"São mais felizes do que nós", diz Bolsonaro sobre gays

Durante uma entrevista, o deputado do PSC disse que a população LGBT é mais feliz do que o resto da sociedade

por Taciana Carvalho sab, 16/09/2017 - 13:44
Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo "A tua vida é particular, vá ser feliz, cara”, declarou o deputado Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo

O pré-candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSC), durante uma entrevista, disse que a população LGBT é mais feliz do que o resto da sociedade. O parlamentar afirmou que o importante é ser feliz. “Qual o problema da comunidade LGBT? Eles fazem até a marcha do orgulho gay. Eles são mais felizes do que nós. O que eles estão querendo? Eu não estou entendendo. São semideuses? São seres humanos iguaizinhos a eu e você”, declarou.

No entanto, o deputado federal falou que se for presidente não haverá verba pública para patrocinar eventos do segmento. “Apoiar? Com dinheiro público participar de marcha do orgulho gay? Não. Faça com dinheiro próprio. Você não tem que apoiar nada, o dinheiro de se manifestar tem que ser espontâneo”, afirmou. 

Bolsonaro afirmou que não tem nada contra os gays. “Sou contra o material escolar. Nenhum pai quer chegar em casa e encontrar o filho Joãozinho, de 7 anos, brincando de boneca por influência da escola. Ou quer? É simples, veja essa exposição agora do Santander. Cada um vai ser feliz da maneira que bem entender, agora querer impor esse tipo de comportamento e querer levar para dentro da sala de aula para criancinha de 6 e 7 anos de idade, por isso, eu ganhei mais o rótulo de homofóbico”.

“Duvido quem não tem um parente gay. Sem problema nenhum. Com todo respeito, você sabe se eu sou gay ou não? (...) Eu também não sei. E não estamos convivendo pacificamente numa boa. A tua vida é particular, vá ser feliz, cara”, declarou. 

Na entrevista, ele também comentou sobre ser réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter dito que a deputada federal Maria do Rosário (PT) “não merecia ser estuprada por ser muito feia”. Bolsonaro disse que foi chamado de estuprador. “Eu não aceito ser chamado de estuprador”, foi categórico. O deputado ainda falou que estão com medo dele na eleição de 2018.

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