Daniel Coelho defende reformas que beneficiem a população

Da base do governo, deputado acredita que as questões tributárias e previdenciárias precisam ser discutidas para corrigir injustiças

por Dulce Mesquita qua, 08/02/2017 - 10:16
Ananda Borges/Câmara dos Deputados/Arquivo O deputado também criticou a reforma ministerial do governo do presidente Michel Temer Ananda Borges/Câmara dos Deputados/Arquivo

Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (8), Daniel Coelho (PSDB-PE) defendeu a discussão das reformas da previdência e tributária no Congresso Nacional, para “quebrar privilégios” e “discutir as injustiças”. As duas matérias serão prioridade no Legislativo e tem grande interesse do governo na aprovação.

O tucano reconheceu que a previdência precisa ser rediscutida, mas não dá forma como está sendo proposta pelo governo.  “A questão da previdência precisa ser discutida e não é com demagogia. É entendendo que modificações têm que ser feitas sim, mas não para fazer o andar debaixo pagar”, destacou.

“Se você fizer a conta, a previdência não quebrou por conta daquele trabalhador que ganha um, dois salários mínimos, que é a parcela majoritária da população. Quebrou porque existem brasileiros que se acham mais brasileiros que os outros, começando, inclusive, por coisas que acontecem aqui no Poder Legislativo. Temos que quebrar privilégios e fazer com que todos, efetivamente todos, sejam igual perante a lei”, defendeu.

Sobre a reforma tributária, que já tem uma comissão especial para debater esse tema na Câmara, Daniel acredita que é preciso “discutir injustiças” e a utilização do dinheiro, que, segundo ele, é mal empregado. “Precisamos discutir, inclusive, a sua distribuição com os entes federativos, estados e municípios”.

Crítica

O deputado também criticou a reforma ministerial do governo do presidente Michel Temer, que resultou no aumento no número de pastas. “Mantendo a coerência daquilo que disse por diversas vezes nessa tribuna, quando fazia oposição ao governo do PT, acho equivocada a atual medida do governo em ampliar o seu número de ministérios. Na saída de Dilma o número foi reduzido, mas a gente percebe que esse número volta a aumentar”.

Para ele, a medida não é a mais indicada. “O que a gente precisa, sim, é a discussão de um Estado menor, mais enxuto, mas acima de tudo, mais eficiente. A prioridade está na prestação de serviços, na educação, na saúde, na segurança e não nas áreas meio de governo, que terminam atendendo muito mais à política e aos políticos do que à sociedade brasileira”, ressaltou.

Daniel também recriminou a discussão política entre partidos de direita e esquerda. “Me entristece ver um debate político reduzido a uma polarização de extremos que não leva o Brasil a solução. De um lado, nós temos uma esquerda atrasada, antiga, com propostas completamente ultrapassadas, de uma ocupação do estado, de uma defesa de corporativismo que levaram o Brasil à quebradeira atual. E do outro, temos também uma direita radical, que se encontra com essa esquerda radical no sentido de defender esses mesmos corporativismos e não enfrentar as reformas necessárias para o Brasil avançar”, comparou.

“O grande desafio do país neste momento é buscar unidade e é assim que conduzirei no ano de 2017 esse nosso mandato”, anunciou.

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