Senadores lamentam marca de 4 mil mortes por Covid

O país contabilizou mais de 13 milhões de casos e 336.947 óbitos por coronavírus desde o início da pandemia, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde

qua, 07/04/2021 - 11:33

Senadores lamentaram a marca de mais de 4 mil mortes por covid-19 registradas em um dia, pela primeira vez, nesta terça-feira (6). Na sessão virtual do Plenário e pelas redes sociais, parlamentares como Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Wellington Fagundes (PL-MT) manifestaram pesar às famílias e cobraram a imunização dos brasileiros. O país contabilizou mais de 13 milhões de casos e 336.947 óbitos por coronavírus desde o início da pandemia, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Em 24 horas, foram registradas 4.195 mortes pela doença.

Para Randolfe, todos os agentes públicos precisam avaliar se estão fazendo tudo o que é necessário para combater a epidemia. Durante a sessão remota, ele questionou se órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF) ajudam ao conceder liminares como a que permitiu a realização de cultos e missas presenciais na pandemia. A medida passou a valer no domingo (4).

"O Supremo Tribunal Federal tem que refletir muito se conceder liminares para aglomerações, por parte de alguns ministros, é a medida mais adequada a ser tomada neste momento. O presidente da República tem que refletir muito se pagar R$ 150 de auxílio emergencial, o que não garante o isolamento social aos trabalhadores, é a medida mais adequada a ser feita neste momento. Mais de 4 mil mortos. É preciso medidas maiores e mais duras, senão não sairemos desse atoleiro sanitário tão cedo", disse.

Wellington Fagundes apontou o caminho da união entre os poderes, da educação da população e da vacinação contra a covid-19 para combater o que ele chamou de “caos no país”.

"União ou caos. É neste momento em que estamos chegando a 4.195 mortes que precisamos ter união ou caos neste país. Precisamos trabalhar num grande mutirão nacional, para que possamos conscientizar a população sobre a necessidade não só de estar isolada, de estar procurando não se aglomerar, de usar máscaras, enfim, todas as recomendações da ciência e tecnologia, mas, da mesma forma, temos que buscar a solução, que é principalmente trazer a vacina, fabricar a vacina aqui no Brasil e ainda, claro, cuidar dos menos favorecidos, daqueles que estão desempregados, e muitos estão desesperados", afirmou.

Tristeza

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) manifestou tristeza pelo novo recorde de mortes por coronavírus e defendeu o acesso à vacina para todos os cidadãos.

"Infelizmente, o Brasil bate um recorde e registra 4.195 mortes. É preciso preservar a vida. Estamos passando de 13 milhões de pessoas contaminadas no Brasil e de mais de 335 mil mortos. Isso, para mim, é um verdadeiro apartheid da vacina", lamentou.

Para o senador Esperidião Amin (PP-SC), os números de mortos por Covid-19 são semelhantes aos de uma guerra: "Manifesto minha profunda tristeza com esse anúncio de 4.195 mortos nesta guerra trágica em que só temos tristeza a registrar. E o nosso empenho deve persistir na busca da vacina, que é a solução e o nosso sonho". 

Na opinião da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), o país não tem medidas efetivas nem coordenação para o controle da pandemia. Além disso, para a parlamentar, o valor do Auxílio Emergencial que voltou a ser pago pelo governo nesta terça, de R$ 150, é insuficiente para garantir a sobrevivência dos cidadãos.

"Não dá para a gente ficar vendo mais de 4 mil brasileiros e brasileiras indo a óbito. E ninguém vai fazer as medidas restritivas sem ter um auxílio emergencial que permita às pessoas não morrerem de fome. O governo, ao invés de apresentar um projeto mantendo os R$ 600 [sugeridos pelo Parlamento], enquanto as pessoas conseguem sobreviver a uma epidemia dessa, reduz o valor do auxílio. Quem recebe R$ 150 só dá para pagar o botijão de gás, que custa R$ 100. Essa pessoa não vai sobreviver com isso", frisou. 

*Da Agência Senado

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