Preso por compra de votos, candidato diz ser 'perseguido'

Doda Soares, candidato em Camutanga, foi preso em flagrante por crime eleitoral

por Jorge Cosme dom, 02/10/2016 - 14:38
Reprodução/Facebook Político pagou uma fiança de R$ 80 mil e aguarda o processo em liberdade Reprodução/Facebook

O candidato a prefeito de Camutanga, Josué Soares da Fonseca, o Doda Soares (PR), após ser preso em flagrante por crime eleitoral em operação envolvendo a Polícia Federal e Polícia Militar, disse estar sendo alvo de perseguição. Nas redes sociais, Doda alegou ser vítima de acusações de adversários. 

No texto, o candidato diz que já esperava que muita coisa poderia acontecer e que se preparou da melhor forma possível. “A espiritualidade, a motivação e fé, não foram e não serão abaladas por essas investidas que somente provocam mais ainda revolta no nosso povo. Povo este que já está cansado desse teatro montado por esse grupo que não aceita perder”, escreveu.

Embed:

Doda ainda acredita que vai vencer nas urnas. “O que importa agora é continuarmos trabalhando para concretizar nossa vitória nas urnas, pois estamos mais fortalecidos ainda, e conto com a força de cada um de vocês. Não sabemos o que inventarão amanhã, somente peço de tenhamos paciência e não entremos no jogo deles”, continua. 

“Estou livre e mais disposto ainda a enfrentar os responsáveis pelo atraso de Camutanga”, complementou. Doda está livre mas só porque pagou uma fiança de R$ 80 mil. Ele agora vai responder ao processo em liberdade.

O candidato foi preso em flagrante no sábado (1º) com cerca de R$ 11 mil dentro de uma viatura no município de Ferreiros , município localizado na Mata Norte de Pernambuco, assim como Camutanga. A Polícia Federal informou que há indícios que o valor seria utilizado para compra de votos.

Uma operação realizada no dia anterior em imóveis de Doda Soares e de seu vice, Ricardo Godoy (PMDB), encontrou listas que indicavam a entrega a eleitores de benefícios como material de construção, pagamento de aluguel e pagamento de exame de sangue. 

Também foi em Camutanga que a casa do prefeito e candidato a reeleição, Armando Pimentel, foi alvejada por tiros, fato ocorrido na quinta-feira (29). Pimentel disse que o fato era um desespero do seu adversário. 

Embed:

COMENTÁRIOS dos leitores