Mendonça quer que CPMI da Petrobras ouça ex-diretor preso
Ex-diretor da estatal Renato Duque foi preso nesta sexta-feira (14) pela operação Lava Jato. Requerimento de convocação foi protocolado pelo Democratas desde a instalação da comissão em maio
O deputado federal Mendonça Filho (DEM) afirmou, nesta sexta-feira (14), que com a nova fase da Operação Lava Jato desencadeada hoje, não é possível mais adiar a convocação à CPMI da Petrobras do ex-diretor da estatal Renato Duque. Duque foi um dos presos pela Polícia Federal e há várias semanas parlamentares da oposição vem tentando a aprovar seu depoimento na comissão.
À frente da diretoria de Serviços entre 2003 e 2012, Renato Duque foi acusado pelo ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, de receber propinas de contratos firmados pela empresa pública. O deputado Onyx Lorenzoni (Democratas-RS) é autor do requerimento de convocação de Duque apresentado desde que a comissão mista foi instalada em maio deste ano.
“Os fatos se mostraram maiores do que a operação abafa do governo, inclusive esta semana tentamos votar a convocação de Renato Duque na CPMI. Felizmente, a Justiça não está aparelhada e existe independência na atuação do Ministério Público e Polícia Federal que acabou prendendo o ex-diretor da Petrobras”, disse Mendonça. “Agora, mais do que nunca é essencial aprovarmos sua convocação. Mesmo preso, assim como foi com Paulo Roberto Costa, ele deve vir a CPMI, pois está clara a necessidade de apurarmos as conexões de Renato Duque na Petrobras. Como ele não assinou acordo de delação premiada está livre para falar e é o que o Brasil espera”, pontuou o democrata.