Dilma não tem condições de governabilidade, diz Grazziotin

Senadora que defende fim do processo de impeachment admite que gestão será difícil caso Dilma Rousseff volte ao comando do país

por Dulce Mesquita ter, 09/08/2016 - 11:41 Atualizado em: ter, 09/08/2016 - 12:10
Antonio Cruz/Agência Brasil/Arquivo Vanessa Grazziotin é senadora pelo PCdoB do Amazonas Antonio Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Firme defensora do fim do processo de impeachment, por considerar as acusações contra a presidente afastada Dilma Rousseff improcedentes, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) admite que, mesmo que voltasse ao Planalto, a petista não teria condições de governar. “Nós que defendemos a presidenta Dilma achamos que ela não tem mais condições de governabilidade e não seríamos nós senadores e senadoras irresponsáveis de apenas defender a volta dela para ampliar uma crise que não é só política, mas é econômica também”, frisou.

"Estamos oferecendo uma alternativa de governabilidade ao Congresso e ao povo brasileiro, que é de caso ela [Dilma Rousseff] volte, ela apoiará a realização imediata de um plebiscito para que a população brasileira diga se quer antecipar as eleições", informou.

Nessa segunda-feira (8), Dilma voltou a defender a realização do plebiscito. Mas para ela, é necessário que seja realizada uma "reforma política ampla". Ela ainda não poupou críticas ao governo interino de Michel Temer, que, segundo Dilma, não ter condições de realizar qualquer reforma. "Não é possível, pois ele (governo) é o antipacto nacional", disparou.

O Senado decide, nesta terça-feira (9), se Dilma Rousseff vai a julgamento final no plenário. Se os parlamentares aprovar o texto, o julgamento deve acontecer até o final do mês. Caso os senadores rejeitem, o processo será arquivado e a presidente voltará ao comando do país.

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