De olho nas eleições os deputados e candidatos à Prefeitura do Recife e parlamentares de municípios da Região Metropolitana discursaram nesta quinta-feira (11) sobre a segurança pública. O assunto é o que mais preocupa os moradores do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Cabo de Santa Agostinho, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). 

Durante a sessão Plenária de ontem (11), dia que foi anunciado pelo governo estadual o reforço da frota de viaturas da Polícia Militar, os deputados se queixaram da forma como a segurança pública estadual vem sendo gerida em Pernambuco. Eles também relataram o crescimento do índice de homicídios no Estado, alertaram sobre as condições de trabalho dos policiais e os casos de assaltos e roubos. 

O candidato do PSOL, Edilson Silva foi o primeiro a discursar sobre o assunto e pontuou que fora a insegurança nas ruas, a polícia está servindo de “instrumento de perseguição política”. “No último sábado (6), vi fiscais da Diretoria de Controle Urbano (Dircon), acompanhados por policiais militares, realizarem ação desproporcional contra um grupo que estava num bar, no bairro do Torreão. Os policiais estavam armados com metralhadoras em ambiente familiar, onde nunca se teve notícia de violência”. Edilson contextualizou que o local é frequentado por integrantes de movimentos sociais, entre eles o Ocupe Estelita, que tem atuado contra o Projeto Novo Recife.

A também prefeiturável do Recife pelo DEM, Priscila Krause destacou as denúncias reportadas a ela por moradores dos bairros de Parnamirim e Casa Amarela. Segundo disse, de quarta-feira (10) para quinta, ela recebeu “notícias de cinco assaltos no mesmo quarteirão, inclusive com tiros”. “Não estamos tratando aqui de nenhuma novidade. Isso vem acontecendo de forma sistemática, e nenhuma providência está sendo tomada para tirar a sociedade desse grau de abandono”, discursou.

Já o deputado Joel da Harpa, que é defensor dos policiais militares, cobrou mais atenção para com os servidores da Guarda Patrimonial. O deputado disse que eles “arriscam suas vidas por um salário miserável, menor que o mínimo”. “Enquanto isso, a sociedade vive um clima de insegurança, em que as pessoas voltam para casa antes das 22h, e os bancos encerram o funcionamento”, emendou. Durante seu pronunciamento, Joel leu documento com solicitações dos policiais, como adicional de risco de vida para todos e padronização do critério de reajuste salarial.

Saindo em defesa do governo, o deputado Zé Maurício (PP) assegurou que a gestão estadual não está passiva aos casos de violência, destacando a entrega das viaturas como forma de melhoraria para a segurança pública. “Alguns desses veículos serão destinados à Patrulha do Bairro e, até o fim do ano, 1500 soldados serão incorporados por meio de concurso”. 

*Com informações da assessoria