Humberto condena mensagem contra corpo docente da UFPE
“É inaceitável que instituições de ensino virem lugar de milicianos fascistas que se sintam à vontade para instaurar um clima de terror”, disparou o senador
Em discurso no plenário do Congresso Nacional, o senador Humberto Costa (PT) lamentou a mensagem com teor ameaçador que circula nas redes sociais contra alguns nomes que compõe o quadro acadêmico da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) teria sido mencionada no texto.
Humberto Costa falou que o panfleto tem como clara tentativa criar “um clima de terror e intimidação” no ambiente universitário. “Eles foram acusados pejorativamente de comunistas, defensores de drogados e gays, esquerdistas, entre outras aberrações com o aviso de que seriam banidos da UFPE quando Bolsonaro assumisse o governo. A UFPE já está tomando as medidas cabíveis para que os responsáveis por essa aberração sejam identificados e punidos na forma da lei”, contou.
O senador petista disse que coloca o seu mandato à disposição da direção da UFPE, alunos e professores de forma a construir uma resistência a esses ataques e o enfrentamento aos retrocessos. “É inaceitável que instituições de ensino virem lugar de milicianos fascistas que se sintam à vontade para instaurar um clima de terror nos ambientes acadêmicos”, disparou.
Humberto, ao pedir que a Procuradoria Geral da República aja para impedir que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) não continue a incitar o ódio, também alertou para o fato de que esses casos estão se proliferando. “A advocacia Geral da União, a Polícia Federal e o Ministério Público precisam urgentemente tomar as rédeas dessa situação para impedir que esses casos se proliferem. Está se tornando cada vez mais frequente e o que é pior: parece ter um futuro promissor com esse novo governo fascista que se avizinha”, lamentou.
No pronunciamento, o parlamentar ainda disse que durante a sessão solene organizada pelo Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição Federal, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, teria deixado claro que as instituições brasileiras estarão na "defesa intransigente e permanente" da liberdade e da democracia.