Borba Gato: Lula critica rapidez na prisão de militantes

O ex-presidente lembrou que o caso Marielle Franco segue sem solução, enquanto uma família de manifestantes foi presa em menos de uma semana por envolvimento com a queima da estátua do bandeirante

qui, 29/07/2021 - 08:12
LeiaJáImagens/Arquivo Lula em conversa com moradores de Brasília Teimosa, no Recife, em 2017 LeiaJáImagens/Arquivo

Após prisão de um casal de militantes envolvidos com a queima da estátua do bandeirante Borba Gato, na Zona Sul de São Paulo, o ex-presidente Lula (PT) se mostrou impressionado com a rapidez da ordem judicial e criticou a seletividade do Estado. Nessa quarta-feira (28), o petista lembrou de crimes que seguem impunes, como a execução da ex-vereadora do Rio, Marielle Franco (PSOL).

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A polêmica sobre a destruição do patrimônio em homenagem ao bandeirante paulista Manuel de Borba Gato, no último sábado (24), gira entorno dos seus feitos. Considerado uma figura heroica pela atuação ostensiva na expansão ao Interior de São Paulo, sua biografia também é marcada escravizar índios e negros, e recorrentes acusações de estupro.

Líder do movimento de entregadores por aplicativo, Paulo Lima, conhecido como Galo, se apresentou, nessa quarta, de forma espontânea ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, bairro onde a estátua está erguida. Contudo, um mandado de prisão temporária expedido momentos antes, ressaltou.

Ele e a esposa Gessica, pais de uma menina de três anos, foram presos após prestarem esclarecimentos. A defesa da mulher aponta que ela sequer estava presente no ato político do dia 24.

"Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres", afirmou Galo. 

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