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Consideradas pragas pelos seres humanos, as baratas são os insetos que mais causam rejeição à população. Essa repulsa é proveniente de hábitos que algumas espécies possuem de viver em ambientes como esgotos, bueiros, lixeiras e fossas sanitárias. O professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Fabrício Escarlate, cita curiosidades sobre as baratas. Adotar práticas de higiene, gerenciar resíduos e desinsetizações periódicas são medidas eficazes para reduzir a presença de baratas e mitigar seus impactos na saúde.

Sinantrópicas por excelência

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- A maioria das baratas é verdadeiramente sinantrópica, aproveita-se das alterações ambientais provocadas pelos humanos para prosperar. Essa adaptação única permite que elas se beneficiem dos ambientes urbanos e rurais criados pelas atividades humanas. Quando convertemos um ambiente natural em um ambiente urbano, proporcionamos condições que melhoram a sobrevivência desses animais.

Navegações que cruzaram continentes

- Durante as grandes navegações, várias espécies de baratas foram transportadas de um continente para outro, escondidas nos porões dos navios. Os ambientes portuários, ricos em matéria orgânica e esconderijos, favoreceram a proliferação desses insetos em diferentes regiões do mundo.

Existem cerca de 20 espécies de baratas que se tornaram domésticas. A espécie Periplaneta americana, por exemplo, está em todos os lugares. Ainda hoje, as baratas são transportadas pelo mundo inteiro via rotas comerciais.

Engenharia urbana e adaptação

- Apesar das tentativas de vedar espaços, as baratas, devido ao seu tamanho reduzido, conseguem penetrar por frestas. Elas prosperam em meio a tubulações e esgotos, encontrando condições ideais para sobreviver.

Resíduos descartados em lixeiras, caixas de gordura ou de esgoto criam locais interessantes para esses animais: ambientes escuros, ricos em matéria orgânica e alimentos.

Proliferação acelerada

- A capacidade de reprodução rápida das baratas resulta em proles numerosas em curtos intervalos. Mesmo diante de predadores e da mortalidade juvenil, a grande quantidade de descendentes aumenta as chances de sobrevivência, especialmente em ambientes urbanos ricos em recursos alimentares e abrigo.

Vetores de doenças

- As baratas desempenham um papel significativo como vetores de diversas doenças, muitas das quais estão associadas a bactérias. Ao entrar em contato com matéria orgânica em decomposição, esses insetos entram em contato com uma variedade de microrganismos, tornando-se portadores dessas bactérias.

Quando entram em contato com o corpo humano, as baratas têm o potencial de transmitir doenças sérias, como furúnculos, tuberculose, hanseníase, poliomielite, febre e diarreia, representando assim uma ameaça significativa à saúde humana.

Adaptação genética à pressão

- A rápida reprodução das baratas, aliada à sua elevada variabilidade genética, favorece o surgimento de indivíduos resistentes a inseticidas. Esse processo de adaptação genética é uma resposta natural à pressão exercida por agentes externos, tornando o controle desses insetos mais desafiador ao longo do tempo.

Controle e prevenção

- A realização periódica de desinsetizações com produtos seguros é fundamental para mitigar a proliferação de baratas. Com o tempo, a resistência a um determinado inseticida tende a aumentar, tornando cada vez mais desafiador combatê-las. Esse processo ilustra a dinâmica da seleção natural em populações com alta taxa de reprodução e variabilidade genética.

Preservação ambiental

- Ao adotar práticas de controle de pragas de maneira responsável, é possível reduzir a presença de baratas sem causar desequilíbrios ambientais, garantindo o uso de produtos seguros para o ecossistema.

Adotar práticas de higiene, gerenciamento adequado de resíduos e desinsetizações periódicas com produtos seguros são medidas importantes para diminuir a presença de baratas e mitigar seus impactos.

O verão tropical brasileiro representa, para muitas pessoas, dias de praia e de festas, sendo comum que aconteçam viagens para outras cidades e estados. No entanto, uma consequência do calor elevado, juntamente com aglomerações em ambientes fechados, é a proliferação de vírus e bactérias, e a contaminação das pessoas. 

Para entender mais sobre as doenças comuns do verão, o LeiaJá conversou com Claudilson Bastos, médico infectologista e professor universitário, que explicou os principais quadros de saúde que podem acometer às pessoas durante o verão. 

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Diarreias e gastroenterites infecciosas são alguns dos exemplos dados pelo médico, assim como algumas bactérias comuns nos períodos mais quentes do ano. Os problemas no trato gástrico e intestinal podem ocorrer devido à má conservação dos alimentos, principalmente em lugares onde as temperaturas aumentam vertiginosamente no verão. “O fato de você conservar a comida num lugar não apropriado, como por exemplo, fora da geladeira, exposto”, explicou. 

Outra doença comum nesse período do ano, e até bastante conhecida pela população, é a dengue, ainda uma das arboviroses que mais contamina as pessoas no Brasil. Segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, 2022 registrou um total de 1.450.270 contaminados com a doença em todo o país. Em comparação, foram 174.517 casos de Chikungunya e 9.204 de Zika. 

Para além das arboviroses, Bastos pontuou que as aglomerações durante o verão também podem ser vetor de contaminação de outras doenças, muitas delas possíveis de ser prevenidas por meio da vacinação. “As pessoas que não estão se vacinando, infelizmente, e aí o vírus tem uma vantagem, que é a capacidade de sofrer mutações e variantes. Então, com isso, se você não é vacinado, e se você tem uma aglomeração e por maior tempo, o vírus tem maior oportunidade para ele sofrer mutações, porque passa de uma pessoa para outra”, comentou o médico. 

O especialista em doenças infectocontagiosas ressalta ainda os riscos de problemas na pele, como as micoses. Ele explica que no verão, as academias aumentam o número de pessoas matriculadas, e o uso de máquinas com pouca higienização pode ser porta de entrada para algumas bactérias ou fungos na pele. “Se perdeu um pouco [o costume de] limpar com álcool. Antigamente, até um tempo atrás, as pessoas limpavam. Não sei se em todas as academias, dependendo da academia, [existe material para] limpar, com papel e álcool”, aconselhou. 

Por fim, ele ainda aponta os riscos de doenças de pele na praia ou em banheiros públicos. “É bom relatar que as mulheres têm mais risco de infecção urinária, por exemplo, ao usar banheiros públicos. Elas podem ter contato nos assentos, e isso pode transmitir infecções. As mulheres já são mais propensas a contrair infecções urinárias, pela própria anatomia”, concluiu. 

Para evitar transmissões e infecções, no geral, em especial no verão, o médico indica alguns cuidados básicos, como a manutenção da higiene pessoal, como o hábito de lavar as mãos, evitar aglomerações, e sobre alimentos conservados, observar o que estiver à disposição para comer, além do uso de equipamentos de proteção individual, como a máscara, se for necessário. 

 

A dor crônica na perna direita foi um tormento na vida da pintora Frida Kahlo, um dos maiores nomes das artes plásticas da América Latina. Infectada pelo poliovírus aos 6 anos, a mexicana teve que conviver toda a vida com as sequelas da poliomielite, que deixaram a perna atrofiada, mais fina e curta que a outra.

Acometido pelo mesmo vírus, o jornalista Boris Casoy só começou a andar aos 9 anos de idade, depois de uma cirurgia feita nos Estados Unidos para tratar sequelas causadas pela poliomielite. O compositor canadense Neil Young também precisou reaprender a andar após se recuperar de um quadro da doença, que quase o levou à morte.

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Histórias como essas só se tornaram raras devido à vacinação contra a poliomielite. A imunização avançou com mais força na segunda metade do século 20. Antes que isso acontecesse, a doença paralisava mil crianças por dia no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde – por isso passou a ser temida e mais conhecida com o nome de paralisia infantil.

Especialista em vacinas e integrante da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações do Estado de São Paulo, o médico Guido Levi explica que há um consenso internacional de que as vacinas foram o fator de maior impacto na saúde humana nos últimos anos, sendo tão importantes quanto o acesso ao saneamento básico e à água potável.

"Calcula-se que, no mundo todo, nos últimos 200 anos, a vacinas seriam responsáveis por um aumento médio de 30 anos no tempo de vida das pessoas. No Brasil, isso ocorreu em um período muito mais curto e mais recente. No início da década de 1970, o tempo de vida médio da nossa população era de 45 anos. Hoje, é mais de 75 anos. O principal fator para isso foi a criação do Programa Nacional de Imunizações [PNI], em 1973", afirma.

"Todos que temos mais idade ou estudamos esse período vimos crianças com muletas, pernas mecânicas ou coisas piores. Quando a doença acometia os nervos que controlavam a respiração, a criança ia para um pulmão de aço, uma máquina que fazia sua respiração artificialmente. E, lá, elas entravam para ficar o resto da vida. Visitei uma enfermaria de pulmão de aço e foi uma das coisas mais chocantes que aconteceram na minha carreira profissional."

Varíola erradicada

A poliomielite é um dos casos mais emblemáticos dessa transformação, mas não foi o primeiro. Em 1980, as vacinas levaram a humanidade a erradicar a varíola, enfermidade responsável por milhões de mortes e associada a crises sanitárias ao longo da história, como a epidemia que culminou na Revolta da Vacina, no Brasil. Para se ter uma ideia da gravidade da varíola, é preciso destacar que a doença fez 300 milhões de vítimas apenas no século 20. A dimensão desse número supera as mortes causadas pelas duas guerras mundiais e o Holocausto nazista, além de diferentes estimativas de vítimas da colonização europeia na América.

A coordenadora da Assessoria Clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Lurdinha Maia, destaca que erradicar uma doença como essa é a maior prova dos benefícios da vacinação. "A importância da vacinação na idade certa e no tempo adequado tem como maior exemplo não termos mais a varíola no mundo inteiro. Essa é uma doença terrível, que dizimou a população mundial. Quando a gente fala de pólio, o último caso no Brasil foi em 1989, em Souza, na Bahia. E o último caso nas Américas foi em 1994. Infelizmente tivemos agora um caso no Peru. Isso deixa em alerta todos os países vizinhos."

A história das vacinas e a história da varíola se misturam, uma vez que o primeiro imunizante do mundo foi desenvolvido para prevenir contra essa doença. O inglês Edward Jenner, no século 18, inventou a primeira vacina na tentativa de conter a varíola, e conseguiu amenizar os casos graves em pacientes vacinados. As primeiras epidemias de varíola foram oficialmente registradas na Europa durante a Idade Média, no século 10. Cientistas investigam, porém, vestígios muito anteriores que indicam possibilidades de casos no Antigo Egito, nas Cruzadas e navegações vikings.

No Brasil, a história da doença está relacionada à colonização, e o primeiro surto registrado de varíola ocorreu em meados de 1555, quando a enfermidade foi introduzida no Maranhão por colonos franceses. O tráfico de africanos escravizados e a imigração portuguesa também causaram surtos no país, do litoral para o interior. A eliminação da doença no Brasil é anterior à criação do PNI, e se deu em 1971, seis anos antes do último surto no mundo, registrado em 1977, na Somália. Em 2023, o programa completa 50 anos.

Vitória contra a pólio

No Brasil, as campanhas contra a doença ganharam força na década de 1980, e o último caso registrado foi em 1989. Pesquisador de Bio-Manguinhos/Fiocruz desde a década de 1960, Akira Homma participou do trabalho de estruturar a produção das vacinas contra a poliomielite no Brasil, decisivo para que a doença fosse erradicada.

Homma integrou, como técnico, os primeiros testes da vacina oral contra a poliomielite no país, na década de 1960, no Instituto Adolfo Lutz, e ajudou a organizar o laboratório de virologia quando entrou na Fiocruz, em 1968, participando do isolamento e caracterização do vírus da pólio. Após experiências no exterior, Homma chegou à direção de Bio-Manguinhos nas décadas de 1970 e 1980, quando a produção da vacina oral no Brasil foi de fato estruturada.

Ele destaca que fabricar a vacina no país foi de extrema importância, mas a mobilização social para que as vacinas chegassem às crianças na época, por meio dos dias nacionais de Vacinação, também teve um papel central.

"O governo federal possibilitou a adesão de todos os ministérios à campanha, e também toda a sociedade brasileira foi envolvida nesse processo. Houve uma motivação muito grande da sociedade e até da iniciativa privada. Houve a participação de milhares de voluntários, e também a mídia explicando o papel da vacinação. Em 1980, tínhamos 1.290 casos de poliomielite. Em 1981, caiu para 122. Em 1982, para 42 casos. E, em 1989, acontece o último caso. Esse é o impacto de altas coberturas vacinais. Em um dia se conseguia vacinar 18 milhões de crianças."

Apesar da vitória nacional contra a doença no passado, a poliomielite ainda existe de forma endêmica no Afeganistão e no Paquistão, e teve casos pontuais registrados recentemente no continente africano, nos Estados Unidos, em Israel e no Peru.

Tétano materno e neonatal

Ameaça grave à saúde dos recém-nascidos, o tétano materno e neonatal era conhecido como o "mal dos sete dias", porque surgia a partir de uma semana após o parto e tinha uma evolução aguda e letal, causando contraturas musculares generalizadas que poderiam se agravar até impedir a respiração. A doença foi considerada eliminada de todo o continente americano em 2017, mas chegou a ser responsável por mais de 10 mil mortes de recém-nascidos ao ano na região. No Brasil, foi eliminada em 2012.

Os bebês são contaminados pela bactéria causadora do tétano durante o parto, por motivos como falta de condições e instrumentos esterilizados, mas a vacinação das gestantes e mulheres em idade fértil com a vacina contra tétano, difteria e coqueluche acelular (dTpa) foi um motivo decisivo para essa doença ter praticamente desaparecido, porque os anticorpos são transmitidos pela mãe aos filhos.

"Hoje, a maior parte das enfermarias de tétano que existiam está fechada, principalmente pelo uso bastante extenso da vacinação antitetânica", conta Guido Levi. "As crianças morriam rapidamente, em poucos dias. No máximo, em uma semana ou duas. Também não havia tratamento adequado."

Rubéola congênita

A eliminação da síndrome da rubéola congênita é outro motivo para comemorar o sucesso da vacinação. Transmitida pela placenta ao feto, a infecção da mãe pelo vírus da rubéola pode resultar em aborto, morte fetal ou anomalias congênitas como diabetes, catarata, glaucoma e surdez, sendo este último o sintoma que aparece primeiro. Dependendo da fase da gestação em que ocorrer a infecção, a chance de a doença atingir o feto chega a 80%.

Os últimos casos da doença foram registrados no Brasil em 2010, e a síndrome foi declarada eliminada do continente americano em 2015. A consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Carla Domingues ressalta que as sequelas causadas pela síndrome da rubéola congênita são irreversíveis, e, assim como em outras infecções, os problemas podem afetar diversas áreas da vida.

"São doenças que podem trazer problemas neurológicos seriíssimos que vão comprometer o lado cognitivo das crianças e o aprendizado", alerta.

Nesta terça-feira, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que representa um dos principais problemas de saúde do país, além de estar entre os hábitos causadores de cânceres e tumores. Este ano, a campanha mira o uso de cigarros eletrônicos, narguilés e aditivos utilizados em produtos provenientes do tabaco, como os aromatizantes que dão sabor ao cigarro. Popular entre os jovens, o chamado "vape" tem sido uma preocupação para as autoridades médicas locais. 

Com o tema "Sabores e Aromas em Produtos Derivados de Tabaco: Uma Estratégia para Tornar a População Dependente de Nicotina", a campanha é uma iniciativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde que coordena o Programa Nacional de Controle do Tabagismo. 

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Segundo o Inca, em 85% dos casos, o câncer de pulmão — terceiro mais comum entre homens e quarto entre mulheres no Brasil — tem ligação com o consumo de produtos derivados do tabaco, e o cigarro é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença. 

Além do câncer de pulmão 

No Brasil, são estimados mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão a cada ano e quase 30 mil mortes; o alerta para a letalidade da doença é, também, uma informação do Inca em parceria com a Fundação do Câncer, assim como os seguintes indicadores: 

- Acredita-se que nove de cada 10 casos de câncer de pulmão sejam decorrentes do tabaco; 

- Fumantes têm 20 vezes mais chances de ter esse tipo de câncer que não fumantes; 

- O câncer de pulmão é potencialmente evitável em 30 a 40% dos casos.  

No entanto, esse tipo de câncer é apenas um dos extremos em consequência do tabagismo. Usar o tabaco de forma frequente, ou mesmo ser um fumante passivo, pode impactar na saúde dos órgãos de forma múltipla, diminuir a qualidade de vida e envelhecer o usuário mais rapidamente. 

Outras doenças 

1. Doenças oculares (catarata, glaucoma, degeneração ocular)

Como os efeitos do tabagismo são cumulativos, eles se tornam um fator de risco para o desenvolvimento de patologias oculares, como o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Um estudo realizado pelo Örebro University Hospital, na Suécia, revelou que fumantes têm 42% mais chances de desenvolver catarata na terceira idade. Isso porque as substâncias presentes na fumaça do cigarro podem modificar o metabolismo do cristalino e acelerar o processo natural de opacificação. 

Outra região do olho que pode ser afetada pelo tabagismo é a retina. O cigarro tem toxicas que prejudicam a vascularização e aumentam a oxidação, o que pode provocar uma degeneração da mácula, causando a perda ou alterações visuais.  

Os sintomas de doenças preexistentes, como a Síndrome de Olho Seco, também podem ser agravados pelo tabagismo. Os olhos de quem fuma são propensos a lacrimejar mais, sofrer irritações, prurido e a sensação de corpo estranho. Já quem usa lentes de contato deve evitar o cigarro porque a fumaça tende a ressecar os olhos e causar alergias oculares, vermelhidão e outros incômodos. 

2. DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)

A DPOC é uma doença pulmonar obstrutiva que dificulta a respiração, causa incapacidade grave a longo prazo e morte precoce. Ela começa dificultando atividades simples, como subir um lance de escadas ou varrer um cômodo. No Brasil, é considerada uma doença muito comum, com mais de dois milhões de casos por ano. Geralmente, a DPOC é composta por doenças como enfisema e bronquite crônica. Não possui cura. 

3. Doença cardíaca

Fumar prejudica quase todos os órgãos do corpo, incluindo o coração. O hábito pode causar bloqueios e estreitamento das artérias, o que significa menos fluxo de sangue e oxigênio para o coração.  

4. Asma

A asma é uma doença pulmonar crônica que torna mais difícil a entrada e saída de ar dos pulmões. Como a fumaça do cigarro irrita as vias aéreas, ela pode desencadear ataques repentinos e graves de asma. No Brasil, a asma atinge mais de 20 milhões de pessoas. Em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) teve um pico de atendimentos de asma na Atenção Primária, com mais de 1,3 milhões de casos. 

5. Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O AVC ocorre quando o suprimento de sangue ao cérebro é temporariamente bloqueado, o que pode acontecer ao fumar, já que as artérias são afetadas pelas substâncias químicas. Por consequência da nicotina, as células cerebrais são privadas de oxigênio e começam a morrer. Um acidente vascular cerebral pode causar paralisia, fala arrastada, alteração da função cerebral e morte.  

6. Problemas reprodutivos

Fumar pode causar gravidez ectópica, que ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta em outro lugar que não o útero. O óvulo não sobrevive e, se não for tratado, pode ser fatal para a gestante. Fumar também causa redução da fertilidade, o que torna mais difícil engravidar. 

Como parar de fumar

O tabagismo é uma das principais causas evitáveis de doenças e mortes em todo o mundo. Parar de fumar traz uma série de benefícios para a saúde, incluindo redução do risco de doenças cardíacas, derrames, doenças pulmonares, câncer e outros problemas de saúde relacionados ao hábito ou vício.   

O cirurgião torácico do IMIP, Guilherme Mendonça, diz que o mês de conscientização é um incentivo para as pessoas que desejam parar com o vício. “Isso pode ser feito com o auxílio de tratamento e desenvolvimento de práticas saudáveis, como hábitos alimentares e exercícios físicos. Lembrando que parar de fumar é um processo desafiador. Portanto, o apoio contínuo, a educação e a conscientização são fundamentais para ajudar as pessoas a alcançarem e manterem um estilo de vida livre do tabaco", afirma. 

A Fundação do Câncer possui, em vigor, uma cartilha de combate ao fumo utilizada nas campanhas anuais. De acordo com o órgão, o primeiro passo é reconhecer os próprios motivos para parar de fumar e utilizá-los como motivação. "Como fumar tem afetado a minha saúde?" ou "O que vai acontecer comigo e com minha família se eu continuar fumando?" são algumas das perguntas iniciais que podem ajudar o tabagista a reconhecer o próprio vício. 

Planejamento e comunicação com a família também são essenciais. É preciso que o núcleo de apoio esteja ciente da iniciativa em parar de fumar e que ajude o futuro ex-fumante a não passar por recaídas. É possível baixar a cartilha "Cartilha Prática Para Parar de Fumar" completa e de forma gratuita (aqui), respondendo o formulário com nome e e-mail válido.

O processo de envelhecimento é marcado pela diminuição da capacidade do organismo de combater os radicais livres, resultando em um aumento do estresse oxidativo nas células. Entretanto algumas espécies de plantas medicinais, como a Curcuma longa, Panax ginseng e Rhodiola rosea, apresentam propriedades antioxidantes que combatem o envelhecimento e doenças.

É o que aponta a pesquisadora Uyara Correia de Lima Costa em sua dissertação de mestrado intitulada “Atividade Antioxidante de Plantas Medicinais Utilizadas na Prevenção do Envelhecimento”. A pesquisa foi apresentada, em 2022, ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Sob a orientação da professora Elba Lúcia Cavalcanti de Amorim e coorientação de Patrícia Maria da Silva Neri Cruz, o estudo foi realizado utilizando-se extratos secos padronizados. No Laboratório de Produtos Naturais (Lapronat) da UFPE, foram executadas as análises dos antioxidantes sintetizados pelos extratos.

“Para os ensaios de atividade antioxidante, realizada por métodos consolidados, destacou-se a espécie de Curcuma longa, na maioria dos ensaios realizados, mostrando sua capacidade antioxidante superior aos demais”, relata Uyara Lima.

A evaporação das frações seguiu a metodologia desenvolvida pelo laboratório, em que os extratos foram submetidos à coluna filtrante de sílica.

“As frações foram recolhidas à evaporação, sendo colocados em dessecador para eliminação de resquícios de umidade, obtendo-se os extratos secos”, explica a pesquisadora.

Posteriormente, utilizando a técnica de Cromatografia em Camada Delgada (CCD) para identificar as principais classes metabólicas presentes nos extratos, foi constatada a presença de polifenóis, composto bioativo, em que a classe dos flavonoides obteve destaque. Os flavonoides, contidos nos três extratos, atuam na proteção contra agentes oxidantes e, consequentemente, contribuem para a redução do estresse oxidativo (excesso de radicais livres no organismo).

A Curcuma longa, também chamada de açafrão da terra ou simplesmente cúrcuma, é um alimento funcional e uma especiaria amplamente utilizada devido ao seu sabor forte e à coloração característica. Seus componentes possuem propriedades terapêuticas relacionadas a atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimutagênicas e antimicrobianas.

Foto: Pixabay

Os métodos químicos utilizados durante o estudo, na quantificação e determinação da  atividade antioxidante das espécies analisadas, apontaram o açafrão da terra como aquela de maior potencial antienvelhecimento.

Outra vantagem apresentada é que a cúrcuma pode ser “utilizada na forma de chá por decocção [a planta é fervida junto com a água] ou infusão, em pó como tempero e em cápsulas como suplemento. Além disso, é usada como aditivo alimentar na indústria alimentícia”, conforme aponta a pesquisadora e também nutricionista Uyara Lima.

“É importante ressaltar algumas contraindicações, como é o caso de pacientes em uso de anticoagulantes, além de gestantes e lactantes pela falta de evidências na literatura quanto ao uso seguro nesses casos”, acrescenta.

Por sua vez, o Panax ginseng, popularmente conhecido como ginseng, é uma planta medicinal utilizada para combater fadiga física e mental. Possui uma ampla série de atividades farmacológicas, como anti-inflamatória, neuroprotetora, cardioprotetora, hepatoprotetora, antioxidante, antidiabética e antitumoral.

Foto: Pixabay

É possível consumi-lo nas formas de chá, xarope, comprimidos, cápsulas, em pó e como suplemento alimentar.De acordo com a pesquisadora, “no doseamento [método para quantificar o teor de substâncias] foi possível observar maior prevalência de compostos secundários nos extratos brutos das plantas”. Com base nisso, verificou-se um valor consideravelmente alto em relação ao teor de cumarinas presentes no extrato bruto das raízes de ginseng, comparado às demais plantas medicinais analisadas.

Com relação à Rhodiola rosea, conhecida pelos nomes raiz de ouro ou raiz dourada, a  planta apresenta propriedades voltadas para o ajuste metabólico, redução da fadiga, melhora da capacidade cognitiva e aumento da linha de defesa antioxidante. Também é utilizada para tratar depressão, ansiedade, doenças cardíacas e patologias relacionadas ao envelhecimento.

Foto: Opioła Jerzy/CC

“E pode ser utilizada em preparações farmacêuticas, aditivos alimentares e suplementos dietéticos [diet] facilmente encontrados no mercado”, explica a pesquisadora.

O uso de fitoterápicos, produtos provenientes de plantas medicinais, apresenta um caráter preventivo e terapêutico. Logo, as espécies que apresentam propriedades antioxidantes neutralizam os radicais livres, de modo a propiciar o fortalecimento do sistema imunológico e a prevenção do envelhecimento.

“É uma alternativa segura e de baixo custo para a população, principalmente para aqueles que não têm acesso à assistência médica. Assim, é amplamente utilizada como prática complementar, inclusive nos serviços públicos no Brasil”, relata Uyara Lima. “Porém vale ressaltar que alguns cuidados, como o uso, o cultivo, a colheita e a forma de preparo, devem ser considerados para manutenção da funcionalidade terapêutica das plantas medicinais”, completa.

Outras informações

Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFPE

(81) 2126.7515

ppgcf@ufpe.br

 

Por Raiane Andrade, da asscom da UFPE

 

Hoje (21) começa  o período de inverno e o ressecamento das vias aéreas pode causar desconforto, dificultar a respiração e piorar quadros de asma, rinite, sinusite e bronquite. A rinite e a asma são doenças inflamatórias na maior parte das vezes da natureza alérgica. A falta de umidade e o ar frio dessa época do ano levam a um agravo da inflamação do nariz e da inflamação do pulmão, segundo especialistas. 

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Doenças como bronquite, sinusite, rinite alérgica e pneumonia são as que mais levaram à procura por atendimento médico desde 2022, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O tempo seco provoca um aumento no registro de doenças respiratórias, também de acordo com os dados do Ministério. Cuidados básicos, incluindo a vacinação contra a gripe e contra a Covid-19, contribuem para reduzir as chances de infecção e agravamento das doenças.  

Médicos da área recomendam minimizar os efeitos do tempo seco e da baixa umidade, principais fatores que contribuem para o aumento da circulação de vírus e fungos no ambiente que são – tirar o cobertor e casacos que ficam muito tempo guardados no armário pois fazem aumentar as doenças de inverno, sobretudo respiratórias. Em caso da rinite, fazer lavagem nasal com soro fisiológico e, no caso da asma, o tratamento se dá com corticóide inalatório tópico, associado ou não a broncodilatadores (neste caso, sob direção médica). 

A vacinação contra a gripe previne o surgimento de complicações decorrentes da infecção pelo vírus influenza, reduzindo os riscos de morte e de pressão sobre o sistema de saúde. O mesmo ocorre com a imunização contra a Covid-19, incluindo a dose de reforço. A queda de temperatura também é favorável para a circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), que pode causar infecções nas vias respiratórias, principalmente em crianças menores de cinco anos. O Ministério da Saúde alerta que a prevenção e o diagnóstico precoce podem ajudar a evitar os casos graves.  

Pesquisa 

Os dados referentes a bronquite registraram uma alta de 142%, de sinusite foi de 108,33%, pneumonia aumentou 74,15%, já de rinite alérgica a alta foi de 67,13% no período de inverno do ano passado. Na cidade de São Paulo, os atendimentos hospitalares de casos de doenças respiratórias aumentaram 52% na rede municipal em 2022.  

Varíola do macaco, SARS, SROM, ebola, gripe aviária, zika, HIV e, possivelmente, Covid-19. As zoonoses, doenças transmitidas ao homem pelos animais, multiplicaram-se nos últimos anos, fazendo temer o surgimento de novas pandemias.

- O que é uma zoonose? -

As zoonoses são doenças, ou infecções, transmitidas por animais vertebrados ao homem, e vice-versa. Os patógenos podem ser bactérias, vírus, ou parasitas. Essas doenças são transmitidas por contato direto entre humanos e animais, por meio dos alimentos, ou por um vetor, como insetos, aranhas, ou ácaros.

Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, 60% das doenças infecciosas humanas são zoonóticas.

- Que tipo de doença é? -

O termo "zoonose" inclui uma ampla variedade de doenças que podem afetar o sistema digestivo, como a salmonelose; respiratório, a como gripes aviária e suína, ou a covid; ou o sistema nervoso, como a raiva.

A gravidade dessas doenças em humanos varia.

O patógeno causador pode ser mais ou menos virulento, mas também depende da pessoa infectada, que pode ser particularmente sensível.

- Que animais estão envolvidos? -

Os morcegos atuam como um reservatório para muitos vírus que afetam o ser humano. Alguns são conhecidos há muito tempo, como a raiva, mas muitos apareceram nas últimas décadas, como o ebola, o coronavírus SARS, ou o vírus Nipah, localizado na Ásia em 1998. Estuda-se se a covid-19 teve uma origem semelhante.

Texugos, furões, martas e doninhas também costumam estar relacionados com zoonoses virais, principalmente aquelas causadas por coronavírus.

Outros mamíferos (bovinos, suínos, cães, raposas, camelos, roedores) também podem ser hospedeiros intermediários.

Todos os vírus responsáveis pelas grandes pandemias de gripe tiveram uma origem aviária, direta, ou indireta. Insetos, como carrapatos, também são vetores de muitas doenças virais.

- Por que aumentou a frequência de zoonoses? -

As zoonoses surgiram há milhares de anos, mas se multiplicaram nas últimas duas, ou três, décadas. Uma maior facilidade de viagem permite que se propaguem mais rapidamente.

Ao expandir sua presença em áreas cada vez maiores do planeta, o ser humano contribui para perturbar o ecossistema e promover a transmissão de vírus.

A intensificação da pecuária industrial aumenta o risco de propagação de patógenos entre animais.

O comércio de animais silvestres é outro fator que aumenta a exposição humana aos micróbios que eles podem transportar.

O desmatamento aumenta o risco de contato entre vida silvestre, animais domésticos e populações humanas.

- Devemos temer outra pandemia? -

A mudança climática pode levar muitos animais a fugirem de seus ecossistemas para terras mais habitáveis, adverte um estudo publicado em 2022 na revista Nature. E, ao se misturarem mais, as espécies vão transmitir mais seus vírus, o que vai favorecer o surgimento de novas doenças potencialmente transmissíveis ao homem.

As pandemias "surgirão com mais frequência, vão se propagar mais rapidamente, matarão mais pessoas", alertou o Painel de Especialistas em Biodiversidade da ONU (IPBES) em outubro de 2020.

O reservatório é imenso. Segundo estimativas publicadas na revista Science em 2018, há 1,7 milhão de vírus desconhecidos em aves e mamíferos, e entre 540 mil e 850 mil deles “teriam a capacidade de infectar humanos”.

Mas, acima de tudo, a expansão das atividades humanas e o aumento das interações com a vida selvagem multiplicam o risco de que os vírus capazes de infectar humanos “encontrem” seu hospedeiro.

A corrida às peixarias é um ritual na Semana Santa, período em que parte dos cristãos abre mão da carne vermelha e recorre ao peixe, muitos ao bacalhau, indispensável nas mesas daqueles que desejam manter a tradição. Rico em proteínas e com baixo teor de gordura, o peixe é um grande aliado quando o assunto é prevenção de doenças cardiovasculares e melhora do sistema imunológico.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão, o bacalhau, um exemplo de peixe magro, é rico em minerais como ferro e fósforo, e possui em sua composição o ômega 3.

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Estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition sugere que o nutriente pode aumentar a expectativa de vida, principalmente entre o público não tabagista. O trabalho, que envolveu o Hospital del Mar Medical Research Institute (IMIM), contou com dados de um grupo de estudos de longa duração que monitora moradores de Massachusetts, nos Estados Unidos, desde 1971.

Segundo estudos, a dieta que mais produz prevenção à doença cardiovascular é aquela que tem associação de ácidos graxos poli-insaturados do tipo EPA e DHA, explicou o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) Durval Ribas Filho. Segundo ele, os ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega 3, presentes sobretudo em peixes de água salgada, reduzem os triglicerídeos, ou seja, gorduras presentes na corrente sanguínea que têm relação direta com a síndrome metabólica, como obesidade, diabetes, risco cardiovascular e hipertensão arterial. "O bacalhau deveria ser muito mais presente na mesa dos brasileiros", sentencia. Para o presidente da Abran, o ideal é que o consumo do nutriente seja de aproximadamente 200 gramas por semana.

Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o médico Gerson Luiz Bredt Junior também afirma que os peixes em geral deveriam estar mais presentes na mesa do brasileiro. "É muito comum as pessoas passarem meses comendo proteínas diariamente, mas basicamente carne de boi, porco e frango. O peixe possui muitas proteínas, além de vitaminas, zinco, selênio e gordura boa do tipo ômega 3. Usamos gordura boa, por exemplo, para sintetizar o HDL, o colesterol bom, que diminui as chances de ocorrer doença cardiovascular", disse ele ao Estadão.

Embora o bacalhau proporcione benefícios à saúde, especialistas alertam para o alto teor de sal neste tipo de peixe. Recomenda-se que o peixe deve ser dessalgado com água potável, sob refrigeração de até 5°C ou por meio de fervura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Chegamos no outono e com ele é importante reforçar os cuidados com a saúde. Conhecida como a estação de transição entre o verão e o inverno, as oscilações de temperatura e a baixa umidade do ar associadas à poluição favorecem a transmissão de diversas doenças nesse período. 

As doenças de outono geralmente acometem mais pessoas com baixa imunidade, idosos e crianças. Quem sofre com crises de asma precisa ter a atenção redobrada.

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Os casos mais recorrentes estão relacionados aos vírus respiratórios, como a influenza e resfriado, comumente transmitidos por gotículas de uma pessoa contaminada. Mas também ocorrem casos ligados à atuação das bactérias, que se aproveitam da imunidade fragilizada da pessoa com quadro viral, como a bronquite, sinusite, otite e a pneumonia. 

Casos mais graves

Outro fator que propicia a dispersão desses microrganismos no outono é a poluição. As impurezas que respiramos podem piorar ainda mais a condição do paciente que já enfrenta uma das doenças desse período.  

"O aumento da exposição à poluição comum no período mais seco que ocorre no outono, possibilita a ocorrência de alterações no processo de coagulação sanguínea, além de ocasionar distúrbios na homeostase corporal, desencadeando quadros de inflamação sistêmica que podem ocasionar em casos mais graves a ocorrência de infarto e acidente vascular cerebral", alertou o biomédico Jailton Lobo. 

A maneira mais eficaz de se proteger é manter hábitos que ajudem a fazer com que o organismo não sinta os efeitos das oscilações de temperatura e do ar seco. Nesse sentido, o microbiologista indicou aumentar a ingestão de água, hidratar a pele, higienizar as mãos, ficar em ambientes arejados - inclusive na própria casa -, evitar aglomerações, manter as vacinas em dia, realizar atividade física regular, adotar uma boa alimentação e evitar o consumo de cigarro. 

O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença em crianças e a segunda causa de óbito em geral. A primeira seria acidente. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade.

Nesta quarta-feira (15), Dia Internacional da Luta conta o Câncer Infantil, a oncologista pediátrica do Inca Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria, lembrou que atualmente a doença é altamente curável. "Essa é a principal informação que a gente tem”, disse.

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Em entrevista à Agência Brasil, Sima afirmou que como a incidência de câncer vem aumentando lentamente ao longo dos anos, ele começa a aparecer como causa importante de doença em criança. “Como nem todas são curadas, a doença pode ter, na verdade, um percentual de mortalidade infantil também. Os dados mais recentes, de 2020, revelam que foram registrados 2.280 óbitos em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil.

Entre os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil estão leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central. A médica do Inca ressaltou, contudo, que os tumores em crianças são diferentes dos que acometem pessoas adultas. “Adulto tem muito carcinoma, tumores de células diferenciadas”. Os tumores de crianças são diferentes. Embora esses três tipos sejam mais frequentes, existe uma gama de tumores, como os embrionários, que ocorrem nos primeiros anos de vida. São exemplos os da retina, de rim, de gânglio simpático. “São tumores que acontecem, mais frequentemente, em crianças menores. Mas todos eles são muito diferenciados e respondem bem ao tratamento quimioterápico, normalmente. Essa é a principal informação que a gente tem para dar nesse dia tão importante”, reiterou a especialista.

Para a oncologista, a doença é muito séria, mas trouxe, ao longo dos anos, uma esperança de busca pela vida. Há possibilidade de cura, se o paciente é diagnosticado precocemente e tratado nos centros especializados de atenção à criança.

Alerta

Nos países de alta renda, entre 80% e 85% das crianças acometidas por câncer podem ser curadas atualmente. No Brasil, o percentual é mais baixo e variável entre as regiões, mas apresenta média de cura de 65%. “É menos do que nos países de alta renda porque muitas crianças já chegam aos centros de tratamento com sinais muito avançados”. Sima Ferman reafirmou que o diagnóstico precoce é muito importante. Por outro lado, admitiu que esse diagnóstico é, muitas vezes, difícil, tendo em vista que sinais e sintomas se assemelham a doenças comuns de criança.

O Inca faz treinamento com profissionais de saúde da atenção primária para alertá-los da importância de uma investigação mais profunda, quando há possibilidade de o sintoma não ser comum e constituir doença mais séria. Sima lembrou que criança não inventa sintoma. Afirmou que os pais devem sempre acompanhar a consulta e o tratamento dos filhos e dar atenção a todas as queixas feitas por eles, principalmente quando são muito recorrentes e permanecem por um tempo. “É importante estar alerta porque pode ser uma coisa mais séria do que uma doença comum”.

Podem ser sinais de tumores em crianças uma febre prolongada por mais de sete dias sem causa aparente, dor óssea, anemia, manchas roxas no corpo, dor de cabeça que leva a criança a acordar à noite, seguida de vômito, alterações neurológicas como perda de equilíbrio, massas no corpo. “São situações em que é preciso estar alerta e que podem levar a pensar em doença como câncer”.

Para os profissionais de saúde da atenção primária, especialmente, a médica recomendou que devem levar a sério as queixas dos pais e das crianças e acompanhar o menor durante todo o período até elucidar a situação para a qual a criança foi procurar atendimento. “E, se for o caso, fazer exames mais profundos e ver se há alguma doença que precisa ser tratada”.

Individualização

Para cada tipo de câncer, os oncologistas do Inca procuram estudar a biologia da doença, para dar um tratamento que possa levar à chance de cura, com menos efeitos no longo prazo. “Para conseguir isso, temos que saber especificamente como a doença se apresentou à criança e, muitas vezes, as características biológicas do tumor. Isso vai nos guiar sobre o tratamento que oferece mais ou menos riscos para esse paciente ficar curado e seguir a vida”.

Em geral, o tratamento de um câncer infantil leva de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença apresentada pelo paciente. Após esse prazo, a criança fica em acompanhamento, ou “no controle”, por cinco anos. Se a doença não voltar a se manifestar durante esses cinco anos, pode-se considerar o paciente curado. “Cada vez, a chance de a doença voltar vai diminuindo mais. A chance é maior no primeiro ano, quando termina o tratamento, e vai diminuindo mais e mais”, disse a oncologista pediátrica.

Nesta terça-feira (24), a cidade de Guarulhos começou a vacinar a população contra o sarampo, com o imunizante tríplice viral (SCR), que também garante a proteção contra a caxumba e rubéola, além do imunobiológico contra a varicela.

De acordo com o esquema vacinal proposto pelo Plano Nacional de Imunizações, aos seis meses a criança deve receber uma dose de SCR, chamada “dose zero”; aos 12 meses, a primeira dose; e aos 15 meses, a segunda, acompanhada da imunização contra a varicela. 

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Crianças a partir de sete anos e adultos com até 29 anos devem ter duas doses da tríplice viral. Já pessoas com mais de 30 anos e nascidos a partir de 1960, ao menos uma dose.

34 das 69 UBSs do município estarão abertas para imunização. A Secretaria da Saúde foi alertada pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado que algumas vacinas, incluindo a SCR, não terão o atendimento integral da grade solicitada. 

Confira as regiões em que vacina estará disponível:

Centro: Ambulatório da Criança, UBS Flor da Montanha, UBS Vila Barros, UBS Paraventi, UBS Itapegica, UBS Ponte Grande e UBS Tranquilidade;

Cantareira: UBS Cambará, UBS Continental, UBS Acácio, UBS Palmira, UBS Rosa de França, UBS Morros, UBS Recreio São Jorge, UBS Taboão e UBS Vila Rio de Janeiro;

São João-Bonsucesso: UBS Vila Carmela, UBS Haroldo Veloso, UBS Fortaleza, UBS Marinópolis, UBS Nova Bonsucesso, UBS Santos Dumont, UBS Santa Paula e UBS Soberana;

Pimentas-Cumbica: UBS Mario Macca, UBS Dona Luiza, UBS Marcos Freire, UBS Jacy, UBS Nova Cumbica, UBS Jandaia, UBS Nova Cidade e UBS Normandia.

Os endereços podem ser consultados no site: https://www.guarulhos.sp.gov.br/unidades-basicas-de-saude-ubs

Hoje (15) é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Linfoma para alertar sobre a importância da detecção precoce da doença. Linfoma é o câncer que afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger o corpo de infecções. Esse tipo de câncer se desenvolve principalmente nos linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos. 

De acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano são registrados mais de 14 mil novos casos da doença no Brasil. Os dados mais atualizados de óbitos no país são de 2020, quando foram registradas mais de quatro mil mortes por linfoma. No Brasil, os linfomas são a oitava forma mais comum de câncer, tendo leve predominância de homens em relação às mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, o risco de óbito por linfoma é cerca de dois para cada 100 mil pessoas.  

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Os principais sintomas dos linfomas são o aumento indolor dos gânglios do pescoço, das axilas ou da virilha, suor noturno em excesso, febre, coceira na pele, cansaço e perda de peso superior a 10% sem motivo aparente. Como pode surgir em qualquer parte do corpo, os sintomas dependem da localização. Quando a doença atinge a região do tórax, é comum a presença de tosse, falta de ar e dor torácica. Na pelve ou no abdômen, os sintomas são desconforto e alongamento abdominal. 

O tratamento para cada paciente é associado ao tipo específico de linfoma identificado e pode variar de acordo com o estágio da doença. Em geral, os pacientes são submetidos ao processo de quimioterapia ou radioterapia, métodos de tratamento com base na indução do combate às células cancerosas pelo próprio sistema imunológico do paciente. A terapia também pode ser realizada com a combinação de medicamentos por via oral ou através das veias, chamada poli quimioterapia.  

Casos de síndrome respiratória aguda  grave (SRAG) aumentam no país entre crianças e adolescentes, principalmente na faixa etária entre cinco e 11 anos. Os dados são do novo boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento considera dados epidemiológicos de 21 a 27 de agosto. A Fiocruz apontou que ainda não é possível identificar o vírus responsável pelo aumento nas infecções associadas à síndrome respiratória grave (SRAG). 

Alguns estados das regiões Sul e Centro-Oeste registraram alta nos casos de rinovírus, causador do resfriado comum, mas os dados são preliminares. “Por se tratar de crescimento restrito ao público infantil e temporalmente associado ao retorno às aulas após as férias escolares, o cenário atual reforça a importância de cuidados mínimos como boa ventilação das salas de aula e respeito ao isolamento das crianças com sintomas de infecção respiratória para treinamento adequado e preservação da saúde da família escolar”, destacou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.  

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Segundo a Fiocruz, a curva nacional, que tem apontado também o comportamento da Covid-19, segue estabilizada, com patamar próximo ao de abril desse ano, considerado o mais baixo desde o início da pandemia. Entre as 27 unidades federativas, Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e São Paulo registram crescimento do SRAG no longo prazo, mas somente entre crianças e adolescentes.

Segundo especialistas, nacionalmente, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, que consideram boa parte do mês de agosto, dos casos de síndrome respiratória aguda grave, 71,8% são de Covid-19, 5% de vírus sincicial respiratório, 2,6% de influenza A e 0,3% de influenza B. 

 

Ao longo das 24 horas de um dia, o funcionamento do corpo muda. Esse relógio biológico profundamente inscrito está se tornando mais conhecido, a ponto de alguns médicos quererem usá-lo como instrumento contra várias doenças.

"Existe um conjunto de relógios no corpo que estão lá para otimizar seu funcionamento: isso se chama sistema circadiano", resume Claude Gronfier, pesquisador do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm), órgão público francês dedicado à saúde humana.

Sua existência é conhecida há tempo. Estudos mostraram, há várias décadas, que os órgãos são mais ou menos ativos ao longo das 24 horas. O intestino, o fígado e o coração têm tendência a trabalhar mais em determinadas horas, independente do ritmo das refeições ou da atividade física.

Paralelamente, pesquisas feitas com animais e depois com humanos revelaram que este ritmo não era apenas uma resposta ao mundo exterior, como a sucessão do dia e da noite. Está inscrito nas células, começando pelos neurônios do cérebro.

Essas pesquisas já foram notáveis o suficiente para render a três cientistas um Prêmio Nobel de Medicina em 2017. Mas nos últimos anos elas foram ainda mais fundo e mostram até que ponto esse relógio é encontrado em todas as células.

"Há relógios no fígado, no coração, no pulmão, no rim, na retina...", enumera Gronfier.

Compreensão da dor 

E já se sabe que esses relógios têm efeitos muito variados. Um estudo dirigido por Claude Gronfier, publicado este verão na revista Brain, sugere que a percepção da dor varia em intensidade ao longo das 24 horas.

No decorrer desta pesquisa, 12 homens foram isolados de quase qualquer estímulo externo por um dia e meio e expostos a cada duas horas a uma sonda aquecida. Seu limiar de dor variou sistematicamente ao longo do tempo.

Para o pesquisador, esse é um passo crucial para uma melhor compreensão da dor. No futuro, ele diz, poderia ser melhor tratada levando em conta suas oscilações durante um dia.

Alguns médicos e cientistas acreditam que esses ritmos já são bem compreendidos o suficiente para serem usados como instrumento contra várias doenças.

É o que chamam de "cronoterapia" ou "medicina circadiana". Segundo seus defensores, suas aplicações seriam diversas, da cancerologia à cardiologia, passando pela neurologia.

Nas doenças de Alzheimer ou Parkinson, por exemplo, é conhecido o desequilíbrio do relógio biológico. Mas agora se sabe que esse desajuste muitas vezes precede os sintomas e, portanto, pode ser uma causa evitável e não uma consequência.

A hora e a quimioterapia

No entanto, em geral, "ainda temos o desafio de colocar em prática esse conhecimento sobre o papel dos relógios circadianos na realidade médica", alertaram os pesquisadores Ravi Allada e Joseph Bass no ano passado no New England Journal of Medicine.

Há também uma falta de técnicas que permitiriam ao médico diagnosticar facilmente um desequilíbrio do relógio biológico e, portanto, aconselhar o paciente a mudar seu estilo de vida para evitar problemas de saúde.

Outras pistas podem colidir com a realidade, como a ideia certamente defendida com entusiasmo por Claude Gronfier, de levar em conta a hora do dia para administrar a quimioterapia a um paciente com câncer.

"Vamos imaginar que um teste mostre que o tratamento deve ser administrado entre 22h e 8h: isso trará problemas organizacionais", já que a quimioterapia é feita por perfusão no hospital, diz à AFP o cancerologista Pierre Saintigny.

Levando em consideração os problemas enfrentados pelos sistemas de saúde da maioria dos países, seria necessário não só comprovar o efeito positivo dessa cronoterapia, "mas também que tivesse um impacto significativo na resposta ao tratamento e na sobrevivência dos pacientes", conclui Saintigny. No momento, os estudos nesse sentido são insuficientes, acrescenta.

A demanda entre homens e mulheres por atendimento médico no Sistema Único de Saúde (SUS) permanece desequilibrada, embora a distância entre os gêneros venha se reduzindo ao longo dos anos.

Levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde, indica que, enquanto mais de 312 milhões de homens já foram atendidos em 2022, as mulheres ultrapassam 370 milhões. No ano passado foram mais de 725 milhões de homens contra mais de 860 milhões de mulheres.

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Para o coordenador do Departamento de Andrologia, Reprodução e Sexualidade da SBU, Eduardo Miranda, por uma questão cultural, o homem vai menos ao médico que as mulheres.

“Ainda há um certo tabu, muitas vezes [eles] não têm a cultura do autocuidado e ir ao médico é visto como sinal de fraqueza. Há também a questão cultural. A menina é levada pela mãe ao ginecologista desde a primeira menstruação, enquanto o homem não vai ao médico depois que ele não precisa mais de acompanhamento regular com pediatra. Esse é um processo que precisamos trabalhar ao longo de gerações e espero que possamos ver um aumento da ida dos homens [aos consultórios] para fazer acompanhamento de rotina com o urologista”, afirmou.

A diferença na demanda entre homens e mulheres fica bem evidente nos atendimentos específicos. Neste ano, houve mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos por ginecologistas, mas a procura dos homens por urologistas ficou em 200 mil atendimentos.

“As mulheres estão mais habituadas a realizar exames preventivos anuais e se preocupam mais com a saúde. Elas geralmente marcam as consultas para seus maridos. Mas os homens têm procurado mais o urologista por uma maior conscientização por meio de campanhas, por exemplo”, destacou o supervisor da disciplina de câncer de bexiga da SBU, Felipe Lott.

Para o presidente da SBU, Alfredo Canalini, as principais causas que afastam o homem das consultas médicas são o medo e a desinformação. “Mas as campanhas que a SBU promove ano após ano indicam uma mudança de comportamento, e já sentimos uma diferença significativa com a procura espontânea, principalmente para a avaliação da próstata”, argumentou.

A diretora de Comunicação da SBU, Karin Anzolch, ponderou, no entanto, que, apesar de os homens se mostrarem mais conscientes com relação aos cuidados com a saúde, estudos desse tipo mostram que ainda há um longo caminho a trilhar. A médica acrescentou que, por atuar em problemas extremamente impactantes na qualidade de vida e sobrevida dos homens, a Urologia apoia a causa.

Alerta

Com base nos dados e aproveitando o Dia do Homem, comemorado hoje (15), a SBU alerta para a importância do cuidado com a saúde masculina, especialmente para a prevenção do câncer de bexiga, que, de acordo com a entidade, é o segundo tumor urológico mais incidente nessa população. Em primeiro lugar é o câncer de próstata.

“Neste mês, a SBU também alerta sobre o câncer de bexiga, que acomete três vezes mais os homens do que as mulheres, e é o segundo tumor mais frequente na urologia, somente atrás do câncer de próstata, sabendo que muitos ainda desconhecem os fatores de risco e os sinais de alerta para essa doença, que pode ser muito grave e devastadora”, relatou Karin.

A SBU informou, também, que, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), apontam que, em 2022, serão identificados 7.590 novos casos entre os homens e 3.050 entre as mulheres. Os números do Inca indicam, ainda, que, em 2020, houve 4.595 óbitos causados por tumor na bexiga. Entre eles, 3.097 em homens e 1.498 em mulheres.

Segundo o coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Ubirajara Ferreira, em 80% dos casos o sintoma inicial é sangue na urina, que, ao ser notado, deve ser realizado na sequência um exame de imagem, de preferência tomografia de abdômen. “O prognóstico depende da extensão de invasão da parede vesical. Se acometer somente a superfície interna da bexiga, chega a 90% de sobrevida em cinco anos. Caso invada toda a parede, pode cair a 40% em cinco anos”, explicou.

O principal fator de risco para a doença é o tabagismo, relacionado a 50% a 70% dos casos. “Outros fatores também podem influenciar, como a exposição a compostos químicos como aminas aromáticas, ácido aristolóquico (suplementos dietéticos), pioglitazona (medicamento para diabetes), arsênico na água potável, baixo consumo de líquidos, irritações crônicas, infecções, fatores genéticos, quimioterápicos, radioterapia”, afirmou Felipe Lott.

Com o avanço da idade, as doenças da próstata e as disfunções sexuais estão entre as principais enfermidades que acometem o homem. Na adolescência e na fase adulta são as infecções sexualmente transmissíveis. Segundo Eduardo Miranda, há outras doenças que são mais prevalentes, como hipertensão, doença cardíaca, diabetes e obesidade. O motivo que leva o homem ao médico depende da faixa etária.

“Na infância, geralmente são alterações do trato geniturinário, fimose, hérnia. Na adolescência, a maioria não frequenta o ambulatório, e isso é uma coisa que a SBU vem tentando mudar. Nos adultos jovens, geralmente é dificuldade de fertilidade, cálculos renais. A partir dos 40 anos, temos a ida rotineira para prevenção do câncer de próstata e já começam a aparecer o crescimento benigno da próstata e sintomas urinários. A partir dos 50 anos, são comuns queixas de disfunção erétil e os sintomas urinários vão aumentando progressivamente”, observou Eduardo Miranda.

Outras doenças

Nas outras enfermidades que atingem os homens, 5% do total de casos de câncer correspondem ao de testículo. Para o câncer de próstata a estimativa é de mais de 65 mil novos casos. Em 2021, houve 1.791 casos de câncer de pênis.

Já a hiperplasia prostática benigna atinge cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos e, após os 40 anos, a disfunção erétil é a prevalência no Brasil em cerca de 50%, algo em torno de 16 milhões de homens.

Campanhas

Além da campanha do Dia do Homem, a SBU desenvolve a Novembro Azul e, também, a #VemProUro, que, em setembro, já estará em sua quinta edição. “[Elas] pretendem estimular que os homens conheçam mais sobre a saúde e mantenham uma rotina regular de cuidados, entendendo que hábitos se criam desde cedo, e o acompanhamento preventivo auxilia a introjetar esses valores, proporcionar aprendizados e a guiar para atitudes que farão a diferença mais adiante. Assim sendo, a urologia é parceira da saúde masculina em todo o seu ciclo de vida”, finalizou Karin Anzolch.

Para saber mais sobre um amigo, cliente ou até o próximo alvo de uma paquera, explorar as redes sociais é um caminho comum. Se curtidas, selfies e comentários dão tantas pistas sobre nós, quanto a tecnologia pode dizer sobre nossa saúde mental? É isso o que investiga uma nova corrente da ciência.

Análise de mensagens no Facebook, cor de fotos no Instagram e até avaliar o tempo entre cliques estão no radar. A hipótese é de que dados coletados por smartphones podem ser usados para identificar padrões de comportamento e interações sociais. Sem substituir psicólogos e psiquiatras, mas para auxiliar consultas presenciais. O modelo cresce, assim como o debate ético (Mais informações ao lado).

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Em uma pesquisa desse tipo, um grupo de adolescentes responde a questionários pelo celular sobre como se sentem. Podem ser áudios e até emojis para narrar emoções. No dia a dia, um aplicativo em seus celulares capta fragmentos de sons do ambiente e mede o movimento dos aparelhos. Tudo é analisado para saber o risco de depressão - resultados iniciais saem este ano.

"O grande desafio não é capturar e processar dados. A questão é como dar sentido a eles", diz Christian Kieling, professor de Psiquiatria da Infância e da Adolescência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), à frente do projeto, que monitora 150 adolescentes pelos smartphones. Entre os voluntários, há jovens já com diagnóstico de depressão, com alto risco de ter o transtorno e com baixo risco, conforme escala validada cientificamente.

Nos áudios, avaliam o conteúdo e a forma. Já o app capta, de 15 em 15 segundos, amostras de som do ambiente. E há o pacto de confidencialidade: os cientistas não escutam a conversa, mas sabem o número de vozes, para medir a interação social.

O app coleta dados de geolocalização e padrões de atividade e repouso - é permitido desligar a qualquer hora. Terapias contra a depressão estimulam conexões e atividade física. Informações sobre interações e movimentação espacial podem facilitar intervenções personalizadas. O grupo deve ter ainda consultas com psiquiatras, exames de sangue e ressonância.

MAPA.

Outro estudo, ligado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), prevê a tecnologia para ajudar na identificação precoce de possíveis perfis depressivos. O trabalho foi iniciado em 2021, após o suicídio de um aluno. Um modelo computacional vai analisar textos dos estudantes no Facebook.

A ferramenta, criada na UFSCar em parceria com a Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e a Universidade George Mason (EUA), tenta "ler" palavras e expressões indicadoras de possível perfil depressivo. O robô é esperto, mas, ao decifrar a escrita, escapam-lhe entonação e ironia, por exemplo. "Não é porque tem poder de processamento que a inteligência artificial é melhor do que a gente", diz Helena Caseli, professora de Computação da UFSCar.

Para ter análise mais robusta, serão coletados sinais fisiológicos (batimentos cardíacos e padrões de sono) por meio de relógios inteligentes. Os resultados podem servir para um "mapa epidemiológico" - e estratégias institucionais de bem-estar dos alunos -, além de análises individualizadas. Um dos trunfos é comparar dados de um paciente hoje com informações anteriores dele e ver eventuais mudanças.

EMOÇÕES.

Para Felipe Giuntini, pesquisador do Sidia, centro de inovação em soluções digitais, é possível ver, no processamento de dados das redes, um padrão de emoções. Em seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP), ele coletou publicações no Reddit, rede social popular nos Estados Unidos, por dez anos.

Foram selecionadas postagens - incluindo emojis - de um grupo de apoio a pessoas com depressão. A análise mapeou palavras como "tristeza", "vergonha" e "entusiasmado" para ver padrões e aprender com a própria rede. Para Giuntini, o algoritmo ajuda a entender alterações de humor dos pacientes.

Em outra frente, a ideia é levar ao consultório quem ainda está longe. "A pessoa vai ao cardiologista e descobre no check-up uma arritmia. Isso não acontece em saúde mental", diz Alexandre Loch, do Instituto de Psiquiatria da USP. A demora média desde os primeiros sinais até o diagnóstico do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), por exemplo, é de 11 anos.

Loch testa um software para avaliar imagens do rosto e a fala de voluntários, de 18 a 35 anos, em entrevistas presenciais. Análises computacionais rastreiam pausas no discurso, movimentos de olhos, gesticulação e falta de conexão na fala - aspectos que seriam notados pelo psiquiatra na consulta. Mas quem sai da fábrica entende de divã? Um estudo com inteligência artificial para detectar câncer de pele da Universidade de Stanford (EUA) mostra que o algoritmo discernia lesões como um dermatologista. Já na Psiquiatria cada um expõe raiva ou tristeza de um jeito. "Como é mais subjetivo e simbólico, é difícil a máquina aprender", afirma Loch.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que torna obrigatória a preservação do sigilo sobre a condição de pessoa que vive com HIV, hanseníase, tuberculose e hepatites virais crônicas. A lei sancionada é fruto da aprovação, pelo Congresso Nacional, de projeto de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (4).

Pela lei, é vedada a divulgação, pelos agentes públicos ou privados, de informações que permitam identificar essas pessoas em serviços de saúde, estabelecimentos de ensino, locais de trabalho, administração pública, segurança pública, processos judiciais e mídia escrita e audiovisual. De acordo com o autor do projeto, existem hoje, em média, 920 mil brasileiros que vivem com HIV, e a falta de sigilo à sua condição é a principal causa de constrangimento. A lei prevê punição, incluindo pagamento de indenização por danos materiais e morais, para quem vazar essas informações.

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A lei também estabelece que o sigilo profissional sobre a condição dessas pessoas somente poderá ser quebrado nos casos determinados por lei, por justa causa ou por autorização expressa da pessoa acometida ou, quando se tratar de criança, de seu responsável legal, mediante assinatura de termo de consentimento.

Os serviços de saúde, públicos ou privados, e as operadoras de planos privados de assistência à saúde estão obrigados a proteger as informações relativas a essas pessoas, "bem como a garantir o sigilo das informações que eventualmente permitam a identificação dessa condição". A obrigatoriedade de preservação desses sigilos recai sobre todos os profissionais de saúde e os trabalhadores da área de saúde, e o atendimento nos serviços de saúde, públicos ou privados, deverá será organizado de forma a não permitir a identificação, pelo público em geral, da condição desses pacientes.

A lei dispõe ainda sobre inquéritos e processos judiciais que tenham como parte pessoa com HIV, hanseníase, tuberculose e hepatites virais crônicas, e, nestes casos, devem ser providos os meios necessários para garantir o sigilo da informação sobre essa condição. Qualquer divulgação a respeito de fato objeto de investigação ou de julgamento não poderá fornecer informações que permitam a sua identificação. Nos julgamentos em que não for possível manter o sigilo sobre essas pessoas, o acesso às sessões somente será permitido às partes diretamente interessadas e aos respectivos advogados.

O trabalho sempre foi fundamental para o desenvolvimento pessoal e coletivo. No entanto, nos grandes centros urbanos, o exercício profissional tem sido um fator de estresse e cansaço mental, podendo causar doenças que afetam a população, além da produtividade laboral.

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho realizou um levantamento sobre os índices de afastamento por ansiedade e depressão e constatou um aumento de 26% em 2020, comparado a 2019. A pesquisa aponta para um agravamento no quadro desde o início da pandemia do novo coronavírus, especialmente por ter atingido o recorde dos últimos 15 anos em relação aos transtornos mentais e comportamentais (CID F).

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O LeiaJá conversou com profissionais de diferentes áreas para entendermos os sintomas, assim como, explicar o que o trabalhador deve fazer para ter assegurado benefício em caso afastamento por quadro de CID F.

A psicóloga Kátia Brandão analisa os possíveis indicativos do aumento de casos de transtornos mentais devido ao trabalho. “A ansiedade e a depressão são as principais causas de afastamento do ambiente de trabalho, que surgem decorrentes de estresse, pressões excessivas e uma alta demanda de atividades, levando o colaborador ao esgotamento físico e mental, desenvolvendo até um quadro de ‘burnout’. Nesse sentido, o apoio psicológico traz a possibilidade de olhar para o que está adoecendo no ambiente de trabalho, de rever a relação que se tem com o trabalho, principalmente vivendo numa sociedade em que o trabalho é mais exaltado do que o descanso e a pausa”, ela comenta.

Segundo o boletim estatístico da Previdência Social, os transtornos mentais e comportamentais foram a terceira maior causa da concessão do auxílio-doença dos benefícios por incapacidade em 2020, alcançando 576.611 trabalhadores, no total. Os episódios no Brasil ainda são destaque mundial, como aponta uma pesquisa conduzida por cientistas de diferentes instituições, como a Universidade de São Paulo (USP).

O artigo intitulado ‘Saúde mental entre adultos durante o lockdown da pandemia da Covid-19: uma comparação transversal entre países’ analisou os casos de problemas de saúde mental em 11 nações, e o Brasil figurou no topo da lista, com mais trabalhadores sofrendo de ansiedade e depressão, agravados pela pandemia.

Direitos assegurados

O advogado e professor de direito trabalhista, Ariston Costa, esclarece que o auxílio-doença, benefício garantido por lei ao trabalhador e concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é liberado se ele se mostrar incapaz de exercer suas atividades, permanente ou temporariamente. “O auxílio-doença não é liberado em razão da ansiedade generalizada - em caso de pessoas que continuam trabalhando -. O trabalhador só pode receber o benefício após se afastar de suas atividades para se dedicar ao tratamento, até porque não pode ficar sem uma renda mensal para se sustentar e se tratar”, afirma o advogado.

Mas, apenas um laudo médico não é o suficiente para que o procedimento seja liberado pelo órgão. “Primeiro, tem que ser constatada a incapacidade temporária para o trabalho ou atividade habitual; segundo, é preciso ter no mínimo 12 pagamentos mensais ao INSS; e por fim, ter qualidade de segurado”, ele explica.

Ainda de acordo com o levantamento da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, a aposentadoria por invalidez devido a transtornos mentais apresentou um aumento de 20,4% de 2019 (2414,9 mil) para 2020 (291,3 mil). O advogado Ariston Costa explica a diferença dos benefícios de afastamento e auxílio-doença para a aposentadoria.

“A aposentadoria por invalidez é um benefício bastante parecido com auxílio-doença, com a diferença que você está incapacitado de forma permanente”, ele destaca.

Sintomas e cuidados

Assim como acidentes de trabalho, em que se deve ter cuidado com a saúde física do empregado, a saúde mental deve ser preservada para evitar quadros graves. A psicóloga Joyce Nascimento ressalta que é necessário observar os sinais que indicam mudanças de humor e outros comportamentos.

“Alguns fatores como a preocupação constante, para além do estímulo que está sendo recebido. Por exemplo, eu preciso bater essa meta, mas não me foi dito que se eu não bater, posso ser demitido. Mas aí, eu internalizo isso e penso de uma forma tão constante que não consigo render. É importante, então, prestar atenção nesses sintomas, no pensamento acelerado o tempo todo, palpitação, sensação de estar sendo pressionado, falta de ar. Tudo isso são sintomas da ansiedade, que precisam ser tratados e que é preciso sim ajuda de um profissional”, ela comenta.

Kátia Brandão, por sua vez, ainda cita outros sintomas que podem apontar para um esgotamento do corpo, de modo que o trabalhador fique atento. “Perceber se sente esgotamento mental e físico, insônia, dificuldade de concentração, irritabilidade, agressividade, lapsos de memória, incapacidade de se desligar do trabalho, se está negligenciando o seu tempo de descanso e lazer, se a vida social passa a ser restrita, ausências no trabalho, pensamentos pessimistas, tristeza, baixa auto-estima. Observar sintomas de ansiedade relacionados ao trabalho, como sudorese, tremor, tensão muscular, entre outros. Todos esses sintomas são sintomas de que é preciso buscar um atendimento especializado e rever a relação com o trabalho”, alerta.

Os cuidados com a saúde mental devem ser levados a sério, pois um quadro mais grave pode trazer consequências fatais. É o que conta Joyce Nascimento: “principalmente pela pressão sofrida em alguns ambientes e, infelizmente, o ambiente trabalhista se encontra em uma dessas estatísticas”, menciona.

A profissional comenta que uma das medidas que as empresas devem tomar para conter tais riscos é a instalação de um departamento de atendimento psicológico no local de trabalho, para que os funcionários se sintam acolhidos e escutados. “Serve para dar uma orientação, um direcionamento aos colaboradores e auxiliar eles a enfrentar a pressão sofrida nos ambientes de trabalho. Dentre eles, os principais são fábricas, trabalhos onde é preciso lidar com o público, onde existem metas a bater. E é importante que esse programa de saúde mental, que deve haver na empresa, acolha e pense em estratégias de enfrentamento junto com o colaborador. É importantíssimo que haja inicialmente um psicólogo na empresa visando acolher o sofrimento do colaborador”, ela pontua.

Por fim, a especialista indica alternativas que podem ser realizadas pelo próprio trabalhador, como forma de evitar altos níveis de vulnerabilidade emocional. A psicóloga lembra que ninguém pode ser resumido ao cargo que ocupa. “Existe um sujeito para além do trabalho, a quem deve ser proporcionado alguns momentos de relaxamento, de realização de atividades que lhe dê prazer. A exploração de outras esferas de sua vida, a prática de exercícios, já é comprovado cientificamente, contribuem para o alívio do estresse e da ansiedade, além de ajudar o sujeito a vivenciar e a experienciar um momento de prazer, de intencionalidade, de atenção plena, prestando atenção na realização da atividade que está fazendo. Então, é importantíssimo que esse acompanhamento esteja aliado a essas coisas, atitudes de autocuidado consigo mesmo”, orienta.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, no final de 2020, a pandemia de Covid-19, junto ao isolamento social, trouxe consequências para a saúde física das pessoas. Concluiu-se, então, que 51% dos brasileiros engordaram durante a quarentena.

Celebridades como Juliana Paes, Wesley Safadão e Juliana Salimeni foram algumas das personalidades que declararam abertamente que também ganharam alguns quilos durante esse período. Ficou constatado que a taxa de obesos também aumentou.

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Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil está com a taxa de obesidade acima da média mundial. Aproximadamente 96 milhões de brasileiros estão com excesso de peso, e dentro dessa parcela da população, 41 milhões sofrem de obesidade.

Especialistas apontam que esse fato pode estar relacionado à alimentação, predisposição genética e sedentarismo. Dessa forma, a obesidade pode ser um agravante no desenvolvimento de outros sintomas, como doenças cardiovasculares, diabetes e tipos específicos de câncer. Além disso, aqueles que sofrem de obesidade têm maiores chances de desenvolver quadros mais graves quando infectados pelo novo coronavírus.

Por Rafael Sales

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