Prefeito cancela Festa de Agosto: "A culpa é da oposição"

Segundo Bruno Pereira (PTB) a má condução do município por Gino Albanez (PSB) resultou no cancelamento da festa do padroeiro da cidade

por Giselly Santos qua, 02/08/2017 - 12:21 Atualizado em: qua, 02/08/2017 - 12:37
Giselly Santos/LeiaJáImagens Gestor afirmou que o ex-prefeito deixou dívida milionária no município Giselly Santos/LeiaJáImagens

O prefeito de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira (PTB), afirmou, nesta quarta-feira (2), que a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de cancelar as comemorações da festa do padroeiro da cidade, mais conhecida como Festa de Agosto, é oriunda da má condução da gestão anterior, administrada pelo ex-prefeito da cidade e atual vice-presidente da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), Gino Albanez (PSB). De acordo com Pereira, o socialista deixou uma dívida de R$ 18 milhões aos cofres municipais. 

"O TCE é um órgão neutro, tenho certeza disso, mas que houve muita denúncia da oposição dizendo que a festa ia custar R$4, R$5 e até R$6 milhões isso teve. A oposição tem culpa sim. Assumimos a prefeitura com um débitos de folhas atrasadas e INSS com o valor de R$18 milhões, assumimos as contas, pagamos dois salários atrasados à vista e dividimos um terceiro. O que fez com que o TCE tomasse esta decisão", salientou, em entrevista coletiva na manhã de hoje.

Bruno Pereira também argumentou que a Festa de Agosto, que iniciaria nessa terça (1º) e seguiria até o próximo dia 10 - trazendo nomes da música como Luan Santana, Wesley Safadão e Aviões do Forró, não custaria R$ 4 milhões como previu inicialmente o TCE. "O próprio relator admitiu que os custos seriam de R$ 1,2 milhões. A partir das informações que apresentamos, então o que corrobora nosso argumento de que a festa não vai acontecer por débitos da antiga gestão", declarou.

Quanto o decreto de Estado de Emergência nas contas munnicipais, também citado na decisão do TCE, o prefeito salientou que a medida expirou no último dia 12 de julho. 

Segundo o petebista, na decisão o TCE reconheceu que ele tem trabalhado com "responsabilidade fiscal", apesar do cenário financeiro. "O Tribunal nos elogiou quanto a isso. Não temos débitos da nossa gestão. Estamos reconstruindo uma cidade que deixaram no caos e que prejudicou a economia do município", cravou, pontuando que adiantou uma parcela do décimo terceiro salário para os servidores tendo em vista uma maior movimentação da economia neste período.

Festa cancelada

Apesar de ser contrário a determinação, o prefeito disse que vai "seguir à risca" a determinação do TCE. "Se fossemos fazer uma festa menor, o prejuízo seria o mesmo. Então vamos seguir à risca a Medida Cautelar do Tribunal", declarou. Segundo Pereira, a não realização da festa vai gerar um prejuízo estimado em R$ 6 milhões.

"Vários comerciantes fizeram empréstimos, investiram um valor alto pois a expectativa era de um retorno grande. Nos dias de atrações menos conhecidas estimávamos 30 mil pessoas circulando aqui. Tínhamos esperança que o Tribunal voltasse atrás da decisão, mas quem sofre é o povo com tudo isso. Não culpamos o TCE, mas a oposição que fez inúmeras denúncias. Fui oposição, mas nunca fiz críticas a Festa de Agosto porque sei que beneficia a população", ressaltou.

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