Covid-19: prefeito diz que vai faltar caixão

Diante da corrida feira pelos municípios do Brasil para garantir respirador para todas as pessoas infectadas e se preparar para o que pode acontecer, Alexandre Kalil diz que o que vai faltar é caixão

por Jameson Ramos sex, 03/04/2020 - 16:37
Adão de Souza-PBH/Fotos Públicas Adão de Souza-PBH/Fotos Públicas

Diante da pandemia do novo coronavírus que se instalou no mundo e vem crescendo diariamente no Brasil, o prefeito de Belo Horizonte, Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), afirma que daqui a alguns dias não é respirador que vai faltar no Brasil, mas sim Caixão para enterrar os mortos. Kalil defende que o isolamento social é essencial para que os casos possam diminuir ou neutralizados. 

Nesta sexta-feira (3), em entrevista ao programa "Chamada Geral", da Rádio Itatiaia, o prefeito de Belo Horizonte disse: "eu estava lendo aqui que em três dias foram 102 mil casos em Nova York. Isso é uma cidade inteira da Grande BH. Estamos brincando com uma coisa muito séria. Daqui a pouco não vai faltar respirador, não; é caixão, como já aconteceu na Europa", apontou. 

Além disso, Kalil criticou a atuação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dizendo que a flexibilização do isolamento - tanto defendida por Bolsonaro - é não pensar nos mais pobres e que essa não é a hora de agradar os empresários. "Nós temos que pensar nos aglomerados, nas favelas. Vai faltar CTI e não é só para essa gente (pobre), não - é para rico também", salienta. 

Até esta última quinta-feira (2), Minas Gerais tinha 4 mortes causadas pelo Coronavírus, além de 370 casos confirmados. Uma mulher de 75 anos, falecida em 23 de janeiro, foi o primeiro caso de covid-19 no Brasil com óbito. Segundo o Estado de Minas, a descoberta foi feita por meio de uma investigação retroativa. 

 

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