Doenças raras: compra de remédio seguirá novo procedimento
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o objetivo é que o governo só pague pelo medicamento se houver a melhora do paciente
Foi anunciada nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, uma nova modalidade de compra de medicamentos de alto custo ou destinados ao tratamento de doenças raras. Agora, a pasta passará a adotar o chamado “compartilhamento de risco” com indústrias farmacêuticas.
Funcionando desta maneira, o governo somente irá pagar pelo medicamento se houver a melhora do paciente. O anúncio foi feito em uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em homenagem ao dia mundial das doenças raras, comemorado no dia 28 de fevereiro.
Mandetta afirmou que, caso funcione, o programa continuará. “De tempos em tempos, tem que ser reavaliado. Se não funcionar, o laboratório em questão devolve o dinheiro. A gente acha que é um marco para o nosso sistema de saúde”, disse.
Os medicamentos que atualmente já são comprados pelo ministério, continuam sendo adquiridos pelo modelo anterior. De acordo com o ministro, o primeiro remédio que será adquirido através da nova modalidade será um medicamento utilizado para o tratamento da atrofia muscular espinhal (AME).
A expectativa é que até o fim de março o medicamento já esteja disponível seguindo estes moldes. O objetivo desta mudança é liberar o fornecimento do medicamento de alto custo, mas também garantir que não tenham uso desnecessário.