Jucá: aprovar revisão da meta até a quarta é fundamental
Questionado sobre o envio do projeto, o líder disse que o governo "tem palavra" e "não há nenhum obstáculo" para a votação das metas
O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou as cobranças pelo envio de uma projeto de lei do Congresso Nacional (PLN) para "corrigir" trechos vetados pelo presidente Michel Temer na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e defendeu a aprovação ainda nesta terça-feira, 29, da mudança das metas fiscais para 2017 e 2018. Questionado sobre o envio do projeto, Jucá disse que o governo "tem palavra" e "não há nenhum obstáculo" para a votação das metas.
O envio do PLN é esperado por integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que acusaram o governo de descumprir acordo. Irritados, eles ameaçam derrotar a revisão da meta fiscal deste ano e de 2018 para autorizar déficits de até R$ 159 bilhões nas contas públicas, em cada um dos anos.
"O governo está negociando com a Comissão Mista de Orçamento o PLN para corrigir vetos na LDO, está conversando com o presidente da comissão, senador Dário Berger (PMDB-SC), portanto, não há nenhum tipo de obstáculo", rechaçou Jucá, antes de defender que o Congresso aprove a revisão da meta ainda nesta terça. "Se depender de mim, aprova a meta fiscal hoje. Aprovar revisão da meta até amanhã é fundamental. A prioridade é votar e liberar o orçamento para se aplicar em políticas públicas. Precisamos destravar a máquina pública, por conta do déficit que foi subestimado."
Jucá também se mostrou otimista em relação à aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP), nova taxa de juros que será usada pelo BNDES em seus financiamentos. Como a Medida Provisória que institui a nova taxa expira em 7 de setembro, o líder afirmou que há prazo suficiente para o governo garantir a aprovação da proposta
"Se aprovar hoje na Câmara, ainda temos esta semana e a próxima para aprovar no Senado. Haverá prazo, sim, e vamos aprovar essa MP. Aprovar a TLP é importante para reduzir os juros estruturais e beneficiar a maioria da população brasileira", explicou o senador.