Pós-delação, Temer diz que acabou com facilidades no BNDES

Segundo a delação premiada de Joesley, durante a administração do ex-ministro Guido Mantega, houve um pagamento de 4% de propina em cima de cada empréstimo aprovado para a JBS no BNDES

por Giselly Santos sab, 20/05/2017 - 18:23
Beto Barata/PR Durante o pronunciamento na tarde deste sábado (20), Michel Temer também acusou Joesley de 'falso testemunho' Beto Barata/PR

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, neste sábado (20), que o dono da JBS, Joesley Batista, estava "insatisfeito" com o seu governo e, por isso, gravou a conversa entre eles para anexar ao acordo de delação premiada na Lava Jato. De acordo com o peemedebista, após ele assumir o comando do país e trocar, por exemplo, a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  

"O BNDES mudou no meu governo. A presidente botou ordem na casa. Estamos acabando com os velhos tempos das facilidades aos oportunistas", declarou, fazendo referência à facilidade de liberação de empréstimos do banco a JBS. 

Segundo a delação premiada de Joesley, durante a administração do ex-ministro Guido Mantega, houve um pagamento de uma taxa de propina de 4% em cima de cada empréstimo aprovado para a empresa. Um relatório do Tribunal de Contas da União aponta que o BNDES perdeu R$ 711 milhões com JBS. 

Durante o pronunciamento na tarde deste sábado (20), Michel Temer também acusou Joesley de "falso testemunho" e disse que depois do depoimento, que prejudicou o Brasil, o empresário foi morar nos Estados Unidos. 

"Ele prejudicou o Brasil, enganou os brasileiros e agora mora nos EUA, diz Temer", disparou.

 

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