'As mulheres são iguais aos homens', diz Jair Bolsonaro

Chamado por muitos de machista, o pré-candidato a presidente também falou que não tem problema com negros e nem com homossexuais

por Taciana Carvalho sab, 14/07/2018 - 16:01
Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

Acusado pelos opositores de ser machista, o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), em mais uma entrevista concedida à jornalista Mariana Godoy, afirmou não tem nada contra as mulheres, nem negros e homossexuais. Ele respondeu à pergunta sobre qual será o papel das mulheres em geral e de sua esposa no seu governo, caso seja eleito presidente da República.

“A minha [esposa] não é afeta à política, é evangélica, dá aula de libras na Igreja Batista no Recreio [bairro no Rio de Janeiro]. Ela não quer participar de política, mas obviamente ela acompanha, de vez em quando sofre comigo dos que me acusam por aí. As mulheres são iguais a nós, não tem diferença, perguntaram para mim ‘você vai botar mulher, negro, não sei o que em ministérios’, pode ser quinze mulheres, não tem problema nenhum, tem que dar conta do recado, ninguém te aversão à mulher”, respondeu Bolsonaro.

O presidenciável disse que criam rótulos ao seu respeito. “Falam que eu disse no passado que mulher tem que ganhar menos do que o homem me dê o áudio disso, me dê o vídeo, tudo é gravado, até o que você não quer é gravado, me diga a origem disso”, aproveitou para se defender. 

Ele também garantiu que não é verdade que não gosta de negros. “Então, eu não gosto da minha esposa, o pai dela é Paulo Negão e detesto a minha filha, que é neta do Paulo Negão”. 

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro explanou sua opinião sobre os homossexuais. “A minha bronca é contra o material escolar, não é quem tem esse comportamento. Numa boa, você sabe se eu sou gay ou não? Eu também não sei se você é, qual o problema? Nenhum. Cada um vai ser feliz da maneira que bem entender, agora um pai não quer chegar em casa e encontrar o filho brincando de boneca por influência da escola, essa é a minha briga, eu tive o apoio enorme da bancada evangélica para sepultar isso em Brasília, mas mesmo assim ainda continua vivo. A gente tem que matar de vez, incinerar isso”, disse.

 

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