Pernambuco precisa de uma nova liderança, dispara Tonca

De acordo com Tonca, se em 2018 a oposição em Pernambuco tivesse declarado apoio a Bolsonaro, o resultado das eleições para governador teria um desfecho diferente

ter, 20/08/2019 - 17:11
Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens Antônio Campos é presidente da Fundação Joaquim Nabuco Rafael Bandeira/LeiaJa Imagens

Durante evento em homenagem aos 70 anos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o presidente da Fundação, Antônio Campos, conversou com a reportagem do LeiaJa.com e repercutiu os cinco anos de morte do seu irmão, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), e os últimos acontecimentos na polícia em Pernambuco.

Na noite desta segunda-feira (19), Tonca disse que a morte de Eduardo Campos representou uma grande perda para o estado e que, agora, Pernambuco precisa de uma nova liderança.

“O desaparecimento de Eduardo é uma perda imensa para o Brasil e maior ainda para Pernambuco. Pernambuco precisa encontrar uma nova liderança para liderar novos tempos. Nós estamos em um estado em 3º lugar em desemprego, nós temos um estado em situação de déficit fiscal extremamente delicada, nós estamos com um estado com grande violência, um estado que tem dificuldades”, ponderou.

Tonca, que também avaliou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e teceu elogios ao trabalho feito pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, não deixou de pontuar o que avalia de positivo em Pernambuco. 

“Por outro lado é um estado que vem pagando sua folha de pagamento, que vem mostrando sua sensibilidade. Nós estamos com um milhão de analfabetos com idade superior de 15 anos. É o dobro da média nacional em analfabetismo. Recentemente o governo do estado lançou um programa nesse sentido, que é até motivo de dar parabéns ao que foi feito”, lembrou.

Entretanto, Antônio Campos disse que o trabalho do sucessor do seu irmão é motivo de preocupação. De acordo com o presidente da Fundaj, não foi Paulo Câmara que ganhou as eleições de 2018, mas sim a oposição que perdeu.

“Eu vejo com preocupação a gestão de Paulo Câmara. É como eu disse no passado: a oposição em Pernambuco perdeu a eleição. Paulo Câmara não ganhou. Acho que foi uma falha muito crucial não ter apoiado Bolsonaro nos 30 últimos dias porque a eleição teria ido pro segundo turno e teria tido um desfecho diferente. Defendi isso internamente, mas infelizmente fui voto vencido”, argumentou.

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