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O prefeito de Nova York, Eric Adams, viu seu nome envolvido em uma série de escândalos recentemente, incluindo uma acusação de agressão sexual e denúncias de corrupção que poderiam inviabilizar suas ambições políticas.

O FBI e o Ministério Público local investigam se uma construtora nova-iorquina, supostamente ligada ao governo turco, utilizou "laranjas" para doar dinheiro à campanha de Adams para a prefeitura, cargo que assumiu em 2022.

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Outrora visto como um possível candidato presidencial pelo Partido Democrata, o segundo prefeito negro de Nova York luta agora pela sua sobrevivência política.

O ex-governador do estado de Nova York Andrew Cuomo, que renunciou em 2021 em meio a denúncias de má conduta sexual, sugeriu aos aliados que poderia concorrer à prefeitura se Adams fosse afetado pelo escândalo, informou o site Politico.

Cuomo assediou sexualmente 13 funcionárias públicas, segundo o acordo alcançado na sexta-feira com o Departamento de Justiça.

A posição de Adams nas pesquisas despencou quando ele tentou efetuar cortes orçamentários, incluindo o fechamento das bibliotecas aos domingos, o que ele atribui ao desvio de fundos para enfrentar o fluxo sem precedentes de imigrantes para a cidade.

A cidade que nunca dorme enfrenta preços estratosféricos de aluguel, alimentação e lazer.

Mas a analista Mary Snow, que em uma pesquisa recente registou que apenas 28% dos nova-iorquinos aprovam a gestão de Adams, não descarta as suas chances de reeleição.

"A história nos mostra que é possível que o prefeito Adams supere os 28% de aprovação em seu trabalho", afirma.

"Em 2003, o ex-prefeito Mike Bloomberg tinha 31% de aprovação por seu trabalho e ganhou mais dois mandatos".

- Oposição aumenta -

Os adversários de Adams reagiram com cautela à denúncia de agressão sexual, apresentada no último minuto com base em uma lei municipal especial que permitia que ações civis para casos expirados fossem apresentadas durante um ano, até novembro passado.

A denunciante acusou Adams de agressão sexual, lesões e discriminação laboral com base em gênero e sexo em 1993.

"Não me lembro de ter conhecido essa pessoa. Eu nunca machucaria ninguém dessa forma", disse o prefeito aos repórteres.

Adams é alvo de outra investigação sobre a origem dos fundos para a sua campanha para a Prefeitura de Nova York, que busca determinar se ele recebeu dinheiro do governo turco.

Eric Leroy Adams, de 63 anos, criado por mãe solo, começou sua carreira na polícia de Nova York, onde foi capitão, antes de entrar para política local no Partido Democrata. Foi deputado estadual e presidente do distrito do Brooklyn, em Nova York, antes de ser eleito prefeito da metrópole de 8,5 milhões de habitantes em 2021.

- "Grande fatura política" -

No cargo, Adams tornou-se tão famoso por suas gafes quanto por suas roupas elegantes.

O prefeito fez da imigração um ponto central de sua campanha política, atacando o governador republicano do Texas, Greg Abbott, por transportar migrantes da fronteira sul para a cidade, e o governo federal que parece ignorar seus pedidos de ajuda.

Adams disse à imprensa que o atração dos imigrantes por Nova York é consequência de ser "vítima de seu próprio sucesso".

Mas os recursos da cidade ficaram escassos, apesar de um conjunto de medidas destinadas a conter o fluxo de migrantes. Uma política para expulsar imigrantes com crianças dos abrigos da cidade após 60 dias provocou indignação entre os ativistas.

O professor de Política da Universidade de Columbia, Robert Shapiro, disse que "embora possa ser uma oportunidade para Adams mostrar seu valor enfrentando o governador do Texas e outros, sem apoio estadual, federal e outros apoios financeiros, esta questão pode lhe render uma grande fatura política".

"Acredito que esta questão e a corrupção na questão do financiamento de campanha podem ter o seu preço politicamente", disse ele à AFP.

Snow, a pesquisadora, alertou que "há um alto nível de preocupação entre os eleitores de que a cidade de Nova York não será capaz de acomodar o fluxo de imigrantes".

"Apenas 26% dos eleitores aprovam a forma como ele está lidando com a crise", acrescentou,

No entanto, o início do ano rendeu a Adams uma espécie de colete salva-vidas depois do anúncio de que a cidade se beneficiará de um superávit orçamentário de 2,6 bilhões de dólares (12,7 bilhões de reais) em 2024, o que poderá mitigar a necessidade de cortes drásticos em serviços essenciais, como a segurança.

Esta segunda (8) marca um ano da tentativa de golpe que destruiu a Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal (DF). Nas redes sociais, o prefeito do Recife João Campos (PSB) se posicionou contra a invasão criminosa.

O gestor considerou o episódio como "um dos maiores ataques à democracia" na história do Brasil e disse que a data deve ser lembrada como um marco de repúdio. Milhares de pessoas foram ao DF para se opor contra o resultado das urnas. Na visão do prefeito, essa mobilização mostrou que o estado democrático segue inabalado.

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Em Brasília, autoridades se reúnem no Congresso em um evento simbólico marcado às 15h desta segunda (8). O Recife deve ser representado pela vice-prefeita, Isabella de Roldão (PDT).

O prefeito de Quipapá, município da Zona da Mata do estado, Álvaro “Alvinho” Porto divulgou, nesta sexta-feira (29), uma carta aberta renunciando ao cargo do executivo, deixando a ocupação para o atual vice, Pité. 

Segundo a nota publicada (veja na íntegra no final do texto), o filho do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), sua saída do posto se deu por “motivos pessoais”.  

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Confira a carta na íntegra abaixo: 

Minhas amigas e meus amigos de Quipapá: 

Hoje dia 29 de dezembro de 2023, após três anos à frente da administração de Quipapá, venho, por motivos pessoais, comunicar minha renúncia ao cargo de prefeito de Quipapá. 

Após uma dura campanha eleitoral no ano de 2020, vencemos as eleições com o objetivo de implantar uma mudança muito desejada pela população de Quipapá. Em janeiro de 2021, iniciamos o trabalho tão esperado pelo nosso povo e imprimimos uma marca jamais vista na história da cidade. 

Nossas primeiras ações foram na área da saúde, uma vez que tínhamos, à disposição, apenas um médico plantonista no hospital para atender a todo o município. Hoje temos médicos todos os dias no hospital, além de 10 equipes de saúde da família em pleno funcionamento, com atendimento médico, odontológico, entre outros. Na Policlínica, contamos com diversas especialidades médicas, entre elas: ultrassonografia, pediatria, ginecologia, dermatologia, psiquiatria, e várias outras. Firmamos também parceria com outros hospitais para realizar cirurgias. Reformamos o nosso hospital, adquirimos diversos equipamentos, além de climatizar todas as enfermarias. Investimos em equipe e equipamentos, para nossa sala de parto, fazendo com que as mães quipapaenses, possam ter seus filhos na nossa cidade, sem mais precisar se deslocar para outros municípios. 

A população de Quipapá, não aguentava mais o sofrimento de fazer tratamento de saúde em Recife e não ter um lugar para descansar, fazer suas refeições e ficar hospedado em tratamentos mais longos. Pensando nisso, implementamos a nossa casa de apoio com toda a estrutura para acolhimento dos pacientes e acompanhantes. Essa casa, se tornou referência no estado e é vitrine para outras prefeituras que desejam criar casas de apoio. Além de acolhimento, asseguramos transporte de qualidade para os usuários casa. 

Instalamos a Secretaria de Saúde em um novo prédio, com mais espaço e condições para atender nossa população e reestruturamos a farmácia municipal, com a aquisição de móveis, equipamentos, insumos e medicamentos. 

Reativamos o serviço do SAMU, com contratação de nova equipe, nova ambulância e inauguramos uma base. 

Recebemos o município com apenas uma e estamos entregando com sete ambulâncias. Disponibilizamos transporte para tratamento de quimioterapia, hemodiálise entre outros, para as cidades de Recife, Caruaru, Palmares e Garanhuns. 

Colocamos em funcionamento os postos de saúde da Vila do Cruzeiro e inauguramos o Posto de Saúde do Bar do Bode. 

Infraestrutura também foi prioridade no nosso mandato. Tiramos do papel uma das obras mais sonhadas do povo de Quipapá, principalmente, da Vila do Cruzeiro, que era o calçamento da estrada de acesso ao distrito. Foram concluídos mais de três quilômetros do calçamento e estamos deixando R$ 2 milhões em emendas dos deputados Álvaro Porto, André Ferreira e Clarissa Tércio, para o início da nova etapa da obra. Realizamos as obras de esgotamento sanitário da Vila do Cruzeiro, pleito antigo da população. 

Dois desejos da comunidade da Nova Vila também foram realizados: calçamos as duas ladeiras de acesso, tirando o povo da lama e da poeira; e melhoramos o sistema de abastecimento de água. 

Construímos novas praças de eventos na nossa cidade e no distrito de Vila Nova e realizamos as maiores festas já vistas em Quipapá com grandes atrações nacionais e sempre valorizando os artistas da terra. Quipapá recebeu a melhor decoração de Natal da nossa história, atraindo turistas, fomentando o comércio e alegrando nossa população. 

A comunidade do Novo Milênio também foi beneficiada com o calçamento de todo o bairro. 

Reformamos diversas escolas da sede e da zona rural, ofertamos merenda de qualidade e entregamos fardamento para os alunos da rede municipal. 

Fortalecemos a agricultura familiar com a compra da produção para a merenda escolar e para a entrega juntos às famílias carentes. 

A segurança alimentar foi uma das nossas preocupações. Implementamos a cozinha comunitária, ofertando diariamente refeições gratuitas e de qualidade para várias famílias. Fizemos entregas de cestas com peixe na Semana Santa e com frango no Natal, além da distribuição contínua de cestas básicas. 

Criamos o programa Nascer Bem, que faz o acompanhamento social das nossas gestantes, e entregamos o enxoval completo para que os bebês quipapaenses venham ao mundo com mais conforto. 

Com a abertura da sala do empreendedor, facilitamos a vida dos comerciantes e de quem deseja abrir seus negócios, com mais acesso a linhas de crédito com bancos, cursos e capacitações, parceria com entidades como Sebrae, Senar, entre outras. Entre os cursos ministrados, destaco o de manejo de carne bovina, possibilitando o ingresso como funcionários da Masterboi. 

Adquirimos, para assistência ao homem do campo e manutenção de estradas rurais: máquinas pesadas como PC, restroescavadeira e pá carregadeira, além de disponibilizar tratores para aração de terra e serviço de terraplanagem e piçarramento das estradas. Perfuramos diversos poços artesianos por toda zona rural. 

Para ajudar na proteção das nossas crianças e adolescentes, adquirimos um carro zero quilômetro e diversos equipamentos para o Conselho Tutelar. 

Com o pagamento de dívidas de gestões passadas, firmei parceria com a Celpe, e recebemos no dia de hoje, mais de quatrocentos pontos de lâmpadas de Led, para a troca do parque de iluminação. 

Aprovamos, junto ao Governo Federal, convênio para construção do Mirante do Alto do Cruzeiro. A nossa academia da cidade está com projeto aprovado, licitado e com dinheiro em conta para o início das obras. Além de várias emendas parlamentares que estão em tramitação e que ajudarão bastante, a nossa cidade. Chego nesse momento, com a cabeça erguida e a certeza de que nossa cidade avançou muito nos últimos três anos. 

Por questões pessoais, encerro meu mandato com a consciência que Quipapá será administrada, nos próximos anos, por um homem de bem, honrado, honesto, disposto e comprometido com a população. Pité, meu vice-prefeito, que foi leal na campanha e durante todo meu mandato, assumirá a administração de Quipapá, e sei que vai fazer um grande trabalho por nossa cidade. Nosso futuro prefeito é um empresário respeitado, veio de baixo e com a força do seu trabalho e do seu suor, venceu na vida, sem precisar se envolver em esquemas fraudulentos e nenhuma maracutaia para ganhar dinheiro. Ele é ficha limpa, nunca se envolveu em escândalos e acordos obscuros, não está junto com grupos envolvidos em esquemas de desvio de dinheiro público para financiar campanhas eleitorais e enriquecer às custas do povo. Confio nele e sei que será um grande prefeito. 

Agradeço a Deus pela oportunidade de administrar Quipapá durante os últimos três anos. Agradeço ao povo de Quipapá pela confiança e demonstração de carinho e amizade que recebo todos os dias. Agradeço aos secretários e todos os funcionários e colaboradores da prefeitura. Agradeço aos vereadores da nossa base. Agradeço aos deputados Álvaro Porto e André Ferreira pela parceria e recursos encaminhados que ajudaram nossa administração. Agradeço a minha família e meus amigos que sempre me apoiaram em todos os momentos. 

Obrigado a todos, e que tenhamos um 2024 de muita paz, sucesso e alegria para nossa Quipapá. Que Deus nos abençoe. 

Álvaro Porto de Barros Filho 

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, manteve o afastamento do prefeito e da vice-prefeita do município de Dom Expedito Lopes, localizado a 295 quilômetros ao sul de Teresina, no Piauí. Eles haviam sido cassados pela Justiça Eleitoral do Piauí e condenados por compra de votos nas eleições de 2020.

A reclamação contestava decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) que afastou os acusados dos cargos e determinou a realização de novas eleições. No STF, os condenados contestam o uso de gravações realizadas sem autorização judicial e sem o conhecimento dos participantes para embasar a decisão do tribunal piauiense.

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A decisão de Barroso levou em consideração o fato de ainda caber recursos dos acusados contra a decisão do TRE do Piauí.

As novas eleições no município foram marcadas para 3 de março de 2024. Os mandatos de Valmir Barbosa de Araújo e de Evanil Conrado de Moura Lopes, ambos do Republicanos, eleitos em 2020 aos cargos de prefeito e vice-prefeita de Dom Expedito Lopes, seguem cassados.

Os dois foram acusados pela coligação concorrente nas eleições municipais, que apresentou imagens e sons captados por câmeras de segurança instaladas na residência de três eleitores. Eles alegaram ter recebido R$ 2 mil na noite anterior às eleições e a promessa de instalação de três postes na propriedade deles - pagos com verba municipal - em troca de seus votos.

O juiz da 62ª Zona Eleitoral-Picos, Fabrício Paulo Cysne Novaes, julgou improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, mas a coligação recorreu da decisão ao TRE-PI. O tribunal, por unanimidade, decidiu cassar os mandatos do prefeito e da vice-prefeita, bem como condenar o prefeito ao pagamento de uma multa no valor de R$ 10 mil. Apesar da condenação, ambos não estão inelegíveis.

Valmir foi procurado pelo Estadão, mas não se pronunciou. Evanil não foi localizada. O espaço seguirá aberto para manifestações.

Lucas Assumção (PV), prefeito de Palmares Paulista, no interior de São Paulo, sofreu atentado a tiros na manhã do sábado, 23, ao sair de sua casa, por volta das 9 horas. Dois homens estavam em um carro e um deles apontou revólver em sua direção. Ao perceber, o prefeito correu para casa e um dos bandidos atirou duas vezes.

Por sorte, Assumção caiu e os tiros não o atingiram.

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A Polícia Civil de Catanduva apura o caso e tem imagens de câmeras de segurança que já identificaram os dois homens.

"Está sob investigação para saber o que motivou o crime", disse Assumção ao Estadão neste domingo, 24.

O prefeito disse ainda que está com "psicológico abalado" depois do atentado.

Uma das linhas de investigação é saber se o atentado foi por motivações políticas. Assumção, que tem 38 anos, está no primeiro mandato à frente da prefeitura local. Eleito em 2020, ele pode ser candidato mais uma vez em 2024.

Palmares Paulista está na região de Catanduva, a 412 km da capital paulista, e tem 9.650 habitantes, de acordo com último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou os mandatos de Paulo Henrique Franceschini (Republicanos) e Clodoaldo Guilherme (PSB), prefeito e vice-prefeito de Analândia (SP), a pouco mais de 200 quilômetros da capital. Segundo o tribunal, eles teriam abusado do poder durante as eleições de 2020.

O prefeito da cidade na época era Jairo Aparecido Mascia. Por meio de decreto municipal, ele instalou barreiras sanitárias físicas na principal estrada da cidade, impedindo que eleitores da zona rural pudessem chegar aos locais de votação, o que favoreceu a vitória da chapa.

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Segundo a decisão, o índice de abstenção de votos na cidade foi de 23,84% naquele ano, quase o dobro da média histórica. Em 2016, esse índice foi de 13,24% e em 2012, 14,17%.

O processo ainda descreve conversas obtidas em grupos no WhatsApp, em que parentes dos candidatos e apoiadores da campanha falam sobre o objetivo das barreiras ser, de fato, o de impedir eleitores da zona rural - que correspondem a 20% da população da cidade - de chegarem aos locais de votação.

A Corte determinou no plenário desta quinta-feira, 14, que novas eleições sejam realizadas no município. Em decisão unânime dos ministros, a dupla perde o mandato e fica inelegível por oito anos. O ex-prefeito Jairo também não pode concorrer a cargos políticos durante o mesmo período.

A decisão do plenário acolhe recurso do PSDB e revisa uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que decidiu manter os dois nos cargos.

Segundo o relator no TSE, ficou comprovada a prática de abuso de poder.

O Estadão procurou os advogados dos políticos e ainda aguardava um retorno até a publicação deste texto. O espaço está aberto a manifestações.

Uma semana após o anúncio do risco de colapso de uma mina da Braskem em Maceió, o prefeito da cidade, João Henrique Caldas (PL), e o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), não se falam. A falta de contato se deve a discordâncias sobre indenizações pagas pela mineradora e pela rixa política no Estado.

O prefeito é ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), enquanto o governador é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Renan é autor do pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Braskem. A abertura da comissão foi lida em plenário pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 24 de outubro, mas os trabalhos ainda não começaram pela falta de definição dos integrantes. A criação do colegiado não é apoiada por Lira.

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Na última quinta-feira, 30, João Henrique Caldas disse, ao lado do presidente da Câmara, que havia tentado contato com Paulo Dantas por telefone, mas que o governador não havia atendido a ligação. Nesta quarta-feira, 6, o prefeito disse à CNN que tentou ao longo da semana falar com o emedebista por chamadas telefônicas e mensagens, mas que não teve sucesso.

A assessoria do governador afirmou ao jornal O Globo que ele não está em contato direto com Caldas, mas que não houve "nenhuma negativa ou dificuldade imposta" pelo governo estadual à prefeitura.

O Estadão procurou o governo de Alagoas e a Prefeitura de Maceió, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

Estado e município trabalham em comitês de crise separados

A ruptura entre Dantas e Caldas fez também que os governos estadual e municipal criassem os seus próprios comitês de emergência para gerenciar a situação. Não há um órgão que concilie os trabalhos das duas gestões.

Na terça-feira, 5, o governador se reuniu com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), para discutir formas de combater a crise em Maceió. No mesmo dia, estava prevista uma reunião entre Alckmin e Caldas, porém, o prefeito não foi ao compromisso.

Por sua vez, Lira, padrinho do prefeito de Maceió, é quem intermedeia o contato entre o município e o governo federal. Na última sexta-feira, 1º, o deputado afirmou que discutiu com Alckmin a criação de uma medida provisória para elaborar efeitos saneadores para ajudar a cidade como obras, moradias populares e rearrumação de áreas. Segundo o presidente da Câmara, o ministro das Cidades, Jader Filho, concordou em iniciar a construção de 2.300 casas para abrigar vítimas.

Acordo bilionário motiva divergência

Os dois mandatários divergem sobre um acordo que foi firmado entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem em julho deste ano, e que contou com a participação de representantes do Ministério Público Federal (MPF). A decisão estabelece o pagamento de R$ 1,7 bilhão da empresa para a administração do município de forma parcelada.

Após os tremores em Maceió na semana passada, Caldas disse que a Braskem, a partir de uma "exploração gananciosa e predadora", provocou um "dano material e social sem tamanho". A assessoria do município, por sua vez, disse que "pode" vir a discutir novos termos de reparação após o novo alerta de risco.

Já o governador alagoano disse em uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto nesta terça que o acordo entre o município e a mineradora é "ilegal", "imoral" e "inconstitucional". O mandatário também afirmou que pediu para a Advocacia-Geral da União (AGU) uma revisão da decisão e a elaboração de um "encaminhamento justo para as vítimas". "Essa indenização tem que ser feita por quem cometeu o crime, quem cometeu um crime foi a Braskem", afirmou Dantas.

Ao Estadão, Renan Calheiros disse que a relação entre Dantas e Caldas é institucional e afirmou que não houve ligações por parte do prefeito ao governador. "Ele tem se colocado publicamente à disposição, mas o prefeito encaminhou uma solução individual", afirmou. Segundo o senador, a decisão é o principal divisor na relação entre os mandatários.

"Nunca houve essa intenção de acordo por parte do governador. É isso que coloca a gente de um lado e eles do outro", disse o emedebista, citando também o presidente da Câmara. Procurado pelo Estadão, Lira não respondeu.

O prefeito de Pirassununga, José Carlos Mantovani (PP), dois secretários municipais e outros dois servidores públicos foram afastados dos cargos na manhã desta segunda-feira, 4, no bojo da Operação Calliphora - investigação sobre supostos desvios em contratos fechados com a cidade do interior paulista.

Agentes da Polícia Militar cumpriram 13 ordens de busca e apreensão em Pirassununga, São José do Rio Preto (SP) e em Pouso Alegre (MG). Além de Mantovani, a Operação mira os secretários Luiz Carlos Montagnero Filho (Governo) e Marcos Alecsandro de Oliveira Moraes (Agricultura), além do superintendente do Departamento de Águas e Esgoto de Pirassununga, Jeferson Ricardo do Couto, além de uma pregoeira do setor de licitações.

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Chefiada pela Procuradoria-Geral de Justiça com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo, a ofensiva apura possíveis crimes de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

O inquérito foi abastecido com provas documentais, interceptações das comunicações telefônicas e telemáticas, além de dados e informações de fontes abertas.

De acordo com a Promotoria, uma ‘empresa privada de limpeza pública teria subornado agentes públicos da cidade, incluindo prefeito e secretários municipais, para ser favorecida em contratos de coleta de lixo, varrição e roçagem, recebendo recursos públicos em desconformidade com os serviços prestados’.

Ainda de acordo com os investigadores, os repasses de dinheiro desviado teria ocorrido através de ‘triangulação financeira’, ‘com envolvimento de terceirizados da empresa e contas bancárias de parentes ou pessoas indicadas pelos agentes públicos’.

COM A PALAVRA, OS ALVOS DA OPERAÇÃO

A reportagem busca contato com os investigados e a prefeitura. O espaço está aberto para manifestações.

Procurado por tentativa de feminicídio e de homicídio, o prefeito Naçoitan Araújo Leite (sem partido) se entregou à Polícia Civil de Goiás, na manhã desta quinta-feira (23). A informação foi confirmada pelo próprio gestor da cidade de Iporá, no interior do estado, que deixou um comunicado sobre a rendição nas redes sociais. No último dia 18 de novembro, Naçoitan, armado, invadiu a casa da ex-companheira com uma caminhonete, disparando 15 vezes contra ela e contra o atual namorado da mulher. 

O prefeito, em nota, disse que está à disposição da Justiça. “Me apresento nesse momento às autoridades policiais de forma espontânea. Irei colaborar com a justiça em tudo que for necessário. Decidi me apresentar em minha cidade (Iporá-Goiás), onde devo esclarecimentos à população que me confiou ser prefeito do município. Estarei à disposição da justiça", escreveu. 

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Após cometer o crime no dia 18, o agressor fugiu. A Justiça determinou a prisão do foragido logo em seguida. Na última segunda-feira (20), foi cumprido um mandado de busca na residência do prefeito, localizada em sua fazenda, com o intuito de prendê-lo e encontrar a arma utilizada no crime pelo qual ele é acusado, mas sem êxito.  

Segundo a defesa, ele não teve a intenção de atingir a integridade física das vítimas. “Nunca houve por parte do Sr. Naçoitan Araújo Leite qualquer intenção, naquela ocasião ou em qualquer outra, de atingir a integridade física de quem quer que seja”, diz a representação (leia na íntegra abaixo). 

O suspeito é ouvido, nesta quinta-feira (23), por agentes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Iporá. De acordo com o delegado Ramon Queiroz, as vítimas foram alvo de uma tentativa de feminicídio e homicídio, mas conseguiram se trancar em um quarto e se salvar dos disparos. 

Nota da defesa de Naçoitan 

“A defesa do Sr. Naçoitan Araújo Leite, que teve seu nome vinculado a um suposto ato criminoso tentado de feminicídio ocorrido em Iporá-GO, no dia 18/11/2023, vem a público esclarecer e negar a ocorrência de tal conduta, pois a relação conjugal noticiada já tinha se encerrado e não havia nenhum interesse de ambas as partes na reconciliação. 

Nunca houve por parte do Sr. Naçoitan Araújo Leite qualquer intenção, naquela ocasião ou em qualquer outra, de atingir a integridade física de quem quer que seja. 

A defesa informa ainda que maiores esclarecimentos serão prestados às autoridades competentes, no momento oportuno, depois do acesso a todos os documentos da investigação policial, vez que os autos estão sob sigilo, por incrível que possa parecer. 

Era o que tinha a informar.” 

 

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, lamentou a morte da jovem Ana Clara Benevides, que morreu durante o show de Taylor Swift na última sexta-feira, dia 17, após passar mal por conta do calor excessivo e ter parada cardíaca mal. Com isso, Eduardo listou medidas que devem ser tomadas pelos organizadores do evento nas próximas apresentações, que ainda vão acontecer neste sábado, dia 18, e no próximo domingo, dia 19.

Confira a mensagem escrita em suas redes sociais:

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"Inaceitável a perda da vida de uma jovem ontem no show no Engenhão. Obviamente, ainda estamos apurando mais detalhes das circunstâncias do ocorrido. De qualquer forma, já determinei ao Chefe Executivo de Operações do município que exija providências junto a produção do show."

E listou as medidas:

- Antecipar a entrada em 1h e ocupar o anel de circulação para tirar o publico do sol

- Novos pontos de distribuição de água;

- Aumento de numero de brigadistas;

- Aumento de ambulâncias

Permissão de entrada de garrafas de água

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que, partir deste sábado, dia 18, será permitida a entrada com garrafas de água em shows em todo o país. Além da disponibilização gratuita da bebida em casos de alta exposição ao calor.

"A partir de hoje, por determinação da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, será permitida a entrada de garrafas de ÁGUA de uso pessoal, em material adequado, em espetáculos. escreveu em suas redes sociais."

E acrescentou:

"E as empresas produtoras de espetáculos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em ilhas de hidratação."

O prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (Republicanos), apagou a luz durante reunião com diretores da Enel, nesta terça-feira (7), em protesto pela falta de energia elétrica que atinge a Grande São Paulo desde sexta-feira (3), após tempestade.

Durante o encontro com a diretoria da concessionária, Santos se levantou e apagou a luz. "Imagina chegar na sua casa e está tudo escuro. Você procura a luz, procura energia e não acha", disse o prefeito no vídeo. Em resposta ao chefe do Poder Executivo de Embu das Artes, a Enel prometeu envio de 51 equipes de média complexidade e 13 equipes de alta complexidade.

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De acordo com o prefeito, são 6 mil pontos que precisam do retorno da energia elétrica na cidade. Caso o problema não seja resolvido, Ney Santos disse que contratará ônibus com recurso próprio e levará munícipes para protestar na sede da Enel, na capital paulista.

"Estamos com bairros desde sexta sem energia. A população começou a protestar e fechou a (Rodovia) Régis Bittencourt ontem e hoje (segunda e terça). Agora pouco tentaram incendiar um caminhão da Enel. Temos região de mata, rural, se eles não estiverem com a Prefeitura, eles não conseguem executar o serviço porque tem muita árvore nos fios. Então eles ficam prometendo para gente o retorno da luz e não volta", disse Ney Santos ao Estadão.

A Câmara de Vereadores de Embu das Artes abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Enel. Na capital paulista, uma CPI também será instalada. Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputados apuram desde maio serviços prestados pela concessionária.

Em nota divulgada nesta terça, a Enel informou que suas equipes seguem atuando para concluir o restabelecimento da energia. "A Enel colocou quase 3 mil profissionais nas ruas que seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes até esta terça-feira, conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo", disse a companhia. A previsão era que o serviço fosse totalmente restabelecido até a noite desta terça - mas não foi cumprida.

Em Campina Grande, no agreste da Paraíba, uma empresa que pertence à mulher do secretário de Cultura da cidade, que é primo do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD-PB), tem um contrato de R$ 121 mil com a prefeitura municipal.

Em 10 de agosto deste ano, foi publicado no Diário Oficial da Paraíba que um contrato sem licitação havia sido firmado entre a prefeitura local e a empresa Roberta Gomes Sociedade Individual de Advocacia. O serviço prestado é de treinamento "técnico jurídico especializado de consultoria" para servidores que atuam no setor de mobilidade urbana de Campina Grande.

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A empresa é de Roberta Gomes da Cunha Lima, mulher do secretário de Cultura da cidade, Ronaldo da Cunha Lima Filho. Ronaldo é primo do prefeito do município e a sua nomeação para a pasta foi publicada no Diário Oficial no dia 17 de outubro.

Dos R$ 121 mil previstos no contrato, a prefeitura paraibana já pagou R$ 24.200 para a empresa de Roberta, em uma liquidação feita na última quinta-feira, 26. A prestação de serviços pela mulher do secretário tem previsão de término para o último dia de 2023.

De acordo com o contrato firmado entre Roberta e a Prefeitura de Campina Grande, o serviço prestado é de treinamento de servidores do município para os preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais no mundo virtual.

No Instagram, Roberta publicou, em 27 de setembro, um vídeo realizando os treinamentos para os servidores do município. "Se tem uma coisa nessa vida que eu goste mais do que ministrar treinamentos e aulas na parte de proteção de dados, eu desconheço!", afirmou a advogada na legenda da postagem.

Família tradicional

A família Cunha Lima é tradicional na Paraíba e tem em Campina Grande uma importante base eleitoral. Bruno e Ronaldo são parentes dos ex-senadores Cássio e Ivandro Cunha Lima e do ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima.

A reportagem procurou Roberta Gomes Cunha Lima, Ronaldo Cunha Lima Filho, Bruno Cunha Lima e a prefeitura de Campina Grande, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, publicou na rede social X (antigo Twitter), na tarde desta quarta-feira (25), um vídeo de câmera de segurança que flagra o momento em que três homens colocam fogo em uma estação do BRT, sistema de ônibus expressos que circulam em corredores exclusivos.  

No vídeo é possível ver que um dos homens derrama um líquido inflamável em uma parte da estação Santa Veridiana. Ele é acompanhando por outro homem, enquanto um comparsa vigia o lugar. Segundos depois de os três deixarem a cena, um rastro de fogo toma conta do local. 

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A estação fica na zona oeste da cidade e foi incendiada na última segunda-feira (23), em reação de criminosos à morte, pela polícia, de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, apontado como o número dois na hierarquia da milícia que atua na região. 

“Os marginais que destroem aquilo que é feito com dinheiro do seu imposto estão aqui nesse vídeo e nessas imagens. Já enviamos para a polícia!”, escreveu Paes na rede social, que publicou também fotos dos envolvidos. 

Também pela rede social X, a Mobi Rio, empresa da prefeitura que opera o sistema BRT, informa que a Santa Veridiana está fechada para embarque e desembarque por causa do ataque criminoso.  

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Entenda

Trinta e cinco ônibus foram incendiados na tarde da segunda-feira, o que o Rio Ônibus, Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro, classifica como o pior ataque à frota de coletivos da cidade já realizado em um único dia. A cabine de um trem também foi alvo dos incendiários. 

Um motorista está internado no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste. Ele foi atingido pelo fogo quando tentava deixar um dos ônibus incendiados. O quadro dele é estável, de acordo com a direção da unidade. 

Desde então, 14 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento nos incêndios, sendo que seis foram liberadas por falta de provas. 

A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que “o policiamento permanece reforçado, diuturnamente, em toda zona oeste, bem como em vias expressas e rodovias que fazem conexão com os bairros afetados”. 

A Polícia Civil não fez comentários sobre a publicação do prefeito Eduardo Paes até a conclusão dessa reportagem.  

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), publicou, nesta quarta-feira (18), uma nota de apoio e solidariedade à sua noiva, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que recebeu ameaças de estupro e morte por e-mail , no início do mês de outubro. 

O gestor municipal afirmou que atitudes como essa “não podem ficar impunes”, e repudiou o ocorrido como um ato covarde e perverso. 

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O prefeito disse ainda que os crimes de ameaça deverão ser investigados para punir rigorosamente os autores. 

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O deputado estadual Antonio Coelho (UNIÃO) assumiu a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, conforme a edição do Diário Oficial do município desta quinta (21). A nomeação a convite do prefeito João Campos (PSB) evidencia a disputa por novas alianças para equilibrar os bastidores com o bloco da governadora Raquel Lyra (PSDB) para as eleições do próximo ano.

Sem espaço no governo do estado, a família Coelho passou a negociar com o prefeito do Recife e viu uma boa oportunidade na saída da ex-secretária da pasta Cacau de Paula para assumir o Turismo na gestão de Raquel. Ela é filha do ministro da Pesca e presidente estadual do PSD, André de Paula, que confirmou a entrada no bloco de oposição no cenário municipal.

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LeiaJá também: Eleição 2024 reaproxima adversários recentes em Pernambuco

Quarto deputado mais votado nas últimas eleições, Antonio está em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ele é filho do ex-líder do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, e irmão do ex-concorrente de Raquel em 2022, Miguel Coelho, e do deputado federal Fernando Filho.

Em seu projeto para 2024, João Campos também conseguiu manter o AVANTE ao seu lado. O presidente estadual do partido, Sebastião Oliveira, chegou a ouvir as propostas do grupo de Raque Lyra, mas não foi atraído ao bloco.

A Comissão OAB Mulher do Rio de Janeiro emitiu nota oficial para repudiar a manifestação do prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves (sem partido), que defendeu, na última quinta-feira (14), que as meninas da cidade deveriam ser "castradas" para controlar a população de crianças na cidade, que fica a cerca de 100km da capital fluminense.

Nota assinada pela presidente da comissão, Flávia Pinto Ribeiro, expressa "veemente repúdio" às falas do prefeito, "que sugeriu de forma desrespeitosa, afrontosa e debochada que as mulheres barrenses fossem "castradas" e que uma lei fosse apresentada na Câmara Municipal limitando o número de filhos por mulheres". O documento reforça que a Comissão tem "compromisso contínuo de combater atos preconceituosos e discriminatórios".

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A declaração da Comissão endossa a posição da 6ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Barra do Piraí, que já havia afirmado que "a fala é típica de ato de misoginia, e mais uma vez demonstra o total desrespeito do prefeito com as mulheres".

O prefeito, por sua vez, alegou não ter tido a intenção "de ofender quaisquer parcelas da população, muito menos as mulheres". Acrescentou ainda acreditar que o problema de sua fala foi "o equívoco" de usar o termo técnico "castrar", em vez de "laqueadura".

A lei federal nº 9.263, de 1996, proíbe a aplicação de medidas de controle demográfico, que incluem a limitação de número de filhos ou a realização forçada de operações como laqueadura ou vasectomia. A legislação sobre o tema estabelece que o planejamento familiar "orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade".

'Tem que castrar essas meninas'

As declarações repudiadas pela OAB foram feitas pelo prefeito Mário Esteves durante evento em que anunciou a inauguração de uma creche na cidade. "O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara", disse.

Esteves defendeu também a criação de uma lei para limitar o número de filhos de cada família. "É no máximo dois. Tem que fazer uma lei lá na Câmara. Haja creche para ser construída ao longo dos próximos anos. Tem que ter um projeto federal, estadual e municipal, porque precisa sim desse controle. É muita responsabilidade colocar filho no mundo", afirmou.

Partido Solidariedade expulsa prefeito

A direção do partido Solidariedade no Rio de Janeiro decidiu expulsar dos quadros da legenda o prefeito Mário Esteves depois das declarações sobre "castrar" as meninas da cidade. A decisão foi unânime e, em um comunicado divulgado neste domingo, 17, o presidente estadual do Solidariedade, deputado Aureo Ribeiro, classificou a fala como misógina (preconceito ou ódio contra mulheres) e um "total desrespeito" a elas.

Com a palavra, Comissão OAB Mulher

Leia na íntegra a nota da Comissão OAB Mulher do Rio de Janeiro, assinada pela presidente Flávia Pinto Ribeiro:

A OAB Mulher do Rio de Janeiro vem por meio desta nota expressar seu veemente repúdio às recentes declarações do prefeito de Barra do Piraí, Mário Reis Esteves, que sugeriu de forma desrespeitosa, afrontosa e debochada que as mulheres barrenses fossem "castradas" e que uma lei fosse apresentada na Câmara Municipal limitando o número de filhos por mulheres.

Em consonância com nossos princípios de igualdade de gênero, respeito e promoção dos direitos das mulheres, anuímos integralmente à manifestação da Subseção de Barra do Piraí em condenação às palavras e atitudes que refletem misoginia, desrespeito e discriminação de gênero.

Nossa Comissão OAB Mulher reitera o compromisso contínuo de combater atos preconceituosos e discriminatórios, bem como de trabalhar incansavelmente pela construção de uma sociedade mais igualitária e justa para todas e todos.

Estamos unidos na busca por um ambiente onde todas as mulheres sejam respeitadas e tenham seus direitos preservados, endossamos a posição Subseção de Barra do Piraí e nos solidarizamos com seus esforços em prol dessa causa./i>

Com a palavra, a prefeitura de Barra do Piraí

A prefeitura emitiu uma nota oficial declarando que a fala do prefeito foi resultado de um "momento de descontração" e que ele "jamais teve a intenção de promover qualquer tipo de prática danosa ou preconceituosa às mulheres". Leia na íntegra:

O prefeito de Barra do Piraí, Mario Esteves, entende que a laqueadura seja um dos procedimentos para o incremento do planejamento familiar, assim como a vasectomia. Jamais teve a intenção de promover qualquer tipo de prática danosa ou preconceituosa às mulheres. Prova disso, são os investimentos que a prefeitura tem aplicado no Hospital Maria de Nazaré - a Pérola do Vale - e nos programas Saúde da Mulher e Saúde do Homem, onde o planejamento familiar é discutido. Foi um momento de descontração na inauguração de uma importante via de escoamento de produção e de desenvolvimento na cidade, tema central do evento e que é o principal destaque. Qualquer ilação com esse assunto mostra desconhecimento político, uma vez que castrar é esterilizar. A utilização da linguagem vai muito mais para quem quer difundir a confusão na mente do outro, quando deveria explicar.

Com a palavra, o prefeito Mário Esteves

Logo depois das críticas, o prefeito Mário Esteves se manifestou nas redes sociais e disse que errou os termos. "Reconheço o equívoco na troca do termo técnico - "laqueadura" por "castrar"', escreveu. "No entanto, isso não diminui a importância do assunto. O que deveria entrar em pauta era o planejamento familiar. Esse é o assunto que tem que estar nas manchetes - e não a troca num termo técnico. Infelizmente, hoje, qualquer palavra mal colocada pode se transformar em barbárie nas mãos de pessoas mal intencionadas".

No domingo, 17, voltou às redes. Com uma imagem religiosa e um título "Compreender Além das Palavras", pediu empatia e disse que nem sempre as palavras refletem as verdadeiras intenções. "Na era da comunicação instantânea, um simples mal-entendido pode desencadear um julgamento impiedoso. É crucial lembrar que as palavras nem sempre refletem as verdadeiras intenções", escreveu.

A direção do partido Solidariedade no Rio de Janeiro decidiu expulsar dos quadros da legenda o prefeito do município de Barra do Piraí, Mário Esteves. O gestor da cidade do sul fluminense defendeu, na quinta-feira, 14, que as "meninas" da cidade sejam "castradas" para controle da população local.

A Direção Regional do partido foi unânime. Em um comunicado divulgado neste domingo, 17, o presidente estadual do Solidariedade, deputado Aureo Ribeiro, classificou a fala como misógina (preconceito ou ódio contra mulheres) e um "total desrespeito" a elas.

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A declaração do prefeito, durante um evento público na cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, repercutiu nas redes sociais com repúdios.

"O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara", disse Esteves, depois de anunciar a inauguração de uma creche na cidade.

O prefeito Mário Esteves se manifestou nas redes sociais depois das críticas e disse que errou os termos.

"Reconheço o equívoco na troca do termo técnico - 'laqueadura' por 'castrar'", escreveu. "No entanto, isso não diminui a importância do assunto. O que deveria entrar em pauta era o planejamento familiar. Esse é o assunto que tem que estar nas manchetes - e não a troca num termo técnico. Infelizmente, hoje, qualquer palavra mal colocada pode se transformar em barbárie nas mãos de pessoas mal intencionadas."

Neste domingo, ele voltou à internet para pedir empatia e dizer que nem sempre as palavras refletem as verdadeiras intenções. "Na era da comunicação instantânea, um simples mal-entendido pode desencadear um julgamento impiedoso. É crucial lembrar que as palavras nem sempre refletem as verdadeiras intenções. Nossa sociedade precisa de uma dose maior de empatia e uma pitada a menos de julgamento precipitado", escreveu.

O Solidariedade também expulsou recentemente o advogado Hery Waldir Kattwinkel Junior. Ele defendeu, no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de envolvimento nos ataques golpistas de 8 de Janeiro.

Segundo o partido, o advogado usou "falas ofensivas e desrespeitosas" ao STF e "ultrapassou os limites da lei".

O prefeito da cidade de Barra do Piraí (RJ), Mario Reis Esteves (PROS), declarou, na última quinta-feira (14), durante a inauguração de uma estrada, que uma solução para controle populacional seria realizar castração nas mulheres. A fala foi gravada e publicada nas redes sociais na sexta-feira (15), levantando revolta da população. 

Na sua fala, ele comenta sobre a quantidade de crianças no município. “A gente precisa começar 2024 com essas crianças, porque o que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas, controle essa população, no máximo dois. Tem que aprovar essa lei lá na Câmara, no máximo dois, porque haja creche para ser construído (sic) nos próximos anos”, declarou, na frente de outras autoridades presentes, que chegaram a rir da fala. 

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Por meio de nota, o prefeito explicou que “jamais teve a intenção de promover qualquer tipo de prática danosa ou preconceituosa às mulheres”, citou a implementação de programas de saúde do homem e da mulher por parte da prefeitura, e que a fala foi feita em “um momento de descontração” na ocasião. 

Leia a nota na íntegra abaixo: 

"O prefeito de Barra do Piraí, Mario Esteves, entende que a laqueadura seja um dos procedimentos para o incremento do planejamento familiar, assim como a vasectomia. Jamais teve a intenção de promover qualquer tipo de prática danosa ou preconceituosa às mulheres. Prova disso, são os investimentos que a prefeitura tem aplicado no Hospital Maria de Nazaré - a Pérola do Vale - e nos programas Saúde da Mulher e Saúde do Homem, onde o planejamento familiar é discutido. Foi um momento de descontração na inauguração de uma importante via de escoamento de produção e de desenvolvimento na cidade, tema central do evento e que é o principal destaque. Qualquer ilação com esse assunto mostra desconhecimento político, uma vez que castrar é esterilizar. A utilização da linguagem vai muito mais para quem quer difundir a confusão na mente do outro, quando deveria explicar".

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta terça-feira (5), o prefeito Noé Magalhães (PSB) de Água Preta, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. O político foi abordado em um condomínio de luxo no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Noé já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em maio deste ano, na primeira fase da Operação Dilúvio.  

Nesta segunda fase da ação policial, deflagrada pela PF com apoio da Receita Federal (RFB) e da Controladoria-Geral da União (CGU), o objetivo é desmontar uma organização criminosa especializada na prática de crimes de corrupção, desvio de recursos públicos, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e agiotagem. A atividade envolve agentes públicos, servidores e empresários. 

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Na apuração inicial, o inquérito apontou que o prefeito Noé Magalhães teria contratado emergencialmente uma empresa de serviços de manutenção mecânica e elétrica para os veículos do município. No entanto, o que chamou atenção foi que, mesmo com várias empresas do segmento na região, a escolhida está localizada em Jaboatão dos Guararapes, a cerca de 110 quilômetros da cidade. 

Também foi apurado que o gestor praticava agiotagem e tinha uma relação estreita com o empresário titular da empresa no Grande Recife. Há indícios de fraude na licitação e superfaturamento nos acordos. Ainda foi observado que o fornecedor pagou as despesas com passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e a esposa, que ocupa uma das secretarias do município. Segundo a PF, o dinheiro desviado era movimentado por contas de “laranjas”.   

Ao todo, na nova fase da investigação, estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão e um) mandado de prisão preventiva, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no município de Palmares, na Mata Sul do Estado. 

Operação Dilúvio

A primeira fase da Operação Dilúvio foi deflagrada em de 23 de maio, quando foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo investigado, localizados nos municípios de Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré. 

Os resultados obtidos com a primeira fase do trabalho revelaram indícios do envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, por meio da prática de atos de obstrução da justiça, além da identificação de novas contas bancárias utilizadas pelos investigados, o que motivou a Polícia Federal a representar por novas medidas investigativas, deferidas integralmente pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. 

 

O prefeito de Senador Pompeu, Maurício Pinheiro, caiu no chão depois de se empolgar na festa de 127 anos da emancipação política do município cearense, nesse domingo (3), e pular em cima da plateia. A queda de cima do palco foi filmada pelo público que acompanhava os shows no centro da cidade.

Pinheiro aparece eufórico durante um dos shows e fala com os populares ainda em cima do palco. Em seguida, ele se posiciona, abre os braços e pula. Quem estava embaixo não suportou o peso do prefeito e ele foi parar no chão, mas se levantou rapidamente sem sofrer ferimentos graves. 

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