Oposição reage ao veto de Bolsonaro à vacina: "Criminoso"

Na manhã desta quarta-feira (21), através do Twitter, Bolsonaro negou a compra das 46 milhões de doses da vacina Coronavac, produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan

por Vitória Silva qua, 21/10/2020 - 13:28
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Ciro foi um dos que disparou críticas ao presidente Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

A decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a rejeição da Coronavac no plano de vacinação nacional tornou-se o assunto da política nas redes sociais. Políticos como Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT) manifestaram-se, em oposição ao posicionamento do presidente.

Na manhã desta quarta-feira (21), através do Twitter, Bolsonaro negou a compra das 46 milhões de doses da vacina Coronavac, produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Mais tarde, o secretário-executivo da pasta confirmou que o governo não comprará as “vacinas chinesas”.

A ação desautoriza o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que anunciou o acordo para a aquisição do imunizante nessa terça (20).

No Twitter, Haddad disse que “Bolsonaro desautorizou a única atitude sensata do ignorante que nomeou para ministro da saúde”.

Ciro Gomes (PDT), chamou a atitude de “irresponsabilidade criminosa”. E completou: “Politicagem rasteira com a única solução para a maior crise de saúde e econômica da nossa história: a vacinação”.

Boulos, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, manifestou-se em oposição mais uma vez, também classificando a atitude do presidente como criminosa e irresponsável. “Bolsonaro cancelar a compra de uma vacina é um crime contra as famílias que perderam 154 mil brasileiros por covid e 200 milhões de pessoas que não aguentam mais a pandemia”, disse.

Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que Bolsonaro só pensa em palanque e guerra. “Será que ele não quer jogar War ou videogame com Trump? Enquanto jogasse, ele não atrapalharia os que querem tratar com seriedade os problemas da população”, disparou.

COMENTÁRIOS dos leitores