Cleiton Collins era viciado em cocaína, recorda Michele
A vereadora do Recife disse que o marido e deputado estadual Cleiton Collins (PP) foi “um menino de rua” e lembrou ter sofrido "na pele" o fato de ter alguém na família com a dependência química
Durante explanação no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a vereadora do Recife, Michele Collins (PP), desabafou ao falar sobre as drogas. “Eu tive a experiência de ter o meu marido viciado na cocaína. Eu tive a experiência de viver dentro da minha casa, na minha pele sofrer o que uma esposa sofre, como uma mãe sofre e hoje eu tenho a honra de ver o meu esposo sentado nessa cadeira”, ressaltou, fazendo referência ao marido e deputado estadual, Cleiton Collins (PP). O depoimento aconteceu em evento, nessa segunda-feira (26), que marcou o Dia Internacional de Combate às Drogas.
“Porque ele [Cleiton Collins] só fazia sofrer, mas graças a Deus ele conseguiu se libertar das drogas e hoje através da vida dele milhares de jovens têm conseguido também alcançar essas oportunidade. Jovens que estão aqui hoje. Meninos, homens e mulheres que estão tenho a oportunidade de se tratar, que já se recuperaram e aqueles que ainda estão em recuperação”, discursou.
A parlamentar também declarou que “com apoio e a benção de Deus” é possível vencer. “Isso mostra que tem jeito sim. Isso mostra que se houver apoio, unidade e a bênção de Deus em primeiro lugar, nós podemos alcançar grande êxito porque meu marido era um menino de rua, muitas vezes ele conta que sentava no meio-fio na calçada, colocava a mão na cabeça e perguntava porque é que eu vim para esse mundo”.
Michele Collins ainda lamentou o fato do Nordeste estar nas primeiras posições em pesquisas que mostram o consumo de drogas. “Um número cruel”, enfatizou. “No entanto, o olhar da ONU voltado para o Recife, para o Nordeste e para o Brasil nos lisonjeia e nos traz esperança também porque através dessa mobilização nos mostra cada vez mais que precisamos estar unidos. Cada um pode fazer um pouco, cada um pode contribuir enquanto pessoas públicas, órgãos, autoridades e pessoas comuns. Existem milhares e milhares de pessoas no mundo precisando de algo que muitas vezes podem estar ao nosso alcance”, acrescentou.