Museu que Bolsonaro visitou diz que nazismo é de direita

A definição sobre qual corrente política teria baseado o nazismo, que vitimou cerca de seis milhões de judeus, gerou repercussão na semana passada no Brasil com declarações do chanceler Ernesto Araújo

ter, 02/04/2019 - 13:11
Alan Santos/PR Alan Santos/PR

Em viagem por Israel, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) visitou, nesta terça-feira (2), o centro de memória do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém. O local é um museu público sobre o genocídio de judeus pelos nazistas. De acordo com informações coletadas pela BBC Brasil, o Yad Vashem além de museu é um centro de pesquisa sobre o nazismo e aponta que a iniciativa é originária de grupos da direita.

A definição sobre qual corrente política teria baseado o nazismo, que vitimou cerca de seis milhões de judeus, gerou repercussão na semana passada no Brasil com a declaração do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, de que "a esquerda fica apavorada cada vez que ressurge o debate sobre a possibilidade de classificar o nazismo como movimento de esquerda". O chanceler também chegou a dizer que o nazismo e o fascismo são resultados de "fenômenos de esquerda".

Em seu site, o museu Yad Vashem divulga um histórico sobre a ascensão do partido nazista na Alemanha e ao comentar a situação do país após o Tratado de Versailles, o texto explica que "junto a intransigente resistência e alertas sobre a crescente ameaça do Comunismo, criou solo fértil para o crescimento de grupos radicais de direita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista".

Na visita ao local, Bolsonaro conferiu a exposição Flashes of Memory – Fotografia durante o Holocausto, depositou flores em homenagem às vítimas e assinou um livro de honra do museu. Araújo faz parte da comitiva que acompanhou Bolsonaro na visita ao memorial.

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