Os dissabores de Paulo Câmara na visita ao Sertão

Acidente com carro da comitiva, esgoto exposto em escola de referência do Estado e cobrança por investigação do Caso Beatriz marcaram a quinta (12) do governador no Sertão de Pernambuco

sex, 13/08/2021 - 13:59
Reprodução/Instagram O veículo da comitiva do governador dentro do canteiro de obras na PE-635 Reprodução/Instagram

A visita do governador Paulo Câmara (PSB) ao Sertão de Pernambuco, nessa quinta-feira (12), foi marcada por uma série de complicações e imprevistos. Antes da sua chegada em uma escola estadual de referência, um cano de esgoto estourou e espalhou dejetos na unidade. Além disso, um dos carros da comitiva caiu no canteiro de obras da mesma via que ele foi inaugurar e familiares da menina Beatriz cobraram por investigações do assassinato, que está perto de completar seis anos sem resolução.

A caminhonete da comitiva envolvida no acidente era ocupada por três agentes da Casa Militar, aponta o Governo do Estado. Ela caiu no canteiro de obras de um bueiro na PE-635, entre os municípios de Afrânio e Dormentes, mas ninguém sofreu ferimentos graves. Dentre os compromissos na região no dia, Câmara foi inaugurar a extensão de 33 quilômetros da mesma via.

Esgoto exposto na escola do Estado

Na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Professora Maria Wilza Barros Miranda, escolhida para um discurso do governador no bairro de João de Deus, em Petrolina, o esgoto estourou e dois caminhões precisaram ser acionados às pressas para uma intervenção paliativa.

Populares apontam que os veículos enviados para solucionar o problema na rede de esgoto ficaram atolados no local. O Governo do Estado explica que, apesar do caso inesperado, o evento transcorreu normalmente.

Procurada pela reportagem do LeiaJá, a Prefeitura de Petrolina confirmou que as questões em torno da unidade de ensino são de responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) também foi procurada, mas não se posicionou até a publicação.

Protesto pela resolução do caso Beatriz

Em frente à EREM Professora Maria Wilza Barros Miranda, amigos e familiares de Beatriz Angélica protestavam pela autorização de autoridades norte-americanas na investigação do caso. A menina, de 7 anos, foi encontrada morta em um colégio particular de Petrolina, no dia 10 de dezembro de 2015.

Com cartazes e um carro de som, a mãe Lúcia Mota cobrava por celeridade do Estado para identificar e localizar o assassino. Ela alega que foi empurrada ao tentar entrar na escola. O LeiaJá questionou o Governo sobre a justificativa para impedir o acesso da família ao evento com o governador em uma unidade pública de ensino, mas o Estado não comentou sobre o caso.

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