Humberto festeja adiamento de votação de PL do pré-sal

A proposta que seria apreciada nesta semana terá uma comissão parlamentar para debater o assunto em 45 dias

por Élida Maria qui, 09/07/2015 - 14:46
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo O senador acredita que com a criação de uma comissão o debate será mais aprofundado Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, e demais aliados da base do Governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), viram o adiamento da votação do Projeto de Lei do Senado nº 131/2015 como uma vitória. A proposta que retira a obrigatoriedade de a Petrobras estar presente como operadora única do pré-sal e a desobriga da participação mínima de 30% dos investimentos nos blocos licitados, estava como o terceiro projeto da Ordem do Dia para ser avaliada nessa quarta-feira (8), mas, será instituída uma comissão parlamentar para debater a matéria no prazo de 45 dias. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu retirar a proposta da pauta de votação e criar uma comissão especial com 27 membros, após a apresentação junto à Mesa Diretora de um requerimento assinado por 46 senadores, incluindo Humberto Costa e a totalidade da bancada do PT. O colegiado deverá ser indicado por líderes partidários nos próximos dias. 

Para Costa, o movimento contrário à proposta cresceu nos últimos dias na Casa e, agora, os senadores terão a oportunidade de debater o assunto com mais profundidade na comissão especial. “Não existe nenhuma situação de emergência que justifique a rápida apreciação do texto apresentado pela oposição. Os leilões só irão ocorrer nos próximos anos”, afirmou. "Não há justificativa cabível para a pressa. Interesse público, não é", reforçou. 

Em relação ao conteúdo da proposta, o parlamentar acredita que a matéria privatiza o petróleo brasileiro e prejudica a maior estatal do país e toda a população. “Essa proposta implode a condição da Petrobras como operadora única no pré-sal e abre as porteiras de um tesouro brasileiro para as multinacionais. É algo que, no nosso ponto de vista, solapa frontalmente a liderança da nossa maior empresa e a fragiliza diante das companhias estrangeiras, ansiosas por expandir sua presença no riquíssimo mercado brasileiro de óleo e de gás”, avaliou o petista. 

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