Governo veta inclusão de 3 setores na desoneração da folha
O veto foi aplicado pelo presidente em exercício, Michel Temer
As farmácias, os escritórios de engenharia e arquitetura e as empresas de transporte de afretamento ficarão fora da desoneração da folha. O presidente da República em exercício, Michel Temer, vetou a inclusão dos setores no regime especial de contribuição previdenciária.
Segundo o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, a falta de recursos para arcar com novas desonerações incluídas durante a tramitação da Medida Provisória (MP) 651 no Congresso Nacional justificou o veto. “Tinham sido incluídos setores, mas em virtude da falta de compensação das renúncias fiscais, eles foram vetados”, declarou.
Com os vetos, permanece em 56 o número de setores da economia beneficiados pela desoneração da folha. Nesse regime, os empresários deixam de pagar 20% da folha de pagamento para a Previdência Social e pagam 1% ou 2% sobre o faturamento, dependendo do setor.
A MP 651 tornou permanente a desoneração da folha para os setores beneficiados. O incentivo originalmente acabaria no fim do ano. De acordo com Dyogo, o texto publicado hoje no Diário Oficial da União tem um erro que excluiu as empresas de serviços na desoneração permanente. Ele disse que, nos próximos dias, o governo editará uma errata para fazer a correção, sem a necessidade de publicar novamente a lei.
O governo vetou outras emendas parlamentares que ampliariam desonerações em vigor. Um dos artigos previa a inclusão de fabricantes de guindastes e pórticos (dispositivos que transportam cargas) no Reporto, regime que desonera investimentos em portos e ferrovias. Segundo Dyogo, a emenda não se relacionava aos fundamentos do programa, criado para beneficiar operadores de portos e ferrovias, não fabricantes.