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Por 365 votos a favor, 116 contra e uma abstenção, a Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, o texto-base da reforma tributária sobre o consumo. Os parlamentares votaram dois destaques antes de concluir a sessão. O primeiro manteve o texto original, mas o segundo retirou as armas e munições do imposto seletivo, por 293 votos a favor e 193 contrários.

Como a reforma tributária não sofreu alterações de mérito em relação ao texto aprovado pelo Senado, o Congresso promulgará a emenda constitucional da reforma tributária na próxima semana, anunciou mais cedo o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do Governo na Câmara. Com o fim da votação, o Congresso conclui mais de 30 anos de discussões, após sucessivas propostas que não prosperaram nas últimas décadas.

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“Neste momento histórico em que muitos de nós perguntamos se está acontecendo, o parlamento brasileiro entregou um novo sistema tributário. Esse sistema que nós temos está falido há muito tempo. A carga [tributária] é altíssima no país, mas estamos reduzindo porque aumentamos a base de arrecadação. Hoje, quem paga são os que menos têm e mais precisam”, declarou o relator da reforma e líder da maioria na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Por volta das 17h30, a Câmara tinha aprovado o texto-base da reforma tributária em primeiro turno. Após cerca de três horas de debate, os deputados aprovaram três destaques e rejeitaram sete. Os destaques aprovados mantiveram incentivos ao setor automotivo e a fabricantes de baterias do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e reinstituíram a autorização para que o salário de auditores-fiscais estaduais e municipais sejam igualados aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os destaques rejeitados impediram alterações em relação ao texto do relator. Os parlamentares não reincluíram os regimes específicos para os setores de saneamento e concessão de rodovias. Mais cedo, os deputados mantiveram, por 326 votos a 161, o imposto seletivo sobre os armamentos e as munições, exceto se comprados pela Administração Pública, mas a questão acabou revertida posteriormente. O imposto seletivo incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Relator

O relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), retirou vários pontos incluídos pelo Senado no início de novembro. Caíram a cesta básica estendida, que teria alíquota reduzida em 60%, e regimes especiais para o saneamento e o transporte aéreo. Em contrapartida, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), manteve o benefício a profissionais liberais, que pagarão alíquota 30% menor.

A retirada de exceções tem como objetivo reduzir a alíquota padrão do futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). Quando a reforma foi aprovada pela primeira vez na Câmara, em julho, o Ministério da Fazenda estimava que o IVA cobrado sobre a maioria dos produtos ficaria entre 24,45% e 27%.

Com as exceções incluídas pelo Senado, a alíquota subiria para 27,5%. Isso faria o Brasil ter a maior alíquota entre os países que adotam o imposto tipo IVA. Atualmente, o país com o IVA mais alto é a Hungria, com 27% de imposto.

Sessão híbrida

A segunda votação da reforma tributária na Câmara começou pouco antes das 15h e está sendo realizada em caráter híbrido, com alguns parlamentares no plenário e outros votando pela internet. A oposição tentou obstruir a votação ao longo do dia, mas o presidente da Casa, Arthur Lira, manteve a votação dos dois turnos da PEC nesta sexta-feira.

Como a Câmara apenas retirou e reinstituiu pontos da PEC aprovada pelos senadores, sem mudar o mérito, a proposta não precisa voltar ao Senado.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou na manhã desta segunda-feira, 20, suas primeiras medidas entre nomes do seu gabinete, viagens internacionais e empresas a serem privatizadas. O libertário foi eleito na noite de domingo, 19, o novo presidente da Argentina em um histórico resultado de 55,6% dos votos contra 44,3% do seu rival, o peronista Sergio Massa.

Já na noite de domingo, em seu discurso de vitória, o libertário disse que pretende manter suas promessas de campanha, mas não citou a controvertida dolarização. Hoje, porém, ele reiterou os planos de fechar o Banco Central, mas alertou que a inflação deve demorar até dois anos para retroceder. "Vamos começar primeiro pela reforma do Estado e pela resolução do problema dos Leliqs [liquidez do Banco Central]", disse.

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Em entrevista a rádios argentinas, Milei confirmou uma promessa de campanha ao anunciar a privatização dos meios de comunicação públicos do país, entre eles: TV Pública, Télam e Rádio Nacional. "Consideramos que a TV Pública se tornou um mecanismo de propaganda", disse em entrevista à rádio Mitre. Segundo ele, esses veículos teriam se transformado em propaganda peronista e parte da campanha de medo promovida contra ele na campanha.

Ele também confirmou a privatização da estatal de petróleo e gás YPF, que recentemente esteve no meio de uma crise de combustíveis no país. "Tudo o que pode estar nas mãos do setor privado, vai estar nas mãos do setor privado", disse. O presidente eleito, porém, não definiu uma data para as privatizações.

"Primeiro é preciso recompor a YPF. Desde que Kicillof decidiu nacionalizá-la, a deterioração que foi feita à empresa em termos de resultados para que ela valha menos do que quando foi expropriada... Obviamente a primeira coisa a fazer é reconstruí-la", afirmou, citando Axel Kicillof, o governador kirchnerista reeleito de Buenos Aires.

As privatizações são um projeto central de seu futuro governo, que visa reduzir o tamanho do Estado argentino, que atualmente consome 42% de seu Produto Interno Bruto e com baixa taxa de eficiência, segundo avaliações do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Áreas mais polêmicas, porém, ficaram de fora em um primeiro momento, como Saúde e Educação. Estudos mostram que os argentinos, embora estejam mais liberais, são contra a privatização dessas duas áreas.

"Nem a Educação nem a Saúde podem ser privatizadas, são responsabilidades das províncias. O melhor é sempre subsidiar a procura e não a oferta, mas isso ainda não vai acontecer no curto prazo", disse.

A dúvida, porém, é se poderá de fato realizar essas privatizações, já que necessita do apoio do Congresso, onde não tem maioria. Neste sentido, as alianças que deve construir, especialmente com o partido Proposta Republicana (PRO) de Mauricio Macri será essencial.

Outras medidas anunciadas pelo novo presidente são as primeiras viagens internacionais. Nesse sentido, o Brasil ficou de fora dos primeiros destinos, quebrando uma tradição de o presidente eleito da Argentina visitar primeiro Brasília e vice-versa.

Em entrevista à mesma rádio, Milei anunciou que sua primeira viagem será aos Estados Unidos e depois Israel, destinos que deve visitar antes mesmo da posse em 10 de dezembro. "A viagem tem uma conotação mais espiritual do que outras características", afirmou.

Entre os primeiros nomes de seu governo estão o advogado Mariano Cúneo Libarona para o Ministério da Justiça e Carolina Píparo será a nova chefe da Anses, entidade que cuida da assistência social do país e esteve sob o guarda-chuva do La Cámpora, grupo de jovens de esquerda do kirchnerismo.

Outros nomes ainda são aguardados, principalmente o do próximo ministro da Economia. Na noite de domingo, Milei se reuniu com Macri e Patricia Bullrich, candidata derrotada do PRO no primeiro turno, possivelmente para costurar nomes em seu governo. O libertário prometeu reduzir o número de ministérios de 18 para 8.

O libertário também deve se reunir nesta segunda com o presidente Alberto Fernández para tratar da transição presidencial, reunião que deve também definir o futuro de Sergio Massa em meio a rumores de demissão.

O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, deve renunciar ao cargo após reunião entre o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e o atual mandatário, Alberto Fernández, que deve ocorrer nesta segunda-feira (20), para iniciar o processo de transição. O presidente eleito assume o cargo no dia 10 de dezembro.

De acordo com a imprensa argentina, citando funcionários do ministério, Sergio Massa espera os resultados dessa reunião para decidir se segue no cargo até o fim do mandato de Fernández. A equipe econômica que participará da transição terá o presidente do Banco Central, Miguel Pesce, e o secretário da Fazenda, Raúl Rigo.

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Milei criticou em seu discurso da vitória a postura de Sergio Massa e pediu que ele "assumisse o comando" até o final do mandato. O candidato peronista se desvinculou dos próximos dias de governo em seu discurso assumindo a derrota. "A partir de amanhã (segunda-feira, 20), a tarefa de dar certeza e transmitir garantias sobre o funcionamento político, social e econômico é responsabilidade do presidente eleito. Esperamos que ele o faça", disse Massa durante o discurso. "A partir de amanhã, a responsabilidade pela economia é sua".

Pouco depois, Alberto Fernández se juntou ao apelo de Massa e propôs ao libertário uma reunião nesta segunda-feira. "Espero que amanhã possamos começar a trabalhar com Javier Milei para garantir uma transição ordenada", ele tuitou.

Mas Milei não aceitou a proposta e descartou a possibilidade de assumir o comando do curso econômico a partir de segunda-feira, colocando a transição em crise.

"Queremos pedir ao governo que seja responsável, que entenda que uma nova Argentina chegou e que aja de acordo. Que assumam sua responsabilidade até o final do mandato em 10/12", disse Milei.

O boato mais relevante é o de que Massa tiraria uma licença do Ministério da Economia, uma ideia surpreendente porque implicaria em sua demissão do cargo. Em resumo, a medida seria uma fuga do governo. A comitiva de Massa não confirmou nem negou a versão aos veículos argentinos.

Segundo o site argentino La Politica, o Ministério da Economia está considerando decretar um feriado cambial na terça-feira , 21, para ter uma "margem mínima para chegar a um acordo sobre algumas medidas com Milei". Dessa forma, tentariam adiar uma alta do dólar.

Por enquanto, o pouco que se sabe sobre o governo é que Massa designaria Miguel Pesce e Raúl Rigo como responsáveis pela transição. No La Libertad Avanza, o ativista Iñaki Gutiérrez, que é muito próximo do presidente eleito, disse que a equipe de transição seria liderada por Karina Milei, irmã de Javier.

O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou em discurso da vitória realizado na noite desse domingo (19), que começará a realizar o processo de reconstrução da Argentina.

"Hoje começa o fim da decadência da Argentina. Hoje viramos a página da nossa história, acabamos com o modelo do Estado provedor, que só beneficia alguns. Termina a visão de que os agressores são as vítimas e as vítimas são os agressores", afirmou Milei.

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O novo mandatário agradeceu ao ex-presidente Mauricio Macri e à candidata de Macri, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, Patricia Bullrich, pelo apoio concedido no segundo turno contra o peronista Sergio Massa. Milei agradeceu também aos eleitores que realizaram a fiscalização dos votos impressos, em meio aos questionamentos que, até então, ele mesmo fez quanto à possibilidade de fraudes.

"Vamos mais uma vez abraçar a ideia da liberdade. As mudanças que o nosso país precisa são drásticas, não temos lugar para fraqueza. Se não avançarmos com as mudanças que a Argentina precisa, nos dirigiremos à maior crise da história", afirmou o presidente eleito. "Queremos fazer as coisas que, na história, se mostraram as corretas para a prosperidade do país", afirmou.

Javier Milei também afirmou, no discurso, que terá compromisso com a democracia, com o livre mercado e com a paz.

O novo representante do poder Executivo disse que todos que em algum momento foram contra as ideias da sua candidatura serão bem-vindos para contribuir com o novo governo, mas ressaltou que não irá tolerar ações violentas.

"Sabemos que haverá resistência e as pessoas vão querer manter esse sistema de privilégios. Mas na nova Argentina não há lugar para violência, seremos implacáveis contra quem utilizar a força. Quero dizer que o nosso compromisso é com a democracia, o livre mercado e a paz", afirmou o presidente eleito.

Milei acrescentou ainda que a situação política e econômica da Argentina é sombria, mas o novo mandatário vislumbra um futuro para o país, e que ele é liberal. Segundo Milei, o modelo do estado indutor da economia só beneficiava a alguns, e o país mais uma vez vai abraçar a ideia da liberdade.

Contas fiscais

Milei afirmou que terá a determinação para acertar as contas fiscais. Segundo o novo mandatário, a tarefa de ajuste do orçamento e dos gastos públicos não é uma tarefa para fracos, covardes e corruptos.

"Além da euforia e da tarefa gigantesca que temos pela frente, lembrem-se que o nosso modelo se baseia no respeito irrestrito ao próximo baseado na não agressão, no direito à vida, à liberdade e à propriedade", afirmou Milei.

O novo presidente acrescentou que os países que adotam o modelo de livre mercado são mais ricos, e que a Argentina voltará a ser uma grande potência, como o foi no século 19. "Os países que abraçam a ideia de liberdade são oito vezes mais ricos, as pessoas vivem 20% a mais", disse Milei. "Temos a determinação de colocar a Argentina de pé mais uma vez."

Ao final do discurso da vitória, Milei impulsionou o coro: "Viva a liberdade! Viva a liberdade!"

Pela primeira vez desde a redemocratização, a Argentina não será governada por um peronista ou pela oposição tradicional de centro-direita. Com a promessa de realizar cortes radicais para reduzir o tamanho do Estado argentino, o libertário Javier Milei, um neófito na política local, rompeu a bolha e será o novo presidente do país a partir de 10 de dezembro.

Com um comparecimento de 76%, dois pontos a mais que no primeiro turno, Milei derrotou o governista Sergio Massa mesmo sem contar com a máquina do governo peronista, especialmente o apoio de prefeitos e governadores espalhados pelo interior da Argentina. De acordo com a apuração, Milei teve 55,8% dos votos. Massa, 44,2%.

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A sensação de vitória já era palpável bem cedo, assim que as urnas foram lacradas, antes da divulgação do resultado. No Hotel Libertador, na região central da capital argentina, o libertário acompanhou a apuração cercado de aliados e reconheceu que as eleições "foram transparentes" - um contraste com a véspera da votação, quando sua campanha havia questionado o resultado, mesmo sem apresentar evidências de fraude.

TELEFONEMA

No início da noite, Massa telefonou para Milei e reconheceu a derrota. O candidato peronista acompanhou a apuração no complexo Art Media, no bairro de Chacaritas, e discursou antes mesmo da chegada dos primeiros números oficiais.

"Hoje, acaba uma etapa da minha vida", disse. "Quero dizer que os resultados, obviamente, não são os que esperávamos e tenho me comunicado com Milei para felicitá-lo, porque ele é o presidente e é quem vai liderar a Argentina pelos próximos quatro anos."

O pronunciamento de Massa foi a senha para explodir o bunker de Milei, onde o clima de animação e otimismo descambou rapidamente para uma festa completa, com direito a troca de abraços e rock'n roll tocado por DJs. Apoiadores gritavam "Temos presidente" e se diziam orgulhosos do resultado.

Os mais animados eram os jovens, um segmento do eleitorado que apoiou em peso o libertário. Fermin Cabezas, de 14 anos, estava exultante, apesar de não ter idade para votar. "Estou emocionado. Era triste ver a Argentina que já se foi e a economia piorar a cada dia. Mas finalmente vem uma mudança."

FORÇA

Antes de a campanha começar, Milei era um candidato improvável. Para ocupar a Casa Rosada, primeiro ele teria de derrubar a oposição tradicional, a centro-direita capitaneada pelo ex-presidente Mauricio Macri, que sempre carregou a bandeira do antiperonismo.

Desde o início, Milei se apresentou como uma figura estranha, de fora do sistema, que minimizava o impacto da ditadura militar em um país traumatizado pelo regime autoritário. Com um cabelo cuidadosamente despenteado, com as costeletas de Elvis Presley, ele empunhava uma motosserra com a qual cortaria o Estado, exterminando ministérios. Em sua lista de promessas estão ainda a dolarização da economia e o fim do Banco Central.

Para a surpresa do establishment, ele deixou para trás Patricia Bullrich, candidata do macrismo, e foi para a disputa do segundo contra Massa, o ministro da Economia de um governo impopular, chefiado por Alberto Fernández, que deixa de herança uma inflação anual de 140% e uma taxa de pobreza que afeta cerca de 40% da população.

Para derrotar Massa, Milei moderou seu discurso e buscou apoio de Bullrich e Macri. Na reta final, tentou se esquivar das bombas que ele mesmo montou, desdizendo algumas ideias lançadas durante a campanha. Depois de sugerir a liberação da venda de armas, disse que o tema não fazia parte de sua plataforma. Propôs liberar a venda de órgãos, mas recuou no último debate presidencial.

INCÓGNITAS

Agora na Casa Rosada, Milei levanta uma série de dúvidas, que não se restringem apenas à viabilidade de sua agenda econômica ultraliberal. A principal delas é o futuro da relação com o Brasil. O libertário não esconde sua antipatia pelo Mercosul e pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chama de "comunista".

O Brasil, no entanto, é o maior parceiro comercial da Argentina, uma interdependência com impacto nos dois lados da fronteira. O próprio Milei já tratou de conter os rumores de que pretende romper relações com Brasília, afirmando que prefere que os laços sejam levados adiante por empresários.

Mas a simpatia do governo brasileiro por Massa - explícita durante a campanha - pode criar ruídos na relação. Por outro lado, o peronismo, historicamente protecionista e nacionalista, era muitas vezes um entrave à integração. O futuro agora está na habilidade de Milei governar sem olhar para o retrovisor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As eleições na Argentina terminaram às 18h deste domingo, 19. A partir de agora, dá-se início ao processo de contagem dos votos a partir das cédulas depositadas, visto que a apuração no País ocorre de forma manual.

De acordo com o anúncio feito pela Câmara Eleitoral da Argentina, a participação do eleitorado no segundo turno foi de 62% até as 16h. De acordo com o jornal Clarín, fontes oficiais do governo apontaram, de forma não oficial, que a participação chegou a 76%.

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Uma mulher que se voluntariou para trabalhar na fiscalização da eleição na Argentina pelo partido La Libertad Avanza, do candidato libertário Javier Milei, foi expulsa na manhã deste domingo, 19, de uma escola na cidade de Quilmes, em Buenos Aires, depois de ser acusada de tentar roubar envelopes que continham cédulas da seção eleitoral.

A mulher foi revistada pela polícia e por agentes da Prefeitura na escola Chaparral. Posteriormente ela foi expulsa do local pela polícia federal argentina. O momento em que os agentes federais retiravam a fiscal eleitoral da instituição foi registrado em vídeos por várias testemunhas.

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Até o meio-dia deste domingo, cerca de 30% dos eleitores registrados nacionalmente haviam depositado seus votos para o segundo turno das eleições presidenciais da Argentina, segundo veículos da mídia local. O número reflete ritmo semelhante ao observado nas eleições primárias e no primeiro turno.

Candidatos ao pleito, o atual ministro da Economia, Sergio Massa, e o populista libertário Javier Milei já votaram em suas respectivas seções eleitorais.

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Massa afirmou que o processo ocorre "dentro da normalidade" e classificou as eleições como "muito importantes para decidir os próximos quatro anos" do país. "Convido todos os argentinos a passar este dia com reflexão, calma e esperança. Estamos iniciando uma nova etapa na Argentina, que requer, acima de tudo, o diálogo e o consenso necessários para seguir um caminho mais virtuoso no futuro", afirmou ele, durante coletiva de imprensa, conforme vídeo publicado pelo Clarín.

Milei também falou à imprensa, afirmando que realizou "todo o esforço possível", de acordo com o La Nacion. "Agora, que falem as urnas", disse, acrescentando que as cédulas estão funcionando sem problemas. Anteriormente, o candidato havia acusado o processo eleitoral de fraude e seu partido, La Libertad Avanza (LLA), reclamou de cédulas cortadas em algumas unidades eleitorais nesta manhã.

Órgãos públicos responsáveis pelas eleições - como a Junta Nacional Eleitoral e a Câmara Eleitoral - reiteraram diversas vezes a integridade e segurança do processo eleitoral argentino.

O ex-ministro das Comunicações, Fábio Faria, enviou, em 2022, uma proposta de discurso ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diante da derrota do conservador no segundo turno das Eleições 2022. O texto foi enviado ao então chanceler Carlos França, com cópia para o ajudante de ordens de Bolsonaro, Daniel Lopes de Lucca. O texto não chegou a ser usado pelo ex-presidente. 

A informação foi divulgada por parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e revelada pelo jornal O Globo, que teve acesso aos e-mails com o discurso. As mensagens são do dia 31 de outubro, 24h após a votação em segundo turno. 

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Caso tivesse utilizado a proposta, Bolsonaro teria repetido seu jargão "Brasil acima de tudo e Deus acima de todos" para ressaltar a soberania do país e, assim, o respeito à escolha dos eleitores. O ex-presidente, porém, optou pelo silêncio. Exceto pelo pronunciamento da terça-feira, 1º de novembro, dois dias após a derrota, Bolsonaro passou semanas sem se pronunciar publicamente e também não teve agenda.  

"Todos são testemunha do quão desigual foi o processo eleitoral. Começaram por tornar elegível alguém condenado em várias instâncias do Poder Judiciário. Mascararam a exitosa retomada econômica do Brasil em relação ao mundo pós pandemia. Ao contrário, focaram na desconstrução das minhas falas e em falsas narrativas", diz trecho do e-mail. 

O discurso no email também se queixava de "manipulação dos institutos de pesquisa e da grande mídia" e do bloqueio dos "grandes perfis de direita" nas redes sociais. 

Apesar disso, o texto trazia um reconhecimento da derrota.

"Mesmo assim, a diferença no resultado da votação em favor de meu adversário foi de apenas 1,8%. Estou certo de que, se houvesse imparcialidade e igualdade de tratamento, o resultado seria muito diferente." 

"Eu sempre disse que o Brasil está acima de tudo e Deus acima de todos e que daria minha vida pelo Brasil. Por esse motivo, não contestarei o resultado das eleições", diz trecho do discurso que não foi lido por Bolsonaro.

A Controladoria-Geral da União (CGU) retirou o sigilo, e os dados divulgados sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 30 de outubro do ano passado, data do segundo turno das eleições, mostram concentração "atípica" de operações na Região Nordeste. De acordo com uma tabela apresentada pelo ministro da Justiça e

Segurança Pública, Flávio Dino, 324 ônibus foram paralisados em estradas no Nordeste, o que representa cerca de 46% do total de veículos abordados em todo o país, 696. As demais regiões, juntas, tiveram 372 veículos parados. 

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"Temos agora a comprovação empírica, que nasce da própria Polícia Rodoviária Federal, no sentido de que houve um desvio de padrão, em relação à atuação rotineira, ordinária da PRF", afirmou Dino durante coletiva de imprensa para apresentar os dados, na tarde desta quinta-feira (20), em Brasília.

A revelação dos dados foi uma decisão da CGU a partir da análise de um recurso feito ao órgão com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). 

Segundo o ministro, a operação da PRF no segundo turno das eleições superou até mesmo as fiscalizações que ocorrem anualmente durante o período de festas juninas no Nordeste, o São João nordestino, que até então era a maior operação executada pela PRF na região, em eventos que duram cerca de um mês.

Os dados mostram também que 48 ônibus foram retidos em estados do Nordeste entre os dias 28 e 30 de outubro de 2022, praticamente o dobro dos 26 ônibus que ficaram retidos em todas as outras regiões do país somadas, ao longo do mesmo período.

Os pontos fixos de fiscalização foram bem superiores no Nordeste (290), enquanto uma região bem mais populosa, como Sudeste, registrou 191 pontos, seguida das regiões Sul (181), Centro-Oeste (153) e Norte (96).  O efetivo de agentes que atuaram no segundo turno das eleições de 2022 também foi maior no Nordeste (795), seguido pelas regiões Sudeste (528), Sul (418), Centro-Oeste (381) e Norte (230). Além disso, foi empregado um valor total de quase R$ 1 milhão para o pagamento de horas extras para que agentes em folga fossem convocados para atuar no dia da eleição. O valor é bem superior aos cerca de R$ 685 mil usados para "comprar" a folga de agentes no Sudeste, por exemplo.

Suspeitas

Na época, a intensidade da fiscalização na Região Nordeste chamou a atenção de eleitores e mobilizou autoridades no país. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, chegou a proibir a PRF de realizar qualquer operação que afetasse o transporte público de eleitores. O objetivo era impedir que a PRF fosse mobilizada em favor da campanha à reeleição do então do presidente Jair Bolsonaro e em desfavor da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. O petista acabou saindo vitorioso do pleito.

A Polícia Federal investiga uma viagem do então ministro da Justiça, Anderson Torres, na véspera do segundo turno. A viagem à Bahia, na época, foi justificada para reforçar a atuação de policiais federais no combate

a crimes eleitorais, como compra de votos. No entanto, há suspeita de que Torres tenha viajado para pressionar a PF a barrar eleitores na região onde Lula. Torres atualmente está preso preventivamente por suspeita de envolvimento na preparação dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Direcionamento

Outra "anomalia" na atuação da PRF nas eleições do ano passado, como classificou o ministro da Justiça, tem a ver com a duplicação do orçamento que estava previsto para os dois turnos. Flávio Dino explicou que o primeiro plano eleitoral, que abrangia tanto o primeiro quanto segundo turno, era de cerca de R$ 3,6 milhões. Ao término da primeira etapa eleitoral, no entanto, esse plano operacional inicial foi substituído por outro, com previsão orçamentária de mais de R$ 3,5 milhões, uma eleição bem menor, já que não abrangia mais a escolha de parlamentares e de boa parte dos governadores, já eleitos em primeiro turno.

Para o diretor executivo da PRF, Antônio Jorge de Azevedo Barbosa, ficou claro que houve uma atuação direcionada na corporação neste período. "Chegou a haver mais de uma intervenção para esse planejamento e houve um direcionamento para o Nordeste. Depois, foi corrigido para Minas Gerais, mas deixava claro que havia um interesse que não era o interesse rotineiro das ações que a PRF já participou", afirmou.

O diretor-geral da PRF na época das ações, Silvinei Vasques, é alvo de ao menos um processo administrativo na CGU. Atualmente, o ex-diretor está aposentado da corporação.

"Nós temos aberto um procedimento para investigar as condutas do diretor-geral, isto está em apuração na CGU. Diz respeito a um conjunto de atuações que estão sendo analisadas no agregado, provavelmente", informou o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho.

Outro processo administrativo na própria PRF, que havia sido arquivado indevidamente pelo então corregedor-geral da corporação, Wendel Benevides, teve sua investigação retomada. Entre as punições previstas, está a cassação da aposentadoria de Vasques.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) pagou R$ 1,3 milhão na operação que bloqueou estradas em todo o país no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo reportagem da UOL, houve um aumento significativo de agentes trabalhando nos estados e regiões onde o então candidato Lula (PT) era favorito nas pesquisas. 

Todos os estados do Nordeste, além do Pará, Amazonas e Minas Gerais, tiveram aumento na equipe efetiva. A operação consistiu na instalação de pontos de fiscalização nas estradas, com a justificativa de coibir possíveis crimes eleitorais. De acordo com a própria PRF, no primeiro turno houve registro de 65% de casos de crimes eleitorais, dado que baseou a decisão de implementar o reforço nesses locais no segundo turno.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) alertou que ações que impedissem a mobilidade dos brasileiros no dia da eleição estavam proibidas. Devido aos bloqueios dos transportes, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a estender o horário de funcionamento de zonas eleitorais.

A operação foi comandada pelo então diretor-geral Silvinei Vasques, que era declaradamente apoiador do ex-presidente da República, que perdeu a eleição. Vasques foi demitido em dezembro de 2022.

Senadores criticaram nesta terça-feira (1º) o presidente Jair Bolsonaro pelo pronunciamento curto sobre o resultado das eleições presidenciais. Derrotado no segundo turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (30), Bolsonaro fez sua primeira manifestação desde o resultado das urnas dois dias depois da eleição.

Em comentários nas redes sociais, parlamentares apontaram que Bolsonaro não reconheceu formalmente o resultado das eleições. Também criticaram a postura do presidente sobre as manifestações de caminhoneiros que fecham estradas em todo o país em protesto contra o resultado do pleito.

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Bolsonaro iniciou o rápido pronunciamento agradecendo os votos que recebeu, tentou justificar a motivação das manifestações com o que chamou de "sentimento de injustiça" em relação ao processo eleitoral, mas condenou o fechamento das rodovias por caminhoneiros.

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no ultimo dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição do patrimônio e direito de ir e vir", afirmou.

Para Renan Calheiros (MDB-AL), os protestos são “choro de perdedor” e prejudicam a economia do país. Ele entende que Bolsonaro deu seu aval à mobilização.

“O derrotado estimulou a arruaça com seu silêncio golpista. Vai pagar por isso também, apesar da fala cínica”, escreveu.

Paulo Rocha (PT-PA) criticou o presidente por não reconhecer a derrota e afirmou que haverá reação a qualquer tentativa de “golpe” em razão do resultado.

“Jair Bolsonaro reforçou hoje a total incapacidade de viver em um ambiente democrático. Que isso não seja um sinal de que tentará qualquer tipo de golpe. Não só não aceitaremos, como cobraremos medidas policiais imediatas”.

Soraya Thronicke (União-MS) destacou “contradição e ambiguidade” na fala de Bolsonaro, quando o presidente disse que os protestos de caminhoneiros são fruto de “indignação” com o processo eleitoral. Para ela, o tom do presidente é proposital.

“O método de causar confusão funcionou bem para ele até agora”, afirmou.

Leila Barros (PDT-DF) classificou o presidente como “mau perdedor” e também observou que ele não fez menção direta à derrota nas urnas.

“O pronunciamento relâmpago e tardio do presidente Bolsonaro dá sequência a um plano de alimentar o ódio entre a direita e a esquerda”, alertou.

Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que Bolsonaro “pertence ao passado” e disse esperar que a transição de governo seja “digna”. O senador também avaliou que o presidente “passou longe” do papel que deveria cumprir como mandatário.

“É vergonhoso que o atual inquilino do Planalto haja como um tiranete mimado diante da derrota democrática nas urnas. Ele sabe que será obrigado a cumprir a Constituição, sob pena de ser responsabilizado pelos atos que praticou e que venha a praticar”.

O líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou que “ao derrotado não cabe o ódio”. Humberto Costa (PT-PE) salientou a brevidade do pronunciamento do presidente, após dois dias de silêncio, comentando que “de onde menos se espera é que não sai nada”. Para Maria do Carmo Alves (PP-SE), o pronunciamento foi “nada com nada”.

*Da Agência Senado

Após pedir votos à Marília Arraes (SD), com a derrota da candidata ao Governo de Pernambuco para Raquel Lyra (PSDB), o prefeito João Campos (PSB) ligou para a governadora eleita nesta segunda-feira (31). A ex-prefeita de Caruaru se tornou a primeira mulher eleita governadora de Pernambuco com 58,70% dos votos. 

O prefeito frisou que a capital pode ajudar Raquel a construir uma relação para melhorar o estado e frisou que o resultado das urnas deve ser respeitado. Ao todo, 3.113.415 de votos garantiram a vitória da tucana no estado. 

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João também aproveitou para parabenizar Lula (PT) e os representantes do PSB que saíram vitoriosos no segundo turno, com destaque ao vice do petista, Geraldo Alckmin, e os governadores João Azevedo, na Paraíba, e Renato Casagrande, no Espírito Santo. 

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Lideranças a favor da reeleição de Jair Bolsonaro (PL) aceitaram a derrota do presidente e compartilham o clima de aceitação entre os eleitores mais inconformados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, parte da ala bolsonarista segue em silêncio ou tenta insuflar protestos extremistas. 

O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal eleito, Ricardo Salles, considerou que "é hora de serenidade" e avaliou que a vitória do petista mostra a necessidade de buscar caminhos de pacificação de um país dividido no meio. 

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Líder do movimento de juristas pelo impeachment de Dilma Roussef, a deputada estadual Janaina Paschoal pontuou sobre a importância de preservar a democracia e concordou com o discurso de Lula como eleito. "Eu peço a Deus que seu líder tenha aprendido com os erros próprios e de seu opositor", destacou. 

O general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, cobrou união nacional e respeito ao resultado das eleições. "Que o novo governo seja para todos os brasileiros, com respeito às diferenças, sem conflitos, aperfeiçoamento das instituições, paz social, redução das desigualdades, apoio aos necessitados, honestidade, transparência e prestígio mundial", escreveu. 

O próprio Sergio Moro, protagonista da Operação Lava Jato, ex-ministro da Justiça e senador eleito, concordou com a decisão dos eleitores e garantiu que será oposição ao próximo governo. "A democracia é assim. O resultado de uma eleição não pode superar o dever de responsabilidade que temos com o Brasil. Vamos trabalhar pela união dos que querem o bem do País". 

O deputado bolsonarista mais votado do Brasil, Nikolas Ferreira, reforçou a oposição durante seu mandato. "Não espere de mim desistir do Brasil. Bolsonaro deixou vários soldados e eu sou apenas mais um", afirmou. 

Flagrada na véspera da votação com uma arma apontada para pessoas nas ruas de São Paulo, a deputada Carla Zambelli não comentou sobre o resultado e compartilha vídeos de caminhoneiros fechando rodovias e supostas comemorações no sistema prisional. Nem integrante da Família Bolsonaro, o deputado Hélio Lopes e o ministro Augusto Heleno se pronunciaram. 

Presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, esteve no Recife para participar da festa da vitória de Raquel Lyra e aproveitou para comemorar o desempenho do partido nesse domingo (30). Sem fazer nenhum governador no primeiro turno, o PSDB saltou para a sigla com mais gestores estaduais eleitos na noite do segundo turno e deixou a eleição como a terceira com mais governadores no país. 

Depois de perder São Paulo, considerado o reduto dos tucanos no país, o PSDB protagonizou uma noite histórica com a volta de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, a conquista de Eduardo Riedel no Mato Grosso do Sul e a chegada de Raquel Lyra como a primeira governadora da história de Pernambuco. 

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O presidente disse que resultado representa a "virada geracional" do partido, que passa a se apresentar com uma nova forma de se comunicar com o eleitor e posicionado em um campo onde os extremos não dominam a cena política. 

"Na noite de hoje, o PSDB saiu das eleições estaduais com o maior vitorioso das eleições no país, três governadores e um vice-governador e, mais do que a relação numérica e importância dos estados, são quadros de renovação que demonstram que o país tem esperança de ter um novo conjunto de lideranças", comemorou Bruno. 

A direita democrática foi engolida no primeiro turno pelo União Brasil e PT, ambos com quatro governadores eleitos em 2022. Sem fechar apoio com os candidatos à Presidência, o partido liberou o voto de seus representantes, mas o posicionamento em favor de Lula (PT) de uma das suas principais lideranças, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estimulou as campanhas diante da alta rejeição aos bolsonaristas no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul. Ainda assim, o PSDB deve manter a posição histórica de oposição ao petista, dessa vez, com o antagonismo fortalecido com um Congresso de centro-direita.

Em Pernambuco, mesmo com o sabor especial de levar o estado de volta a um governo de direita após 16 anos do PSB, Bruno não colocou Raquel Lyra como prioridade. Ele elogiou a a governadora eleita e afirmou que ela sempre teve a confiança da direção. 

"Raquel foi prioridade em uma aposta quando muitos achavam que, dada a polarização, era difícil. Eu não tô falando de aposta econômica do PSDB, tô falando em algo mais. Ela sempre foi vista como uma mulher de vibra, de posição e de comprometimento com a vida pública", comentou.  

Sobre uma possível indicação ou até mesmo integrar o secretariado do Palácio do Campo das Princesas, o presidente nacional da legenda indicou que não deve participar diretamente da gestão. "Tenho um ciclo cumprido. Eu não tenho nenhuma outra pretensão agora que não seja continuar ajudando como puder no propósito dessa coisa tão bonita que tem Raquel e nos eleitos no Brasil", concluiu.  

Um dia após a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas urnas, o candidato do PL e sua esposa Michelle Bolsonaro, deixaram de se seguir no Instagram. Nesta segunda-feira (31), o “unfollow” está repercutindo nas redes e o nome de Michelle é o assunto mais comentado do Twitter na manhã de hoje.

Bolsonaro foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesse domingo (30). O petista teve 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos). Já Bolsonaro conquistou 58.206.354 votos (49,10%).

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Além disso, o segundo filho de Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), e a primeira-dama também não seguem mais no Instagram.  Até o momento, eles não se pronunciaram sobre o unfollow e derrota para o petista.

Vale lembrar que Michelle participou ativamente da campanha à reeleição de Bolsonaro, afim de ampliar os votos do eleitorado feminino para o marido.

 

Após a confirmação da terceira eleição de Lula (PT), ele discursou ao lado de seus aliados com um discurso pautado em "libertadade, igualdade e fraternidade" na noite deste domingo (30). O presidente eleito falou em harmonia e ressaltando que esta é uma "vitória é da democracia". O petista também fez questão de frisar que sua maior prioridade será o combate a fome.   

 “Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram na campanha. Mas de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias para que a democracia saísse vencedora”, discursou. “Não existem dois Brasis. Somos um único povo, uma grande nação”, assegurou.

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"Irei governar para "215 milhões de brasileiros e brasileiras. Para os que votaram e os que não votaram em mim". Ao falar em "igualdade, fraternidade e igualdade", ele disse que isso deve ser dar para que "brancos, negros, indígenas tenham as mesmas oportunidades".   

Lula ainda assinalou para as instituições dos três poderes, deslocando daquilo que vem sendo pregado pelo atual presidente, que vem atacando fortemente o Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior Eleitoral. Ele que dialoga apenas com os governadores que são seus aliados. "Irei dialogar com todos os governadores eleitos, independente dos seus partidos", afirmou. 

Em um longo discurso, o petista assinalou para os trabalhadores, para o mercado internacional, falou em pacificar o país e em cuidar da Amazônia. Lula convocou os brasileiros, os empresários, os prefeitos, governadores, as pessoas das mais diversas religioões para lhe ajudarem a governar. "Renovo minha eterna gratidão ao povo brasileiro", disse. "A nossa luta não começa e não termina com as eleições", complementou.  "A razão para combater a miséria é a razão pela qual eu irei nlutar até o fim da minha vida". finalizou.

Jorginho Mello (PL) foi o único senador a ser eleito governador neste domingo (30). Ao todo, cinco senadores concorriam ao cargo de governador no segundo turno. A nova rodada de votação ocorreu em doze estados. 

Com 98,65% das urnas apuradas, Jorginho Mello (PL) obteve 70,64% e vai ocupar o Palácio Cruz e Sousa a partir de janeiro. Ele superou Décio Lima (PT), que recebeu 29,36% dos votos. A primeira suplente de Jorginho Mello é Ivete da Silveira (MDB). 

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Quatro senadores foram derrotados pelos atuais governadores de seus estados. Em Alagoas, Rodrigo Cunha (União) recebeu 47,51% dos votos e foi superado por Paulo Dantas (MDB), reeleito com 52,49% dos votos. Até o momento da publicação desta matéria, 99,29% das urnas já estavam apuradas.

  O senador Marcos Rogério (PL) ficou em segundo na disputa em Rondônia. O atual governador, Marcos Rocha (União), conquistou o segundo mandato consecutivo no estado com a aprovação de 52,54% do eleitorado. Marcos Rogério tinha 47,46% dos votos com 99,74% de apuração. 

 No Amazonas, Eduardo Braga (MDB-AM) também não conseguiu bater o governador Wilson Lima (União), que também foi reeleito. Lima recebeu o apoio de 56,67% do eleitorado contra 43,33% de Braga quando os votos de 99,09% das urnas já era conhecido.   Outro que seguirá no Senado é Rogério Carvalho (PT). Ele obteve a preferência de 48,30% dos eleitores de Sergipe enquanto seu adversário, Fábio Mitidieri (PSD), recebeu o apoio de 57,70% do eleitorado.

  Rodrigo Cunha, Marcos Rogério, Eduardo Braga e Rogério Carvalho ainda têm mais quatro anos de mandato no Senado.  Nenhum senador foi eleito para um governo estadual em primeiro turno. Ao todo, 18 senadores foram candidatos em 13 estados neste ano. 

Outras disputas 

No maior colégio eleitoral do país, Tarcísio de Freitas (Republicanos) superou Fernando Haddad (PT) e será o próximo governador de São Paulo. O ex-ministro de Infraestrutura de Jair Bolsonaro obteve 55,34% dos votos, contra 44,66% do petista. Na Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) conseguiu 52,53% dos votos válidos e derrotou o atual prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), que obteve 47,47%. Jerônimo foi secretário estadual de Educação no governo de Rui Costa até o começo do ano.  Conheça os 12 novos governadores: 

ALAGOAS

Paulo Dantas (MDB) foi reeleito e vai governar Alagoas pelos próximos quatro anos. A apuração ainda não foi finalizada (96,88%), mas a disputa está matematicamente definida. Dantas recebeu 52,38% dos votos enquanto que o senador Rodrigo Cunha (União) obteve 47,62%. O atual governador é administrador e produtor rural. Foi prefeito de Batalha por dois mandatos consecutivos entre 2005 e 2012. Foi eleito deputado estadual, em 2018, e assumiu o Executivo Estadual na eleição indireta realizada em maio deste ano, após a desincompatibilização do então governador Renan Filho e de seu vice Luciano Barbosa para disputar as eleições. O vice-governador eleito com Dantas é Ronaldo Lessa (PDT). 

AMAZONAS

Foi reeleito no Amazonas o atual governador do estado, Wilson Lima (União Brasil). Com 90,69% das urnas apuradas, a eleição está matematicamente definida. Lima obteve 57% dos votos e superou o senador Eduardo Braga (MDB), que alcançou a preferência de 43% dos eleitores. O governador nasceu em Santarém, no Pará, em 1976. Ele começou a carreira como repórter na TV Tapajós, filiada à Rede Globo e, em 2006, mudou-se para Manaus, capital do Amazonas, para trabalhar como repórter e apresentador de rádio. Bacharel em comunicação social com habilitação em jornalismo pelo Centro Universitário Nilton Lins (2011), entre 2010 e 2018, Wilson Lima apresentou o programa Alô Amazonas, da TV A Crítica, líder de audiência no estado do Amazonas. Foi eleito governador do Amazonas, em sua primeira tentativa para o cargo majoritário estadual. Tem Tadeu de Souza (Avante) como vice. 

BAHIA

Está matematicamente definida a eleição na Bahia. Com 96,13% das urnas apuradas, Jerônimo Rodrigues (PT) conseguiu 52,53% dos votos válidos e derrotou o atual prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), que obteve 47,47%. Secretário estadual de Educação no governo de Rui Costa até o começo do ano, Jerônimo é indígena, natural de Aiquara (BA) e tem 57 anos. É engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Antes de assumir a pasta da Educação, foi secretário de Desenvolvimento Rural. Esta foi sua primeira disputa eleitoral. Seu vice é o atual vereador de Salvador Geraldo Júnior (MDB).

  ESPÍRITO SANTO

O atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, (PSB) foi reeleito. Com 93,93% das urnas apuradas até agora, a eleição está matematicamente definida. Casagrande conseguiu 53,90% dos votos contra 46,10% de Carlos Manato (PL). Nascido em Castelo, em 1960, o governador é engenheiro florestal e bacharel em direito. Começou a carreira política como deputado estadual, em 1991. Três anos depois, assumiu como vice-governador do Espírito Santo na chapa de Vitor Buaiz. Também foi deputado federal, de 2003 a 2007, e, logo depois, senador, de 2007 a 2010. Assumiu como governador do estado em dois momentos: de 2011 a 2014 e em 2019. Seu vice é o ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB). 

MATO GROSSO DO SUL

Eduardo Riedel (PSDB) foi eleito governador do Mato Grosso do Sul. Com 92,85% das urnas apuradas, o pleito está matematicamente definido. Riedel conquistou 56,40% dos votos e superou Capitão Contar (PRTB), que obteve 43,60%. Nascido no Rio de Janeiro, em 1969, Riedel é secretário de Infraestrutura do Mato Grosso do Sul. Foi diretor presidente da Famasul de 2012 a 2014, quando assumiu a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica do estado, no governo de Reinaldo Azambuja, cargo em que permaneceu até 2021. Seu vice é o advogado e deputado estadual José Carlos Barbosa (PP). 

PARAÍBA

O atual governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), conquistou 52,33% dos votos, tendo 97,19% das urnas apuradas até agora e está reeleito. O pleito está matematicamente definido. Seu adversário, Pedro Cunha Lima (PSDB), obteve 47,67% dos votos. Nascido em João Pessoa, o governador é engenheiro civil e professor aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do estado (IFPB). Foi diretor da Divisão de Planejamento Habitacional do IPEP, chefe da Assessoria de Planejamento Econômico da Urban, secretário de Serviço Urbanos de João Pessoa e secretário estadual da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia. Seu vice é o atual vice-prefeito de Campina Grande, Lucas Ribeiro (PP). 

PERNAMBUCO

Raquel Lyra (PSDB) foi eleita governadora de Pernambuco, com 88,21% das seções totalizadas. Com o pleito matematicamente definido, ela obteve 58,87% dos votos, contra 41,13% de Marília Arraes (Solidariedade). Formada em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com especialização em direito econômico e de empresas, Lyra foi delegada da Polícia Federal, chefe da Procuradoria de Apoio Jurídico e Legislativo do governo de Eduardo Campos. Estreou na política como deputada estadual em 2011, sendo reeleita em 2014. Elegeu-se prefeita de Caruaru em 2016 e conseguiu a reeleição em 2020. Sua campanha foi marcada por uma tragédia pessoal: seu marido, o empresário Fernando Lucena, faleceu no dia da votação o primeiro turno. Tem como vice Priscila Krause (Cidadania). 

RIO GRANDE DO SUL

O Rio Grande do Sul elegeu para um novo mandato o ex-governador do estado Eduardo Leite (PSDB). Com 89,63% das urnas apuradas, o pleito está matematicamente definido com 57,10% para Leite e 42,9% para Onyx Lorenzoni (PL). Nascido em Pelotas, em 1985, Eduardo Leite é bacharel em Direito e iniciou a vida pública como vereador de sua cidade natal, de 2009 a 2013. Foi presidente da Câmara Municipal de Pelotas por dois anos. Em seguida, assumiu como prefeito da cidade, de 2013 até 2017. Em 2018, venceu as eleições do estado e assumiu o cargo de governador do Rio Grande do Sul. Renunciou em 2022, par disputar as eleições. Seu vice é o veterinário e deputado estadual Gabriel Souza (MDB). 

RONDÔNIA

O atual governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (União Brasil), foi reeleito para mais quatro anos de mandato. Com 96,50% das seções totalizadas, ele obteve 52,66% dos votos contra 47,34% do senador Marcos Rogério (PL). O pleito está matematicamente definido. Natural do Rio de Janeiro, 53 anos, é formado em análise de sistema de dados e administração de negócios e pós-graduado em educação e técnicas de ensino. Policial Militar da reserva, Marcos Rocha estreou na política ao candidatar-se ao governo de Rondônia em 2018. Seu vice é o superintendente estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedes) do estado, Sérgio Gonçalves (União). 

SANTA CATARINA

O senador Jorginho Mello (PL) foi eleito governador de Santa Catarina. Com 79,18% % das urnas apuradas no estado, Mello obteve 70,76% dos votos válidos e o pleito está matematicamente definido. O candidato Décio Lima (PT) conquistou 29,24% dos votos. Nascido em Ibicaré, em 1956, o novo governador catarinense é advogado e tem uma longa carreira política. Foi vereador de Herval d’Oeste, município catarinense, entre 1976 e 1980, foi quatro vezes deputado estadual (de 1995 a 2011), duas vezes deputado federal (2011 a 2019) e, em 2018, foi eleito senador por Santa Catarina. Sua vice é a delegada Marilisa (PL). 

SÃO PAULO

Com 93,33% das urnas apuradas e o pleito matematicamente definido, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi eleito governador de São Paulo. Ele obteve 55,34% dos votos, contra 44,66% de Fernando Haddad (PT). Ex-ministro de Infraestrutura de Jair Bolsonaro, Freitas é natural do Rio de Janeiro. É engenheiro de fortificação e construção pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Militar da reserva, é servidor público de carreira vinculado à consultoria legislativa da Câmara dos Deputados. Foi diretor executivo e geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes durante o governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2015. Seu vice é o ex-prefeito de São José dos Campos Felicio Ramuth (PSD). 

SERGIPE

O deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) foi eleito governador de Sergipe. Com 97,67% das seções totalizadas, o pleito está matematicamente definido. Mitidieri obteve 51,83% dos votos, contra 48,17% do senador Rogério Carvalho (PT).

Nascido em Aracaju, Fábio Mitidieri tem 45 anos e é formado em administração. Começou a vida pública em 2008, quando foi eleito vereador. Em 2011, assumiu a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer do estado. Foi eleito deputado federal em 2014 e reeleito em 2018. O vice eleito é o deputado estadual Zezinho Sobral (PDT). 

*Da Agência Senado

Raquel Lyra é eleita a primeira governadora de Pernambuco. Com o resultado das urnas neste domingo (30), a candidata do PSDB confirmou a previsão das pesquisas. Com 90,75% das urnas apuradas, a tucana está matematicamente eleita com 2.8535,896 votos, equivalente a 58,85% dos eleitores. A adversária Marília Arraes (SD) obteve 41,15% dos votos. Brancos e nulos representam 8,44%. 

Levada ao segundo turno em um pleito caracterizado pela diversidade de palanques, Raquel conquistou eleitores por defender propostas para áreas sensíveis, como a construção de cinco maternidades, atendimento descentralizado a pessoas com deficiência e abertura de vagas de creche. Na reta final, sua candidatura se consolidou com a postura diante da concorrente nos confrontos diretos. De um lado, Marília insistiu em nacionalizar o debate. Do outro, Raquel mostrou lucidez ao trazer a disputa ao cenário estadual e falar sobre projetos para suprir as demandas de Pernambuco. 

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Um episódio lamentável marcou sua campanha horas antes da abertura das urnas do primeiro turno. Raquel perdeu o marido Fernando Lucena, vítima de um infarto aos 44 anos, na manhã da votação. Dez dias depois, a candidata socorreu o filho para uma cirurgia de emergência de retirada de apêndice. A agenda foi suspensa nas duas nas duas oportunidades, mas a candidata mostrou resiliência para contornar situações tão delicadas e retomou seus compromissos com visitas ao interior e na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Ela vai governar ao lado de Priscila Krause, uma das líderes da oposição ao governo do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ambas são naturais de famílias com influência política e se apresentaram como uma opção mais conservadora em relação ao que foi proposto por Marília. Mesmo apoiada por deputados federais que acompanham o Governo na Câmara, a adversária baseou toda a campanha na figura de Lula (PT), mesmo quando o petista havia definido apoio a Danilo Cabral (PSB).  

Na disputa direta, Marília intensificou a estratégia de acentuar a polarização nacional para atrair os votos do ***presidente eleito*** e apontou Raquel como a candidata de Bolsonaro no estado. Questionada sobre seu voto, a governadora eleita não assumiu nenhuma das posições e, mesmo com integrantes do PT ao seu lado, deu munição aos ataques de Marília quando recebeu apoio de nomes que integram o quadro conservador da extrema-direita em Pernambuco, com voto declarado em Bolsonaro, como Clarissa e Júnior Tercio, Joel da Harpa, Coronel Meira, Coronel Alberto Feitosa, Miguel Coelho e Cleiton e Michelle Collins. 

O voto no primeiro turno à Simone Tebet (MDB) deu vez à neutralidade da ex-prefeita de Caruaru que, dessa forma, conquistou o eleitor dos dois presidenciáveis. A resposta de Raquel às apostas mais incisivas da campanha de Marília se deu por meio da Justiça Eleitoral. Através de direitos de resposta concedidos nos pontos que a adversária perdeu a mão, Raquel usou as inserções para reforçar que estava de licença maternidade quando ainda era secretária da Criança e Juventude do estado e um menor foi morto em uma rebelião dentro de uma unidade da Funase. 

Prestes a completar 44 anos, Raquel Lyra ocupa o Palácio do Campo das Princesas após ser a primeira prefeita eleita e reeleita de Caruaru, no Agreste. Antes, ela integrou o governo Eduardo Campos e foi deputada estadual por dois mandatos. Formada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-graduada em Direito Econômico e de Empresas, a nova governadora também foi advogada do Banco do Nordeste, atuou por três anos como delegada da Polícia Federal e ainda permanece no quadro da Procuradoria do estado. 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco recebeu apenas uma denúncia de assédio eleitoral neste domingo de votação (30). O órgão atendeu no esquema de plantão neste fim de semana, período em que totalizou 12 queixas. 

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Do total de denúncias nesses dois dias, 10 foram no Recife, uma em Caruaru, no Agreste, e uma em Serra Talhada, no Sertão do estado. O objetivo da fiscalização é assegurar que os trabalhadores possam votar sem qualquer tipo de influência ou impedimento. 

Desde o início do pleito eleitoral, o MPT em Pernambuco registrou 48 denúncias em todas as regiões. No Brasil foram cerca de 2.500 ocorrências, índice que saltou em relação a 2018, quando foram contabilizadas 212 denúncias de assédio eleitoral no país e apenas 6 em Pernambuco. 

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