Presidente do PT no Recife defende nome que gere confiança

Oscar Barreto disse que ainda não há definições sobre quem será o candidato e criticou a forma como o senador Humberto Costa e o superintendente da Sudene, João Paulo, têm “discutido táticas eleitorais” externamente

por Giselly Santos ter, 16/02/2016 - 12:28
Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo Diretório municipal do PT tem uma reunião agendada para o dia 4 de março, quando definirá o calendário eleitoral e afinará o discurso para o pleito deste ano Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

Diante das especulações e posturas colocadas nos últimos dias em torno do nome que disputará o comando da Prefeitura do Recife pelo PT em outubro, o presidente da legenda na capital pernambucana, Oscar Barreto, afirmou, nesta terça-feira (16), em conversa com o Portal LeiaJá que ainda não há definições sobre quem vai liderar a chapa petista e criticou a forma com que componentes do partido, como o senador Humberto Costa e o superintendente da Sudene, João Paulo, têm “discutido táticas eleitorais” externamente. 

De acordo com Barreto, 2015 foi um ano para “reparar todas as fissuras” internas deixadas pelos pleitos de 2012 e 2014 e, neste ano, a intenção é de que o candidato do PT seja “verdadeiramente do partido” e definido em diálogo constante com todas as alas da legenda, incluindo os seus líderes políticos. 

“O resultado da eleição em Pernambuco sempre vai ser menor do que a gente foi antes, já fomos para o estado a força que tinha uma influência partidária. Hoje estamos bem menores. O PT tem a definição de ter candidatura e o debate só será apresentado a partir do calendário do partido, que ainda vai ser acertado”, observou o presidente. Segundo ele, o diretório municipal do PT tem uma reunião agendada para o dia 4 de março, quando definirá o calendário eleitoral e afinará o discurso para o pleito deste ano. 

Indagado se apoiaria a postulação do ex-prefeito João Paulo, principal nome cotado entre os petistas para a disputa, Oscar Barreto não adiantou seu posicionamento, mas criticou tanto o superintendente da Sudene quanto o senador Humberto Costa.

“Não quero discutir tática eleitoral primeiro fora e depois dentro. Quero discutir primeiro dentro. Levarei para fora aquilo que realmente estiver acertado”, cravou. “Defendo que o partido seja protagonista deste processo. Não defendo o nome. A força do nome está no partido e não nas pessoas. Agora fica João Paulo se autodefendendo e Humberto defendendo João Paulo. São posturas individuais e não do partido”, acrescentou. 

Segundo o dirigente municipal, diversas teses estão sendo levantadas por integrantes da legenda para este ano, inclusive a de se aliar ao PTB e até mesmo se reaproximar do PSB, mas o partido ainda não delimitou qual será o campo de aliança para as eleições no Recife. 

“Há sondagens feitas, mas definir o campo de alianças é fundamental, até para discutir nomes. O partido vai ter o nome para impor a outros partidos? Não pode, devemos antes de tudo definir as alianças e ver quem seriam os cabeças da chapa”, disse. “Se é Humberto [Costa], João da Costa, Oscar [Barreto], João Paulo, Fernando Ferro ou uma aliança com o PTB e até uma reaproximação ao PSB ainda não foi definido”, reforçou. 

Durante esta semana, Humberto se colocou a favor de que João Paulo dispute o cargo hoje ocupado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB). "É o nome que reúne mais condições de fazer uma campanha forte do partido. Porém, isso é uma decisão que não é minha, é uma decisão do partido e dele”, disse. Já João Paulo tem sido mais isento. "O diretório municipal está cuidando de tudo", resumiu.

COMENTÁRIOS dos leitores