Michel Temer não terá paz, promete Humberto Costa

Sem poupar críticas ao presidente, o senador disse que Temer é uma 'minúscula personagem' da vida do país com as 'trapalhadas que comete com regularidade'

por Giselly Santos qui, 10/08/2017 - 09:58
PT/Divulgação O líder da oposição no Senado ainda refutou, mais uma vez, as negociações feitas para livrar Temer da investigação PT/Divulgação

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) disse que vai intensificar a fiscalização e as cobranças pela saída do presidente Michel Temer (PMDB), mesmo depois do arquivamento, por parte da Câmara dos Deputados, da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o peemedebista por corrupção passiva. Segundo o petista, Temer não terá “trégua” e nem “paz”. 

"A decisão da Câmara não encerra, em si, a questão. Pelo contrário, a luta continua cada vez mais forte. Não haverá trégua. Quem pensa que o presidente vai ter paz está muito enganado. Até porque paz é uma coisa da qual ele não entende, muito menos quando massacra o povo e os trabalhadores",  afirmou o senador.  "A saída do presidente e as diretas são as únicas coisas capazes de 'botar o Brasil nos trilhos', para usar a expressão que ele tão inadequadamente costuma utilizar", acrescentou Humberto.

Para Humberto, Temer comprova ser uma "minúscula personagem" da vida do país “com as "trapalhadas que comete com regularidade”. Ele citou o anúncio de um possível aumento do Imposto de Renda, feito pelo presidente e em seguida desfeito pelo imbróglio que causou. "Ele não passa uma semana sem uma patacoada. A de agora foi anunciar um aumento no IR que mereceu repúdio até mesmo de sua base. Um caso exemplar de alguém que não sabe o que diz e não faz ideia do que propõe", disparou.

O líder da oposição no Senado ainda refutou, mais uma vez, as negociações feitas pelo Palácio do Planalto com os deputados para arquivar a denúncia e que hoje é alvo de cobranças dos parlamentares. “De nada adiantaram as provas, os filmes com um amigo íntimo do presidente carregando uma mala de dinheiro para pagar a mesada do chefe. [Os deputados] chegaram à Câmara com o julgamento já feito, com o veredicto debaixo do braço. Ou dentro do bolso", assinalou. 

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