Secretário teme ter André Ferreira na chapa de Paulo

Titular da pasta de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti (MDB), não escondeu sua insatisfação e afirmou que “jamais” daria seu voto a alguém com o perfil de André Ferreira

por Giselly Santos sab, 09/06/2018 - 15:06
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens Murilo Cavalcanti disse que Ferreira não ajudaria no debate de uma pauta progressista no Congresso Nacional Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Diante das perspectivas de articulações eleitorais para a construção da chapa que concorrerá pela Frente Popular de Pernambuco, apoiando à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti (MDB), disse que temia o fato de ter um nome como o do deputado estadual André Ferreira (PSC) na disputa pelo Senado Federal. A colocação foi exposta durante um debate promovido pelo Movimento Ética e Democracia sobre os “desafios futuros” do país a partir da atuação do Congresso Nacional. 

Ao abordar a necessidade de se debater uma pauta progressista no Legislativo, visando a retomada do desenvolvimento do país, Murilo citou a possibilidade de ter Ferreira ou do deputado federal Eduardo da Fonte (PP) como postulantes na majoritária da Frente. “Como  pensar em uma agenda progressista, da desigualdade, da educação se você tem um cara, que representa 1/3 do eleitorado em Pernambuco que é a igreja, com a perspectiva eleger um candidato como André Ferreira para Senador da República e tendo chances reais”, desabafou. 

O auxiliar do prefeito Geraldo Julio (PSB) não escondeu sua insatisfação e afirmou que “jamais” daria seu voto a alguém com o perfil de Ferreira. Além disso, também salientou que se não for na chapa de Paulo Câmara, o social cristão estará na corrida eleitoral ao lado do senador Armando Monteiro (PTB). 

Nomes como o de André Ferreira no Congresso Nacional, sob a ótica de Murilo Cavalcanti, reforçam a agenda conservadora que o país enfrenta. “E nós imobilizados, sem reação”, disparou o emedebista. Apesar disso, ele considerou ainda a necessidade de fazer alianças com partidos como o PSC. “Temos que fazer coligação mesmo, com esses partidos conservadores, mas uma coisa é fazer aliança em cima de princípios e outra coisa é eleger representantes atrasados no ponto de vista político, moral, ética”, completou. 

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