disse que encontrou essa indignação em todo o Brasil, de pessoas que não aguentam mais ver o Estado brasileiro a serviço de um projeto de poder. "É este vale tudo", disse, citando inclusive os ataques da campanha do PT a Marina Silva, sua adversária do PSB.
Aécio também atacou a adversária do PT: "Dilma disse que demitiu o diretor Paulo Roberto da Costa, mas a ata da Petrobras disse que ele renunciou. Além disso, ele recebeu elogios por sua atuação. Este senhor está sendo obrigado a devolver R$ 70 milhões roubados da Petrobras", salientou. Em outro momento, Dilma leu um trecho do depoimento de Costa na CPI da Petrobras, quando explicou que ele fez a carta de renúncia após saber que seria substituído. ”Eu queria dizer que tem gente que combate a corrupção, como eu, para fortalecer a Petrobras. Te outras pessoas que combatem a corrupção para enfraquecer a Petrobras porque querem a sua privatização”, acusou.
O tucano disse que não quer privatizar a estatal. “A Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros, tendo uma gestão de empresa profissional, para que engrandeça a empresa e não a diminua como está ocorrendo no atual governo”, disparou.