Mario Frias manda ativista negro 'tomar banho'

Secretário de Cultura atacou o professor de história pernambucano Jones Manoel, conhecido por seu canal sobre política no Youtube

qui, 15/07/2021 - 17:40
Reprodução/Instagram O ativista e historiador pernambucano Jones Manoel. Reprodução/Instagram

 O secretário Mário Frias foi chamado de racista por usuários das redes sociais após mandar o ativista negro Jones Manoel “tomar banho”, através de sua conta no Twitter. Professor de história conhecido por seu canal no Youtube, Jones havia comentado, na última quarta (14), quando o presidente Jair Bolsonaro foi internado em razão de uma obstrução intestinal, que já havia comprado “fogos de artifício”. “Tão deixando a gente sonhar”, disse ainda o militante.

O assessor especial da Presidência Tercio Arnaud Tomaz compartilhou uma notícia com as afirmações de Jones e questionou quem era o youtuber. Frias então respondeu: “Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho”.

O ator Gregório Duvivier foi uma das personalidades que prestou solidariedade ao militante. "Toda a solidariedade ao camarada Jones Manoel, vítima de um ataque racista desse mutante medíocre que ocupa a pasta da Cultura. Ódio, ódio e nojo por esse racista fdp. Vai cair junto com o chefe Comentar o Tweet", escreveu o ator, em sua conta no Twitter.

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Diante das críticas ao comentário, Frias se justificou: Toda pessoa suja precisa tomar banho e não existe pessoa mais suja do que aquela que deseja e celebra a morte de um Chefe de Estado democraticamente eleito enquanto louva um genocida como Stalin". O secretário ainda definiu a si próprio como alguém que "sempre repudiou o racismo".

Jones Manoel rebateu as afirmações do secretário, o qual definiu como um "ex-ator frustrado" e "atual fascista"."Não sou obrigado a ter empatia com fascista e genocida. Bolsonaro opera a morte do povo brasileiro. Debochou inúmeros vezes das milhares de mortes na pandemia. Ele e seus aliados estão há meses fazendo graça com milhares de mortes. Não desejo nada de bom para esse fascista", publicou o historiador. 

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