Alexandre Frota pode passar a comandar o MBL
Fato ocorrerá se o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) conceder a um grupo liderado pelo analista político Vinícius Aquino a patente do MBL
Próximo de fazer três anos, o Movimento Brasil Livre (MBL) está passando por uma disputa de patente. Segundo informações divulgadas pelo jornal El País neste sábado (30), um dos grupos que briga pela paternidade do nome dado ao grupo tem entre os componentes o ator Alexandre Frota. O MBL não existe como pessoa jurídica, mas está oficialmente vinculado a associação Movimento Renovação Liberal, que está registrada em nome de Renan Santos, um dos coordenadores nacionais do grupo, e outras três pessoas.
Segundo a publicação, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) já recebeu três pedidos de domínio sobre a marca: um do próprio Renovação Liberal, um do analista político Vinícius Aquino - ligado a Alexandre Frota - e um terceiro da NCE Filmes, produtora audiovisual que pertence a Alexandre dos Santos, irmão de Renan. O último já teve o pedido rejeitado, mas os outros dois ainda estão em análise.
No pedido, Vinicius de Aquino diz que no início de 2014, ele e mais cinco amigos de Maceió se juntaram para endossar a ideia de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff (PT) e "mostrar a massa crítica do povo, contra o discurso do jeitinho brasileiro". Segundo ele, foi a partir daí que surgiu a motivação do MBL. O analista político afirma possuir provas do que alega e por isso solicitou o registro.
Aquino, inclusive, já faz planos para conduzir o comando do Movimento caso ganhe a causa. Ele pretende dar o cargo de vice-presidente do MBL para Alexandre Frota. “Além de ser muito solícito, vestiu a camisa do verdadeiro MBL, sabendo da missão que temos em restaurar a dignidade da marca", disse Aquino ao El País.
Em nota, o MBL diz que "o Renovação Liberal presta apoio formal ao MBL, por exemplo em relação à realização de eventos, tendo inclusive registrado perante o INPI e cedido o uso da marca MBL, evitando-se que pessoas de má-fé pudessem se aproveitar de todo trabalho realizado por indivíduos que lideram o movimento". Sobre a disputa pelo nome e logomarca, diz que esta questão é "risível". "A marca está devidamente registrada e não há qualquer questionamento judicial nesse sentido. MBL tem cara e sempre teve seus líderes, tais como Kim, Holiday e Renan. O resto é papo de oportunista".