Dilma chama Bolsonaro de genocida e critica ida ao STF

A ex-presidente afirmou que presidente deu "chapéu" no STF

sex, 08/05/2020 - 19:22
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Dilma afirmou que Bolsonaro deu "chapeú" no STF Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Em uma live no final da tarde desta sexta-feira (8), a ex-presidenta da República Dilma Rousseff (PT), ao lado dos deputados estaduais em Minas Gerais Rogério Correia e Beatriz Cerqueira (PT), criticou duramente o que considerou um constrangimento à ida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com 15 empresários ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Bolsonaro deu um chapéu no Supremo Tribunal Federal, de uma forma grosseira, de uma forma absurda, tentando atribuir ao supremo o condão de abrir ao país porque os empresários estão com problema de demanda. É verdade, eles estão com problema de demanda aqui, na Alemanha, nos Estados Unidos e em qualquer país do mundo que adotou o isolamento social… Nós temos uma arma (contra o vírus), se chama isolamento social”, continuou

Dilma afirmou que uma crise como a causada pelo Covid-19 requer um líder à altura e afirmou que Bolsonaro transfere a sua responsabilidade e que não existe outra forma de combater a pandemia que não seja o isolamento. Na fala ela voltou a criticar a ida ao STF fora da agenda.

"Um grupo de 15 empresários, todos eles representantes de associações, grandes empresários de setores importantes do país, estratégicos, que com o presidente Bolsonaro atravessaram a rua e foram ao Supremo de forma a constranger", disse.

Bolsonaro desde o início da pandemia foi contra isolamento afirmando que isso acarretaria em uma grave crise financeira. Dilma colocou a responsabilidade da questão econômica no líder do executivo afirmando que ele tem negado ajuda as pequenas empresas e a população de um modo geral citando que para as grandes empresas a ajuda partiu bem cedo e que a proposta de auxílio emergencial inicialmente era de R$200. 

“O componente genocida da saúde é o fato de não reconhecer a doença, o componente genocida na economia está nos empregos, nos mais pobres sem renda”, ressaltou sem deixar de lado os microempreendedores.

 

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