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A circulação de trens no ramal Santa Cruz, que atende à zona oeste no Rio, permanece alterada na manhã desta terça-feira (24). Apesar de as estações entre Santa Cruz e Campo Grande terem sido reabertas, o início da circulação de trens se deu às 4h, mais tarde que o normal, e houve suspensão de trens especiais e expressos que atendem à região.

Milicianos atacaram uma composição de trem da Supervia que partia de Santa Cruz na noite de segunda (23),  e a cabine do veículo foi incendiada. Segundo a concessionária, passageiros e maquinista desembarcaram em segurança. Com o ataque, a circulação de trens foi suspensa entre Campo Grande e Santa Cruz, fechando seis estações.

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Ônibus incendiado na Zona Oeste do Rio de Janeiro        Foto: Reprodução/X

Os ataques ocorreram após uma operação da Polícia Civil de combate à maior milícia do estado, que atua na zona oeste da capital. Matheus da Silva Rezende, o Faustão, acusado de ser um dos líderes da milícia na zona oeste da capital, morreu durante a ação, e milicianos iniciaram uma série de atentados ao transporte público.

Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro, Rio Ônibus, 35 veículos foram incendiados entre a tarde e a noite de ontem. Esse foi o maior ataque a ônibus já registrado em um único dia na cidade, segundo o sindicato.

Ao menos cinco veículos articulados do BRT também foram queimados, além de uma das estações do BRT Transoeste, que teve a circulação totalmente suspensa. O corredor é uma importante ligação entre Barra da Tijuca, Santa Cruz e Campo Grande.

"A operação na zona oeste está em processo de normalização na manhã de hoje. As empresas do consórcio Santa Cruz estão empenhadas em regularizar o serviço no menor prazo possível", disse o Rio Ônibus.

A MOBI Rio, que opera o BRT, informa que os serviços dos corredores Transcarioca e Transolimpica estão operando normalmente, mas o Transoeste está com intervalos irregulares. Os serviços das linhas eventuais Pingo D'água, Magarça e Mato Alto, os "diretões", já começaram a funcionar, mas o diretão Santa Cruz x Alvorada ainda não.

Às 23h15 de ontem, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que o município retornou ao Estágio de Mobilização, devido à redução  dos impactos provocados pelos ataques a ônibus iniciados na tarde de ontem.

O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.

As investigações sobre as execuções da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, ocorridas em março de 2018, tiveram mais uma reviravolta nesta segunda-feira (24), com a notícia de que um dos réus por participação no crime, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, assinou acordo de delação premiada.

A colaboração do ex-PM foi anunciada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), após a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões de Corrêa, o Suel, resultado direto da delação. "Temos a conclusão de uma fase na investigação, com a confirmação de tudo que aconteceu na execução do crime", disse Dino.

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Em seus depoimentos, Élcio confessou que dirigia o veículo utilizado no atentado contra Marielle e Anderson e que o também ex-PM Ronnie Lessa foi o autor material dos assassinatos, disparando com uma submetralhadora na direção do carro da vereadora.

"Certos detalhes sobre os quais pairavam dúvidas, a partir da delação, essas dúvidas se acham removidas. Há coincidência na narrativa de Élcio de Queiroz em relação a outros aspectos que já se encontravam na posse da polícia. O senhor Élcio, ao narrar a dinâmica do crime e a participação dele próprio e de Ronnie Lessa, aponta Maxwell e outras pessoas como coparticipes", acrescentou o ministro.

Já se sabia que Maxwell era o dono do carro utilizado para esconder armas pertencentes a Lessa, seu amigo, mas Élcio revelou na delação que o ex-bombeiro também vigiava Marielle e participaria da emboscada de 14 de março de 2018, porém acabou substituído pelo próprio ex-PM.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz já são réus pelos homicídios de Marielle e Anderson e serão julgados por júri popular, mas as investigações ainda não conseguiram chegar aos mandantes do crime.

"Sem dúvida há a participação de outras pessoas, os fatos revelados e as provas colhidas indicam isso", afirmou Dino, que determinou em fevereiro passado a entrada da Polícia Federal no caso. Segundo ele, há uma "forte vinculação" das execuções "com a atuação das milícias e o crime organizado no Rio de Janeiro".

"Isso é indiscutível. Ronnie, Élcio e Maxwell participam de um conjunto que está relacionado a essas organizações criminosas", acrescentou. O ministro também disse que a delação abre caminho para "um novo patamar de investigação" para identificar os mandantes.

*Da Ansa

Camponeses registraram Boletim de Ocorrência na Delegacia de Jaqueira. (CPT/Cortesia)

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Por volta das 9h desta quinta (22), os moradores da comunidade de Barro Branco, localizada na cidade de Jaqueira, na Mata Sul de Pernambuco, foram surpreendidos pela invasão de 14 homens encapuzados às áreas de plantação em que trabalham, disparando tiros e ameaçando os camponeses. Os trabalhadores afirmam que o grupo é composto pela segurança privada da Agropecuária Mata Sul S/A, com a qual vivem em situação de conflito fundiário.

“Teve rifle, revólver e cachorro na frente. A gente correu, por isso não conseguiram pegar. Eles estavam atirando, ninguém sabe se era pra cima, tiro para tudo quanto é lado. Só tinha oito cidadãos plantando, as donas de casa em casa. Eles chamaram a gente de ‘veado’, ladrão’ e as mulheres de ‘arrombadas’. Disseram que iriam voltar, queimar tudo e atirar na cara da gente, para ninguém reconhecer”, relata um dos agricultores que testemunharam a ação.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que presta auxílio à comunidade, os seguranças chegaram a apontar armas para a cabeça e para o tórax de alguns trabalhadores, que plantavam milho e feijão no entorno de suas casas. Apesar disso, ninguém ficou ferido. Após o ocorrido, os moradores da comunidade também observaram a presença de drones fotografando e vigiando os quintais de suas residências.

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Boletim de Ocorrência

Um grupo de cerca de vinte agricultores de Barro Branco registrou o caso em Boletim de Ocorrência, na Delegacia de Jaqueira. Secretaria de Defesa Social (SDS), Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos e Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH) já tinham sido notificados sobre as investidas da Agropecuária Mata Sul S/A contra os trabalhadores. À CPT, foi informado que uma equipe composta por integrantes da ouvidoria da SDS e do PEPDDH realizará uma visita à comunidade na próxima sexta (23), para apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis.

Conflito

Em 2017, a empresa Negócio Imobiliária S/A- que posteriormente mudou seu nome para Agropecuária Mata Sul S/A- tornou-se cessionária de arrendamento de parte da desativada Usina Frei Caneca. A área compreende cinco mil hectares, que correspondem a 60% de todo o município de Jaqueira. Neste perímetro, vivem cerca de 1.200 famílias camponesas, distribuídas nas comunidades rurais de Caixa D’água, Barro Branco, Laranjeira, Fervedouro, Várzea Velha, dentre outras. Esta população vive no local há pelo menos 70 anos e reivindica a regularização de suas posses junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Segundo camponeses, Guilherme Petribú já circulou pelas terras, apresentando-se como dono da empresa arrendatária. (Cortesia)

Segundo os trabalhadores, o empresário Guilherme Cavalcanti Petribú Albuquerque se intitula dono da Agropecuária Mata Sul S/A. Membro de uma tradicional família do estado, Guilherme é irmão de Marcello Maranhão (PSB), prefeito de Ribeirão, vizinha a Jaqueira. Desde a chegada da empresa na região, as comunidades que vivem nas áreas arrendadas denunciam uma série de violações, a exemplo de atropelamentos de camponeses, chuvas de agrotóxicos sobre as lavouras, vigilância constante com drones, emboscadas à mão armada, destruição de fontes d'água, ameaças e perseguições, além de esbulho de suas posses, por meio do cercamento das terras. Em agosto do ano passado, passou a circular uma lista com os nomes de dez camponeses marcados para morrer.

O LeiaJá apurou, por meio de consulta à Certidão Narrativa de Débitos Fiscais da empresa que deve R$ 62.522.544,58 à Fazenda Estadual. Já junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 6 Região (TRT6), foi possível constatar que a empresa está envolvida em 121 ações trabalhistas. Assessores jurídicos da CPT informam que existe ainda uma dívida com o governo federal, de mais de R$ 92 milhões. Assim, camponeses reivindicam a desapropriação das terras. 

A reportagem já havia levado esta demanda para o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), que garantiu que a dívida da usina com o Estado está sendo cobrada pelo Governo de Pernambuco, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), a partir de 16 ações de execução fiscal, as quais tramitam na Justiça. O Instituto informa que os processos são físicos e que já há, inclusive, penhora de engenhos para possibilitar o pagamento da dívida.

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A Justiça do Distrito Federal condenou, nesta terça-feira (13), sete policiais militares, um deles, tio da primeira-dama Michelle Bolsonaro, a 10 anos de prisão por organização criminosa.

Os militares foram presos em uma operação nomeada por “Horus” e foi realizada em maio de 2019 pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e acabou por desarticular o grupo envolvido em grilagem de terras. João Batista Firmo Ferreira, o tio de Michelle, e também os outros seis militares, ganharam liberdade em abril de 2020.

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As investigações indicam que os policiais militares eram milicianos e atuavam para ajudar um esquema ilegal de parcelamento de terras. Foram dezenas de loteamentos ilegais e, segundo o portal Metrópoles, a PMDF colaborou com as investigações, que seguem em sigilo.

Em trecho de conversa de 2015, divulgado pelo Metrópoles, João Batista fala sobre pessoas que estão invadindo um terreno e que já arrumou uns pistoleiros, policiais, para ajudar a se livrar dos invasores.

Crimes na família

O primeiro-sargento João Batista Firmo Ferreira é o terceiro parente de Michelle envolvido com o mundo do crime. Ela já teve uma avó presa por tráfico de drogas e a mãe investigada por falsificação ideológica.

Os ex-vereadores Jerônimo Guimarães, o Jerominho, e Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, não conseguiram eleger seus filhos para a Câmara Municipal do Rio. Após passarem até 11 anos presos, acusados de integrar milícias, a dupla apostava em Carminha Jerominho (PMB) e Daniel Carvalho (PTC) para dar continuidade às trajetórias políticas das famílias. Com 4,2 mil e 1,4 mil votos, respectivamente, os "herdeiros" ficaram fora do Legislativo.

Jerominho e seu irmão, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães, são apontados como fundadores da Liga da Justiça, milícia que atuava em Campo Grande e Santa Cruz, bairros populosos da zona oeste, no início dos anos 2000. O grupo conhecido atualmente como "Bonde do Ecko", considerado o maior bando de milicianos do Rio, é uma espécie de continuação da Liga. Ex-policiais, os irmãos passaram cerca de onze anos presos. Foram soltos em 2018.

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Filha de Jerominho, Carminha já foi vereadora - e, como o pai, esteve na cadeia. Em 2008, ela foi levada ao presídio durante a corrida eleitoral, o que não impediu sua eleição. Depois, contudo, não conseguiu se reeleger. Neste ano, fazia agendas intensas de campanha pela zona oeste, com participações do pai e do tio como cabos eleitorais. Na semana passada, a família Jerominho foi alvo de operação da Polícia Federal, que apreendeu materiais de campanha dela e dinheiro em espécie.

Alvo

Atingido há duas semanas por tiros - um deles pegou de raspão na cabeça -, o vereador Zico Bacana (Podemos) não conseguiu se reeleger na capital. Investigado por supostamente integrar milícia que atua em bairros da zona norte, o ex-policial teve 11,8 mil votos, e ficou na suplência.

Os políticos negam as acusações e as atribuem a perseguição de adversários políticos.

Uma ação realizada em conjunto entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, resultou na morte de 12 pessoas na noite desta quinta-feira, 15, em Itaguaí, na Baixada Fluminense. De acordo com a polícia, todas as vítimas eram integrantes da milícia e portavam fuzis, metralhadoras e pistolas.

O confronto aconteceu na rodovia Rio-Santos, em Itaguaí, logo após os milicianos terem sido abordados pelos policiais. Segundo a polícia, o primeiro tiro foi disparado pelos bandidos, que estavam divididos em quatro carros. Um policial da Core chegou a ser atingido, mas foi protegido pelo colete à prova de balas. Onze homens morreram no local e um foi socorrido, mas também acabou falecendo. Ninguém fugiu.

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Os suspeitos estavam sendo monitorados há cerca de duas semanas pelo serviço de inteligência da polícia. Há indícios de que eles eram ligados a Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera, gerente da milícia Liga da Justiça. Até a madrugada desta sexta-feira, 16, a polícia ainda estava contabilizando o material apreendido.

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O advogado de Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, considerou a prisão preventiva de seu cliente como medida jurídica exagerada e desnecessária. Queiroz foi preso na manhã de hoje (18), em Atibaia, no interior de São Paulo.

Ele disse ainda que pedirá que seu cliente seja transferido para uma unidade prisional da Polícia Militar, já que ele é PM reformado. Catta Preta falou com a imprensa no início da tarde desta quinta-feira, do lado de fora do Presídio de Benfica, no Rio de Janeiro, para onde seu cliente foi levado após a prisão.

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“Me parece excessivo uma pessoa que sempre esteva à disposição, que está em tratamento de saúde, que ofereceu esclarecimentos nos autos, que não apresenta risco nenhum de fuga, ela sofra uma medida tão pesada quanto uma prisão preventiva. Mas eu só vou poder fazer um juízo definitivo disso, no momento em que eu tiver a decisão.”

Catta Preta refutou a arguição do Ministério Público (MP) de que a prisão se justificaria pela possibilidade de Queiroz destruir provas: “com base em que se diz isto? Poder destruir provas como uma possibilidade inexistente, distante, abstrata, não justifica prisão nenhuma. Poder destruir provas todos nós podemos, mas não podemos ser presos por isto, em termos de potencialidade. Tem que existir uma conduta concreta que revele este risco como real.”

O advogado, que conversou por 20 minutos com seu cliente, disse que ele não explicou o motivo de estar no sítio do advogado Frederick Wassef, em Atibaia. Wassef é advogado do senador Flávio Bolsonaro: “Quando eu perguntei a ele por que estava em São Paulo, ele disse que ia a São Paulo com alguma regularidade para cuidar da saúde. Desde que ele fez a cirurgia de câncer, há mais de um ano, e recentemente fez uma de próstata, há dois meses, ele tem ido, sempre que necessário, para São Paulo, mas não me disse, exatamente, porque estava na casa do advogado.”

Catta Preta disse que, enquanto não tiver acesso aos autos do processo, Queiroz não prestará depoimento. Ele descartou, ainda, a realização de delação premiada por parte de seu cliente. Por último, o advogado disse que vai pleitear um habeas corpus para Queiroz.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), disse que Queiroz ficará em isolamento social de 14 dias, por conta da covid-19, no presídio Bangu 8.

A notícia sobre o suposto patrocínio da construção de prédios ilegais na Zona Norte do Rio de Janeiro feito pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) rendeu memes e dominou os assuntos mais comentados do Twitter, na manhã deste sábado (25). De acordo com as autoridades, o esquema com milicianos era sustentado com dinheiro público e seria proveniente da 'rachadinha' dos salários de ex-assessores em sua época como deputado. 

A hashtag #BolsonaroImoveis não perdoou o filho '01' do presidente da República e o criticou pela suposta relação com o esquema de financiamento de prédios irregulares. O enriquecimento atípico e a proximidade com milicianos também foram destacados nas piadas. 

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O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) afirmou, nesta quinta-feira (20), que os policiais militares do Ceará não eram grevistas, mas milicianos. Um protesto realizado por PMs cearenses, nessa quarta (19), na cidade de Sobral resultou no ataque a tiros contra o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE). 

De acordo com jornais locais, o grupo que fazia a mobilização murchou os pneus de viaturas policiais para que outros profissionais, não grevistas, fossem impedidos de trabalhar. No momento que Cid Gomes tentava entrar com uma retroescavadeira em um dos quartéis da PM e foi alvejado por dois tiros, os grevistas escondiam os rostos com capuz preto. 

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Ao avaliar o cenário, Túlio Gadêlha, que é do mesmo partido de Cid, comparou a greve de policiais militares com a de profissionais da saúde. 

"Quando os profissionais de saúde entram em greve, eles não levam medicamentos e ambulâncias para ruas, nem ameaçam as pessoas. Aqueles policiais no Ceará não eram grevistas. Eram milicianos", escreveu no Twitter.

Pelo menos 22 magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) passaram a andar escoltados depois de receber ameaças de milicianos.

A proteção da integridade dos juízes tem sido uma das tarefas da 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado, criada no ano passado. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (30) pelo presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares. Ele disse que o grupo, que foi alvo da Operação Intocáveis II, deflagrada nesta manhã, é um dos que tentam intimidar juízes.

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Tavares afirmou que a 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado tem se mostrado capaz de dar uma resposta aos milicianos. Ela é composta por três juízes que podem inclusive assinar sentenças em conjunto. Antes, as milícias eram julgadas em varas que tinham que lidar com diversos outros tipos crimes.Segundo o TJRJ, a especialização permite dar mais atenção às ações desses grupos e celeridade aos julgamentos. Além disso, ao concentrar os processos do crime organizado, espera-se dissipar as ameaças aos juízes que antes julgavam tais grupos.

O presidente do TJRJ não descartou que outras varas similares sejam criadas quando aumentar o volume de trabalho. Para Tavares, a Operação Intocáveis II foi bem-sucedida e ocorreu sem vazamentos no processo, que tramita em segredo de Justiça. Segundo o desembargador, os mandados foram entregues em mãos aos policiais militares e aos promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). "A milícia está se alastrando. É um câncer que a sociedade está enfrentando. O Judiciário vai agir com rigor. Ninguém teme ameaça. O Judiciário está agindo e está atento. Hoje, demos um golpe forte nos milicianos. Foi o primeiro grande passo da vara especializada", afirmou.

A Operação Intocáveis II é um desdobramento da Operação Intocáveis, que levou à prisão de líderes milicianos em janeiro do ano passado. Desta vez, as polícias Civil e Militar e o MPRJ foram às ruas para cumprir 45 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Os alvos são acusados de integrar uma milícia que desenvolvia atividades criminosas na região de Rio das Pedras e da Muzema.

Conforme balanço final divulgado pelo MPRJ, foram presas 33 pessoas. Também foram apreendidas armas, munições e R$ 13 mil. Entre os detidos, estão três policiais civis lotados na Delegacia da Barra da Tijuca e cinco policiais militares lotados nos batalhões de Jacarepaguá.

Tavares lamentou o envolvimento de agentes do Estado nos crimes. "É lamentável que um agente do Estado que trabalha em uma delegacia de visibilidade venha prestar informações a um miliciano. Por isso é que digo que o trabalho de inteligência é fundamental. Temos que combater. E esses têm que responder com mais rigor ainda, porque recebem da sociedade para defendê-la."

Segundo a investigação, desde 2014, os alvos da Operação Intocáveis II teriam participado de crimes variados como grilagem, construção e venda ilegal de imóveis, porte ilegal de arma de fogo, extorsão de moradores, agiotagem, uso de ligações clandestinas de água e energia e pagamento de propina a agentes públicos. Eles estariam envolvidos na construção irregular dos dois prédios que desabaram na Muzema em abril do ano passado, resultando na morte de 24 pessoas.

De acordo com o MPRJ, um dos presos é Jorge Luiz Camillo Alves, policial civil da Delegacia da Barra da Tijuca. As investigações mostraram que Alves trocou mensagens com o policial militar Ronnie Lessa, um dos acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em março de 2018. Lessa está preso desde março do ano passado. A operação recolheu material que poderá elucidar a relação entre ambos.

 

A polícia civil prendeu em flagrante nessa sexta-feira (19), em Paciência, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Lucas Fernandes de Souza e Dionatam Clemente dos Santos, pelo crime de extorsão. Eles integram a milícia denominada Liga da Justiça.

Segundo os agentes, a dupla foi capturada em ação de inteligência no momento em que arrecadava dinheiro de comerciantes locais e ameaçava as vítimas. Com eles foram apreendidos aproximadamente R$ 2 mil.

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Dionatam também possui um mandado de prisão pendente pelo crime de organização criminosa. Eles foram encaminhados para o sistema prisional.

Da Polícia Civil do RJ

Quatro pessoas morreram e 13 ficaram feridas após um tiroteio em um bar localizado em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Um vídeo foi feito durante a chacina, ocorrida nesse sábado (29).

Nas imagens, enquanto um grupo musical se apresenta, um homem encapuzado entra no estabelecimento e efetua vários disparos contra os clientes. A polícia investiga o caso e acredita que o crime tenha relação com a disputa entre traficantes e milicianos.

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Duas mulheres e dois homens foram assassinados. São eles: o músico Jorge Vitor, que se apresentava; Luiz Gustavo Nascimento, Fabrine Marques e Elaine Menezes.

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A Polícia Federal encontrou provas de que houve atos de corrupção por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital, no Rio de Janeiro, para impedir o esclarecimento de assassinatos que envolvem milicianos membros do chamado "Escritório do Crime" e integrantes da máfia do jogo do bicho na capital carioca. As informações são do site UOL. A delegacia é a mesma que investiga os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

De acordo com a reportagem, ao menos dois delegados estariam na folha de pagamento do "Escritório do Crime" e a propina era paga na sede da delegacia. Um dos delatores da investigação, o ex-PM Orlando de Araújo, mais conhecido como Orlando Curicica, já chegou a dizer que membros do "Escritório" pagavam uma mesada a alguns policiais da Delegacia de Homicídios para que algumas práticas não chegassem aos responsáveis.

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A PF agora apura se houve obstrução na investigação sobre a morte de Marielle e Anderson - a polícia já confirmou o envolvimento de milicianos com o crime. Oito inquéritos da delegacia estão sob a análise da PF por determinação da Procuradoria Geral da República (PGR).

O "Escritório do Crime" é composto, principalmente, por policiais e ex-policiais de grupos de elite da polícia, como o Batalhão de Operações Especiais (Bope). O sargento reformado da PM Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que matou Marielle e Anderson, foi do Bope.

A Receita Federal vai ampliar a cooperação com o Ministério Público do Rio de Janeiro e investigar os envolvidos na Operação Os Intocáveis, que mira a atuação de milícias no Estado. Entre os alvos está o ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como líder de grupo criminoso conhecido como Escritório do Crime.

A mãe e a mulher de Nóbrega trabalharam no gabinete que o hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ocupava até 31 de janeiro deste ano na Assembleia Legislativa do Rio.

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Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo no mês passado, a Receita já atuava na análise das movimentações financeiras dos citados no relatório do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) que apontou transações atípicas na conta de Fabrício Queiroz, também ex-assessor de Flávio, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

A Operação Os Intocáveis prendeu cinco suspeitos de integrar milícia que atua em Rio das Pedras, na Barra da Tijuca. Nóbrega, porém, segue foragido. De acordo com a Promotoria do Rio, o grupo atuava na grilagem de terras, na compra, venda e aluguel irregular de imóveis, na cobrança de taxas da população local e na receptação de mercadoria roubada, entre outros crimes.

A mulher do ex-capitão, Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, trabalhou no gabinete de Flávio de 6 de setembro de 2007 até 14 de novembro do ano passado. Já a mãe de Nóbrega, Raimunda Veras Magalhães, esteve lotada no mesmo gabinete de 11 de maio de 2016 também até 14 de novembro de 2018. Ambas recebiam salário de R$ 6.490,35.Raimunda é citada no relatório do Coaf que investiga corrupção no Legislativo fluminense. Ela repassou R$ 4.600 para a conta de Queiroz.

A entrada da Receita no caso segue o padrão adotado desde a Operação Lava Jato, em que o foco dos investigadores é o caminho do dinheiro de grupos criminosos. Como o Fisco tem o maior banco de dados fiscais, bancários e patrimoniais do País, seus relatórios são considerados os mais completos para auxiliar nas investigações.

No caso da milícia, a atuação do órgão poderá rastrear todos aqueles que fizeram algum tipo de transação, não só com os suspeitos de integrar o grupo, mas também com parentes, pessoas próximas ou empresas ligadas a eles. Em busca de possíveis crimes tributários, os auditores devem produzir relatórios para subsidiar o trabalho dos promotores com o mapeamento do caminho do dinheiro movimentado.

Ao jornal, uma fonte com acesso à investigação afirmou que já foram realizadas algumas reuniões entre investigadores e a Receita para tratar da cooperação no caso.

Homenagens

 

Enquanto era deputado estadual, o filho de Bolsonaro, em discursos na Assembleia do Rio em 2006 e 2007, disse que "a milícia nada mais é do que um conjunto de policiais buscando expurgar do seio da comunidade o que há de pior: os criminosos". Ainda segundo declarações do hoje senador, não seria "justa essa perseguição (aos milicianos)".

Como parlamentar na Assembleia do Rio, Flávio apresentou moções honrosas a outros quatro policiais que se envolveram em irregularidades. Em 2017 e 2018, o então deputado estadual pediu à Mesa Diretora da Casa que fossem concedidas moções parabenizando os PMs Leonardo Ferreira de Andrade e Bruno Duarte Pinho - os dois foram alvo, em agosto do ano passado, da Operação Quarto Elemento, do Ministério Público.

Coaf

 

No outro caso em que a Receita já coopera com o MP sobre a movimentação financeira de assessores da Assembleia, entre eles ex-funcionários de Flávio, os auditores iniciaram nos últimos dias a análise de dados.

Há dois focos de investigação. Na esfera criminal, a apuração é conduzida pelo promotor Luis Otávio Figueira Lopes e apura possível prática de peculato, quando um servidor se apropria de dinheiro público. Segundo o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, Flávio ainda não é diretamente investigado neste caso. No área cível, o senador é alvo por suposto ato de improbidade.

Uma fonte disse que, ao mapear o caminho do dinheiro que abasteceu as contas de Queiroz e de outros assessores da Assembleia do Rio, o Fisco poderá contribuir na apuração sobre a suposta existência de um esquema de contratação ilegal de servidores para posterior devolução de parte dos vencimentos. Essa hipótese, como mostrou o Estado, já era investigada pela Polícia Federal antes de o caso ser enviado à esfera estadual.

A Promotoria do Rio também tem como uma das linhas de investigação a de que Queiroz e assessores de outros deputados com movimentações mais elevadas centralizavam o recebimento de parte dos salários de seus colegas de gabinete.

Conhecido como "rachid", o esquema resultou nos últimos anos na abertura deinvestigações em pelo menos 16 assembleias legislativas. Em relatório, a delegada federal responsável pela Operação Furna da Onça disse que esse sistema seria "disseminado" na Assembleia do Rio.

O Estado de S. Paulo revelou nesta sexta-feira, 22, que um ex-assessor de Flávio declarou aos investigadores que devolvia 66% do salário para Queiroz todos os meses. Segundo ele, as transferências eram investimentos em atividade de compra e venda de veículos. Queiroz a ainda não prestou depoimento à Promotoria.

Por meio de sua assessoria, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que é vítima de "perseguição política e repudia a tentativa de imputar irregularidades e crimes onde não há".

Em nota divulgada nesta sexta-feira (22), o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) "repudia" reportagem deste final de semana da revista IstoÉ que afirma que cheques de campanha do senador foram assinados por Valdeci de Oliveira Meliga, irmã dos milicianos Alan e Alex Rodrigues Oliveira, presos em operação conduzida pela polícia e o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Em nota assinada por sua assessoria de imprensa, Flávio acusa a revista de "fazer uma ilação irresponsável" ao vinculá-lo com "candidaturas irregulares e a milícia carioca", em uma tentativa de "denegrir" sua imagem.

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A reportagem obteve dois cheques de Flávio assinados por Valdeci: um de R$ 3,5 mil e outro no valor de R$ 5 mil. Dona de uma empresa de eventos, a Me Liga Produções e Eventos, Val era uma das pessoas a quem o filho do presidente, Jair Bolsonaro, deu procuração, conforme documento enviado à Justiça Eleitoral, para cumprir a tarefa.

Em nota, Flávio afirma que Val Meliga é tesoureira geral do PSL e tinha "como determinação legal a obrigação de assinar cheques do partido", mas "jamais em nome do atual senador". Além disso, o senador diz que "os supostos milicianos apontados pela revista são policiais militares".

A reportagem da IstoÉ também afirma que um dos cheques assinados por Val, no valor de R$ 5 mil, foi destinado à empresa Alê Soluções e Eventos Ltda, de propriedade de Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira - que era funcionária do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) e exerceu na campanha eleitoral a função de primeira tesoureira do PSL.

Flávio rebate a revista e afirma que "não houve qualquer direcionamento ao PSL-RJ relacionado à escolha dos profissionais de assessoria contábil e jurídica". E acrescenta que todas as "prestações de contas foram aprovadas, ratificando a legalidade e lisura durante o processo eleitoral".

Valdenice de Oliveira Meliga, irmã dos milicianos Alan e Alex Rodrigues Oliveira, presos na operação "Quarto Elemento" do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio de Janeiro, assinou cheques de despesas da campanha em nome do então deputado estadual e atual senador, Flávio Bolsonaro (PSL), conforme reportagem da revista Isto É publicada nesta sexta-feira (22).

A reportagem obteve dois cheques: um de R$ 3,5 mil e outro no valor de R$ 5 mil. Dona de uma empresa de eventos, a Me Liga Produções e Eventos, Val, como é conhecida, era uma das pessoas a quem o filho do presidente Jair Bolsonaro deu procuração, conforme documento enviado à Justiça Eleitoral, para cumprir a tarefa.

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Val é apontada pela IstoÉ como mais um dos elos de ligação do senador com milícias do Rio de Janeiro, com o suposto uso de laranjas e expedientes na campanha para fazer retornar ao partido dinheiro do fundo partidário. De acordo com a reportagem, um dos cheques assinados por Val, no valor de R$ 5 mil, é destinado à empresa Alê Soluções e Eventos Ltda, que pertence a Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira. O pagamento seria referente ao serviço de contabilidade das contas de Flávio Bolsonaro.

Ocorre, porém, que Alessandra era também funcionária do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), com um salário de R$ 5,1 mil. Estava vinculada ao escritório da liderança do PSL na Alerj, exercida por Flávio. E, na época da campanha eleitoral, exercia a função de primeira tesoureira do partido.

Ainda conforme informações da Isto É, a primeira tesoureira do PSL, ou seja, a pessoa a quem cabia destinar os recursos, fez, por meio de sua empresa, a contabilidade de 42 campanhas eleitorais do PSL no Rio. Ou seja: cerca de um a cada cinco postulantes a um cargo político do PSL carioca deixou sua contabilidade aos serviços da companhia Alê Soluções, empresa de Alessandra, tesoureira do partido. Assim, a responsável por entregar e distribuir os recursos do partido tinha parte do recurso de volta para as contas de uma empresa de sua responsabilidade. Com preços abaixo da média do mercado, a companhia de Alessandra recebeu cerca de R$ 55 mil das campanhas.

Além disso, a reportagem informa que Alessandra atuou em conjunto com o escritório Jorge L.A. Domingues Sociedade Individual de Advocacia, que tem como um dos sócios o advogado Gustavo Botto. Na prestação de contas à Justiça Eleitoral, Gustavo Botto também aparece como um dos administradores das contas de Flávio Bolsonaro. No combo que coloca Alessandra como contadora e Botto como advogado, estiveram 36 campanhas do PSL na última eleição. Seus serviços também variaram entre R$ 750 e R$ 5 mil. No total, renderam ao escritório R$ 38 mil.

Candidatos do PSL ouvidas pela revista relatam que, ao final, praticamente os únicos gastos que efetivamente fizeram em suas respectivas campanhas foram com a empresa de Alessandra e o escritório de Botto.

Outro aspecto considerado estranho, de acordo com a revista, é que a empresa Alê Soluções está localizada na Estrada dos Bandeirantes 11.216, na Vargem Pequena, nos registros da Receita Federal, uma área de milícias. Para o Tribunal Regional Eleitoral, no entanto, o endereço anotado é Avenida das Américas número 18.000 sala 220 D, no Recreio dos Bandeirantes - endereço da sede do PSL do Rio de Janeiro.

Situação semelhante acontece com o escritório Jorge L.A. Domingues Sociedade Individual de Advocacia. Para a Receita, o endereço informado é uma casa em Vila Valqueire. Para a Justiça Eleitoral, foi novamente a sede do PSL do Rio. Por curiosidade, todos os endereços mencionados ficam em Jacarepaguá, onde também mora o ex-motorista de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, diz a IstoÉ.

A revista apurou que, durante a campanha, a companhia Alê só trabalhou na contabilidade dos candidatos. Entre maio de 2007 e agosto do ano passado, a empresa emitiu 183 notas fiscais eletrônicas, conforme os registros do número das notas concedido ao TRE - uma média de 16 notas por ano.

Somente durante a eleição foram 46 notas em 4 meses. Notas sequenciais, o que indica o serviço exclusivo para as campanhas, diz a reportagem. Apenas no dia do primeiro turno da eleição, 7 de outubro, foram emitidas 18 notas fiscais entre as 21h31 e as 22h43. Uma média de uma nota fiscal a cada 4 minutos. Houve caso de notas fiscais emitidas em um tempo inferior a 2 minutos entre uma e outra.

Procurada pela Isto É, Alessandra Oliveira disse não enxergar conflito ético no fato de ser ao mesmo tempo tesoureira do partido, funcionária de Flávio Bolsonaro e ter contratado sua empresa para fazer a contabilidade das campanhas. Gustavo Botto afirma que trabalhava de fato na sede do partido para, segundo ele, "facilitar a administração e resposta de eventuais comunicações processuais", diz a revista. A assessoria de Flávio Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o assunto.

A Polícia Civil do Rio realiza operação na manhã desta quinta-feira (14) com o objetivo de cumprir 20 de mandados de prisão contra milicianos que atuam no Rio e na Baixada Fluminense. Dentre os procurados estão Wellington da Silva Braga, o Ecko, e seu irmão Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. Eles são apontados como líderes do grupo conhecido como "Liga da Justiça", considerada a maior milícia do Rio de Janeiro.

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), as investigações apontaram que Zinho era o responsável por lavar dinheiro para a organização. Os policiais conseguiram identificar que alguns membros da quadrilha adquiriram imóveis utilizando dinheiro proveniente de crime.

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O Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, que comanda a operação desta quinta-feira, conseguiu na Justiça o sequestro e o bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões em imóveis de alto padrão comprados pelo bando. Além dos mandados de prisão, foram expedidos 18 de busca e apreensão.

A operação conta com apoio do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Secretaria de Estado de Polícia Militar, por meio do Batalhão de Cães (BAC).

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) disse que contará com o apoio da polícia legislativa em Brasília para garantir sua segurança. Freixo foi eleito deputado federal e começa a cumprir seu mandato em fevereiro. A polícia interceptou nesta quinta-feira, 13, um plano para assassinar Freixo neste sábado, 15, em um evento político em Campo Grande, na zona oeste. Ele segue com uma escolta de três homens que o acompanha há dez anos.

O deputado concedeu uma entrevista coletiva à imprensa nesta sexta, quando se completam 9 meses do assassinato da vereadora Marielle Franco e voltou a cobrar uma solução para o crime.

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Segundo ele, tanto o assassinato de Marielle quanto as ameaças de morte que recebeu são ameaças a democracia. Ele lembrou os 10 anos da CPI das milícias (completados este mês) e cobrou empenho dos políticos para combater o poder das milícias.

Plano de morte

A Polícia Civil afirma ter descoberto um plano para matar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) no sábado, 15, segundo informou em seu site o jornal O Globo. Um policial militar e dois comerciantes, ligados a milicianos da zona oeste da capital fluminense, foram apontados em um relatório confidencial como envolvidos no planejamento do crime.

O bando seria investigado pela Divisão de Homicídios como autor do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.

Freixo seria assassinado em um compromisso público em Campo Grande. Trata-se de um encontro com ativistas e professores da rede particular de ensino, em dependências do Sindicato dos Professores.

De acordo com O Globo, o relatório apontou que os três suspeitos são investigados por ligações com milicianos há cerca de cinco anos e são ligados à exploração de caça níqueis e jogo do bicho. Um dos investigados foi cabo eleitoral e assessor de um político suspeito de ser miliciano. O documento foi difundido na quinta-feira e chegou à Assembleia Legislativa.

"No mês em que a CPI das Milícias completa 10 anos, voltei a ser ameaçado. A CPI foi um marco no combate ao crime: mais de 200 indiciados e principais chefes presos. Apresentamos 48 medidas para enfrentar a máfia, mas nada foi feito", afirmou Freixo no Twitter.

Ele cancelou a reunião de sábado com os professores. O parlamentar , eleito deputado federal, solicitou que sua segurança continue a ser feita pelos profissionais que o protegem atualmente. O deputado anda sob escolta desde que comandou a CPI na Assembleia Legislativa.

O deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), afirmou, nesta sexta-feira (14), que a ameaça de morte feita a ele atinge, principalmente, o Estado Democrático de Direito. De acordo com reportagem do jornal O Globo, divulgada nessa quinta (13), a Polícia Civil interceptou um plano de milicianos para o executar Freixo.

O assassinato estava marcado para acontecer neste sábado (15), quando o psolista cumpriria uma agenda em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

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“Ameaçar um deputado eleito é atentar contra a democracia. Não é uma questão que atinge somente a mim, mas principalmente o Estado Democrático de Direito”, ressaltou, em publicação nas redes sociais, anunciando que às 14h [horário de Brasília] fará uma coletiva para tratar do assunto.

Desde que o plano para matar Freixo veio à tona, o deputado federal eleito em outubro passou a receber manifestações de solidariedade e apoio, inclusive de opositores.

“Agradeço muito pelas manifestações de solidariedade e carinho que recebo desde ontem, inclusive de pessoas que divergem de mim politicamente. É a defesa da democracia e da liberdade e o repúdio a qualquer forma de violência que nos une”, ponderou.  

Por fim, Freixo lembrou que nesta sexta o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes completou 9 meses. E voltou a questionar: “quem matou Marielle?”.

“Essa é a pergunta de uma sociedade inteira. Que grupo político foi capaz de matar Marielle? Qual motivação? É crime contra a democracia. Marielle não ‘defendeu bandido’ foi morta por eles. Defendeu a lei, defendeu os direitos humanos. Sem isso, não há democracia”, acrescentou. Inclusive, os milicianos que tramavam contra Freixo são investigados de envolvimento na morte da parlamentar.

O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) desmarcou uma agenda que aconteceria no próximo sábado (15), em Campo Grande, no Rio de Janeiro, após ser noticiado de que o local seria o escolhido por milicianos para assassiná-lo. De acordo com reportagem do jornal O Globo, divulgada na tarde desta quinta-feira (13), a Polícia Civil interceptou plano de milicianos para o executar. 

Segundo as informações, dois comerciantes e um policial militar teriam sido citados em um relatório confidencial da Polícia Civil como suspeitos de envolvimento para participar do assassinato. Ele seriam ligados a um grupo de milicianos da Zona Oeste, que é investigado pela Divisão de Homicídios (DH) pela morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. 

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Um dos suspeito teria trabalhado como assessor e cabo eleitoral de um político investigado sob a suspeita de chefiar uma milícia na região. Marcelo Freixo foi o segundo deputado federal mais votado no Rio no pleito deste ano. 

Em nota, a Delegacia de Homicídios da Capital pediu que seja mantido "absoluto sigilo das apurações realizadas" para garantir "o alcance dos autores e mandantes dos crimes investigados". Na agenda do sábado, que foi cancelada, Freixo iria se encontrar com militantes e professores da rede particular de ensino, no sindicato da categoria. 

O deputado conta com proteção policiar desde que presidiu a CPI das Milícias em 2008. Ele recebeu inúmeras ameaças de morte. No relatório final da CPI, Marcelo pediu indiciamento de 225 políticos, agentes penitenciários, policiais, bombeiros e civis. 

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