Magda Mofatto será a relatora do caso Daniel Silveira
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) chegou a ser apontado como relator, mas chegou a divulgar um vídeo criticando o deputado e foi descartado da relatoria
A deputada federal Magda Mofatto (PL-GO) será a relatora do processo da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), segundo informação publicada no site da Câmara. A Casa decidirá, nesta sexta-feira (19), o destino de Silveira, e a tendência é que mantenha a prisão.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) chegou a ser apontado nos bastidores como relator. No entanto, antes de ser formalizado para a função pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), Sampaio publicou um vídeo em sua página no Facebook condenando a atitude de Daniel Silveira.
"Não se pode conceber que, a pretexto dessa mesma liberdade (de expressão) você venha incitar movimentos antidemocráticos. E, mais do que isso, o uso da violência e da ameaça para constranger ministros da mais alta Corte do nosso País", disse o tucano, que já foi promotor, na quarta-feira (17).
Silveira foi preso, na noite de terça-feira (16), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após dirigir ameaças e ofensas aos integrantes da Corte e fazer apologia à ditadura militar.
A sessão do plenário que vai deliberar sobre o assunto está marcada para as 17 horas desta sexta. Líderes de pelo menos 11 partidos vão orientar suas bancadas a votar pela manutenção da prisão de Silveira.
A mudança na estratégia, que antes era salvar o deputado, ocorreu depois que o plenário do Supremo ratificou por unanimidade (11 a zero), na quarta, a decisão de Moraes. Os deputados, muitos deles investigados, como o próprio Lira, não querem afrontar a Corte.
Além disso, antes mesmo da conversa entre Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, na quinta-feira, a equipe econômica já havia manifestado preocupação com o fato de o imbróglio político prejudicar a votação de medidas importantes, como as reformas.
O argumento de que a Câmara não pode perder tempo com crises envolvendo um deputado extremista, em detrimento de uma pauta necessária para a retomada da economia, serviu para convencer até o Centrão a abandonar Silveira.