Da Fonte ameniza denúncia da PGR e diz: 'é um absurdo'

"Vamos esclarecer isso ao STF. É um absurdo, mas faz parte. Os advogados já estão cuidando da minha defesa", salientou, deixando transparecer um clima de desconforto quanto ao assunto

por Giselly Santos sex, 05/08/2016 - 17:02
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens "Nenhum [receio]. Ser denunciado não quer dizer que é réu ou condenado. A maioria dos que estão na política tem essas questões. Na Câmara dos Deputados são mais de 40%", justificou Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) afirmou, nesta sexta-feira (5), em conversa com o Portal LeiaJá, que a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele ao Supremo Tribunal Federal (STF) "é um absurdo". No documento encaminhado à Corte, o progressista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. 

"Vamos esclarecer isso ao STF. É um absurdo, mas faz parte. Os advogados já estão cuidando da minha defesa", salientou, deixando transparecer um clima de desconforto quanto ao assunto. O parlamentar participou, na tarde de hoje, da convenção do PP em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Indagado se tinha receio das denúncias contra o PP interfiram no resultado das eleições municipais este ano, Da Fonte amenizou a questão. "Nenhum [receio]. Ser denunciado não quer dizer que é réu ou condenado. A maioria dos que estão na política tem essas questões. Na Câmara dos Deputados são mais de 40%", justificou. 

A acusação ao STF foi feita com base nos depoimentos de delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa. No depoimento, Pessoa afirmou que, após reuniões na sede da construtora em São Paulo, pagou R$ 300 mil solicitados por Eduardo da Fonte em troca de ajuda para conseguir um contrato com a Coquepar. 

Segundo o delator, R$ 100 mil foram repassados em espécie e R$ 200 mil em doações oficiais ao diretório do PP em Pernambuco, montante que foi repassado à campanha eleitoral do deputado em 2010.

Nos depoimentos, Ricardo Pessoa disse que levou um "passa-moleque" do parlamentar, porque não se efetivaram as obras. Além de Fonte, também foi denunciado, Djalma Rodrigues de Souza, executivo da Petrobras na época dos fatos.

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