'Gilmar Mendes é um militante político', diz líder do PT

O presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro, também disse que o judiciário está distante do que a população almeja

por Taciana Carvalho qui, 15/06/2017 - 20:08
Taciana Carvalho/LeiaJáImagens/Arquivo . Taciana Carvalho/LeiaJáImagens/Arquivo

O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Bruno Ribeiro, em entrevista exclusiva concedida ao LeiaJá, criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Gilmar Mendes, pela sua postura no julgamento da Corte na chapa Dilma-Temer. O magistrado votou pela absolvição.

“O resultado nos revela tudo que já foi visto neste país recentemente. A posição, por exemplo, do ministro Gilmar Mendes, apenas confirma o que a gente tem denunciado. O ministro Gilmar Mendes é um militante político partidário no Supremo Tribunal Federal”, disparou. 

Bruno disse que a posição tomada pelo TSE demonstra que o judiciário está longe do que a população almeja. “As posições que ele adotou claramente confirma o que a gente vem denunciando. Um tribunal tomar posição daquela [absolvição] em toda uma expectativa de uma sociedade mostra como o judiciario está distante do que o país precisa e do que o povo quer”. 

O dirigente também falou que o presidente Michel Temer (PMDB) não irá sair dessa. “Por causa da confissão dele na gravação. Ele se autoincriminou na prática de graves ilegalidades. Ele já poderia ter sido afastado nesse julgamento, mas ele terá que ser afastado pelos crimes que ele cometeu. Os graves crimes que se descobriram pela boca dele. Com certeza, a república do golpe desmoronou. Esse governo inviabilizou-se. Agora precisamos tirar essas ruínas da frente do povo brasileiro”. 

“O que o povo está vendo um ano depois do impeachemt é que foi vendido uma ilusão de que bastava afastar a presidente Dilma, que o país iria melhorar e piorou muito. Esse país só vai sair desse impasse restabelecendo a soberania do povo decidir quem preside a república e a que interesses atende. O povo brasileiro não vai sair dessa situação difícil sem um plano e sem uma eleição direta, que pressupõe o retorno da democracia”, acredita. 

 

 

 

 

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