Rollemberg evita falar em acordos para 2º turno no DF
Candidato ao governo do Distrito Federal comemorou a primeira colocação no primeiro turno
O candidato do PSB ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, comemorou neste domingo (5) a primeira colocação no primeiro turno das eleições para o governo do DF e evitou dizer se aceitaria um diálogo com o PT local no segundo turno. "Não vamos procurar partidos, não vamos procurar candidatos. Vamos dialogar com a população", afirmou.
Questionado se aceitaria a participação do PT em um eventual governo, Rollemberg desconversou e cutucou o adversário petista. "Não estamos discutindo participação em governo. O candidato Agnelo (Queiroz, do PT) tinha apoio de mais de 15 partidos e não foi sequer para o segundo turno", disse, acrescentando que a população está insatisfeita com os partidos políticos.
Rollemberg ficou na primeira posição da corrida eleitoral para o governo do DF, com mais de 45% dos votos, quando havia 99,95% das urnas apuradas. Em segundo lugar ficou Jofran Frejat (PR), com quase 28% dos votos. O atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT, ficou com pouco mais de 20% dos votos e não irá para o segundo turno.
O candidato do PSB acompanhou a apuração dos votos acompanhado da família e foi para o comitê de sua campanha, na região central de Brasília, quando os dados do TSE já indicavam com certeza o segundo turno nas eleições para o governo do DF. Antes da chegada dele, com cerca de 80% das urnas apuradas, os apoiadores do candidato soltaram fogos de artifício em frente ao comitê e comemoraram com cerveja e refrigerantes.
Questionado sobre os planos de atuação no segundo turno, Rollemberg disse que a estratégia não mudará. "O segundo turno é uma outra eleição, mas a estratégia é a mesma", disse. "Vamos continuar dialogando com a população e apresentando propostas. Teremos mais tempo para fazer isso. Eu tenho certeza que nosso programa de governo expressa o desejo de mudança da população de Brasília".
Na pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 1º e 2 de outubro, a simulação do segundo turno entre Rollemberg e Frejat aponta que o senador venceria com 56% dos votos, enquanto o candidato do PR teria 30%.
Reviravolta
A liderança de Rollemberg na corrida eleitoral do DF é resultado de uma reviravolta causada pela disputa do governo do DF, desde que o ex-governador José Roberto Arruda (PR) desistiu de concorrer ao governo, no dia 13 de setembro, sendo substituído por Jofran Frejat, que ocupava o posto de vice na chapa. Arruda foi preso pela Polícia Federal quando governou o DF, entre 2006 e 2010, e vinha enfrentando uma batalha judicial para conseguir permanecer na disputa deste ano por ter sido enquadrado como ficha suja.
Arruda, que chegou a liderar as pesquisas no DF, é suspeito de envolvimento com um esquema de compra de apoio político conhecido como "mensalão do DEM", partido ao qual era filiado quando chefiou o Distrito Federal anteriormente. O caso veio à tona há quatro anos, com a divulgação de vídeos de Arruda e de aliados recebendo dinheiro.
Carioca, com 55 anos, Rollemberg já foi deputado distrital, secretário de Turismo, Lazer e Juventude do Distrito Federal e deputado federal. Senador pelo DF e líder do PSB no Senado, Rollemberg integra as comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA); Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT); Assuntos Econômicos (CAE); e Assuntos Sociais (CAS); além de presidir a Comissão Especial de Modernização do Código de Defesa do Consumidor.