Daniel Coelho critica coincidência das eleições

Para o tucano, a reforma política deve ser feita para sociedade e não para políticos

por Élida Maria qua, 20/05/2015 - 18:17
Jarbas Araújo/Assessoria/Divulgação Daniel Coelho vê a unificação das eleições como algo negativo Jarbas Araújo/Assessoria/Divulgação

Alvo de debates nas Casas Legislativas do país a fora e também no Congresso Nacional, a reforma política foi o tema do discurso do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, a reforma precisa ser feita para a sociedade, não para os políticos. Ele também se posicionou contrário à unificação das eleições para o mesmo ano.

“A reforma política não pode ser a reforma dos políticos e não pode ser analisada pela ótica da manutenção no poder daqueles que hoje exercem mandatos, ou de quem quer fortalecer seu projeto pessoal ou partidário. A reforma tem que ter como foco a aproximação do parlamento com a sociedade, tem que ter como foco um processo mais democrático”, analisou.

Para o tucano um dos pontos negativos da reforma política é a unificação das eleições, de forma que todos os postulantes sejam escolhidos de uma única vez. “Não há países democráticos que façam eleição geral no mesmo dia, de vereador a presidente da República. Isso só é de interesse de quem quer vincular a eleição única e exclusivamente à questão do poder econômico. Não dá para o eleitor decidir sobre uma eleição de vereador e prefeito, que tratam de uma questão local, até uma eleição para presidente”, pontuou.

De acordo com o deputado, a coincidência de eleições tem interessa apenas aos próprios políticos e prejudica o processo democrático. “Eu vejo na coincidência das eleições, quase que exclusivamente, o interesse da classe política, mas não o interesse da sociedade, que tem o direito de debater, de discutir, e que tem o direito de, a cada dois anos, estar frente a frente com uma discussão política com o seu parlamentar, com o seu vereador, com o seu prefeito”, criticou o tucano. 

Confira o discurso na íntegra abaixo:

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