Haddad diz que é contra venda de 'patrimônio nacional'

O petista acusou ainda o concorrente dele, Jair Bolsonaro (PSL), de pregar a privatização

qui, 25/10/2018 - 07:32
DANIEL RAMALHO/AFP DANIEL RAMALHO/AFP

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, afirmou em entrevista exibida na noite desta quarta-feira (24) pela TV Aparecida que a proposta dele, em caso de ser eleito, é "contra a venda do patrimônio nacional". "Nós não vamos vender a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa, os Correios. São estatais estratégicas para a nação", afirmou. "Mas vamos fazer parcerias para acabar o Comperj, a Refinaria Abreu e Lima, por exemplo."

O petista acusou ainda o concorrente dele, Jair Bolsonaro (PSL), de pregar a privatização. Haddad afirmou ainda que o "PT não privatizou, mas fez concessões".

Haddad buscou ainda relacionar Bolsonaro a ações tomadas pelo governo de Michel Temer. "O nosso projeto é fortalecer a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Controladoria, o Judiciário. O meu adversário apoia o governo Temer, que é contra essas medidas", disse o candidato.

O petista afirmou também que Bolsonaro apoiou em todas as votações as pautas "impopulares" do governo Temer.

Produção zero

Na entrevista, Haddad afirmou que seu concorrente teve "produção zero" durante a vida parlamentar dele. "Bolsonaro é um privilegiado. Ele é deputado há 28 anos, ele tem um aparato de assessores enorme, o custo de manter um deputado é enorme. E a produção dele é zero, a não ser a discórdia, a violência e a agressão", disse o petista.

Durante a conversa, Haddad tentou se associar a valores cristãos e antagonizar com Bolsonaro. "Bolsonaro não tem compromisso com democracia e apoia a tortura. Como alguém se diz comprometido com a vida e quer armar a população?", disse.

O petista fez ainda uma defesa do Estado laico. "Todo mundo tem que ter vez. O Estado tem de abraçar todas as crenças. Isso tem a ver com o amor. É muito grave um candidato se associar a somente uma igreja", afirmou.

Ele também repetiu que vai lutar para que a Justiça "reforme a sentença" que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba (PR).

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