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Depois de aguardarem por mais de uma hora para que o quórum para abertura da reunião e outros 30 minutos discutindo questões regimentais, deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aprovaram por 19 votos contra 8 o relatório do deputado Marco Maia (PT-RS), que alterou o texto na reunião de ontem (17).

No novo texto, Maia incluiu o pedido de indiciamento de 52 pessoas pelos crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa ou passiva. Entre os nomes indicados pelo relator estão os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró. Marco Maia também reavaliou a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, desta vez pedindo o aprofundamento das investigações e admitindo o prejuízo de US$ 561,5 milhões na compra.

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“O que a gente percebe é que deputados da base votam não em função de conteúdo mas de defender o indefensável”, atacou o deputado Izalci (PSDB-DF). “O relator não se deixou se levar por onda alguma. O relatório não tem o princípio de aliviar costas de ninguém”, afirmou Sibá Machado (PT-AC). O deputado partiu para o ataque a outros casos de denúncias de corrupção que envolvem outros partidos. “Eu vi muito no Brasil a ideia da indignação. Eu queria dizer que se a indignação é no mérito do ilícito da administração, o que não dizer também de escândalos tamanhos em governos estaduais? São 33 indiciados em São Paulo. A responsabilidade tem que ser por igual, a indignação tem que ser para qualquer feito”, completou.

Outra mudança foi o pedido de aprofundamento das investigações de empresas citadas em negócios irregulares com a Petrobras - Andrade Gutierrez Construções, Caide União, Consórcio Renest, Construções e Comércio Camargo Correia, construtoras OAS e Queiroz Galvão - acusadas dos crimes como pagamento de propina, fraude em licitações, formação de cartel e lavagem de dinheiro.

A CPMI tinha dois relatórios para analisar. Isto porque, além do novo texto de Maia, a oposição apresentou ontem (17) um relatório paralelo com críticas mais duras e uma lista maior de sugestão de indiciamentos. O documento dos oposicionistas também pediu o indiciamento da  presidenta da Petrobras, Graça Foster, por falso testemunho na CPMI.

O senador Humberto Costa (PT-PE), um dos citados pela oposição, criticou o texto apresentado por Sampaio. Segundo ele, o relatório paralelo é todo baseado em matérias da imprensa e “não em fatos” e partiu em defesa própria. “O mais grave é que ao final esse relatório faz referência a parlamentares citados nesses vazamentos. Cerveró disse que eram mais ou menos 30 [parlamentares]. Aqui citaram três ou quatro, sendo um deles morto. Essa CPMI não teve acesso a delação premiada. Se eu tivesse qualquer dúvida sobre parlamentares citados, teria pedido quebra de sigilo”, afirmou.

A oposição queria o indiciamento de 59 pessoas e a instauração de inquérito contra 36 citados nas investigações da Operação Lava Jato, além da presidenta Dilma Rousseff que seria responsabilizada por improbidade administrativa na compra da refinaria, assim como os membros Conselho de Administração da Petrobras, na ocasião da compra.

Onyx Lorenzoni (DEM-RS) antecipou que a oposição vai recorrer ao Ministério Público para tentar dar continuidade às investigações. “Lamentavelmente estamos no epilogo de uma CPMI permeada por manobras que impediram nossas investigações com profundidade, mas tivemos coisas importantes”, avaliou ao citar a acareação feita entre Paulo Roberto Costa e Néstor Cerveró.

A oposição defendeu que as investigações continuem no próximo ano. “Espero que o novo Congresso tenha como primeira providência a coleta de assinaturas para que a gente possa instalar nova CPMI e dar sequência ao trabalho limitado e acanhado dessa comissão”, apelou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

O sócio e diretor da Sanko-Sider Produtos Siderúrgicos, Márcio Bonilho, deu explicações nesta quinta-feira (27) aos parlamentares que compõem a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras sobre seu relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, acusado de operar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. Durante a oitiva, o executivo informou que conheceu Youssef há quatro anos e pagou quase R$ 38 milhões em comissões pela intermediação de negócios da Sanko com outras empresas, inclusive empreiteiras. Ele negou irregularidades nos pagamentos e disse que as comissões variavam de 3% a 15%.

"Pretendia expandir os negócios e me interessei pelos serviços (de Youssef). Ele era conhecido por ter um tráfego bom junto às construtoras", justificou. Ele também admitiu ter conhecido o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, dois anos após o executivo ter deixado a diretoria de Abastecimento da petrolífera.

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"Tive um único contrato com a Costa Global Consultoria, que durou quatro meses. Eu estabeleci um contrato de representação com ele, para que apresentasse empresas do exterior e ampliasse o leque de oferta de produtos no Brasil (...) Durou apenas quatro meses. Ele prospectaria empresas. Mas passaram os quatro meses e não teve negócio nenhum", disse. 

Com exceção do deputado Afonso Florence (PT-BA) e do senador Gim (PTB-DF), só participaram da audiência oposicionistas. O deputado Izalci (PSDB-DF) disse que vai apresentar requerimento pedindo uma acareação entre Bonilho e Alberto Youssef.

A próxima reunião da CPI Mista está marcada para a próxima terça-feira (2 de dezembro), para acareação entre os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. Antes, poderão ser analisados requerimentos.

*Com informações da Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras ouviu hoje (26) a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Ela foi convidada para falar sobre a segurança nas plataformas de extração de petróleo, e disse que a ANP adota uma política rígida de prevenção de acidentes, após o desastre com a Plataforma P-36.

“Em 2001, os senhores lembram, nós tivemos um evento extremamente chocante, que foi o afundamento da plataforma P-36, no Campo de Roncador. Foi um acidente terrível que matou mais de uma dezena de trabalhadores. Logo no ano seguinte, nós tivemos o adernamento da P-34. Os dois acidentes levaram a ANP a aprimorar a sua regulação, explicou Chambriard.

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Ela evitou comentar sobre a pertinência dos inúmeros aumentos de preço feitos no contrato de construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, que é um dos focos de investigação da CPMI.  Ela disse que não acompanhou a questão de perto, porque a ANP é informada sobre o custo final da refinaria após o fim do projeto.

A oposição considerou o depoimento da diretora da ANP uma manobra da base governista para ganhar tempo. A CPMI deve ser encerrada até 22 de dezembro e o líder do DEM na Câmara, deputado Ônix Lorenzzoni (RS), ressaltou que o depoimento dela terá pouca influência no relatório final.

“Seria fantástico ouvir, na finalização de uma CPMI que cumprisse com o seu papel investigatório, as contribuições que a doutora Magda tem a dar. Acho que seria ótimo. Mas, neste momento, desculpe, é de indignação, porque alguém aqui, que está aqui, quer investigar. E é a negação da investigação o depoimento da doutora Magda”, disse.

Lorenzzoni voltou a pedir a saída da presidenta da Petrobras, Graça Foster. Ele acusa Foster de ter mentido à CPMI, quando disse que não teve conhecimento de irregularidades nos contratos da petroleira. O deputado disse ter apresentado hoje uma queixa-crime contra ela no Ministério Público por falso testemunho.

“Hoje de manhã, entreguei ao Dr. Marcus Marcelos Goulart, Procurador-chefe da Procuradoria da República do Distrito Federal. [A queixa-crime] está protocolada sob o número 41.602, de 2014. A Presidente da Petrobras pode muitas coisas, [mas] não pode mentir”, disse.

A CPMI deveria ter ouvido hoje o ex-gerente-geral das obras da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo, mas ele apresentou atestado médico, alegando estar hipertenso.

O ex-gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da Refinaria Abreu e Lima (Renest), Glauco Colepicolo Legati, será ouvido na próxima quarta-feira (26) pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as irregularidades na Petrobras. Colepicolo integrava até a última semana o grupo de gestores da Renest, localizada em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), mas foi afastado após investigações conduzidas pela própria estatal sobre o envolvimento de funcionários em irregularidades nos projetos das áreas de Engenharia e Abastecimento.

Em nota publicada no último dia 19, a Petrobras informou que promove mudanças no quadro gerencial como resultado das comissões internas de apuração que apontaram o não cumprimento de procedimentos normativos internos. Também de acordo com a nota, não houve demissões porque não há, por enquanto, evidências de “dolo, má-fé ou recebimento de benefícios por parte desses empregados”. A Petrobras não divulgou o nome dos servidores.

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A CPMI investiga denúncias de superfaturamento nas obras de Abreu e Lima. Ao depor à CPI da Petrobras no Senado, em 16 de julho, o ex-gerente negou a existência de erro de projeto ou superfaturamento na obra. Um dos motivos do afastamento da equipe de chefia da estatal foi por ele ter feito parte da equipe de trabalho do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mediador do esquema de propina realizado entre a empresa e o doleiro Alberto Youssef.

De acordo com ele, a unidade tinha na época 88,5% de execução física e a operação seria iniciada no fim deste ano, com capacidade para processar mais de 200 mil barris diários. Investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a refinaria teve, em 2005, o seu custo estimado pela Petrobras em US$ 2,5 bilhões. Mas, segundo a própria estatal, até sua conclusão deve sair por quase US$ 20 bilhões.

Além de Glauco, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, também será ouvida pelo colegiado. Ela deverá tratar da segurança nas plataformas de petróleo. Magda também já depôs à CPI da Petrobras no Senado e disse que o índice de acidentes graves em plataformas de petróleo no Brasil está abaixo da média mundial. Para ela, o que existe em termos de gestão de segurança no Brasil é o que há de mais moderno no mundo.

Em meio a novidades quanto às investigações nas irregularidades da Petrobras, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que analisa os possíveis desvios da estatal discute, nesta quarta-feira (19), durante uma audiência pública, o regime de contratações adotado pela estatal. Representantes do TCU, da Petrobras e do Ministério Público foram convidados para participar da reunião. 

O debate será realizado a pedido do relator, deputado Marco Maia (PT-RS), que pretende discutir a organização dos processos licitatórios, os aditivos contratuais, a segurança e a transparência do sistema adotado atualmente pela empresa.

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Segundo o deputado, há controvérsias teóricas sobre o procedimento licitatório simplificado adotado pela estatal, previsto no artigo 67 da Lei do Petróleo (9.478/97). O Tribunal de Contas da União (TCU) o considera inaplicável à Petrobras, que entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal.

Por enquanto, a Corte considera que a estatal pode continuar usando o procedimento simplificado até o julgamento do mérito do mandado de segurança.

Apenas 49 deputados assinaram o requerimento para prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. O balanço foi divulgado, nesta terça-feira (18), pelo presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Segundo ele são necessárias 171 assinaturas de deputados para que os trabalhos da comissão não se encerrem no próximo domingo (23).

“Apenas 49 assinaturas de deputados, muito longe das 171 assinaturas indispensáveis e necessárias. O último dia para entrega para prorrogação é sexta-feira”, disse Vital do Rêgo. Ele lembrou que já há o mínimo de 27 assinaturas de senadores para prorrogar os trabalhos da CPMI.

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Acareação entre dois ex-diretores da Petrobras é aprovada pela CPMI

Os integrantes da Comissão aprovaram, há pouco, a realização de uma acareação entre os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró, da Área Internacional, e Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

A solicitação foi feita pelo deputado Enio Bacci (PDT-RS). “O Paulo Roberto afirmou que o Cerveró recebeu propina, sim, e o Cerveró negou em 10 de setembro. Vamos colocar os dois frente a frente”, disse.

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), votou contra a proposta e lembrou que Costa já veio à comissão e decidiu não falar nada. “Para fazer matérias para a imprensa, não se precisa gastar dinheiro público para virem aqui presos e ficarem calados”, disse o parlamentar, que também é relator da CPI da Petrobras no Senado.

Bacci rebateu e disse que o gasto de dinheiro público não está em passagem de avião para a acareação, mas nos “bilhões desviados na Petrobras”.

 

Líderes da oposição na Câmara dos Deputados definiram, nesta terça-feira (18), uma estratégia para mudar o ritmo e de trabalho na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, considerando a nova fase da Operação Lava-Jato, que resultou na prisão de mais de 20 pessoas nos últimos dias. De acordo com o deputado federal Mendonça Filho (DEM), o grupo vai propor que a CPMI atue em regime de "mutirão". 

Durante o encontro, também foi definida uma ordem de prioridades para as próximas sessões, a começar pela convocação dos principais nomes envolvidos no escândalo que ainda não foram ouvidos, como o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, um dos presos pela PF e indicado pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, durante delação premiada, como mediador para receber propinas de contratos firmados pela empresa pública. E o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de mediar contatos entre operadores do doleiro Alberto Youssef e o Fundo de Pensão dos Empregados da Petrobras, o Petros.

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Nos bastidores, conta-se que um acordo firmado na semana passada entre oposição e governo teria retirado Vaccari e outros nomes da lista dos depoentes na Comissão, no entanto é possível que os oposicionistas mudem de opinião. O acordo gerou polêmicas entres os parlamentares. 

“O que precisamos agora é dar celeridade às investigações e manter nossa atenção nos principais nomes envolvidos. A CPMI agora deve funcionar com um foco só: descobrir até onde vai o esquema”, defendeu Mendonça Filho. O democrata argumenta que a extensão da CPMI até dezembro precisa ser acompanhada por uma mobilização dos membros da comissão. As sessões podem passar a ser diárias até dezembro.

“Se preciso for, vamos realizar quantas sessões forem necessárias durante a semana em esquema de mutirão até podermos concluir o inquérito sobre este escândalo que, quanto mais investigado, mais cresce”,  argumentou. 

Parlamentares da CPMI têm reunião marcada para a tarde de hoje no Senado. A ideia da oposição é começar a colocar a estratégia em prática no encontro das 14h30.

O deputado federal Mendonça Filho (DEM) afirmou, nesta sexta-feira (14), que com a nova fase da Operação Lava Jato desencadeada hoje, não é possível mais adiar a convocação à CPMI da Petrobras do ex-diretor da estatal Renato Duque. Duque foi um dos presos pela Polícia Federal e há várias semanas parlamentares da oposição vem tentando a aprovar seu depoimento na comissão.

À frente da diretoria de Serviços entre 2003 e 2012, Renato Duque foi acusado pelo ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, de receber propinas de contratos firmados pela empresa pública. O deputado Onyx Lorenzoni (Democratas-RS) é autor do requerimento de convocação de Duque apresentado desde que a comissão mista foi instalada em maio deste ano. 

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“Os fatos se mostraram maiores do que a operação abafa do governo, inclusive esta semana tentamos votar a convocação de Renato Duque na CPMI. Felizmente, a Justiça não está aparelhada e existe independência na atuação do Ministério Público e Polícia Federal que acabou prendendo o ex-diretor da Petrobras”, disse Mendonça. “Agora, mais do que nunca é essencial aprovarmos sua convocação. Mesmo preso, assim como foi com Paulo Roberto Costa, ele deve vir a CPMI, pois está clara a necessidade de apurarmos as conexões de Renato Duque na Petrobras. Como ele não assinou acordo de delação premiada está livre para falar e é o que o Brasil espera”, pontuou o democrata. 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras volta a se reunir, nesta terça-feira (11), para ouvir o gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo. Ele deve ser questionado a respeito de pagamento de propina a funcionários para facilitar negócios com a SBM Offshore, empresa holandesa que fornece navios-plataformas. Figueiredo será ouvido no plenário 2, da ala Nilo Coelho, no Senado, a partir das 14h30. 

Os contratos da SBM com a Petrobras somam 27 bilhões de dólares. Em depoimento à CPI Mista em junho, a presidente da Petrobras, Graç a Foster, afirmou que uma sindicância interna não encontrou evidência de pagamento de propina a funcionários da empresa.

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Também nesta terça, a comissão deve definir se convoca ou não o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Os dois teriam sido citados pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa como envolvidos no esquema de corrupção na companhia. Costa fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal e com o Ministério Público em troca de redução da pena.

A CPI Mista tenta conseguir acesso à delação premiada de Costa. O pedido está com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que aguarda a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se vai ou não liberar o conteúdo da delação para os parlamentares.

O relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), já afirmou que o acesso a essas informações será fundamental para a conclusão de seu parecer.

Na tentativa de identificar os beneficiários do dinheiro desviado da Petrobras mesmo sem o acesso à delação premiada de Costa e do doleiro Alberto Youssef, o deputado Izalci (PSDB-DF) apresentou requerimento, neste mês, para convocar o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda. O deputado argumenta que houve vários saques na boca do caixa que poderiam ser identificados, caso a regra do Coaf de registro de saques acima de R$ 10 mil esteja sendo cumprida.

Nova CPMI

A CPMI já dispõe de assinaturas suficientes (de 27 senadores e 171 deputados) para prorrogar seus trabalhos de 23 deste mês até 22 de dezembro. Além disso, os líderes do PSDB, do DEM, do PPS e do Solidariedade (SD) anunciaram a coleta de assinaturas para criar uma nova CPMI da Petrobras, logo no início da próxima legislatura, em 2015.

Na semana passada, Marco Maia anunciou um acordo para focar o período restante de trabalho nas irregularidades da Petrobras relacionadas ao esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas investigado na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Diante do acordo, os depoimentos de políticos, tesoureiros e dirigentes partidários que possam estar citados nas delações premiadas de Costa e Youssef foram descartados.

PSDB, do DEM, do PPS e do Solidariedade, no entanto, divulgaram uma nota para esclarecer que não fizeram acordo para proteger políticos na CPMI.

*Com informações da Agência Câmara

Nesta terça-feira (11), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras irá se reunir para ouvir o depoimento do gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo. Os parlamentares querem mais esclarecimentos sobre as denúncias de pagamento de propina a funcionários da estatal para facilitar negócios com a SBM Offshore, empresa holandesa que fornece navios-plataformas.

Na sessão, os parlamentares também devem decidir sobre novas convocações. Podem ser chamados a depor o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ambos teriam sido citados pelo ex-diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, como envolvidos no esquema de corrupção na companhia. Costa foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato e fez acordo de delação premiada em troca de redução da pena.

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O colegiado tenta conseguir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso à delação e aprofundar as investigações. O ministro Luís Roberto Barroso está aguardando a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se vai ou não liberar o conteúdo da delação para os parlamentares.

Os trabalhos da comissão serão prorrogados até os dias 22 de dezembro, já que a CPMI coletou as assinaturas suficientes (de, pelo menos, 27 senadores e 171 deputados). Como muitas denúncias não terão como ser apuradas e os trabalhos do colegiado foram prejudicados durante o período de Copa e das Eleições, os líderes da oposição já anunciaram que estão coletando assinaturas para instalar uma nova CPMI da Petrobras logo no início da próxima legislatura, em 2015.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras volta a se reunir, na próxima terça-feira (11), para ouvir o gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo. Ele deve ser questionado a respeito de pagamento de propina a funcionários para facilitar negócios com a SBM Offshore, empresa holandesa que fornece navios-plataformas. Os contratos da SBM com a Petrobras somam US$ 27 bilhões.

Em depoimento à CPI Mista em junho, a presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que uma sindicância interna não encontrou evidência de pagamento de propina a funcionários da empresa.

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Também na terça-feira, a comissão deve definir se convoca ou não o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Os dois teriam sido citados por Paulo Roberto Costa como envolvidos no esquema de corrupção na companhia. Paulo Roberto Costa fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal e o Ministério Público em troca de redução da pena.

A CPI Mista tenta conseguir acesso à delação premiada de Costa. O pedido está com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que aguarda a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se vai liberar o conteúdo da delação para os parlamentares ou não.

Adiamento

Havia a expectativa de a CPI Mista também ouvir na terça a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Ela, no entanto, pediu para depor em outra data, pois tem um compromisso no dia previsto. A audiência pode acontecer em 26 de novembro.

*Com informações da Agência Câmara

Um acordo selado entre a base do governo e da oposição que compõem a CPMI da Petrobras evitou a convocação de líderes do PT e do PSDB para prestar esclarecimentos sobre os acordos irregulares fechados pela estatal. Entre os que seriam convidados estavam a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula (PT), o ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-ministro Antonio Palocci, os senadores Aécio Neves (PSDB), Álvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT), além dos tesoureiros do PSDB Rodrigo de Castro e José Gregori, e do PT, João Vaccari Neto. 

Antes de iniciar a reunião administrativa da CPMI, nessa quarta-feira (5), que analisaria 497 requerimentos, os líderes se reuniram a portas fechadas, por cerca de uma hora e meia, e travaram o acordo. Nenhum requerimento polêmico foi colocado em votação, deixando assim todos os políticos citados acima blindados da interrogação parlamentar. 

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Ao relatar a reunião, o deputado Marco Maia (PT-RS), confirmou a parceria para evitar as convocações por conta do prazo para a CPMI ser encerrada. “Nós tivemos um acordo aceito por todos de que nós, em função do prazo exíguo, não trataríamos da convocação de ninguém da política, portanto se incluiu os tesoureiros dos partidos, os dirigentes partidários e os parlamentares”, disse. O grupo foi instalado em maio e tem duração até o próximo dia 23, mas deverá ser prorrogada até 22 de dezembro.

Dos aprovados, apenas nove pessoas serão convocadas a prestar esclarecimentos ao colegiado. Segundo Maia, elas são consideradas “laranjas” do suposto esquema de lavagem de dinheiro orquestrado em parceria pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef.

“Todas as convocações novas são laranjas que tinham algum tipo de relação com o Paulo Roberto Costa ou com o Alberto Yousseff. Então foi uma opção política fruto de um acordo que foi firmado pela comissão”, explicou o relator. 

Entre as pessoas que foram convidadas a prestar esclarecimentos, estão o sócio do genro de Paulo Roberto Costa, Marcelo Barboza Daniel; o executivo João Procópio Junqueira; o ex-funcionário da GFD Investimentos, Rafael Angelo Lopes e o representante do Banco Máxima, Saul Sabbá. As datas para os depoimentos ainda não foram divulgadas. 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras se reúne, nesta quarta-feira (5), para votar 476 requerimentos. Além disso, o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), deve apresentar um cronograma de novos depoimentos. A expectativa é que, a partir deste mês, a CPMI passe a se reunir duas vezes por semana.

Entre os requerimentos, há vários que pedem a convocação de autoridades para prestar esclarecimentos. Na semana anterior ao segundo turno das eleições, o deputado Afonso Florence (PT-BA) apresentou pedidos para que sejam convocados os senadores Alvaro Dias (PSDB-MG) e Aécio Neves (PSDB-MG). A justificativa seriam relatos na imprensa de que o PSDB também teria sido “beneficiário do esquema de corrupção" investigado pela CPMI.

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Em resposta, o deputado Izalci (PSDB-DF) propôs que a comissão convide para prestar depoimento a presidente reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar tucano mencionou matéria da revista Veja sugerindo que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa declarou ter sido procurado, em 2010, pelo coordenador do comitê eleitoral do PT para que fossem repassados R$ 2 milhões para a campanha de Dilma.

Prorrogação

Outro tema da reunião deve ser a prorrogação dos trabalhos até 22 de dezembro. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que já estão sendo coletadas as assinaturas necessárias – de 171 deputados e de 27 senadores. Pelo cronograma original, a comissão deve encerrar as atividades em 23 de novembro.

*Com informações da Agência Câmara

O mandado de segurança impetrado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras para ter acesso à delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa será encaminhado, nesta segunda-feira (3), para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dê parecer sobre a concessão se negativa ou positiva.

O ministro Teori Zavascki, que detém o conteúdo dos depoimentos do ex-diretor à Polícia Federal e negou o acesso da CPI ao material, prestou hoje as informações solicitadas pelo relator do mandado de segurança, ministro Luís Roberto Barroso. O teor da manifestação de Zavascki, de acordo com a Agência Senado, será mantido em sigilo, segundo informou o gabinete de Barroso.

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O próximo passo é o parecer de Janot a respeito da admissibilidade do mandado de segurança. A análise do procurador-geral deve ser finalizada em dez dias e será integrada ao processo, que então retornará para as mãos do relator.

Somente quando o mandado voltar para Barroso é que as novas informações prestadas por Zavascki a respeito da negativa de acesso ao material pela CPI poderão ser divulgadas. Por enquanto, o ministro argumentou apenas que o compartilhamento do material fere as normas legais da delação premiada, e que o compartilhamento das informações só pode se dar após a aceitação da denúncia do ex-diretor da Petrobras pelo tribunal.

A Lei 12.850/13 estabelece que o sigilo das informações prestadas mediante acordo de delação premiada só acaba quando a denúncia é recebida pelo juiz. No mandado de segurança (MS 33.278), Vital do Rêgo (PMDB -PB), presidente da CPI, argumenta que as comissões parlamentares de inquérito têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e que o Judiciário precisa definir qual o real direito constitucional de uma CPI quanto ao acesso a dados sigilosos.

A agenda na Câmara Federal durante esta semana promete não ser tão intensa. Na segunda-feira (3), os deputados prestam homenagens ao Novembro Azul, que incentiva os homens a prevenção do câncer de próstata. Às 19h eles inauguram uma iluminação especial na Casa em tons azuis para todo o mês de novembro. 

Na terça-feira (4) os parlamentares vão tentar mais uma vez votar o recurso do deputado André Vargas (PT-PR) contra a decisão do Conselho de Ética que recomendou a sua cassação. A matéria será analisada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). O relator do caso CCJ, deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ), já deu um parecer negativo ao recurso. 

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Outro assunto que marcará o legislativo na terça será a votação do relatório preliminar do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na Comissão Mista de Orçamento. A proposta tem gerado discussões acaloradas no parlamento. A União deverá encaminhar para a Casa uma emenda solicitando a mudança do Superávit para 2015 ainda esta semana. 

Os requerimentos e pedidos de informação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras serão votados na próxima quarta (5). A reunião da CPMI será no plenário do Senado. 

Ainda na quarta, a Comissão de Cultura homenageia o Dia Nacional da Cultura Brasileira e se reúne para fazer um Manifesto Cultural em favor da PEC 150/03. Foram convidados, entre outros, o cantor e secretário de Cultura da Paraíba, Chico César; o cantor Lazzo Matubbi; o mamulengueiro Walter Cedro; e o percussionista Carlos Piau.

Na quinta (6) e sexta-feira (7), outras reuniões das comissões estão agendadas, mas ainda sem pauta definida. 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras se reúne na próxima quarta-feira (5) para a votação de 476 requerimentos. A expectativa é de que o relator do colegiado, deputado Marco Maia (PT-RS), apresente um cronograma de novos depoimentos. O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), também informou que estão sendo coletadas as assinaturas para prorrogar as atividades até 22 de dezembro.

Entre os requerimentos que aguardam deliberação, há vários que pedem a convocação de autoridades para prestar esclarecimentos. O deputado Afonso Florence (PT-BA) apresentou pedidos para que sejam convocados os senadores Alvaro Dias (PSDB-MG) e Aécio Neves (PMDB-MG). A justificativa seriam relatos na imprensa de que o PSDB também teria sido “beneficiário do esquema de corrupção" investigado pela CPI.

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Em resposta, o deputado Izalci (PSDB-DF) propôs que a CPI convide para prestar depoimento a presidente reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar tucano mencionou matéria da revista Veja sugerindo que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, declarou ter sido procurado, em 2010, pelo coordenador do comitê eleitoral do PT para que fossem repassados R$ 2 milhões para a campanha de Dilma.

Com informações da Agência Câmara.

 

 

O presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou, nesta quinta-feira (23), que está determinado a prolongar os trabalhos da comissão. Com a concordância do relator, deputado Marco Maia (PT-RS), Vital informou que tem prontos dois requerimentos pedindo a prorrogação das atividades para o fim do ano.  A coleta das assinaturas já começou. É preciso obter a anuência de um terço dos parlamentares de cada Casa do Congresso Nacional, ou seja, 171 deputados e 27 senadores.

Instalada em maio, a CPI Mista tem prazo inicial de duração de 180 dias e pode funcionar até 23 de novembro. A intenção do presidente é estender as atividades por um mês, para compensar o período eleitoral. Porém, a CPI deverá ser obrigatoriamente extinta com o término da sessão legislativa, no dia 22 de dezembro.

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"Já recalculamos os prazos. Nós temos até o dia 23 (de novembro) no prazo normal e vamos prorrogar até dezembro", explicou Marco Maia.

Requerimentos

A campanha eleitoral dificultou a obtenção de quórum na comissão, e os requerimentos foram se acumulando desde a última reunião deliberativa, realizada em julho. São mais de 400 requerimentos, entre convocações, pedidos de acesso a documentos e quebras de sigilos bancários, fiscais e telefônicos.

Entre os mais recentes, a maioria se refere a pessoas que foram citadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento à Justiça Federal. Ele é acusado de participar do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef. Ambos foram presos pele Polícia Federal, na Operação Lava Jato, deflagrada em março.

Na próxima quarta-feira (29), a CPI Mista volta a se reunir, para ouvir Alberto Youssef.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, apresentou atestado médico à CPI Mista para justificar sua ausência na reunião agendada para hoje, às 14h30. No entanto, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo, manteve a reunirão, que ocorrerá no plenário 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado. Ainda não foi marcada nova data para o depoimento.

Consenza substituiu Paulo Roberto Costa, que saiu da Petrobras em abril de 2012. Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeitas de superfaturamento e lavagem de dinheiro na estatal. Após acordo de delação premiada, o ex-diretor passou a cumprir pena domiciliar.

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No requerimento de convocação, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) cita reportagens divulgadas pela imprensa para justificar o depoimento de Cosenza. Segundo uma delas, Costa teria continuado o esquema de corrupção na Petrobras por intermédio do atual diretor.

*Com informações da Agência Câmara


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras ouve quarta-feira (22), às 14h30, o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, que assumiu o posto no lugar de Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O depoimento ocorre em razão de dois requerimentos, apresentados pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR) e pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e subscritos pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e outros.

Segundo Bueno, Cosenza vai prestar esclarecimentos sobre revelações feitas pela imprensa envolvendo menções a seu nome e o ligando a condutas consideradas criminosas pelo doleiro Alberto Youssef (preso sob acusação de prática de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa), Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras) e pelo deputado Luiz Argôlo (SD-BA) — alvo de duas representações no Conselho de Ética da Câmara por quebra do decoro parlamentar em virtude de seu envolvimento com Youssef.

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Em seu requerimento, Carlos Sampaio destaca a demissão recente de vários executivos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, e afirma que Cosenza, que ocupa o cargo no lugar de Paulo Roberto, “por indicação do PMDB, não caiu”. Registra ainda que o ex-diretor tentou fazer negócios diretamente com a estatal depois de deixar o cargo, ao enviar uma carta à presidente da companhia, Graca Foster, propondo parceria entre a empresa e a REF Brasil, um empreendimento que ele vinha tocando até ser preso e que previa a construção, com recursos privados, de pequenas refinarias de petróleo em pelo menos quatro estados brasileiros.

De acordo com o requerimento, o ex-diretor queria que a Petrobras fornecesse petróleo para refinarias ou contratasse os serviços da REF. Na carta, cujo rascunho foi apreendido pela polícia, Paulo Roberto tenta convencer a presidente da estatal, ao sugerir a assinatura de um "memorando de confidencialidade" para que as partes - REF e Petrobras — pudessem discutir o "negócio". A carta de Paulo Roberto recebeu encaminhamento dentro da Petrobras. Graça Foster determinou que o sucessor de Paulo Roberto na Diretoria de Abastecimento da estatal, Jose Carlos Cosenza, tratasse do assunto.

Ainda de acordo com o requerimento, a Petrobras garantiu que a proposta de Paulo Roberto não foi adiante. E que o próprio Cosenza respondeu a ele. Na resposta, de acordo com nota da estatal, Cosenza "afirma que a presidente da Petrobras o incumbiu de responder sobre a inviabilidade de a companhia participar de qualquer um dos modelos propostos, tampouco assinar qualquer memorando de confidencialidade”.

*Com informações da Agência Senado

O presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou nesta terça-feira (14) que a comissão se prepara para impetrar mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso às informações prestadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Yousseff em processos de delação premiada.

A CPI Mista da Petrobras, formada por senadores e deputados, enviou pedido ao Supremo para acessar a íntegra do depoimento de Costa, cuja delação premiada já foi homologada.

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A solicitação, no entanto, foi recusada pelo relator do processo, ministro Teori Zavascki, sob alegação de que os dados  estariam protegidos por sigilo previsto em lei. De acordo com Zavascki, o acordo de delação premiada só deixa de ser sigiloso assim que recebida a denúncia pelo Supremo, o que ainda não ocorreu.

Vital do Rêgo, no entanto, entende que a CPI pode ter acesso às informações após a homologação do acordo e quer levar a demanda ao Plenário do STF.

"Esta ordem de segurança é simbólica, pois exigirá do Supremo Tribunal Federal um posicionamento a respeito do dever constitucional do Poder Judiciário de manter o compartilhamento de informações com um órgão especial como a CPI, que tem poderes especiais resguardados na Constituição Federal", disse.

Vital informou que se reunirá nesta tarde com a Advocacia do Senado para tratar da elaboração, em nome da CPI, do mandado de segurança que visa obter informações contidas em todos os processos de delação premiada que tratem de denúncias de desvios na Petrobras.

Calendário

O senador pretendia se reunir com líderes partidários nesta terça-feira para traçar uma agenda de trabalho para as próximas semanas, mas como muitos deles estão em seus estados, envolvidos com o segundo turno das eleições, o presidente da CPI informou que está buscando definir o calendário por meio de contatos telefônicos com os parlamentares.

Vital do Rêgo ressaltou ainda que, mesmo sem previsão de reunião, a CPI segue realizando trabalhos internos, como a análise de documentos recebidos e atividades administrativas.

*Com informações da Agência Senado

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