Pós-delação, Temer diz que acabou com facilidades no BNDES
Segundo a delação premiada de Joesley, durante a administração do ex-ministro Guido Mantega, houve um pagamento de 4% de propina em cima de cada empréstimo aprovado para a JBS no BNDES
![Durante o pronunciamento na tarde deste sábado (20), Michel Temer também acusou Joesley de 'falso testemunho' Beto Barata/PR](/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/politica/2017/05/Beto%20BarataPR.jpg?itok=NsozMSFm)
O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, neste sábado (20), que o dono da JBS, Joesley Batista, estava "insatisfeito" com o seu governo e, por isso, gravou a conversa entre eles para anexar ao acordo de delação premiada na Lava Jato. De acordo com o peemedebista, após ele assumir o comando do país e trocar, por exemplo, a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"O BNDES mudou no meu governo. A presidente botou ordem na casa. Estamos acabando com os velhos tempos das facilidades aos oportunistas", declarou, fazendo referência à facilidade de liberação de empréstimos do banco a JBS.
Segundo a delação premiada de Joesley, durante a administração do ex-ministro Guido Mantega, houve um pagamento de uma taxa de propina de 4% em cima de cada empréstimo aprovado para a empresa. Um relatório do Tribunal de Contas da União aponta que o BNDES perdeu R$ 711 milhões com JBS.
Durante o pronunciamento na tarde deste sábado (20), Michel Temer também acusou Joesley de "falso testemunho" e disse que depois do depoimento, que prejudicou o Brasil, o empresário foi morar nos Estados Unidos.
"Ele prejudicou o Brasil, enganou os brasileiros e agora mora nos EUA, diz Temer", disparou.