Gilmar acusa Deltan de corrupção: "Esse crime tem nome"
Ministro do STF fez duras críticas à Lava Jato e disse que palestras do chefe da Força Tarefa foram ilegais
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disparou contra a Lava Jato em entrevista ao portal UOL e à Folha de São Paulo. Para ele, o que a Força Tarefa fazia "nada tem a ver com o Estado de Direito".
Mendes focou a maior parte das críticas em Deltan Dallagnol, chefe da Força Tarefa e acusou o procurador de atos ilegais. “Não se pode monetizar a Lava Jato. Ganhar dinheiro com a Lava Jato. Esse crime tem nome. Se chama corrupção. Quer dizer, o Lula está sendo apontado como tendo cometido ilícito por palestras. E o sujeito (Deltan) monetizava palestra? E dizia: ‘tenho uma viagem funcional para Salvador. Vocês não querem me contratar?’. E isso tá normalizado”, criticou. “O Ministério Público sabia, a corregedoria sabia e não autou”, completou o ministro do STF.
Em outro trecho da entrevista, Gilmar Mendes, falou sobre a perseguição contra críticos da Operação e sobre as ilegalidade cometidas pela Força Tarefa. “Não se pode contrariar a Lava Jato. Há um poder soberano. Onde? Em Curitiba. Que poder é esse? Agora nós aprendemos nesse submundo o que eles faziam. Delações submetidas à contingência, perseguiam familiares... Tudo isso nada tem a ver com o estado de direito”, disparou. “Se eles estivessem no poder executivo, fechariam o congresso, fechariam o Supremo”, finalizou.