Luciano Siqueira: 'candidatura não é rompimento com o PT'

O vice-prefeito do Recife disse que "nenhum partido pode dizer que tem sido mais defensor do PT" do que o PCdoB

por Giselly Santos ter, 07/11/2017 - 12:18
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Ele disse que iniciativa não dificulta alianças para palanques nos estados Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB) classificou como ousado o lançamento lançar a pré-candidatura da deputada estadual Manuela D'Ávila à Presidência da República pelo PCdoB. Sob a ótica de Siqueira foi “um gesto de ousadia” da legenda, “porém uma atitude madura, consequente, e plenamente correta”. O comunista também negou que a participação na disputa signifique um rompimento com o PT. 

“Não, nenhum partido pode dizer que tem sido mais defensor do PT, mais defensor da unidade das forças populares e democráticas do que o PCdoB. É sempre assim. Desde 1989 somos aliados estratégicos do PT no plano nacional e não deixamos de ser”, salientou, em vídeo divulgado no Facebook. 

"Entretanto, na atual fase do debate político do País e dos preparativos de uma eleição presidencial, que está posta em risco, é absolutamente necessário, a exemplo de outros partidos e do próprio PT, que o PCdoB tenha voz própria nesse debate. Tenha o seu lugar próprio na mesa de debate em torno dos rumos do País”, acrescentou.

De acordo com Luciano, a candidatura própria do PCdoB também não contradiz a “bandeira sagrada da formação de uma ampla frente destinada a derrotar os golpistas” e não dificulta alianças para palanques nos estados. “O PCdoB é craque na compreensão do caráter nacional da disputa presidencial com a disputa pelos governos estaduais e as casas legislativas. Não há verticalização das alianças”, frisou. 

O desejo do partido comunista de protagonizar a corrida eleitoral de 2018 não foi bem aceita por alguns petistas, entre eles o senador Lindbergh Farias (RJ) que classificou a iniciativa como “um erro”. Para ele diante do cenário atual, “só Lula pode parar essa destruição que está acontecendo no país”. 

O nome de Manuela D'Ávila foi anunciado nesse domingo (5). É a primeira vez, desde a redemocratização, que o partido disputa o Palácio do Planalto. Mesmo com a crítica, a presidente nacional do partido, deputada Luciana Santos, disse que “não há um partido mais defensor do PT do que o PCdoB". "Nós queremos nos apresentar com mais força para ajudar o conjunto do nosso campo político a retomar a Presidência da República no ano que vem", explicou. 

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